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Eletrocardiografia
Monitorização Cardíaca
Manual do Curso
Sumário:
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1 – Revisão Anatómica do Coração
O coração possui 4 câmaras: duas aurículas (aurícula direita e aurícula esquerda e dois
ventrículos (ventrículo direito e ventrículo esquerdo).
A aurícula direita forma a borda direita do coração e recebe o sangue rico em dióxido
de carbono de três veias: a veia cava inferior, veia cava superior e seio coronário. A veia
cava superior, recolhe o sangue da cabeça e parte superior do corpo, já a inferior recebe
o sangue que nutriu o miocárdio e leva o sangue à aurícula direita.
O sangue passa da aurícula direita para o ventrículo direito através de uma válvula
chamada tricúspide. Na parede medial da aurícula direita encontramos uma depressão
que é a fossa oval.
A aurícula esquerda é uma cavidade de parede fina, que recebe o sangue já oxigenado
de quatro veias pulmonares. O sangue passa depois para o ventrículo esquerdo através
de uma válvula bicúspide.
O ventrículo direito forma a maior parte da superfície anterior do coração. É responsável
aquando da sua contração, pela circulação pulmonar. Envia o sangue recebido pela
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aurícula direita, pobre em oxigénio, para os pulmões, de forma a enriquecer de oxigénio
o sangue.
O ventrículo esquerdo forma o ápice do coração. O sangue recebido da aurícula
esquerda, rica em oxigénio tem agora de ser distribuído por todo o corpo, ou seja, é
responsável pela circulação sistémica, saindo o sangue deste através da maior artéria
do corpo humano, a artéria aorta.
A contração auricular apenas é responsável pelo enchimento de 30% dos ventrículos. Os
restantes 70% enchem passivamente durante a diástole.
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Figura 3 – Vascularização cardíaca
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A excitação de uma célula cardíaca produz uma mudança brusca na permeabilidade
iónica, muito especialmente à custa do Na+, Ca+ e K+. Isto leva a uma modificação no
potencial diastólico de transmembrana. Assim dá origem a uma primeira fase rápida
denominada fase 0, seguida de um período de repolarização mais lento constituído por
três fases – fase 1,2 e 3.
É no final desta última, que entram em funcionamento mais ativo as bombas iónicas,
fazendo regressar a célula ao equilíbrio iónico/elétrico que existia antes de ser
despolarizada.
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2 – Monitorização Cardíaca
Este é o aparelho que faz parte da rotina diária dos Profissionais de Saúde, onde se
destacam os enfermeiros.
Vigiar a componente elétrica do coração torna-se fundamental para despiste de
alterações, arritmias graves que comprometem a saúde e até mesmo a vida dos
doentes.
Se o processo de conectar os elétrodos no doente pode parecer simples, a interpretação
do traçado eletrocardiográfico apresentada no monitor é de extrema complexidade.
Comecemos pelo início. Os monitores simples permitem avaliar na sua grande maioria
3 derivações cardíacas (I,II,III). A mais comum que surge praticamente por defeito nos
Monitores é a DII.
Para que as consigamos obter é necessário conectar pelo menos 3 elétrodos. Estes
elétrodos representam na prática 3 polos (um positivo, um negativo e um neutro),
representados por 3 cores: vermelho, amarelo e verde.
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Poderemos ter ainda mais 2 elétrodos, representados por mais duas cores, sendo as
mais comuns o branco e o preto.
2.2 - Eletrocardiograma
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Lippman e criou o Galvanômetro de corda, instrumento que revolucionou, e de forma
concreta, alicerçou a eletrocardiografia. O aparelho de cerca de 270kg permitiu uma
evolução significativa no registo do eletrocardiograma, alcançando um resultados muito
semelhante ao que ainda se utiliza nos dias de hoje. Conseguiu registar as ondas P,Q,R,S,
inicialmente denominadas A,B,C,D. Através da avaliação elétricas em 3 pontos,
mergulhados em soluções salinas, alcançou as 3 primeiras derivações. DI, DII e DIII.
