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Apresentação Pessoal (CB J.

Fernandes)

Senhores(as), bom dia!


Sou o CB ("Joe") Fernandes, número 135.770-6, ingressei na PMMG em 2004 na 103ª CET e
conclui meu reconhecimento de curso em 2007 no CET-BH.
Após minha formatura no CTSP 2004, fui trabalhar em Pirapora, onde exerci as funções de
operador da SOU e P4. Retornei a Montes Claros no final de 2007 e fui designado para a 209ª Cia,
que à época pertencia ao 10ºBPM, onde atuei no POG, Bike Patrulha, Proerd e participei da
fundação da primeira equipes PVD do 50ºBPM. Posteriormente, fui transferido para a 67ª Cia, onde
também desempenhei as mesmas modalidades já mencionadas. Durante seis anos, trabalhei no POG
nos turnos 4º/1º e, atualmente, estou no comando de uma equipe PVD da 67ªCia.
Com 40 anos de idade, sou Faixa Preta de Jiu-Jitsu, tenho duas filhas e sou casado. Além disso, sou
cristão deísta e, politicamente, tenho uma ideologia de centro-direita.
Vejo no CEFS uma oportunidade de abrir caminhos para progressão na minha carreira, assim como
a chance de assumir novas funções que me permitirão desenvolver habilidades e conhecimentos
técnicos ainda mais aprimorados.
Cordial e respeitosamente,
CB J. Fernandes
CEFS II 2023, Turma 06, 103ªCET/11ªRPM

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LAAP 1
Quanto à Lei 13.869/19 - Lei de Abuso de Autoridade:
• Os efeitos da condenação incluem:
1. "Obrigação de indenizar o dano causado"; "Inabilitação para o exercício do cargo ou
função pública, com duração de um a cinco anos" e a "Perda do cargo, função ou
mandato público".
2. Também existem as penas restritivas de direito, que podem ser autônomas ou cumulativas
conforme as circunstâncias do caso, sendo "a prestação de serviços à comunidade ou
entidades públicas" e/ou a suspensão do exercício do cargo/função/mandato, variando
entre um e seis meses.
• O bem jurídico protegido é a dignidade, a liberdade e os direitos individuais das pessoas
submetidas à autoridade de agentes públicos.
• Sujeito ativo: É o agente público, no exercício de suas funções ou em razão das
prerrogativas a ela inerentes, independente da natureza de seu vínculo, podendo ser um
servidor, empregado ou funcionário público, nas atividades de cunho político,
administrativo, honorífico, voluntário, delegado ou credenciado.
• Sujeito passivo: O passivo imediato é a pessoa física ou jurídica diretamente afetada pelo
abuso do agente público. O passivo mediato (secundário) é o Estado, (Poder público) que
sofre abalo da sua credibilidade, da imagem ou de seu patrimônio.
• Competência: Se da função não houver prerrogativa especial, o poder judiciário será o
competente para julgá-lo, variando-se quanto às esferas federal, estadual, conforme o
cargo/função do agente envolvido.
• Elemento subjetivo: A circunstância de caráter pessoal(subjetiva), refere-se à motivação do
agente e sua vontade consciente (dolo).
• Ação penal: É pública, incondicionada, cabendo ao ministério público, na condição de
titular do direito de ação receber a denúncia e dar início à persecução penal ou, rejeitar e
arquivá-la, aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva e intervir em
todos os termos do processo, interpor recursos e, a todo tempo retomar a ação como parte
principal, caso tenha sido omisso e vítima tenha apresentado queixa-crime subsidiária.

Sobre a Lei 9.503/97 - Código de Trânsito Brasileiro (CTB) - Crimes de Trânsito:

• O inabilitado cometerá crime de trânsito toda vez que, através da condução for gerando
perigo de dano, claramente definido através: de estar sob influência de álcool, transitar
pela contramão de direção, cometer outras infrações de trânsito( excesso de velocidade,
avançar a parada obrigatória); quando envolver-se em ocorrências de acidente de trânsito;
ou se estiver participando de rachas ou demonstrações de manobra perigosa.
• Da recusa ao teste de alcoolemia:
1. A recusa em realizar o teste, por si só, configura infração administrativa. Se
houver apenas sintomas leves de hálito etílico ou olhos avermelhados, será lavrada
notificação, acarretando nas sanções administrativas previstas, como a suspensão do
direito de dirigir por um período de 12 meses.
2. Nos casos em que houver a recusa ao teste, se o condutor apresentar sinais que
indiquem a alteração da capacidade do psicomotora (andar cambaleante, fala
desconexa) ou se tiver envolvimento em acidente de trânsito, a recusa será tratada
como crime de trânsito.

• Dos valores aferidos no teste: Via de regra, a norma prevê tolerância de 0% de álcool no
organismo dos condutores. Por questões de margem de erro dos aparelhos, os teste seguirão
o seguinte procedimento:

1. até 0,04 mg/l o condutor será liberado, sem providências;
2. de 0,05 a 0,33 mg/l considera-se infração administrativa;
3. igual ou acima de 0,34 mg/l está configurado o crime de trânsito.
CPP – CPPM

Senhor Sgt Rodrigo, Boa Tarde!

• a) Considerando as diversas mudanças legislativas referentes ao processo penal comum, é


