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Dentre os meios mais utilizados, estão ação de adjudicação para marcas, ação de
nulidade para patentes e produção antecipada de provas para software.
Constituição Federal
Art. 5º.
[...]
[...]
Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:
1
Primeiros comentários ao novo código de processo civil: artigo por artigo. Coordenação Teresa Arruda
Alvim Wambier. Outros autores: Maria Lúcia Lins Conceição, Leonardo Ferres da Silva Ribeiro, Rogério
Licastro Torres de Mello. 1ª Edição. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2015. Pág. 660.
2
Ibid., p. 661.
3
Marinoni, Sérgio Cruz Arenhart. 2. tir. – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008. p. 259.
DIREITO AUTORAL. INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL.
SUSPEITA DE UTILIZAÇÃO DE SOFTWARE NÃO LICENCIADO.
REQUISITOS PRESENTES. SENTENÇA REFORMADA. LIMINAR
CONCEDIDA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. “Não se pode impor
como requisito para utilização dessa medida a prova pré-constituída do
dano, ou seja, certeza quanto à contrafação, sob pena de subverter o
escopo fiscalizador da regra, tornando-a absolutamente inócua.” (REsp
1278940/MG, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA,
julgado em 04/09/2012, DJe 13/09/2012) (TJPR - 17ª C. Cívil - 0014164-
68.2018.8.16.0017 - Maringá - Rel.: Desembargador Ramon de Medeiros
Nogueira - J. 21.02.2019). Grifou-se.
Convém ressaltar que a produção antecipada de prova tem por escopo exatamente
averiguar se há ou não prática de ilícito, de forma que a probabilidade do direito, no caso,
deve ser aferida de forma bastante abstrata, já que é inviabilizado ao titular do software,
sem autorização judicial, ter certeza se há ou não, prática irregular por terceiros.
Também a este respeito, Nelson Neri Junior e Rosa Maria de Andrade Nery
destacam que “caso a ouvida prévia do réu possa tornar inócua ou ineficaz a medida
liminar, o juiz pode concedê-la sem colher a manifestação do demandado”. (Código de
Processo Civil Comentado e legislação extravagante. Ed. Revista dos Tribunais. 7ª
Edição. Pág. 1.091).
Além disso, cabe destaque a lei de regência, que preconiza que “será
responsabilizado por perdas e danos aquele que requerer e promover as medidas previstas
neste e nos arts. 12 e 13, agindo de má-fé ou por espírito de emulação, capricho ou erro
grosseiro [...]” (§ 5º do art. 14 da Lei do Software).