Ainda nos dias de hoje se fala no triangulo de Einthoven, assim denominado em sua
homenagem.
Claro está que estas descobertas permitiram estudar as arritmias cardíacas. Thomas
Lewis foi um destes estudiosos. Até 1920 dedicou-se ao estudo das arritmias,
contribuindo para elucidar os mecanismos de funcionamento cardíaco, até então sem
embasamento científico. Expôs no seu livro “Clinical Disorders of the Heart Beat”,
termos como: marca-passo, contrações prematuras, taquicardíaca paroxística, fibrilação
auricular, entre outras inovações e termos que ainda hoje utilizamos.
Após 1920, o estudo concentrou-se no eletrocardiograma, sendo introduzidas as
derivações unipolares (V1, V2, V3, V4, V5 e V6) e mais tarde as unipolares aumentadas
(aVF, aVL e a aVR)
Toda esta evolução permitiu atingir a excelência dos dias de hoje e alcançar aparelhos
leves, cómodos, que permitem rapidamente identificar a atividade elétrica do coração
e descodificar arritmias para que possam rapidamente ser tratadas.
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cabos elétricos, geradores de correntes magnéticas, que também podem alterar a
mesma linha de base. As tomadas deverão ter uma boa Terra e o chão deverá ter
material de isolamento anti estático.
O utente deverá estar deitado numa posição de semi fowler a 45º, numa marquesa de
tamanho adequado, para que não fique mal posicionado, com os braços devidamente
apoiados. Nos doentes mais idoso, que apresentem uma cifose acentuada, deverá ser
colocada uma almofada para melhorar o posicionamento e evitar o tremulo associado
ao esforço e desconforto da posição.
O doente deverá ser devidamente preparado, nomeadamente na remoção da gordura
de pele, devendo esta estar limpa, sem transpiração, e na tricotomia no local de
colocação dos elétrodos, sempre que necessário.
O aparelho deverá estar assente corretamente numa mesa de apoio, acompanhado de
todo o material necessário à realização do exame.
Neste casos o aparelho de 1 canal torna-se uma vantagem. Claro está que para obter
um eletrocardiograma precisamos de uma quantidade enorme de papel, cujo custo de
se torna relevante ao final de vários exames.
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Para melhorar a fiabilidade da captação do aparelho é necessária a utilização de um gel
condutor. A manutenção dos elétrodos limpos e sem verdete é também fundamental.
Para isso pode ser utilizada uma solução de vinagre e água morna, numa proporção de
1/3 de Vinagre para 2/3 de Água morna.
Antes da utilização do aparelho é necessária a realização de um teste do mesmo. O
chamado teste do miniVolt. Este teste é realizado com a sensibilidade de 1mV por cm
de amplitude e só em casos especiais passar para outras sensibilidades.
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Figura 14 – Papel Eletrocardiograma
Estes elétrodos dos membros permitem obter aquelas a que chamamos as derivações
bipolares. Bipolares porque medem a diferença de potencial entre dois pontos (negativo
e positivo do corpo). Assim temos:
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• DIII – O polo positivo encontra-se na perna esquerda e o polo negativo no braço
esquerdo e mede a diferença de potencial entre estes dois membros.
Os vetores obtidos por estas derivações formam um circuito fechado, chamado de
Triângulo de Einthoven.
Para além destas 3 derivações, os elétrodos dos membros, conseguem o registo de mais
três derivações, desta feita unipolares. Sendo elas aVR, aVL, aVF.
Estas derivações registam os potenciais elétricos absolutos, nomeadamente no braço
direito (aVR), braço esquerdo (aVL) e da perna esquerda (aVF)
Por fim temos aquelas a que chamamos de derivações pré cordiais. São todas derivações
unipolares, em que os elétrodos exploradores se colocam em determinados pontos
definidos do tórax- Habitualmente têm 6 localizações distintas no hemotórax esquerdo
que se denominam. V1, V2, V3, V4, V5 e V6. Em algumas situações os elétrodos podem
ser deslocados até V9.