válido dizer que é possível se aplicar, por analogia, todos os seus institutos inovadores ao
processo penal militar, sob a justificativa de fortalecê-lo em prol da segurança jurídica?
No CPP, apesar de ser uma fonte secundária, mediata, a aplicação processual dos institutos
inovadores do Processo Penal Comum, por Analogia, somente serão válidos em casos omissos no
código de Processo Penal Militar. Busca-se preencher essa lacuna, solucionar o caso de forma
justa, assegurar aos réus um julgamento justo e equitativo e garantir seus direitos fundamentais. Tal
aplicação levará em consideração casos concretos e não pode causar prejuízos ao poder hierárquico,
disciplinar ou aos princípios inerentes à fonte primária, o CPPM.
• b) Explique com suas palavras os princípios do contraditório e da ampla defesa:
Previstos no art. 5º da Constituição Federal, os princípios de ampla defesa e contraditório
comunicam-se entre si, trabalhando em conjunto pelo mesmo fim: Inocentar o acusado.
1. a ampla defesa trata-se do direito que toda e qualquer pessoa possui de, defender-se, de
forma plena e efetiva, contra contra acusações ou ações judiciais, buscando esquivar-se do
dolo, culpa, da ação ou omissão que lhe foram imputados. (O acusado fala daquilo que fez,
ou não fez, em relação à ação denunciada).
2. o contraditório refere-se à garantia de participação ativa no processo, por meio de
contestação e contra-argumentação das alegações e provas apresentadas pela parte
acusadora. (O acusado confronta as declarações ou provas apresentadas pelo acusador e/ou
testemunhas de acusação).
• c) Traga um caso concreto vivenciado ou mesmo um fato ocorrido na sua unidade, em
que o exercício do contraditório e da ampla defesa foram cruciais para se chegar à
verdade dos fatos.
1. Em meados de 2015, quando eu trabalhava no rádio-patrulhamento na 209ªCia/50ºBPM,
durante atendimento de ocorrência de violência doméstica, estando em companhia do CB
Fernando Souza, contemporâneo deste CEFS II 2023, identificamos que o autor ameaçou,
agrediu e lesionou sua companheira e familiares. Chegando ao local, ao sermos atendidos no
portão, percebemos que a vítima estava com sangramento no rosto. O autor estava no
interior da casa e, ao notar a presença da guarnição, de posse de uma faca, correu em nossa
direção. Em razão de seu estado de embriaguez, ao correr, ele desequilibrou-se e, antes de
cair ao solo, bateu sua cabeça contra a porta traseira direta da nossa viatura policial.
2. Ao ser imobilizado e algemado, o autor permaneceu junto à viatura. De modo agressivo ele
bateu sua cabeça, por diversas vezes, na porta do veículo. Da ação, além de amassar a porta
da viatura ele sofreu lesão/escoriação com intenso sangramento no rosto.
3. Do evento, restou sindicância para apurar a conduta dos militares, além da autoria e
responsabilidades pelo ressarcimento do patrimônio público danificado.
4. Através da apresentação de alegações, provas materiais e testemunhais, aos militares, não
houve responsabilização, nem pelos danos à viatura ou pelo uso da força contra o autor. Ele
não ofereceu denúncia e assumiu as consequências pelos atos praticados, concordando em
pagar os reparos necessários.
CÓDIGO PENAL
Senhor Sargento Rodrigo, boa tarde!
• 1º TÓPICO: A caracterização do crime de feminicídio obedecerá aos seguintes parâmetros:
1. A Condição de Gênero da Vítima: Elemento central. A mulher é a vítima.
2. Situações de Violência Doméstica e Familiar: Conforme a lei 11.340/06, no âmbito de
relacionamentos íntimos, familiares ou de convívio habitual, que pode incluir os parceiros,
ex-parceiros, familiares ascendentes, descendentes, ou pessoas com quem a vítima tenha ou
teve uma relação afetiva, ainda que curta, independente de coabitação, e os esporadicamente
agregados.
3. Menosprezo, Desigualdade e Discriminação à condição de mulher: cultura do machismo
com crenças misóginas e sexistas que criam estereótipos que inferiorizam e desvalorizam as
mulheres.
• Experiência pessoal: Como comandante da equipe PVD-67ªCia, atuei diretamente nos Reds
abaixo, ambos foram homicídios consumados, com vitima mulher, porém com uma
distinção. :
1. "2022-010585310-001", registrado em 10/03/2022, o fato estava sob acompanhamento da
PVD, a vítima já havia saído de casa, representado e requerido medidas protetivas, porém o
autor seguia com as ameaças, perseguições e descumprindo as medidas protetivas. O autor
não conseguiu ter acesso à ex-mulher, em razão das providências e cuidados adotados. Ainda
assim, como meio de vingar-se e imprimir castigo à ex-mulher, o autor foi até o local de
trabalho da cunhada, deu diversas facadas e consumou o homicídio. Havia o vínculo familiar
entre autor e vítima, ainda que afastado o vinculo afetivo.
2. "2022-052714192-001", em 02/12/2022, situação clássica. A vítima recusou os
procedimentos do protocolo, não tomou as medidas judiciais cabíveis, seguiu vivendo com o
autor, até que ele descobriu uma traição. Confirmada a suspeita da traição, após perseguição
e constante monitoramento da rotina da vítima e suas redes sociais, o autor invadiu a casa
onde ela estava, após atrito, desferiu oito facadas, consumando o feminicídio. O CB Alan
Rone registrou um fato anterior, com prisão deste mesmo autor. O autor foi preso em
flagrante, autuado e será julgado no dia 17/08/2023. Fui o condutor do flagrante.

LAAP Tortura e 11.340


Senhora Cap Juliana, bom dia!
Sobre a lei 9.455/97, apesar de seu art.5º trazer a seguinte descrição:
• "...§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a
interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada. § 6º O crime de
tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia."
Também devemos observar as regras definidas pela nossa Carta Magna CRF/88, onde verificamos
no art. 125...:
• § 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos
crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares,
ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente
decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças.
• § 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os
crimes militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares
militares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e
julgar os demais crimes militares.
1. Assim sendo, a lei de tortura não se aplica somente aos agentes públicos, mas ela traz um
aumento de pena se o agente ocupar função pública. A lei 9.455/97 prevê a aplicação da
condenação previsto no § 5º, com efeito automático. Como não existe ressalvas nem
impedimentos quanto às questões omissivas, o previsto no art 1º, §2º pode ser aplicado
automaticamente,
2. Porém, em se tratando de crimes militares, caberá ao tribunal de Justiça Militar, processar,
julgar e "decidir" sobre a perda da graduação dos praças. Quanto ao referido Sargento em
análise, caso a conduta omissiva seja entendida como crime militar, não há que se falar em
efeito automático da condenação com aplicação do § 5º da lei 9.455/97, em razão da
prerrogativa do TJM em "decidir" quanto a perda do cargo ou função.
• Sobre as diferenças da conduta omissiva própria e imprópria, temos que observar as
diferenças quanto ao dever de denunciar, ou apurar, após ciência de prática do crime de
tortura, em contraste com o dever de intervir para evitar a continuidade ou a concretização
da ações de intenção de praticar tortura.
Para melhor fixação do meu entendimento, dividi tais questões de conduta omissiva conforme os
tempos verbais:
1. Se alguém tem o dever de denunciar ou apurar um crime de tortura que já ocorreu, a vítima
já foi torturada (pretérito perfeito) e o resultado da tortura não pode mais ser evitado, mas
não tomar providências devidas, existe o "dolo", quanto intenção de se omitir,
direcionada a não buscar responsabilizar o autor do crime. Nesse caso terá cometido
uma Conduta Omissiva Própria.
2. No caso em que alguém visualizar ação de tortura(tempo presente) ou, pelos elementos em
torno dos fatos houver indícios, ou vestígios claros, de que será cometida a tortura (futuro
do presente) caso não seja tomada nenhuma providência para impedir a continuidade ou
concretização da ação e os futuros resultados "a tortura". Nesse caso, estará cometendo
uma Conduta Omissiva Imprópria, pois o crime só irá continuar ou concretizar-se em razão
da omissão do espectador.

