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Diários Oficiais  Diário de Justiça do Estado de São Paulo  14 Out 2021 


Judicial - 1ª Instância - Interior - Parte I  Página 4477

Página 4477 da Judicial - 1ª Instância -


Interior - Parte I do Diário de Justiça
do Estado de São Paulo (DJSP) de 14
de Outubro de 2021
Publicado por Diário de Justiça do Estado de São Paulo
há 2 anos

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tutela cautelar antecedente em face doMINISTÉRIO PÚBLICO DO


ESTADO DE SÃO PAULOe do MUNICÍPIO DE GUARULHOS. Narram os
autores terem a pretensão de preservar a posse e propriedade do imóvel
situado na Rua das Oliveiras, nº 263, antigo 111, Vale dos Machados, no
Bairro do Picanço, Guarulhos/SP, com a área total de 134,68m².
Matriculado sob n. 113.448, perante o 2º Cartório de Registro de Imoveis
de Guarulhos, em 29/04/2010. Alegam terem sido notificados pelo
Município para que desocupassem o imóvel, pois o Ministério Público do
Estado de São Paulo havia promovido Ação Civil Pública contra o
Município de Guarulhos sob o argumento de que, conforme autos do
Inquérito Civil nº 25/11, contatou-se a formação de um núcleo sub-
habitacional em áreas conhecidas como Vale dos Machados e Flor da
Montanha, ambos no Bairro do Picanço, as quais correspondem a
construções localizadas em morrote ao longo da Avenida Benjamin Harris
Hunnicutt, em área destinada ao cemitério da Vila Rio de Janeiro, na
quela o Município fora condenado a promover a adequada ocupação do
solo. Aduz que não foram parte na ação civil pública e que não pode o
Município impor-lhe os efeitos da sentença decorrente de processo que
não foram parte. Requereram liminar para suspender, de imediato, a
execução de atos de remoção compulsória dos embargantes, com a
expedição de mandado de manutenção de posse em favor dos autores e
estender seus efeitos a 17 moradores; Requereram, no mérito, para excluir
e sustar definitivamente do cumprimento da sentença de remoção o lote
dos embargantes, (Rua das Oliveiras, nº 263, antigos ns. 259 e 111, Vale
dos Machados) desfazendo-se a equivocada execução de atos de remoção
compulsória do imóvel dos autores e de seus familiares, (como constou na
r. decisão da ACP, no item 1-a, pois , já foi praticado no local o item 1-b, da
mesma decisão, já estando cumpridaFale agora com um
a urbanização naquele local),
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estendendose esta decisão aos demais 17 moradores da mesma rua. Houve
emenda à inicial (fls. 49/50). Recebida a petição de fls. 315/329 como
emenda à inicial a fls. 1128. Recebida a petição de1 fls. 1133/1148 como
emenda à inicial. Indeferida a tutela antecipada (fls. 1149/1150). Recebida
a petição de fls. 1153/1168 como emenda parcial à inicial. (fls. 1168)

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Interposto Agravo de Instrumento contra o indeferimento da tutela. (fls.


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1170) Recebida a petição de fls. 1190/1191 como emenda à inicial. (fls.
1192) Concedido efeito ativo ao Agravo de Instrumento interposto. (fls.
1196/1198) Citado, o Município de Guarulhos apresentou contestação. Em
suma, aduziu que os autores foram, de fato, notificados para desocuparem
os imóveis no intuito de solucionar as denominadas áreas de riscos na
comarca e Município de Guarulhos, dentre elas, a Viela dos Eucaliptos
área compreendida entre os muros do Cemitério Municipal da Via Rio e do
Supermercado Carrefour. Ressalta que não é objeto da discussão da ação
principal a titularidade da área, sendo irrelevante no contexto da área de
risco que justificou a propositura da ação civil pública, tratar-se de área
pública ou mesmo particular, terem ou não os autores a titularidade da
área. A questão que se coloca é a impossibilidade de permanência de
ocupações em área caracterizada como sendo de risco, eventualmente
insuscetível de regularização, segundo a apuração dos órgãos técnicos, cuja
desocupação deve ocorrer por força de sentença condenatória proferida
em face do contestante em ação civil pública. Requer que o pedido seja
julgado improcedente. (fls. 1205/1216) Réplica a fls. 1392/1396. A parte
autora requer a produção de prova pericial a fls. 1397/1400. Prova
indeferida e sentença prolatada de improcedência a fls. 1402/1406. As
partes não requereram a produção de outras provas. Anulada a sentença
prolatada (fls. 1457/1462) e determinada a produção de prova pericial (fls.
1466/1467) Laudo pericial a fls. 1512/1548. Em alegações finais, o autor
alega que o laudo pericial reconhece que o imóvel objeto da ação não fora
objeto de ação civil pública, reconhece que se trata de imóvel particular de
propriedade do autor em decorrência de ação de usucapião. (fls.
1577/1582) O Ministério Públicofoi citado e se manifestou pela
procedência do pedido, uma vez que o referido imóvel não faz parte da
área objeto de Ação Civil Pública n. 0055553-59.2011 e aduz que o imóvel
da autora não faz parte da área destinada ao Cemitério da Vila Rio de
Janeiro. (fls. 1591/1595) É o relatório. Decido. Em que pese os esforços do
Município, o laudo pericial (fls. 1512/1548) fora conclusivo no sentido de
que o imóvel localizado na Rua das Oliveiras, nº 263, antigo nº 111, Vale
dos Machados, no bairro do Picanço, em Guarulhos, com área total de
134,68m², objeto da Matrícula nº 113.448, do 2º Cartório de Registro de
Imóveis da Comarca de Guarulhos, O referido laudo também atestou que o
terreno é plano e não pode ser definido como morrote. Também atestou
que o imóvel encontra-se m área particular, classificada como baixo risco
ou inexistente não havendo motivo para a desocupação do imóvel ou
cálculo de indenização. O laudo também confirma que o imóvel não está
inserido em área superior à descrita na inicial (1536/1540) Sendo certo
que se localiza em área particular, sendo de propriedade dos autores,
propriedade esta reconhecida por meio da ação de usucapião nº
001XXXX-29.2002.8.26.0224, que correu perante a 01ª Vara Cível da
Comarca de Guarulhos. O Ministério público afirma que o imóvel objeto
da ação não faz parte da área objeto da Ação Civil Pública n. 0055553-
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59.2011 e conclui: “Portanto, tem-se que a área em comento é particular e
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o imóvel está localizado na Rua das Oliveiras, 263, antigo 111, dentro do
bairro Vale dos Machados, Guarulhos, e não na área pública descrita na
ação civil pública nº 224.01.2011.055555-7, qual 1seja, construções
localizadas em morrote, ao longo da Avenida Benjamin Harris Hunnicutt,
em área destinada ao Cemitério da Vila Rio de Janeiro (área pública de
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titularidade da Municipalidade de Guarulhos, com inscrição cadastral nº