Assim as derivações pré cordiais esquerdas têm a seguinte localização:
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• V1 – 4º espaço intercostal, junto ao bordo direito do esterno;
• V2 – 4º Espaço intercostal, junto ao bordo esquerdo do esterno;
• V3 – Entre V2 e V4
• V4 – Cruzamento entre o 5º espaço intercostal e a linha médio clavicular
esquerda;
• V5 – Localiza-se no cruzamento do plano horizontal de V4 com a linha axilar
interior esquerda.
• V6 – Localizada no cruzamento do plano horizontal de V4 com a linha média da
axila esquerda.
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Ondas Eletrocardiográficas
P 0,08s
PQ ou PR >0,12s – 0,20s
QT 0,35s – 0,42s
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A Metodologia utilizada como rotina para a avaliação dos diversos parâmetros
eletrocardiográficos pode descrever-se através da seguinte mnemónica: AFRITAR.
Atividade Elétrica;
Frequência Cardíaca;
Regular;
Irregular;
Tempo QRS;
Atividade auricular;
Relação P/QRS.
• Atividade Elétrica
Neste primeiros ponto diferenciamos toda e qualquer atividade elétrica da assistolia. A
linha isoelétrica correspondente á assistolia informa de que não existe atividade
elétrica. Todos os restantes traçados corresponde a uma atividade elétrica presente.
• Frequência Ventricular
Abordaremos 4 métodos para o cálculo da Frequência Ventricular. O método RR, o
Método dos 6 segundos, o método dos 1500 e o método dos 300.
No métodos RR, identificamos um pico da onde R exatamente no inicio de um quadrado
do ECG grande e aplicamos a escala por cada quadrícula seguinte segundo os seguintes
números: 300, 150, 100, 75, 60, 50. Na imagem seguinte conseguimos melhor identificar
o métodos.
Figura 21 – Método RR
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ECG) e multiplicamos por 10. Por exemplo, se em 30 quadrículas grandes
contabilizarmos 9 complexos QRS, significa que a frequência cardíaca será de 9x10, ou
seja 90p/min.
No método dos 1500, dividimos o número de quadrados pequenos entre dois R´s por
1500, ao contrário de que no métodos os 300, dividimos o número de quadrados
grandes por 300.
Se aplicarmos todos os métodos na mesma tira de ritmo é natural que o valor obtido
não seja exatamente o mesmo, no entanto a sua variação não deve ser significativa.
• Regular ou Irregular
Neste pontos é necessário verificar se o ritmo apresentado é regular, ou seja, o tempo
entre cada QRS é sempre o mesmo, ou então caso apresenta variações, é considerado
irregular.
• Tempo de QRS
Verificamos neste momento se os complexos QRS são estreitos (normais) ou alargados.
O primeiro terá de ter o tempo inferior a 0,12s, ou seja 3 quadrículas pequenas. No
segundo e sendo alargados o tempo de QRS se´ra igual ou superior a 0,12s.
• Atividade auricular
Verificamos agora se existem ondas P, ou seja, atividade auricular, se tem a configuração
normal e se todas são idênticas.
• Relação P/QRS
Por fim verificamos se as ondas P encontradas, apresentam relação com o complexo
QRS. Se o precedem com o tempo correto e em todos os complexos QRS.
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3 – Arritmias Cardíacas
Ritmo Sinusal
O Ritmo Sinusal é o ritmo normal do coração, que em repouso, tem uma frequência
entre 60 a 100 pulsações por minuto. Abaixo de 60 pulsações por minuto terá a
denominação de bradicardia Sinusal e acima de 100 pulsações por minuto, taquicardia
Sinusal (quando a alteração da Frequência cardíaca é ligeira)
Por forma a melhor perceber o Ritmo Sinusal, e utilizando a Mnemónica AFRITAR,
apresentamos a seguinte Tabela, que irá ser utilizada também na descrição das arritmias
mais comuns.