A respeito da lei 11.340/06, que cria mecanismos para coibir a violência no âmbito da
convivência doméstica e familiar, veremos a criação dos Juizados Especiais que vão apurar,
processar e julgar as ações criminais e cíveis. Teremos ainda medidas de assistência e proteção às
vítimas, que pode acarretar em medidas protetivas destinadas à vítima e ao autor, que nesse caso,
poderá impor alguma medida restritiva de direito.
1. Via de regra, a aplicação da medida protetiva de afastamento do agressor do lar, somente era
cabível após decisão judicial. Com as atualizações da lei 13.827/19, considerando que o
afastamento do agressor do lar será determinado pela autoridade judiciária, nos casos em
que for constatada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade da mulher,
se o município não for sede de Comarca, o afastamento do agressor do lar pode ser
determinado pelo Delegado. Nos casos em que o município não for sede de comarca e nem
tiver delegado de polícia disponível, o Policial Militar poderá aplicar a medida de
afastamento do agressor do lar e determinar a proibição de contato com a ofendida.
2. Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência
previstas nesta Lei: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos.
3. Caso seja identificado o descumprimento, se não for possível realizar a prisão do autor, será
confeccionado o REDS narrando os fatos e detalhes da conduta que originou o
descumprimento, pois, somente a ação de descumprir as regras das medidas medidas
protetivas já configura crime. Em caso de prisão do autor, será conduzido à autoridade de
polícia judiciária, onde será autuado em flagrante. O autor também responderá,
cumulativamente, por outros crimes que cometer durante a ação do descumprimento das
medidas protetivas.
4. § 2º Na hipótese de prisão em flagrante, apenas a autoridade judicial poderá conceder
fiança.
DIREITO PROCESSUAL PENAL
Bom Dia Senhor Sgt Arllen!
Das funções essenciais à Justiça, primeiramente temos:
• O Juiz, figura central no sistema de justiça, responsável por interpretar e aplicar seguir os
princípios e normas do ordenamento jurídico, julgar conflitos e tomar decisões em processos
judiciais, mantendo a ordem e provendo a regularidade dos atos processuais, para garantir a
ordem pública por meio de decisões imparciais e fundamentadas.
• O Ministério Público: instituição permanente, autônoma e independente, composta por
membros concursados, sendo os promotores de justiça (nos estados) e os procuradores da
República (no âmbito federal. Suas atribuições são a defesa da ordem jurídica, fiscalização e
cumprimento das normas, investigação criminal e proteção dos direitos fundamentais.
Criminalmente ele será o acusador, detentor(privativamente) do poder/dever de promover a
ação penal pública que irá processar autores de crimes. Apesar de ser o titular da ação penal,
quaisquer do povo pode apresentar fatos e requerer providências.
• Advocacia Pública: Atividade exercida pelos advogados públicos, representantes do Estado
e de suas instituições. Atuantes nas questões jurídicas, buscam garantir os interesses
públicos, a legalidade dos atos administrativos e a defesa dos direitos do Estado e da
sociedade, seja nas questões judiciais, ou extrajudiciais, garantindo que a Administração
Pública atuará dentro dos limites legais, defendendo os interesses coletivos. Seus principais
órgãos são:
1. Procuradoria-Geral da República (PGR); órgão máximo do Ministério Público Federal
(MPF), atuando perante o Supremo Tribunal Federal (STF). O Procurador Geral da
República é o chefe do MPF e tem o papel de defender os interesses do Estado e da
sociedade em processos que tramitam perante o STF.
2. Advocacia-Geral da União (AGU): Que representa, judicial e extrajudicialmente, a
União, suas autarquias e fundações. A AGU atua na defesa do Estado em ações judiciais e
na prestação de consultoria jurídica aos órgãos da Administração Pública Federal.
3. Procuradorias Estaduais e do Distrito Federal: Cada estado e o Distrito Federal possuem
sua Procuradoria que representa judicial e extrajudicialmente o ente federativo e suas
entidades vinculadas.
4. Procuradorias Municipais: Têm a função de prestar consultoria jurídica aos órgãos da
Administração Municipal e representar o município em questões legais.
5. Advocacia (privada): É exercida pelos profissionais formados em Direito e devidamente
inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Suas principais atribuições são a
representação e defesa dos interesses de pessoas físicas e jurídicas em juízo ou fora dele.
Atuam como defensores dos direitos e garantias individuais e coletivas dos cidadãos perante
o Estado e outras instituições e prestam assessoria jurídica, elaboração de pareceres e
orientações legais a seus clientes.
6. Defensoria Pública: É responsável por garantir o acesso à justiça para as pessoas que não
têm condições financeiras de contratar um advogado particular. Prestam de assistência
jurídica gratuita aos necessitados, orientando e representando-os em processos judiciais e
administrativos.Atuam na defesa dos direitos individuais e coletivos das pessoas em situação
de vulnerabilidade social.
• Das principais diferenças entre a Justiça Militar da União e Justiça Militar Estadual,
primeiro devemos tratar das diferenças da destinação das instituições Militares. Enquanto as
Forças Armadas da União tem o dever de proteger sua soberania, defender seus interesses
nacionais e garantir a segurança interna e externa, sendo divididas em três ramos: Exército,
Marinha e Força Aérea. As instituições Militares Estaduais detém o poder de polícia para
atuar no policiamento ostensivo, na preservação da ordem pública e execução de atividades
de defesa civil.
1. Justiça Militar da União: é um ramo do Poder Judiciário brasileiro com jurisdição sobre
questões militares e sobre os crimes militares definidos em lei, dos quais um civil também
poderá ser sujeito julgado pela Corte Castrense. A JMU tem jurisdição nos Crimes Militares,
previstos no CPM; Crimes contra a Segurança Nacional; Crimes contra o Estado de
Direito(insubordinação, motim e revolta militar) e nos Conflitos entre militares em suas
relações hierárquicas e funcionais.
2. Justiça Militar Estadual: é responsável por julgar questões relacionadas a crimes militares
estaduais e infrações disciplinares militares que envolvam os membros das Polícias Militares
e dos Corpos de Bombeiros Militares dos estados e do Distrito Federal, sujeitos ao Código
Penal Militar Estadual e suas leis específicas, ressalvando a competência quanto aos crimes
dolosos contra a vida do civil.
Enquanto a JMU está subordinado ao STM, as JMEs são compostas, em primeiro grau, pelos
Juízes Militares e pelos Conselhos de Justiça (os Especiais e os Permanentes) e em segundo Grau
temos o Tribunal de Justiça Militar, que está subordinado ao STJ.
De experiência pessoal que envolveu os atos praticados pelas autoridades responsáveis pela
relação jurídica, tenho REDS "2018-046635296-001" e as ações decorrentes dele. Na ocasião o
autor de lesão corporal agrediu um instrutor de aulas tênis. Conforme relatos, um adolescente teria
sido assediado pelo professor e o irmão mais velho fez justiça com as próprias mãos, agredindo e
deixando a vítima desacordada. O fato ocorreu no interior do condomínio vivendas do lago, local
onde residem diversos juízes e promotores. Na ocasião, esteve presente no local um delegado de
polícia, que apenas era conhecido do pai do autor, sendo que o referido Delegado em nada interferiu
na ação da polícia militar. Ainda assim, em tempo recorde, em poucos minha guarnição foi intimada
para prestar esclarecimentos da ação policial militar, bem como para informar se o delegado que foi
ao local dos fatos interferiu nas ações e impediu que o autor fosse autuado em flagrante,
considerando que, apesar de ter ficado desacordado por ter sido nocauteado, não restou maior
gravidade à vítima(assediador).

