Você está na página 1de 10

Índice

1 Introdução...................................................................................................................3

1.1 Objectivos.............................................................................................................4

1.1.1 Geral..............................................................................................................4

1.1.2 Específicos.....................................................................................................4

1.2 Metodologias.........................................................................................................4

2 Fundamentação teórica...............................................................................................5

2.1 Impostos estaduais e não estaduais.......................................................................5

2.1.1 Imposto..........................................................................................................5

2.1.2 Impostos estaduais.........................................................................................6

2.1.2.1 IVA............................................................................................................6

2.1.2.2 IRPC e IRPS..............................................................................................6

2.1.3 Impostos não estaduais..................................................................................7

2.1.3.1 Sisa.............................................................................................................7

2.1.3.2 Impostos sobre Veículos............................................................................7

2.1.3.3 Imposto Predial Autárquico.......................................................................8

2.1.3.4 Imposto Pessoal Autárquico......................................................................8

2.1.3.5 Contribuição de Melhorias........................................................................9

2.1.3.6 Taxas por Licenças e Taxas por Actividade Económica...........................9

3 Conclusão..................................................................................................................10

4 Referências bibliográficas.........................................................................................11
1 Introdução

O presente trabalho tem como tema de abordagem: Os impostos estaduais e não


estaduais. O imposto é uma das espécies do género tributo. Diferentemente de outros tributos,
como taxas e contribuição de melhoria, é um tributo não vinculado: é devido pelo contribuinte
independentemente de qualquer contraprestação por parte do Estado.

3
Nesta pesquisa será aplicada a pesquisa bibliográfica de modo a garantir o suporte
científico mediante o comentário ou estudos que anteriormente forma desenvolvidos por
diversos autores em torno do tema em estudo. Igualmente, a pesquisa bibliográfica será
aplicada de modo a ajudar na triangulação dos dados que são colhidos durante a pesquisa e,
observados pelo autor do trabalho no decurso desta.

4
2 Fundamentação teórica
2.1 Impostos estaduais e não estaduais
2.1.1 Imposto
De acordo com Jone (2016, p. 31), Imposto é normalmente entendido como sendo uma
prestação: ƒ

 Pecuniária por ser susceptível de avaliação em dinheiro (nem sempre foi assim;
no feudalismo era vulgar o pagamento de impostos em géneros ou actividades). ƒ
 Coactiva – pois a obrigação do imposto surge unicamente por força da lei, não
derivando de qualquer convenção entre o Estado e os particulares ƒ definitiva,
pois o contribuinte não é reembolsado ou indemnizado do dinheiro do imposto
(não é o caso dos reembolsos do IRS ou IRC por retenções na fonte/pagamentos
por conta em excesso).ƒ
 Unilateral – por não conferir qualquer contrapartida por parte do Estado
(distingue-se da taxa em que essa contrapartida existe).ƒ
 Sem carácter de sanção – pois não se destina a punir actos ilícitos (distingue-se
das multas por este facto). ƒ
 Exigida pelo Estado ou outros entes públicos - (o Estado pode ser substituído no
papel de sujeito activo de obrigações fiscais, quer num âmbito territorial restrito -
autarquias locais, quer num mais vasto - a comunidade europeia) que tem em vista
à realização de fins públicos, destinando-se essencialmente a cobrir as despesas
públicas (Jone, 2016).

No entanto, nem sempre o Estado é credor do imposto, o sujeito activo da relação


jurídico-tributária. Esta constitui-se, muitas vezes, em benefício de uma Autarquia Local ou
de um Instituto Público. Daí a separação dos impostos estaduais e não estaduais.

A origem de uns e de outros é legal e, portanto, estadual; mas só em relação aos


primeiros o Estado se apresenta como credor. Note-se que os impostos não estaduais são os
estruturados no sentido da sua atribuição a uma entidade diversa do Estado. Mas acontece
frequentemente que a receita de um imposto estadual seja cedida pelo Estado a outra entidade
pública (Sanches, 2007).

