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CRITÉRIO processo: 00005610420198250061
TOTAL 2 documentos localizados

DOCUMENTO #1 

Processo:  00005610420198250061 Órgão Julgador: 3ª TURMA


Classe: APELAÇÃO CÍVEL Data Julgamento: 12/11/2020
Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL FERNANDO BRAGA DAMASCENO Data Autuação: -

EMENTA  Copiar ementa

PROCESSO Nº: 0000561-04.2019.8.25.0061 - APELAÇÃO CÍVEL


APELANTE: LENITA SANTOS OLIVEIRA
ADVOGADO: Alex Fagner Da Silva Oliveira
APELADO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Fernando Braga Damasceno - 3ª Turma
EMENTA: PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. INOCORRÊNCIA. INCONFORMISMO COM A
DECISÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. NÃO PROVIMENTO.
1. Embargos declaratórios opostos por particular contra Acórdão desta eg. Turma que negou provimento ao seu recurso de apelação,
apontando omissões no Julgado acerca da i) valoração do acervo probatório apresentado nos autos, que demonstrou sua condição de
trabalhadora rural/Segurada especial e da ii) não aplicação do REsp nº 1.352/721-SP, cabendo, portanto, a extinção do processo sem
resolução do mérito, nos termos do art. 485, IV do CPC.
2. Não há que falar em omissões no acórdão embargado, cujas razões demonstram a insatisfação da embargante com a valoração da
prova documental apresentada nos autos e a interpretação empreendida por esta Terceira Turma, na medida em que há clara e direta
abordagem dos elementos de convicção que fundamentaram a conclusão pelo não reconhecimento da condição de Segurada Especial da
embargante pelo período legal exigido.
3. A pretensão recursal reflete tão somente o inconformismo do embargante com o teor da decisão, bem como o seu objetivo de
reapreciar matéria já discutida, o que não é permitido em sede de embargos de declaração.
4. Importa esclarecer, a propósito, que a autora exerceu atividade urbana durante a carência exigida para a concessão da aposentadoria
pretendida, no caso, 15 (quinze anos - início em 2002, estendendo-se ao ano de 2017), por períodos intercalados entre Abril/2003 a
Maio/2011 (extrato CNIS/INSS), o que, certamente, afasta o exercício da atividade rural de subsistência.
5. Embargos de declaração não providos.

fpt

(PROCESSO: 00005610420198250061, APELAÇÃO CÍVEL, DESEMBARGADOR FEDERAL FERNANDO BRAGA DAMASCENO, 3ª TURMA,
JULGAMENTO: 12/11/2020)
CRITÉRIO processo: 00005610420198250061
TOTAL 2 documentos localizados

DOCUMENTO #2 

Processo:  00005610420198250061 Órgão Julgador: 3ª TURMA


Classe: APELAÇÃO CÍVEL Data Julgamento: 20/08/2020
Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL FERNANDO BRAGA DAMASCENO Data Autuação: -

EMENTA  Copiar ementa

PROCESSO Nº: 0000561-04.2019.8.25.0061 - APELAÇÃO CÍVEL


APELANTE: LENITA SANTOS OLIVEIRA
ADVOGADO: Alex Fagner Da Silva Oliveira
APELADO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Fernando Braga Damasceno - 3ª Turma
E M E N T A: PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR IDADE RURAL. QUALIDADE DE SEGURADA ESPECIAL. NÃO COMPROVAÇÃO.
AUSÊNCIA DE PROVA MATERIAL. PROVA TESTEMUNHAL. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA Nº 149/STJ. APELAÇÃO NÃO PROVIDA.
1. Apelação interposta por particular contra sentença que julgou improcedente pedido de concessão do benefício de aposentadoria por
idade rural/Segurada Especial, alegando, em breve síntese, que consta nos autos acervo probatório (prova material corroborada por prova
testemunhal) suficiente a demonstrar sua condição de trabalhadora rural/segurada especial.
2. Incontroverso o cumprimento do requisito etário, porquanto a apelante já contava com 55 (cinquenta e cinco anos), na DER 30/03/2017.
Por outro lado, evidencia-se que os documentos apresentados se configuram frágeis e imprestáveis para serem considerados como início
de prova material. Explica-se.
3. A i) Declaração de Exercício de Atividade Rural/STR Poço Verde/SE de 17/12/2016, não possui a devida homologação; a ii) Carteira de
filiada ao referido STR em 14/12/2016 e a iii) Ficha de associada junto à Associação de Desenvolvimento Comunitário
Esperança/Povoado Sorocaba/Poço Verde/SE - em 14/02/2012, comprovam, apenas, sua filiação/associação nessas entidades, não
ratificando, de fato, o efetivo labor rural, destacando ainda, que a filiação sindical ocorreu 03 (três meses) antes do pedido administrativo.
4. De igual modo são os documentos que possuem conteúdo meramente declaratório com base em informações da parte interessada,
visto que não demandam qualquer comprovação. São eles: iv) Ficha de Batismo/Igreja adventista do Sétimo Dia, de 29/04/1989; v)
Mandado de Transcrição Imobiliária de 17/04/2013; vi) Fichas de matrículas escolares em nome de dois filhos; vii) Ficha A - Sistema de
Informação de Atenção Básica; viii) Nota de compra de material agrícola de 16/04/2000. Também, mostram-se imprestáveis os ix)
documentos em nome do dono do imóvel rural, os quais não fazem qualquer menção à autora.
5. O x) Contrato de Meeiro de Imóvel Rural, constando a autora como "Meeira", vigência 02/01/1990 a 03/12/2002 e 02/07/2011 a
31/12/2016, foi celebrado e teve efeitos jurídicos reconhecidos, tão somente, em 13/12/2016, isto é, em momento bem próximo à data do
requerimento do benefício junto ao INSS (DER 30/03/2017), mostrando-se frágil para comprovar que ela, na verdade, trabalhou na
agricultura no período pretérito à referida data. Outrossim, são as xi) Contribuições sindicais/CONTAG/Exercícios 2015/2016, visto que
foram emitidas e pagas, apenas, em 14/12/2016.
6. Importa esclarecer que os elementos de prova material foram apreciados tendo em consideração a precariedade da documentação do
trabalho, bem como das relações trabalhistas na zona rural, que, ainda nos dias de hoje, são tratadas com bastante informalidade.
Todavia, entende-se que a flexibilização, pela Jurisprudência, quanto aos documentos que podem servir como início de prova material,
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pode ser alargada a ponto de permitir que documentos autodeclaratórios, em nome de terceiros ou não contemporâneos ao período que
se faz necessário comprovar, tornem-se meios de prova regularmente admitidos.
7. Ante a ausência de prova material, não pode ser considerada prova testemunhal, levando-se em conta o entendimento consolidado do
STJ, qual seja "a prova exclusivamente testemunhal não basta à comprovação da atividade rurícola, para efeito da obtenção de benefício
previdenciário".
8. Ainda que tenha implementado o requisito etário, a autora não logrou êxito em comprovar o trabalho campesino durante o período de
carência estabelecido pela legislação para a obtenção do benefício em questão, no caso, 180 (cento e oitenta meses).
9. Honorários advocatícios majorados em um ponto percentual, observado os arts. 85, §11 e 98, §3º, ambos do CPC.
10. Sentença mantida. Apelação não provida.

fpt

(PROCESSO: 00005610420198250061, APELAÇÃO CÍVEL, DESEMBARGADOR FEDERAL FERNANDO BRAGA DAMASCENO, 3ª TURMA,
JULGAMENTO: 20/08/2020)

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