Era época de propaganda eleitoral e, fui vestido uma camisa do então candidato "Jair Messias
Bolsonaro", não sabendo eu, que o promotor que iria me entrevistar tem ideologia política de
esquerdista. Meu depoimento durou quase três horas, entre questionamentos quanto aos
procedimentos adotados no local, das possíveis interferências causadas pelo delegado, quanto a
presença do advogado do autor, bem como de um questionamento/acusação infundada de que "Eu",
relator do REDS, não havia constado detalhes do atendimento e socorro à vitima, fato que foi
refutado ao ser solicitado que o promotor relesse o paragrafo 5º, na qual constava tais informações
questionadas. Também fui questionado se concordava com a ação do delegado de plantão que não
ratificou a prisão e não autuou em flagrante o conduzido, tratando-se de crime de lesão corporal.

Finalizado meu depoimento, ao ser lido o termo que seria assinado, identifiquei diversos erros
de interpretação de minhas declarações, dos quais requeri diversas correções e revisão de
apontamentos descritos pelo promotor. O meu comandante de guarnição ficou menos de trinta
minutos sendo ouvido. Não havendo falhas técnicas nos procedimentos policiais, fomos liberados e
nunca mais tomei ciência do desenrolar dessa apuração. Extra oficialmente tomei ciência de que,
haviam questões pessoais em torno das partes envolvidas e por isso a apuração foi tão imediata,
porém, ao que parece, nada restou provado das acusações ou suposições de cometimento de crime.

POLÍCIA COMUNITÁRIA
A divisão da área de atuação policial em setores e subsetores permitem uma gestão eficiente dos
dados ao dividirem uma área em setores menores e mais gerenciáveis. Assim podemos ter uma
visão mais próxima e detalhada de cada região, o que possibilita um melhor entendimento das
peculiaridades e demandas específicas das comunidades. Além disso, a distribuição equitativa dos
recursos humanos e materiais é otimizada, melhorando a cobertura e resposta do policiamento.
O Sargento, em seu papel de comandante e líder de equipe, desempenhando uma gestão setorizada
do policiamento comunitário poderá coordenar e orientar os policiais sob sua responsabilidade para
atuar de forma proativa na prevenção de crimes e na resolução de problemas locais. Ao estabelecer
presença constante e próxima da comunidade, promove-se a confiança estabelecendo-se uma
parceria entre a população e a Polícia.
A permanência de integrantes numa mesma equipe policial, dentro das modalidades de
policiamento comunitário, quais sejam, GEPAR, PVD, Proerd, Patrulha Rural e Bases de Segurança
Comunitária permitirá uma aproximação entre a guarnição e a comunidade, em razão da
continuidade do trabalho, fixação visual e interação constante, que permitirá ao Policial Militar
conhecer intimamente as pessoas, entender o contexto cultural que rege aquela região e identificar
os principais focos de risco, dentre os cidadãos, bem como conhecer as lideranças e principais
atores sociais que podem colaborar com a aproximação entre Polícia e Sociedade e potencializar
nossos resultados.
De modo objetivo e concreto, os resultados perante a sociedade são potencializados, aumentando a
sensação de segurança e tranquilidade e a resolução dos problemas. Esses seriam os fatores
estatísticos mensuráveis. De modo subjetivo, a imagem da instituição e dos militares fica fortalecida
mediante uma quebra de paradigmas, preconceitos e estereótipos que circundam a função de
polícia ostensiva. A sociedade passa a se sentir parte dos problemas e assume sua função
constitucional de preservar a ordem pública.
Quanto a minha participação nas modalidades de policiamento comunitário, por ordem de maior
tempo de atuação e volume de ações desenvolvidas, participei da fundação da primeira equipe
especializada em prevenção à violência doméstica do 50ºBPM, composta por seis militares que
atuavam, inicialmente, acumulando as funções de atendimento de 1ª e 2ª respostas e fiscalização de
medidas protetivas. Ao longo da evolução das diretrizes e com a INSTRUÇÃO 3.03.15/2020-CG,
fui destaque da turma no curso que tratava do treinamento para atuação no protocolo SPVD.
Atualmente comando a PVD da 67ªcia, onde atuo desenvolvendo articulações junto a rede de
enfrentamento à violência doméstica, ministério público, DEAM e órgãos civis que a compõe. Sou
instrutor do Proerd, atualmente inativo, mas nos anos de 2014 a 2016 atuei como instrutor Proerd na
67ª cia, momento em que a nossa equipe conseguiu dobrar o número de escolas e alunos atendidos.
Em 2014, saímos da estatística de pouco mais de mil alunos, para mais de 2.400 proerdianos
formados ao final daquele ano. Entre 2008 e 2009, quando atuava na bike patrulha no aglomerado
Conferência Cristo Rei, tive a oportunidade de atuar, em conjunto com o GEPAR em ações junto ao
programa fica vivo e cobri um mês de férias de militar patrulheiro da equipe GEPAR, do então setor
11/209ªCia. Também atuei cobrindo férias da equipe do policiamento de Patrulha Rural da 67ªCia e,
esporadicamente, atuei em serviços das BSC’s. Antes de retornar à PVD, por mais de cinco anos,
consecutivos, atuei na PAC, nos 4º/1º turnos do setor 08 da 67ªCia.