5
2.1.2 Impostos estaduais
Impostos estaduais são aqueles cujo credor é o Estado. Os Impostos Estaduais são aqueles
que tem como sujeito activo o Estado, e são portanto de âmbito nacional, Exemplo o IVA, o
IRPC, IRPS, etc.

2.1.2.1 IVA

No âmbito da tributação indirecta (tributação da despesa), o IVA - Imposto sobre o Valor


Acrescentado, incidente à taxa geral de 17% sobre as transacções de bens e serviços
realizadas no País, incluindo a importação, substituiu o anterior imposto de circulação criado
em 1978, o qual revestia a natureza de “imposto em cascata”, com taxas diferenciadas nas
diferentes fases de comercialização, respectivamente 5% no produtor ou importador, 5% no
grossista e 10% no retalhista.

2.1.3 Impostos não estaduais

Os impostos não estaduais são os estruturados no sentido da sua atribuição a uma


entidade diversa do Estado, aqueles cujo credor é outro ente diverso do Estado.

Os Impostos não estaduais têm como sujeito activo, uma pessoa colectiva pública
diferente do Estado, por exemplo uma autarquia local ou um instituto público.

Conforme a ACIS (2011), constituem impostos autárquicos:

2.1.3.1 Sisa

Sisa – designa o imposto do mesmo nome, incidente sobre a transmissão de imóveis a


título oneroso.

A Sisa incide sobre as transmissões, a título oneroso, do direito de propriedade, ou de


figuras parcelares desse direito, sobre bens imóveis, considerando-se como tal os prédios
urbanos situados em território nacional.

São casos particulares de incidência da Sisa, aqui indicados a título meramente ilustrativo:

 O arrendamento com cláusula de que os prédios urbanos arrendados se tornam


propriedade do arrendatário depois de satisfeitas todas as rendas acordadas;
 O arrendamento ou subarrendamento de prédios urbanos por um período superior
a 20 anos cuja duração seja estabelecida no início do contrato por acordo expresso
dos interessados;
6
 Os actos da constituição de sociedade em que algum dos sócios entre para o
capital social com prédios urbanos;
 A aquisição de prédios urbanos por troca ou permuta, caso em que o imposto é
devido pela diferença declarada de valores ou pela diferença entre os valores
patrimoniais tributários, consoante a que for maior.

2.1.3.2 Impostos sobre Veículos

O Imposto sobre Veículos incide sobre o uso e fruição dos veículos a seguir mencionados,
matriculados ou registados no País, ou desde que, independentemente de registo ou matrícula,
sejam decorridos 180 dias a contar da respectiva entrada no mesmo território nacional e se
encontrem a circular ou a ser usados em condições normais de utilização:

a) Automóveis ligeiros e automóveis pesados de antiguidade menor ou igual a 25


anos;
b) Motociclos de passageiros com ou sem carro de antiguidade menor ou iguais 15
anos;
c) Aeronaves com motor de uso particular;
d) Barcos de recreio com motor de uso particular

Consideram-se potencialmente em uso os veículos automóveis que circulem pelos seus


próprios meios ou estacionem nas vias ou recintos públicos e os barcos de recreio e
aeronaves, desde que possuam certificados de navegabilidade válidos.

2.1.3.3 Imposto Predial Autárquico

De acordo com Jone (2016, p.37), o Imposto Predial Autárquico incide sobre o valor
patrimonial dos prédios urbanos situados no território da respectiva autarquia, entendendo-se
por prédio urbano toda a parcela de terreno, abrangendo os edifícios e construções nela
incorporados ou assentes com carácter de permanência, desde que:

a) Faça parte do património de uma pessoa singular ou colectiva ou a esta possa


imputar-se o respectivo uso ou fruirão sem o pagamento de uma renda;
b) Seja susceptível de, em condições normais, produzir rendimento e esteja afecto
a quaisquer fins que não sejam a agricultura, silvicultura ou pecuária.
 Taxas aplicáveis:

7
As taxas de imposto são de 0,4% e 0,7%, respectivamente, consoante se trate de prédios
destinados a habitação ou a quaisquer outros fins. As taxas do Imposto Predial Autárquico
aplicam-se sobre o valor patrimonial dos prédios urbanos.