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Poderemos associar ao ritmo Sinusal, uma variante denominada de Arritmia Sinusal.
Nesta variante o traçado eletrocardiográfico é idêntico com a exceção do ritmo. A
frequência cardíaca oscila dependendo do processo respiratório, ou seja, aumenta e
diminui com a inspiração e expiração (arritmia Sinusal Fásica ou Respiratória).
Poderemos também encontrar esta irregularidade em idosos com patologia cardíaca,
ou sujeita a tratamento com digitálicos (arritmia Sinusal não Fásica ou não Respiratória).
Poderemos também encontra uma terceira vertente desta arritmia, denominada
Arritmia Sinusal Ventriculofásica.
Ainda dentro do Ritmo Sinusal, quando a frequência Cardíaca baixa ligeiramente dos
60p/min, denomina-se por bradicardia Sinusal. Quando a Frequência cardíaca sobe
acima dos 100 p/min, denomina-se taquicardia Sinusal.
Ambas serão patologia benignas, estando associadas muitas das vezes à prática de
exercício físico intenso, no caso da bradicardia em repouso e ao aspeto emocional e
também esforço no caso da taquicardia.
Frequência Ritmo Onda P Relação P/QRS Intervalo PR
Características < 60p/min Regular Presente Presente Normal
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Quer a bradicardia Sinusal como a taquicardia Sinusal, requerem atenção especial
quando são sintomáticas.
É de valorizar o Cansaço Fácil, Fraqueza, tonturas e sincope no caso da bradicardia
sinusal e hipotensão, palpitações, dor torácica e ansiedade no caso da taquicardia
Sinusal.
Todas estas variantes abordadas anteriormente, podem ser incluídas nas disritmias
supraventriculares com origem no nódulo Sinusal.
Temos também mais duas variantes: As disritmias com origem nas aurículas e as
disritmias com origem no nódulo aurículo ventricular.
As arritmias auriculares, têm origem no nódulo sino auricular. Sendo inerente à sua
definição de que o ritmo cardíaco anormal traduz-se também numa arritmia,
poderemos incluir neste grupo a taquicardia Sinusal e a bradicardia Sinusal.
Iremos neste grupo, para além das mencionadas anteriormente, destacar mais 3:
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Fibrilação Auricular
Flutter Auricular
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Taquicardia Supraventricular
Considerase que exista um BAV de 1º Grau, sempre que o PR ou PQ seja superior a 0.18s
na criança e 0,20s no adulto.
Importa Referir que os BAV 1º Grau não tem importância clínica, exceto quando o
intervalo PQ ou PR seja superior a 0,32s e que provoquem dispneia de esforço.
Nestes casos a onda P, vem disfarçado no QRS anterior.
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Bloqueio Aurículo-ventricular 2º Grau – Mobitz Tipo I
Neste tipo de bloqueio o PR, ou PQ mantem-se constante até que há uma onda P que
não é conduzida. A contagem poderá ser efetuada da seguinte forma:
✓ 3:1 – neste período existem 3 ondas P em que uma não é conduzida
✓ 5:1 – neste período existem 5 ondas P em que uma não é conduzida
✓ 5:2 – neste período existem 5 ondas P em que duas não são conduzidas.
São muitas vezes sintomáticos. Caso a pausa ventricular seja superior a 3s, são indicação
para Pacemaker definitivo.
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Bloqueio Aurículo Ventricular de 3º Grau ou Completo
Neste tipo de bloqueio, que poder ser crónico ou paroxístico, não há nenhuma relação
entre as ondas P e os complexos QRS. Os complexos QRS podem ser finos ou alargados.
Existem regularidade das ondas P, entre elas, assim como entre os complexos QRS.
As extra sístoles Ventriculares têm origem nos ventrículos, num dos pontos ativos dos
dois ventrículos, traduzindo-se no eletrocardiograma como um QRS alargado,
habitualmente após o QRS estreito. A grande maioria tem origem em fenómenos de
reentrada e só muito raramente são por foco ectópico.