Redação Institucional
Administrativa Disciplinar (SAD), Processo Administrativo Disciplinar (PAD), Processo
Administrativo Exoneratório (PAE) e Inquérito Policial Militar (IPM).
Relatório de investigação preliminar (RIP).
A RED´s (Razões Escritas de Defesa)

LAAP CRIMES HEDIONDOS TRÁFICO DE DROGAS


1. É extremamente relevante que o relato das circunstâncias em que o tráfico ocorreu sejam
bem narrados e descritos, especialmente quanto ao local e horário, pois, conforme a Lei
11.343/06, em seu artigo 33, § 3º da Lei de Drogas, está descrito que o tráfico de drogas em
áreas de utilização pública ou coletiva, tais como estabelecimentos prisionais, de ensino,
hospitalares, dentre outros, é considerado crime mais grave, estando sujeito a penas mais
severas.
2. O tráfico compartilhado, previsto no artigo 33, § 3º da Lei 11.343/06, ocorrerá quando duas
ou mais pessoas se unirem, intencionalmente, dividindo as tarefas e os lucros, para praticar o
crime de tráfico de drogas. Nesse caso, a pena para cada um dos envolvidos será aumentada
de um sexto a dois terços.
3. Por outro lado, o tráfico de drogas previsto no caput do artigo 33 trata-se da prática
individual do crime, sem associação com outras pessoas e a pena prevista será de reclusão de
5 a 15 anos.
4. A figura do tráfico privilegiado, de acordo com o artigo 33, § 4º da Lei 11.343/06, ocorrerá
quando o agente for considerado réu primário, possuir bons antecedentes e não tiver
condutas reiteradas de dedicação a atividades criminosas. Juiz poderá reduzir a pena de um
sexto a dois terços, mas essa redução é facultativa e depende da análise das circunstâncias do
caso.
5. Quem semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de
substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica para consumo pessoal
não responderá pelo crime de tráfico de drogas, mas pelo crime previsto no artigo 28 da Lei
11.343/06. Essa conduta será considerada como posse de drogas para uso pessoal, não se
equiparando ao tráfico de drogas, e a pena será advertência sobre os efeitos das drogas,
prestação de serviços à comunidade e medidas educativas de comparecimento a programas
ou cursos educativos.
6.
DIREITO PROCESSUAL PENAL COMUM E MILITAR

As instituições armadas dispõe da forca e detém o poder de coerção, agindo em nome do Estado. A
Polícia Judiciária Militar (PJM) tem como principal função a apuração de crimes militares,
previstos em lei, que sejam cometidos pelos militares estaduais no contexto das suas atividades
específicas e relacionadas com a segurança pública. A PJM possui autonomia para conduzir
inquéritos e investigações, buscando a devida apuração dos fatos e a responsabilização dos
envolvidos em si tratando dos fatos típicos antijurídicos classificados como crimes militares.
Já a Polícia Judiciária Comum, geralmente representada pela Polícia Civil, é responsável pela
investigação de crimes comuns que sejam cometidos por civis ou por militares estaduais, desde que
o cometimento desses crimes que não estejam relacionados diretamente com suas funções no
âmbito da segurança pública ou no exercício das funções em razão das suas prerrogativas. A Polícia
Civil atua na apuração de delitos que ocorrem no contexto civil, enquanto a PJM aborda casos que
se enquadram no âmbito militar.

A atuação da Polícia Civil em casos de crimes dolosos contra a vida de civis praticados por policiais
militares é de extrema importância para a garantia da transparência, imparcialidade e justiça, sem
que exista espaço para críticas de suposto favorecimento ou condescendência criminosa. Essa
necessidade fica destacada pelo contexto político cultural que margeia pos assuntos e fatos do
período do regime militar em nosso país, em que a mídia sofreu censura. É fundamental que esses
casos sejam investigados de forma rigorosa e independente, para que não haja impunidade em
situações em que o poder estatal é usado de maneira inadequada ou abusiva.
A Polícia Civil, como órgão de investigação do âmbito civil, deve ter autonomia e recursos
adequados para conduzir as apurações de maneira isenta, sem interferências políticas ou
corporativas, garantindo que os envolvidos sejam tratados com igualdade perante a lei.
Isso não a coloca como rival ou inimiga da polícia militar, pois é crucial que a polícia tenha
mecanismos de controle e responsabilização interna para evitar possíveis abusos e garantir que a
justiça seja feita de forma imparcial.
CHEFIA E LIDERANÇA

A ideia de liderança como ferramenta de execução dos serviços enfatiza que líderes eficazes são
aqueles que colocam as necessidades dos liderados em primeiro lugar, em vez de se concentrarem
apenas no exercício de poder e autoridade. Alguns pontos do livro se aplicam à atividade Policial
Militar, de modo especial quanto a postura e atuação do Sargento:
Primeiro vemos a “Liderança como Serviço”: O autor defende que líderes devem se ver como
servidores de suas equipes, buscando atender às necessidades e desenvolvimento dos liderados. No
contexto Policial Militar, o Sargento pode aplicar essa filosofia ao considerar o bem-estar e
crescimento profissional dos membros de sua equipe. Isso criará um ambiente de respeito mútuo e
colaboração, com uma sensação de pertencimento e responsabilidades diretas com os desafios a
serem enfrentados.
Seguiremos buscando diferenciar “Poder x Autoridade”: A diferença entre poder e autoridade
pode ser entendida na medida que o “Poder” é a capacidade de fazer as pessoas obedecerem uma
ordem, sem que haja possibilidade de ponderação ou negativa. Muitas vezes o Poder acaba sendo
usando para exercer coação ou medo. Já “Autoridade” é a habilidade de influenciar os outros por
meio do respeito, confiança e exemplo. No contexto policial, o Sargento pode usar da autoridade
que será exercida através do conhecimento, experiência e integridade para liderar, em vez de confiar
apenas no poder da hierarquia e disciplina militar.
A Modelagem do Comportamento, pode ser traduzida pelo aforismo “As palavras convencem,
mas o exemplo arrasta multidões”. O autor enfatiza a importância de os líderes servirem como
modelos de comportamento. Isso se aplica ao Sargento no sentido de demonstrar os valores, ética e
profissionalismo esperados dentro da força policial. Ao agir como um exemplo, como referência a
ser seguida, o Sargento inspirará sua equipe a seguir padrões elevados, facilitando o cumprimento
da missão e minimizando desvios de conduta.
A Escuta Ativa e Empatia são mecanismos de comunicação e uma das melhores formas de
promover relações públicas. A liderança servidora envolve a capacidade de ouvir ativamente e
demonstrar empatia pelas preocupações e necessidades dos outros. No contexto Policial Militar, o
Sargento pode praticar a escuta ativa ao lidar com problemas dos membros da equipe, o que
contribui para um ambiente de apoio e confiança.
Na Tomada de Decisão Participativa a abordagem de liderança servidora também promoverá uma
tomada de decisão participativa, envolvendo os membros da equipe nas decisões que afetam o
grupo. O Sargento pode aplicar isso ao permitir que os membros da equipe tenham voz em questões
relevantes, o que pode levar a soluções mais bem fundamentadas.
O Desenvolvimento Pessoal e Profissional deve ser contínuo de liderados, ajudando-os a alcançar
seu potencial máximo. O Sargento pode investir no treinamento, orientação e mentoria de sua
equipe, contribuindo para um aprimoramento constante das habilidades e conhecimentos dos
membros.
Ao Cultivar Relacionamentos a liderança servidora irá valoriza os relacionamentos interpessoais.
O Sargento pode focar em construir conexões fortes com sua equipe, fomentar um ambiente onde
todos se sintam valorizados e parte de um grupo coeso.
Em resumo, os princípios de liderança servidora apresentados no livro podem ser aplicados
totalmente para facilitar o papel do Sargento nas atividades Policiais Militares, criando um ambiente
de respeito mútuo, desenvolvimento pessoal e eficácia operacional. Ao adotar uma abordagem de
liderança centrada em valores e serviço, o Sargento pode influenciar positivamente sua equipe e
fortalecer a coesão interna, que irá impactar totalmente na produção dos serviços de segurança
pública.

