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Citar as principais doenças dermatológicas

oportunistas relacionadas ao HIV/ SIDA.


Infecções virais:
● Herpes simples
● Varicela-zóster
● Molusco contagioso
● HPV
● Citomegalovírus

Infecções bacterianas
● Infecções por bactérias gram-positivas e gram-negativas
● Micobacterioses
● Sífilis
● Riquetsioses

Infecções fúngicas
● Candidíase - pode partir desde a boca e afetar todo o trato
gastrointestinal
● Dermatofitoses
● Micoses profundas (Criptococose, Histoplasmose, Esporotricose,
Paracoccidioidomicose)
● Pneumocistose
● Neoplasias (Sarcoma de Kaposi)

Candidose (candidíase)
É uma das infecções mais frequentes nos indivíduos infectados
pelo HIV, podendo acometer 30 a 50% dessa população.

A apresentação mais comum é a orofaríngea, que, em geral, é


seguida de candidose esofágica ou mesmo traqueal e, nas
mulheres, de vulvovaginite.

A candidose pode aparecer mesmo em indivíduos portadores da


infecção ainda assintomáticos, mas sua frequência e gravidade
aumentam com o comprometimento da imunidade.
É tão frequente que, em presença da candidose orofaríngea e
esofágica em adultos, sem a presença de fatores predisponentes
locais ou gerais, deve ser afastado o diagnóstico de infecção
pelo HIV.

As manifestações clínicas da candidose orofaríngea são as


habituais da candidose, mas, em geral, muito intensas e
exuberantes, ocorrendo formas atróficas (placas eritematosas
bem delimitadas no palato, como áreas depapiladas na língua)
(Figura 34.32), formas pseudomembranosas (placas de aspecto
cremoso branco-amareladas) (Figura 34.33), formas
hiperplásticas (placas esbranquiçadas, elevadas, na língua)
(Figura 34.34) e queilites angulares (Figura 34.35).

A candidose esofagiana determina intensa queimação


retroesternal e odinofagia e deve ser confirmada por meio da
esofagoscopia, uma vez que é condição definidora da doença
Aids. O diagnóstico diferencial deve ser feito,
fundamentalmente, com a leucoplasia pilosa.

O tratamento de:
● Candidíase orofaríngea: nistatina ou clotrimazol tópico;
entretanto, os pacientes com Aids podem necessitar de
fluconazol (200 mg no primeiro dia, seguido de 100
mg/dia, VO ou endovenosa, por duas semanas) ou
itraconazol.

● Candidose vulvovaginal: azoles ou os polienos tópicos.


Fungemia deve ser tratada com o fluconazol IV, 400
mg/dia, ou o anfotericina B, 0,5 a 1 mg/kg, via
intravenosa
ONICOSE SUBUNGUEAL
É produzida pelo:
Tricophyton rubrum - imunossuprimidos
Tricophyton mentagrophytes - não imunodeprimidos (é uma forma
rara de onicomicose)

HPV – Papiloma-vírus humano


A apresentação clínica das verrugas virais não costuma ser
especial nos portadores do vírus HIV. Eventualmente, podem ser
mais extensas e numerosas.
A prevalência do HPV é maior entre pessoas com HIV e tem se
tornado a doença sexualmente transmissível por vírus mais
frequente nessa população. Esses pacientes costumam ter
doenças mais refratárias.

A infecção pelo HPV pode facilitar a infecção pelo HIV.

Com relação aos condilomas acuminados, podem ser muito


volumosos e numerosos e ocorrem em 3 a 6% dos indivíduos HIV
positivos, sendo que, nos homossexuais HIV positivos, a
localização anogenital ocorre em 40% dos casos (Figura 34.28).

É importante a tendência recidivante dessas lesões nos


indivíduos HIV positivos. Também é relevante, nestes doentes,
a associação de infecção por HPV com neoplasias anogenitais,
existindo não somente associação com os clássicos tipos
oncogênicos HPV6 e HPV11, mas também com HPV 16, 18, 31 e 33.

O diagnóstico é clínico e pode ser confirmado


histologicamente.
No tratamento, pode-se utilizar
● Crioterapia
● Eletrodissecação
● Laser Com Dióxido De Carbono
● Podofilina
● Podoxifilina
● Interferon Intralesional E Bleomicina
● Ácido Tricloroacético
● Fluorouracila

Leucoplasia pilosa
É praticamente um marcador da síndrome da imunodeficiência
adquirida.

Embora tenham sido observados doentes infectados pelas várias


vias possíveis, é mais frequente em homossexuais.

A leucoplasia pilosa parece relacionar-se às infecções dos


queratinócitos da mucosa pelo vírus de Epstein-Barr.
Frequentemente, há associação com a candidíase.

O quadro é característico e compreende placas brancas em


faixas confluentes dispostas particularmente nas bordas
laterais da língua, geralmente assintomáticas.

Pode haver disseminação das lesões para a porção ventral da


língua, assoalho da boca, faringe e pilares amigdalianos
(Figura 34.47).

O diagnóstico é clínico e histopatológico, sendo obrigatória o


diagnóstico diferencial com candidíase oral, leucoplasias em
geral, leucoqueratose, líquen plano oral e carcinomas
incipientes.

Como a lesão é assintomática, geralmente não é necessário


tratamento.
Terapêutica antiviral com aciclovir, bem como medidas contra
leveduras, pode melhorar as lesões, mas há tendência à
recidiva. Excepcionalmente, é necessária a realização de
shaving cirúrgico.

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