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081.70.46.0001.00.000-2). No entanto, a pretensão de que a decisão
proferida nestes autos se estenda aos imóveis de seus familiares a aos
demais 17 moradores da mesma rua não merece prosperar, primeiro
porque a sentença produz efeitos interpartes, segundo porque a parte
autora não pode pleitear direito alheio e, por fim, apenas o imóvel objeto
desta ação fora submetido à perícia técnica a fim de comprovar que não
estava inserido na área contemplada pela Ação Civil Pública n. 0055553-
59.2011. Os demais argumentos deduzidos no processo pelas partes não
são capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador (art.
489, § 1º, IV, do Código de Processo Civil). Pelo todo exposto,JULGO
PARCIALMENTE PROCEDENTEo pedido formulado porJUAREZ
BEZERRA FLOR e SILVIA GOMES RODRIGUES FLORem face
doMINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOe MUNICÍPIO
DE GUARULHOS para condenar o Município de Guarulhos a cessar a
execução de atos de remoção compulsória em relação ao imóvel localizado
na Rua das Oliveiras, nº 263, antigo nº 111, Vale dos Machados, no bairro
do Picanço, em Guarulhos, com área total de 134,68m², objeto da
Matrícula nº 113.448, do 2º Cartório de Registro de Imóveis da Comarca
de Guarulhos. Ante a sucumbência mínima, apenas o Município de
Guarulhos arcará com custas, despesas processuais e honorários
advocatícios, os quais fixo em 20% do valor da causa, nos termos do artigo
85, § 3º, I, do Código de Processo Civil. O Ministério Público não responde
por custas e honorários advocatícios, salvo má-fé, o que não é o caso
(REsp637.122/RS). PRIC. - ADV: EDSON QUIRINO DOS SANTOS (OAB
124862/SP), CARLOS ALBERTO PINTO (OAB 82909/SP)
Processo 103XXXX-13.2021.8.26.0224 - Procedimento Comum Cível -
Internação compulsória - Marli Nogueira de Oliveira - - Lazaro Roberto
de Oliveira - Janaina Cristina de Oliveira - - Município de Guarulhos -
Vistos. Trata-se de pedido de tutela de urgência formulado por Marli
Nogueira de Oliveira e Lazaro Roberto de Oliveira em face de Janaína
Cristina de Oliveira e do Município de Guarulhos, a fim de que aquela
seja internada compulsoriamente, pois é portadora de esquizofrenia e
está em estado de risco a vida e à saúde. Não obstante os argumentos dos
autores, não se observa o perigo de dano ou risco ao resultado útil do
processo, pois embora digam que a corré Janaína coloca a própria vida
em risco, não há nos autos relatório médico atualizado e circunstanciado
que indique a necessidade da internação pleiteada, conforme estabelece
o art. 6 da Lei 10.216/2001. Assim, indefiro a tutela de urgência. Cite-se e
intime-se, nos termos do Comunicado Conjunto nº 508/2018 (DJE de
21/03/2018), via Portal Eletrônico para citações e intimações destinadas
à Fazenda Pública Estadual e às Autarquias/Fundações do Estado de São
Paulo representadas pela Procuradoria Geral do Estado PGE, bem como
Comunicado Conjunto Nº 418/2020

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Andamento do Processo n. 1031722-13.2021.8.26.0224 - Procedimento Comum Cível - 14/10/2021 do TJSP

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