“LAAP”
O Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) faz parte de uma séria de regulamentações previstas
na Lei nº 9.099/1995, que trata dos Juizados Especiais Criminais, que introduziu uma série de
medidas despenalizadoras. Esse documento é utilizado para registrar infrações de menor potencial
ofensivo, contravenções penais ou crimes de menor gravidade. O TCO será lavrado quando se tratar
de infrações penais cuja pena máxima cominada seja de até 2 anos de prisão, cumulada ou não com
multa.
Podemos entender que casos como pequenos furtos, lesões corporais leves, perturbação do sossego,
dentre outros pequenos delitos. Sua estrutura e redação envolve a elaboração de um documento
descrevendo a ocorrência e detalhando os envolvidos, as circunstâncias dos fatos e todas as
informações relevantes que permitam entender a dinâmica do evento narrado. Para lavratura, o
autor da infração deverá manifestar disponibilidade em comparecer em um Juizado Especial
Criminal, onde será instaurado um processo para apuração do ocorrido.
É importante ressaltar que o TCO não envolve a prisão em flagrante, mas trata-se da lavratura de
um documento para fins de apuração da infração perante a Justiça. Se durante a abordagem a
situação for mais grave ou complexa, o Policial poderá/deverá conduzir os envolvidos à delegacia
de polícia para que sejam tomadas as medidas cabíveis.
Destaco algumas das principais situações deparadas pelas guarnições em se tratando de ocorrências
de: Lesões corporais leves; Ameaça; Injúria; Difamação; Perturbação do sossego; Violação de
domicílio; Furto simples (quando o valor do objeto furtado pequeno); Dano simples (quando o valor
do dano causado for baixo); Desacato a autoridade; Uso de drogas para consumo pessoal.
O autor que, estando consciente, concordar em comparecer ao JECrim, deverá assinar o TCO,
como forma de reconhecimento da infração e das informações prestadas. A vítima pode ser
informada sobre a possibilidade de composição dos danos civis (resolução extrajudicial de conflitos
decorrentes de infrações penais de menor gravidade, com foco na reparação dos danos causados à
vítima) ou acordo com o autor. Ela deverá assinar o documento manifestando seu desejo de
representar contra o autor. Nos casos de ação publica condicionada em que a vítima não desejar
representar, não será lavrado o TCO. Casos que envolvam violência doméstica ou crimes militares,
situações em que menores estiverem envolvidos não podem ser alvo de TCO.
Essas medidas visam a agilizar a tramitação de processos relacionados a infrações penais de menor
gravidade, promover a despenalização de certas condutas, evitando a sobrecarga do sistema
judiciário, com casos simples, que podem ser resolvidos de maneira mais célere e eficiente.
Aqui deixo algumas críticas e avaliações sobre a liberação do TCO para a PMMG:
1. https://www.youtube.com/watch?v=7TZU5UKCMAU
2. https://www.youtube.com/watch?v=ChRP_O6geNw
Respeitosamente:

DIREITO PENAL COMUM


1) Crime de Resistência (Art. 329, CP):
1.1 - O crime de resistência é caracterizado quando alguém, usando violência ou ameaça, impede ou
dificulta o cumprimento de um ato legal, realizado por funcionário público no exercício da função
ou a pedido dele. A violência pode ser física ou moral, e a ameaça é a promessa de causar algum
mal ao funcionário ou a alguém que o auxilie. Não existem qualificadoras específicas para esse
crime.
1. 2 - REDS 2009-000499086-001: Conforme relatos da vitima, seu amásio, por motivos
ignorados, chegou em casa exaltado e após discussão, agrediu-a fisicamente com socos e pontapés,
derrubando-a no chão. Com a queda a vitima sofreu arranhões pelo corpo e queixava-se de dores
nas costas. Com a Guarnição no local durante a ação policial o autor, ao receber voz de prisão,
resistiu a ação, sendo necessário o uso da forca e algemas para conter a resistência. Autor preso e
entregue na delegacia de plantão, sem lesões aparentes. Lavrado o Auto de Resistência conforme
determinado no REDS.
2) Crimes de Desobediência (Art. 330, CP) e Desacato (Art. 331, CP):
2.1 - O crime de desobediência ocorre quando alguém se recusa a acatar ordem legal de funcionário
público. Já o desacato ocorre quando alguém ofende o funcionário público no exercício de sua
função ou em razão dela.
2.2 - REDS 2011-001518889-001: Autor passou a ameaçá-la de agressão e no momento da
chegada da nossa guarnição ele tentou evadir e ao ser determinado que parasse para ser abordado
ele não atendeu prontamente a ordem e dificultou a abordagem, porem sem esboçar reação física
de confronto físico. Nesse sentido, demos voz de prisão ao autor em virtude da ameaça e da
desobediência.
2.3 - REDS 2010-001281724-001: Uma mulher embriagada foi a uma unidade policial e começou a
ofender o militar plantonista. Ele conseguiu abordá-la e dar voz de prisão após ter sido desacato
com palavras de baixo calão e ofensas direcionada à sua profissão. A autora também a ordem de
parar e ao ser abordada resistiu a prisão, sendo necessário o uso da forca com técnicas de
imobilização e algemas para contê-la. Quando a guarnição 14812 chegou ao local o militar havia
conseguido algemar apenas um dos braços da autora, que ainda exaltada, tentava evadir, sendo
contida e esclarecida sobre sua conduta e seus direitos, recebeu atendimento médico e depois foi
conduzida a delegacia de plantão.
3) Crime de Corrupção Ativa (Art. 333, CP):
3.1 - A corrupção ativa envolve oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público para
que este pratique, omita ou retarde ato de sua competência. "Vantagem indevida" se refere a
qualquer benefício, seja material ou não, que não seja devido. A consumação ocorre quando a oferta
ou promessa é feita, independente de o funcionário público aceitar a vantagem ou não.
3.2 - Não atuei diretamente em ocorrências dessa natureza, mas tomei conhecimento do REDS
2023-010550772-001: Onde, após a condução do autor, preso por acusação de tráfico, durante as
diligências policiais, ele veio a oferecer vantagem em dinheiro a guarnição do sargento Mendes,
em troca de sua liberação. Face ao exposto, o autor foi conduzido por trafico e corrupção ativa e
entregue na delegacia de plantão.
4) Crimes de Denunciação Caluniosa (Art. 339, CP) e Comunicação Falsa de Crime ou
Contravenção (Art. 340, CP):
4.1 - A denunciação caluniosa ocorre quando alguém comunica à autoridade a prática de um crime
inexistente, sabendo que é falsa a informação. O foco é acusar alguém. A comunicação falsa de
crime ou contravenção ocorre quando alguém comunica falsamente a ocorrência de um crime ou
contravenção à autoridade. O foco é inventar a existência de um crime/contravenção, sem apontar
autor. Diferentemente da denunciação caluniosa, a comunicação falsa não exige que a acusação seja
difamatória. O fato de comunicar um crime ou contravenção falso, mesmo que não envolva
difamação direta, é suficiente para configurar o delito.
4.1 - REDS 2019-009163080-001: Após divergência quanto a compra e venda de móvel para salão
de beleza, ambos envolvidos afirmaram ter ocorrido atrito verbal quando fizeram contato via
whatsapp. "Luana" solicitou-nos registro dos fatos pois alegou que teria sido acusada de cometer
furto, bem como alegou que "Solange" teria afirmado que colocou uma pessoa do bairro para a
vigiar e assim impedir que ela se desfizesse do suposto objeto furtado.
4.2 - REDS 2020-039420286-001: O proprietário de um veículo disse que estavam bebendo no
posto de gasolina do “br mania”. Que no momento em que ele saiu do estabelecimento, percebeu
que o veículo havia sido furtado. Disse também que ligou para a polícia militar a fim de comunicar
o crime, mas não se lembra porque não esperou a viatura para proceder o registro. O veículo
referido veículo foi localizado após sofrer acidente. Uma condutora, embriagada, alegou que
pegou o carro emprestado, mas perdeu o controle e acidentou-se. Após diligências o proprietário
do automóvel foi conduzido a delegacia, pela falsa comunicação de crime e por ter entregado a
direção a pessoa inabilitada em estado de embriaguez.