2.1.3.4 Imposto Pessoal Autárquico

Imposto anual de capitação é o equivalente a nível autárquico do Imposto de


Reconstrução Nacional cobrado como imposto do Estado fora das áreas das actuais
autarquias, incidindo sobre todas as pessoas nacionais ou estrangeiras, residentes na
respectiva autarquia, quando tenham entre 18 a 60 anos de idade e para elas se verifiquem as
circunstâncias de ocupação, aptidão para o trabalho e demais condições estabelecidas no
respectivo Código.

O valor do Imposto Pessoal Autárquico a vigorar anualmente é determinado em função do


salário mínimo nacional mais elevado em vigor em 30 de Junho do ano anterior, através da
aplicação das taxas de 4%, 3%, 2% e 1%, consoante a classificação das diferentes autarquias
(níveis A, B, C e D, respectivamente) (ACIS, 2011).

2.1.3.5 Contribuição de Melhorias

A Contribuição de Melhorias é definida como contribuição especial devida pela execução


de obras públicas de que resulte valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa
realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel
beneficiado (Waty, 2004, p. 45).

O seu lançamento poderá ter lugar quando para os imóveis situados na respectiva zona de
influência beneficiem das seguintes obras públicas, realizadas pela autarquia por
administração directa ou indirecta:

Abertura, alargamento, iluminação e arborização de praças e vias públicas;

a) Construção e ampliação de parques e jardins;


b) Obras de embelezamento em geral.

2.1.3.6 Taxas por Licenças e Taxas por Actividade Económica

Waty (2004), afirma que, as taxas designam prestações avaliáveis em dinheiro, exigidas
por uma entidade pública como contrapartida individualizada pela utilização de um bem do
domínio público, ou de um serviço público, ou pela remoção de um limite jurídico à
actividade dos particulares.
8
a) Realização de infra-estruturas e equipamentos simples;
b) Concessão de licenças de loteamento, de execução de obras particulares, de
ocupação da via pública por motivo de obras e de utilização de edifícios;
c) Ocupação e aproveitamento do domínio público sob administração da autarquia e
aproveitamento dos bens de utilização pública;
d) Prestação de serviços ao público;
e) Ocupação e utilização de locais reservados nos mercados e feiras;
f) Autorização da venda ambulante nas vias e recintos públicos;

9
3 Conclusão
Diante de tudo exposto, podemos concluir que,o anterior sistema assentava na existência
de um conjunto de impostos parcelares ou cedulares, de taxa proporcional, incidentes sobre as
diferentes espécies de rendimento mais relevantes, complementado, no caso das pessoas
singulares, por um imposto de englobamento (imposto complementar), de taxa progressiva,
aplicável ao conjunto dos rendimentos do agregado familiar sujeito aos diferentes impostos
parcelares.

No entanto, são sujeitas a IRPS as pessoas singulares que residam no território nacional,
pela totalidade dos respectivos rendimentos, incluindo os produzidos fora desse território, e as
não residentes, pelos rendimentos aqui obtidos. E Nos termos do Código Tributário
Autárquico ainda formalmente em vigor, a taxa por actividade económica reveste a natureza
de “licença de porta aberta”, sendo devida pelo exercício de qualquer actividade de natureza
comercial ou industrial, incluindo a prestação de serviços, no território da respectiva
autarquia, desde que exercida num estabelecimento.

10
4 Referências bibliográficas

ACIS. (2011). Introdução ao sistema tributário moçambicano. Disponível em:


https://www.acismoz.com/wp-content/uploads/2017/06/1-Sistema-Geral-Tributario_-
PT_Dez11.pdf. Acesso: 31/05/2022. Às 21h 45 min

Sanches, J. L. S. (2007). Manual de Direito Fiscal. 3 ed. Coimbra, Coimbra Editora.

Waty, T. A. Introdução ao direito Fiscal. (2004). 2 ed. W₰W- Editora. Maputo.

Jone, C. E. (2016). Manual de Direito Fiscal e Aduaneiro. Instituto Superior de Ciências


e Educação a Distância (ISCED). Beira

11

Você também pode gostar