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Taquicardia Ventricular
Fibrilação Ventricular
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Frequência Ritmo Onda P
Relação P/QRS Intervalo
RR
Características 150- Irregular Não se Não se Caótico
500p/min observam observam
Assistolia
A assistolia é o ritmo encontrado com mais frequência nos casos de Paragem Cárdio
Respiratória. A taxa de sucesso da sua reversão é menor do que nos casos de Taquicardia
Ventricular sem Pulso e Fibrilhação Ventricular.
Carateriza-se pela total ausência da atividade elétrica do coração. Não se identificam
quaisquer ondas no traçado eletrocardiográfico.
Frequência Ritmo Onda P Relação P/QRS Intervalo
RR
Características 0 Ausente Não se Não se ausentes
observam observam
Figura 37 – Assistolia
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4 – Pacing Externo (Workshop)
Notas:
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5 – Enfarte Agudo do Miocárdio no Eletrocardiograma
O Enfarte Agudo do Miocárdio, traduz-se como uma lesão cardíaca, muitas vezes
condicionando irreversivelmente o utente, em que o extremo da lesão poderá conduzir
até à morte.
O seu diagnostico rápido, permite intervir atempadamente diminuindo a tempo de
deficit de oxigénio no coração, o que por si só diminui o risco de lesão permanente.
Na tríade diagnóstica do EAM, o ECG assume um papel primordial, até porque para além
da clínica é o exame de mais fácil acesso.
Assim e como o tempo é músculo o Eletrocardiograma deverá ser efetuado nos
primeiros 10min.
Para melhor perceber o EAM e a sua tradução eletrocardiográfica, devemos fazer
distinguir 3 diferentes termos:
✓ Isquemia
Após a oclusão inicial de uma artéria coronária, a primeira alteração eletrocardiográfica
é o aparecimento de uma onda T alta e pontiaguda de ramos simétricos e que dura
poucos minutos.
Esta isquemia, sendo definida como uma redução temporária do fluxo de sangue torna-
se reversível rapidamente.
É muito difícil, até porque a sua duração é curta, encontrar os doentes nesta fase no SU,
até porque o tempo de chegada ao hospital, faz ultrapassar esta fase.
✓ Lesão
Caso este processo não se reverta, a isquemia evoluiu para Lesão, sendo nesta fase a
tradução eletrocardiográfica de um supradesnivelamento ou infra desnivelamento do
segmento ST.
A Lesão define-se então como uma redução aguda e prolongada do fornecimento de
sangue ao miocárdio. É reversível se o fluxo sanguíneo for restaurado antes das morte
dos tecidos.
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A seguinte imagem ajuda bastante a evitar confusões.
Figura 38 – Lesão/Isquemia
✓ Enfarte
No Enfarte, existe já a morte irreversível do músculo cardíaco devido à oclusão
prolongada da artéria coronária.
No Eletrocardiograma traduz-se no aparecimento de ondas Q de necrose.
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Exemplos de Eletrocardiogramas com alteração do segmento ST:
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6 – Bibliografia
https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-
cardiovascular/coracao/
http://www.cardiologiahg.net/apendices-auriculares
http://www.residenciamehcfmusp.com.br/sinais-de-infarto-agudo-do-miocardio-
inferior/
file:///C:/Users/enfco/Downloads/v20n2a18.pdf
https://books.google.pt/books?id=LRcuDwAAQBAJ&pg=PA49&lpg=PA49&dq=n%C3%B
3+auriculoventricular+hipotalamo&source=bl&ots=6yvWokEhAL&sig=TfeiLfASyI4how0
x4J1lkRCY-1A&hl=pt-
PT&sa=X&ved=0ahUKEwid4JTIqYPcAhXBLlAKHRexAgkQ6AEIXzAL#v=onepage&q=n%C3
%B3%20auriculoventricular%20hipotalamo&f=false
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