COMISSÃO DE

CONSELHO CONSULTIVO
DO FUTURO

GUIA PRÁTICO
SKILLS DO
CONSELHEIRO
DO FUTURO
 GUIA PRÁTICO

O CONSELHEIRO DO FUTURO
SKILLS
 GUIA PRÁTICO

O CONSELHEIRO DO FUTURO
SKILLS

AUTORES:
Alex Walber (1° Secretário), Bruno Maldonado Turra, Cinira Sanchez,
Edgar Mendy de Baeremaecker, Edward Branco, (2° Secretário), Iuri
Pinto, Luciana Crespim (Coordenadora), Maurício França, Milton
Camargo (Vice-Coordenador), Ranieri Torsinelli, Simone Aparecida de
Souza, Werther Krause

COLABORAÇÃO ESPECIAL:
Sergio Simões

Demais membros da Comissão de Conselho Consultivo do Futuro:

Aleh Bossan, Alexandre Boschi, Antonio Zubieta, Claudia Goulart,
Fabio Felizatti, José Rocha Filho
ÍNDICE

1 - INTRODUÇÃO 04

2 – MAPA DE SKILLS 05

2.1 - SKILL “ESTRATÉGICO” 06

2.2 - SKILL “PROATIVO” 07

2.3 - SKILL “COMUNICA-SE COM PROPÓSITO” 08

2.4 - SKILL “DISRRUPTIVO” 09

1 - INTRODUÇÃO

Observamos hoje um cenário de grandes mudanças em ciclos cada vez mais curtos,
consequência do comportamento de clientes, da concorrência incansável, de tecnologias
disruptivas impactando novos modelos de negócio e produtividade e da realidade inegável da
inteligência artificial e da automação.

A figura do conselheiro consultivo ganha então uma relevância singular, pois sua atuação pode
fazer a diferença na sobrevivência e perenidade das organizações. É fundamental que ele esteja
preparado e municiado de um arcabouço de skills especificas que finalmente o torne relevante
no mercado.

Este Guia Prático se propõe exatamente a explorar essas skills multifacetadas que serão
demandadas do conselheiro consultivo que terá o desafio de reinventar-se continuamente e
assim poder prosperar.

Comunicar-se com eficácia e propósito, pensar e agir estrategicamente, aplicar a filosofia do

aprendizado contínuo, abraçar a disrupção, ser proativo e catalisador de mudanças são apenas
algumas delas. Uma coisa é líquida e certa, a palavra “adaptação” é a diretriz para seu sucesso.

E você? Sente-se preparado para esse mundo novo? Já iniciou sua adaptação? Prepare-se para
essa jornada, uma corrida de excelência contra o tempo e que não tem linha de chegada. As
recompensas são valiosas, afinal o seu legado como conselheiro é ajudar na construção de
empresas sustentáveis e consequentemente uma sociedade mais saudável!
2 - MAPA DE SKILLS
O Conselheiro Consultivo tem a sua frente, um desafio exponencial, pois na ausência de regras
claras sobre sua atuação, o seu maior ativo para a base de seu sucesso no futuro repousam em
sua própria reputação. Tal reputação está intimamente correlacionada a sua jornada
profissional e ao reconhecimento da aplicação dos princípios que regem a 6º edição do Código
de Melhores Práticas de Governança Coorporativa, produzido pelo IBGC (Integridade,
Transparência, Equidade, Responsabilização e Sustentabilidade).

A Comissão do Conselho Consultivo do Futuro do Board Academy, incumbida de antever

demandas e tendências, apresenta então as Skills que serão altamente requisitadas do
Conselheiro Consultivo. Contudo, é fundamental compreender o sucesso na maestria destas
skills, só se concretizará de maneira eficaz e autêntica quando à ética for o alicerce central.
Neste contexto, a ética se refere à ação de analisar, discutir e decidir com base em princípios
morais, onde o discernimento ético é aplicado com rigor.
2.1 - ESTRATÉGICO
Capacidade de traduzir o ambiente presente, antecipar tendências e integrar essas necessidades
imediatas com os objetivos de longo prazo. O conselheiro consultivo estratégico precisa saber
exatamente onde está, para onde necessita ir e aconselhar quais as decisões mais adequadas para se
chegar no futuro sustentável desejado.

ATITUDE DESEJADA ATITUDE INDESEJADA

1. Elevada competência em compreender ambientes e
1. Insensível e/ou resistente ao propósito da organização.
ecossistemas de negócios e aconselhar inclusive em
ambientes com alta imprevisibilidade. 2. Omisso na autor responsabilização de seu
aconselhamento.
2. Confiável, assertivo e credor.
3. Confiança exacerbada, sem análise de fatos, dados e
3. Considerar o impacto das decisões e recomendações para
tendências da atualidade.
todas as pessoas do ecossistema.

SER ESTRATÉGICO REQUER…

Eficiente ATITUDE DESEJADA ATITUDE INDESEJADA

Envolve a habilidade de se
atualizar em relação aos
ambientes tecnológico
(automação, inteligência
artificial, reuniões virtuais e
trabalhos cada vez mais
remotos) e boas práticas de
gestão.
1. É um alicerce orientador, conciliador e 1. Complexo, burocrático e resistente em
negociador. buscar caminhos mais simples e mais
produtivos sem detrimento da qualidade.
2. Colabora com a excelência operacional.
2. Ausência de hierarquia de prioridades
3. Focado em soluções e resultados ao
focada nos objetivos da organização.
mesmo tempo que mantem seu foco em
pessoas. 3. Hierarquização.