POLÍCIA COMUNITÁRIA
1 - Além da Diretriz nº 3.01.10/2019-CG - Polícia Comunitária; também consultei a Diretriz
Nacional de Polícia Comunitária que criou o Sistema Nacional de Polícia Comunitária; já fiz dois
cursos na modalidade Curso Nacional de Multiplicador de Polícia Comunitária; e consultei o TCC
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade
Federal de Minas Gerais
• 2 - O Policiamento Orientado para o Problema (POP) é uma estratégia de aplicação da
lei que se concentra em resolver problemas específicos que causam ou contribuem para a
criminalidade e a desordem em uma comunidade, com atuação setorizada. Diferentemente
do policiamento tradicional, que é reativo e centrado no rádio patrulhamento e atendimento
individual do crime, o POP as ações serão proativas, visando abordar as causas subjacentes
dos problemas de segurança pública. Seus princípios incluem análise detalhada de
problemas, foco nas causas raízes, respostas personalizadas, avaliação contínua e
estreitamento da parceria e colaboração com a comunidade. Em contraste com o
policiamento tradicional, o POP busca prevenir problemas em vez de apenas responder a
incidentes e será adaptará suas abordagens de acordo com as necessidades específicas de
cada comunidade.
• 3 - O método IARA (Identificação, Análise, Resposta e Avaliação) é uma abordagem
estruturada no âmbito do Policiamento Orientado para o Problema (POP). Ele oferece um
guia sistemático para lidar com problemas de segurança pública de maneira eficiente. O
processo envolve a identificação de problemas identificados pela colaboração com a
comunidade. Em seguida partiremos para uma análise das causas subjacentes, o que
permitirá desenvolvimento de respostas personalizadas e a avaliação contínua das
estratégias implementadas. O IARA oferece uma estrutura sólida para abordar problemas,
baseada em evidências, holística (busca um entendimento integral dos fenômenos) e que
valoriza a participação comunitária. Em resumo, o método IARA é uma ferramenta essencial
pois nos permite realizar abordagens mais assertivas e direcionadas para melhorar a
segurança conforme cada local.
• 4 - Como experiência pessoal, destaco uma ação referente ao "2016-BOS-0003968947",
onde participei, representando o comandante da 67ªCia, nas ações do CONSEP do
bairro São Geraldo II:
Na ocasião o presidente da associação do bairro São Geraldo II convidou diversas entidades e
autoridades visando debater e formular estratégias para combater e prevenir a prostituição
infantojuvenil, uso e consumo de drogas diversas bem como envolvimento criminal de crianças e
adolescentes daquela comunidade, estando presentes, dentre outros, o presidente da câmara
municipal da monte claros, representantes de conselho tutelar, consep, representantes religiosos e
polícia militar. Os principais anseios debatidos, resume-se no desejo de implementação e/ou
reativação de atividades extra classe antes desenvolvidas na localidade, visando a interação dos
jovens, bem como ocupação do tempo ocioso, que os predispõe a práticas indesejadas.

• Foram diversas as solicitações quanto ao desejo de realização de palestras voltadas para o


combate e enfrentamento às drogas, palestras voltadas para a orientação sexual e combate as
dst's, bem como a necessidade de reforçar a implantação de atividades recreativas ao público
jovem. Solicitaram maior atenção quanto ao desenvolvimento do programas e projetos tais
como "proerd", jcc e crianças de atitude, dentre outros que foram muito elogiados; e que são
desenvolvidos pela PMMG. Além do desejo de retomarem as reuniões do projeto "rede de
vizinhos protegidos" que já foi implantado em algumas residências, bem como requisitaram
a disponibilidade de desenvolvimento de atividades esportivas, tais como artes marciais,
futebol e outras.
Em particular, quanto a instituição polícia militar, quanto a sensação de segurança, foram solicitadas
maior atenção quanto ao patrulhamento no bairro visando manter a tranquilidade e baixo índice
criminal; entretanto, foram recorrentes as reclamações quanto aos finais de semana onde
motoqueiros tomam conta do bairro, promovendo algazarras e manobras perigosas, bem como
reclamaram quanto a poluição sonora existente rotineiramente devido aos eventos e bares, nos quais
seriam frequentes a prostituição e presença de menores usando drogas lícitas e ilícitas, pelo que foi-
nos solicitada operação conjunto ao conselho tutelar e ministério público para fiscalização dos
eventos recorrentes. Ainda quanto a segurança, foi solicitado apoio para devida sinalização de
trânsito e melhoria quanto ao saneamento urbano no bairro.

