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GESTÃO DO CONHECIMENTO E APRENDIZAGEM

ORGANIZACIONAL

Aula 5
Neste tópico o aluno deverá:

• Conhecer conceitos relativos à gestão do


conhecimento bem como sua importância
para as organizações;
• Conhecer definições de aprendizagem
organizacional;
• Conhecer diferentes definições de
inteligência competitiva e suas aplicações no
contexto empresarial.
Gestão do conhecimento

• A discussão sobre gestão do conhecimento


surgiu na década de 90 e tem como objetivo
gerenciar o conhecimento acumulado de
funcionários a fim de transformá-los em
ativos da empresa.
• Ela cria condições para que o conhecimento
seja criado, socializado e externalizado
dentro da empresa, transformando-o de
tácito a explícito.
Gestão do conhecimento

• A Gestão do Conhecimento vem se firmando


como uma útil ferramenta de gestão.
• Hoje, transcorridos pouco mais de 15 anos
da publicação em inglês do livro de Nonaka e
Takeuchi (1995), a Gestão do conhecimento
passou a fazer parte da estratégia
organizacional.
• Na definição de Bukowitz e Williams (2002,
p. 17), “a gestão do conhecimento é o
processo pelo qual a organização gera
riqueza, a partir do seu conhecimento ou
capital intelectual”.
Gestão do conhecimento

• De acordo com Nonaka e Takeuchi (1997),


obtém-se a construção do conhecimento
organizacional através da relação sinérgica
entre conhecimento tácito e conhecimento
explícito.
• As organizações precisam aprender a
converter o conhecimento tácito em explícito,
porque “enquanto permanecer guardado
como know-how pessoal, o conhecimento
tácito tem pouco valor para a organização”
(CHOO, 2003, p. 37).
Gestão do conhecimento

• Conforme Nonaka e Takeuchi (1997), esse


processo de conversão ocorre de quatro
maneiras:
– na socialização,
– na exteriorização,
– na combinação,
– na internalização,
A gestão do conhecimento impõe o conceito
de organizações que aprendem.
Organizações que aprendem

• Uma organização que aprende é aquela que


desenvolve uma capacidade de mudar e se
adaptar continuamente.
• Nela as pessoas
“expandem continuamente sua capacidade
de criar os resultados que realmente
desejam, onde surgem novos e elevados
padrões de raciocínio, onde a aspiração
coletiva é libertada e onde as pessoas
aprendem continuamente a aprender em
grupo” (SENGE, 1990, p. 11).
Organizações que aprendem

• Senge (1990) também defende que para que


uma organização se transforme de uma
organização de controle em uma
organização de aprendizagem, é necessário
o domínio de cinco disciplinas que
constituem programas de longo prazo de
desenvolvimento, aprendizagem e prática
organizacional.
• Estas disciplinas são o domínio pessoal; os
modelos mentais; a visão compartilhada; a
aprendizagem em equipe e o pensamento
sistêmico.
Organizações que aprendem

– capacidade individual ou domínio pessoal, a


palavra domínio sugere controle, mas pode
também significar habilidades.
– modelos mentais são pré-concepções de nossas
raízes que influenciam na forma de ver o mundo e
de agir.
– visão compartilhada é a capacidade de ter uma
imagem compartilhada do futuro que se busca
criar.
– aprendizagem em grupo, a disciplina de
aprendizagem em equipe inicia pelo diálogo, o
qual visa facilitar a aprendizagem em equipe
(SENGE, 2001).
– pensamento sistêmico caracteriza-se como a
quinta disciplina, a que integra todas as outras.
Organizações que aprendem

• No entanto, é preciso ter presente a


recomendação de Senge (1999):
a aprendizagem não pode ser forçada,
apressada ou imposta a outros,
especialmente porque há a tendência humana
de guardar o conhecimento próprio a sete
chaves, sem dividi-lo com os outros. Esta
regra freqüentemente passa despercebida
aos gestores na ânsia transformar a
organização em uma organização que
aprende
Algumas definições
Inteligência Competitiva

• A Inteligência Competitiva começou a ser


adotada pelas empresas no início dos anos
80, como uma resposta às novas exigências
de um mercado globalizado e de acirrada
concorrência.
• Ter um sistema de inteligência competitiva
(SIC) é considerado estar à frente no
desenvolvimento de programas de qualidade
e produtividade (NATSUI, 2002).
Inteligência Competitiva

• Frente às novas exigências de um mercado


globalizado e de acirrada concorrência, as
empresas começaram a adotar a inteligência
competitiva (IC):
“programa sistemático e ético para reunir,
analisar e administrar informações
externas que podem afetar planos,
decisões e operações de uma empresa”
Inteligência Competitiva - definições

• A ABRAIC (Associação Brasileira dos Analistas de


Inteligência Competitiva) define IC como “um
processo informacional proativo que conduz à
melhor tomada de decisão, seja ela estratégica ou
operacional”.

• A definição dada pela SCIP (Society of Competitive


Intelligence Professionals) não é muito diferente,
porém enfatiza o aspecto da ética: “(...) programa
sistemático e ético para coleta, análise e
gerenciamento de informação externa que pode
afetar planos, decisões e operações de uma
empresa”.
O que é inteligência competitiva O que não é inteligência
competitiva
•Informação que foi analisada a •Espionagem. Espionagem implica
ponto de permitir a tomada de atividades ilegais ou antiéticas.
decisão. •Bola de cristal. Não existe uma
•Um meio de se alcançar verdadeira ferramenta de
avaliações razoáveis. A IC oferece previsão.
aproximações e melhores visões • Procura em banco de dados.
do mercado e dos concorrentes; Bancos de dados oferecem
não é uma espiadela nos livros apenas isso: dados. É claro que é
contábeis do rival. ótimo ter essas ferramentas, mas
•Um meio para as empresas bancos de dados não realizam
aumentarem seus lucros. análises.
•Olhar para fora. Companhias que •Papel. Papel é a morte da boa IC.
aplicam IC com sucesso ganham Prefira uma conversa cara-a-cara
habilidade para olhar para fora ou um rápido telefonema a uma
dos seus limites. A IC acaba com entrega de papel.
a síndrome do “não inventado •Um trabalho para uma pessoa.
aqui”. Uma pessoa pode ser nomeada
para supervisionar o processo de
IC, mas não pode fazer tudo
Inteligência Competitiva

• As empresas precisam saber quais fatores devem ser


levados em conta para maximizar suas chances de
sucesso e de sobrevivência, não só no curto prazo,
mas principalmente em um horizonte mais distante e,
a partir daí, traçar e executar estratégias competitivas.
• A IC auxilia na sistematização de dados, informações,
análises sobre os concorrentes e competências
necessárias para explorar todos estes recursos
informacionais, e na identificação de oportunidades,
ameaças, pontos fortes e fracos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• CHOO, C. W. A organização do
conhecimento: como as organizações usam a
informação para criar significados, construir
conhecimento e tomar decisões. São Paulo: Ed.
Senac São Paulo, 2003.
• ESPINOZA, Francine da Silveira. A relação entre
aprendizagem organizacional, orientação para
mercado e performance. In: VI SEMEAD – São
Paulo, SP, Brasil, 25 e 26 mar. 2003.
• SENGE, Peter M. A quinta disciplina. São
Paulo: Editora Best Seller, 1990.

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