• Quanto as denuncias da pratica de crime diversos supracitados, a comunidade foi


esclarecida da importância e necessidade de atitude partir dos moradores, através de
denuncias via "190", "181" ou "100" viando coibir e fiscalizar os diversos crimes dos
quais reclamaram. Quanto ao desenvolvimento de atividades de prevenção ativa,
forma orientados a procurar o comando da cia e batalhão para devida orientação e
avaliação da disponibilidade quanto aos desenvolvimento dos programas/projetos.
Quanto as aspirações que são de responsabilidade de outros órgãos públicos, a
comunidade foi direcionada a buscar junto a cada órgão mediante ofício para se
iterarem dos tramites legais.
• Após implementadas ações estratégicas, a incidência de perturbação de sossego
caíram em razão de operações estratégicas desenvolvidas na região. Com o
policiamento mais direcionado aos desvios de conduta, a presença de viaturas gerou
impacto na movimentação do tráfico, que também reduziu ou migrou-se. Ações
foram desenvolvidas em relação a atividades esportivas na região, contando com a
interação da Polícia Militar em torneios de futebol de salão. Ações do Proerd e do
Projeto Crianças de atitude foram intensificadas, aumentando-se o numero de
crianças e adolescentes atendidos. De modo geral em 2016 tivemos 600 registros na
referida região. Em 2017 o número caiu para 518 registros.
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TÉCNICA POLICIAL MILITAR

No contexto descrito no REDS Nº2014-006762511-001, a equipe policial militar foi acionada pelo
COPOM para atender a uma ocorrência envolvendo um policial civil e sua ex-esposa. A equipe
composta por dois militares, que relataram que chegaram ao local e pediram apoio da PVD, onde o
Policial Civil estava em processo de separação e entrou na residência da Vítima, estacionou seu
veículo, discutiu e se recusava a sair do local, mesmo após pedidos da Vítima.
Os procedimentos adotados no local da ocorrência estiveram de acordo com o previsto no MTP 02
(Manual de Técnicas Policiais da Polícia Militar), pois nos quesitos de Abordagens a pessoas e
veículos; Procedimentos de segurança em operações; Gerenciamento de ocorrências; Uso de armas
e técnicas de defesa pessoal; Regras de conduta e ética; Manuseio de evidências e relatórios
policiais; Procedimentos em casos de prisão em flagrante; Tratamento de vítimas e testemunhas;
Direitos constitucionais dos cidadãos; Comunicação e procedimentos com o controle operacional
(COPOM). Nesse sentido a equipe tentou conversar com o PC, e busccou resolver a situação . No
entanto, o PC se recusou a atender a guarnição e aumentou o volume do som de seu veículo. A
equipe também manteve contato com a Vítima, que demonstrou estar temerosa pelo fato do PC
dispr de arma de fogo, estar aggressivo e dopado por medicamentos.
Após contato com a delegacia, informando do caso, o COPOM entrou em contato com o Delegado
de Plantão e o CPU, 2ºTEN Aguilar, estiveram presentes no local para acompanhar o atendimento à
Vítima e as medidas adotadas. Antes da chegada do Delegado o Policial Civil saiu do local em seu
veículo, em marcha à ré, chocou-se contra o veículo da Vítima estacionado na via pública.
Como a vítima já estava em segurança, uma tentiva de abordagem poderia redundar em mal maior,
seja ao PC ou presentes no evento, já estando cientificados todas as autoridades devidas ao caso,
registramos o fato, se que tenha sido realizada a prisao do autor.

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1 - O que se entende por personalidade e direitos da personalidade, de acordo com o conteúdo


estudado e de acordo com o Código Civil de 2002?
Harmoniosamente, a personalidade é a soma única e inconfundível das características individuais,
abrangendo elementos como nome, imagem, honra, intimidade, entre outros. Os direitos da
personalidade são os pilares que meticulosamente asseguram a proteção desses atributos,
convencendo-nos de que ninguém deve ousar violá-los, de acordo com o Código Civil de 2002.
2 - Os direitos da personalidade são absolutos? Justifique sua resposta?
É importante perceber que os direitos da personalidade não são absolutos, sendo necessário um
controle metódico e ponderado. Eles podem ser ajustados em situações de colisão com outros
direitos fundamentais, como a liberdade de expressão, desde que essa ponderação respeite a
qualidade do tempo e a sensibilidade do indivíduo, evitando qualquer manipulação inadequada.
3 - O que se entende por direito ao esquecimento?
O direito ao esquecimento é a capacidade de manter harmoniosamente informações passadas ou
irrelevantes fora do escopo público, preservando a dignidade e a intimidade das pessoas. Essa
abordagem é crucial, especialmente para aqueles cuja Linguagem do Amor é o Toque físico e
qualidade do tempo, garantindo uma convivência mais equilibrada.
4 - O direito ao esquecimento é tema pacificado na jurisprudência brasileira?
Deve-se analisar meticulosamente que o direito ao esquecimento ainda não possui uma
uniformidade definitiva na jurisprudência brasileira. As decisões judiciais variam, mostrando que é
um tema em constante evolução, requerendo um controle analítico e cuidadoso para alcançar um
entendimento mais claro.
5 - Qual é a natureza jurídica do direito ao esquecimento?
A natureza jurídica do direito ao esquecimento é frequentemente discutida e pode ser vista como
uma extensão da proteção à privacidade e à honra, aspectos essenciais da personalidade. Essa
abordagem é crucial para garantir a harmonia e a integridade das relações pessoais, principalmente
para aqueles que valorizam o Toque físico e a qualidade do tempo como sua Linguagem do Amor.
6 - Discorra (em um parágrafo, apenas) sobre um dos parâmetros aduzidos pela Corte
Superior para aferir o exercício abusivo da liberdade de imprensa.
Um dos parâmetros meticulosamente aduzidos pela Corte Superior para avaliar o exercício abusivo
da liberdade de imprensa é a relevância da informação para o interesse público. Essa abordagem é
essencial para manter o controle sobre as manipulações e garantir que a divulgação de informações
seja realizada de forma sensível e controlada, respeitando a integridade das pessoas.
7 - Qual a importância do tema para o Policial Militar (fundamentar e justificar a resposta)?
A importância do tema do direito ao esquecimento para o Policial Militar reside na necessidade de
controlar, metodicamente, a divulgação de informações sensíveis que podem afetar a imagem e a
privacidade dos indivíduos. Isso é crucial para manter a confiança da comunidade e, ao mesmo
tempo, garantir que os direitos da personalidade sejam respeitados, especialmente para aqueles que
valorizam o Toque físico e qualidade do tempo como sua Linguagem do Amor.
8 - Discorra sobre o desafio do Sargento em reconhecer, observar e promover os direitos da
personalidade, no seu âmbito de chefia, liderança e atuação.
O desafio do Sargento em reconhecer, controlar e promover os direitos da personalidade é crucial
em sua posição de liderança. Deve ser analisado e abordado com método e controle para garantir
que a dignidade e a integridade dos indivíduos sejam respeitadas. Isso envolve estar atento às
situações em que esses direitos podem ser afetados, controlando ações abusivas e promovendo um
ambiente harmonioso e sensível, o que é essencial, especialmente para aqueles que são mais
sensível aos desvios de conduta.

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