Análise Riscos e ATITUDE DESEJADA ATITUDE INDESEJADA

Cenários
Elevada capacidade para
definir propósito, visão,
missão, valores, objetivos,
metas, cenários, ameaças,
oportunidades, prazos,
recursos, processos e
ambiente.
1. Aplica teorias sobre o equilíbrio, a
harmonia e a horizontalidade. 1. Desequilibrado para reconhecer
2. Dinâmico para atualizar estratégias em objetivos e prazos incompatíveis.
tempo real. 2. Matriz de materialidade incompleta em
relação aos stakeholders.
3. Preparado para manter espírito
resiliente.

Gerencia Emoções ATITUDE DESEJADA ATITUDE INDESEJADA

1. Entusiasta dos modelos de inteligência 1. Vaidoso e ausente.

Capacidade de reconhecer
suas próprias emoções e de
seus pares. Gerenciar a
2.
impulsividade emocional e
comportamentos
automáticos com prováveis
3.
consequências negative.
emocional necessários para manter as
empresas antropizadas.
Mantenedor do debate de ideias e de
opiniões dentro do ambiente
corporativo.
Apaixonado com a autoestima coletiva.
2. Reconhecimento sem mérito.
3. Incapacidade de desenvolver ambientes
onde todos possam expressar suas
opiniões.
4. Inexperiência para gerir pressão,
frustações e derrotas.
2.2 - PROATIVO
É ter iniciativa. Antecipar-se frente às situações que impactam a empresa e toda sua cadeia de valor.

ATITUDE DESEJADA ATITUDE INDESEJADA

1. Ser ágil em situações crítica. 1. Ser arrogante, tentar resolver sozinho, sem consultar,
ouvir ou envolver outros conselheiros.
2. Comunicar e envolver demais conselheiros, atuando
sempre como um time. 2. Atropelar a hierarquias, processos, regras e
procedimentos.
3. Atuar onde faz a diferença para o negócio, em toda a
cadeia de valor da empresa. 3. Inércia frente à processos, inovação e aprendizado.

SER PROATIVO REQUER…

Foco no Cliente ATITUDE DESEJADA ATITUDE INDESEJADA

1. Colocar-se no lugar do cliente,
considerando o impacto de suas
recomendações na vida e/ou no
negócio do cliente.
Tem interesse genuíno pelo
2. Buscar conhecer os diferentes tipos de
cliente, entendendo que o
clientes, seus hábitos, anseios e
cliente é a razão de ser de necessidades.
qualquer negócio.
3. Ser o exemplo, aproveitar e valorizar
qualquer oportunidade para
demonstrar que todos são responsáveis
pelo cliente.
1. Querer sempre atender todas as
demandas do cliente, agradando-os
incondicionalmente (sem considerar os
impactos na empresa).
2. Desqualificar o cliente, sempre jogando
a culpa pelo que não funciona em suas
costas.
3. Achar que o cliente é um mal
necessário, que é o elo mais fraco e que
sempre irá se adaptar ao que a
empresa quiser.

Adaptável ATITUDE DESEJADA ATITUDE INDESEJADA

1.
Possui fundamentalmente as
características de adaptação
rápida ao meio, o que o torna 2.
eficiente no auxílio pela busca
de soluções que impactam o
negócio. 3.
Orientar o C-level a se preparar para os 1. Resistência à mudança.
desafios e oportunidades do mundo em
2. Agir com base em conceitos pré-
constante mudança.
concebidos.
Ter pensamento estratégico,
3. Transpor regras e processos.
compatibilizando visão de curto e longo
prazo. 4. Embarcar em “modismos”.
Ser flexível e se adaptar rapidamente a
realidade.

Lifelong Learning ATITUDE DESEJADA ATITUDE INDESEJADA

1. Proatividade e alta motivação em 1. Resistência ao novo e às tecnologias
Acredita que o aprender
2. Acomodação / Inércia
desenvolvimento ocorre a 2. Aprende com o dia a dia
todo momento, durante toda 3. Visão limitada
3. Valoriza o aprendizado formal e
a vida. Busca conhecimento e
informal
aperfeiçoamento de
habilidades continuamente.
2.3- COMUNICAÇÃO COM PROPÓSITO
Comunicar é se fazer entender.
Neste sentido é responsabilidade do conselheiro do futuro ter uma comunicação que cumpra um
propósito e que tenha um objetivo claro.

ATITUDE DESEJADA ATITUDE INDESEJADA

1. Preparar-se com antecedência, conhecer seu público, seu
1. Falar muito, ser repetitivo, prolixo e interromper os
propósito, seus limites e resultados desejados.
demais.
2. Focar no seu objetivo e estar de corpo e mente presente
2. Tratar o outro como eu gostaria de ser tratado.
durante a interação conversacional.
3. Relacionar o sucesso da comunicação com seu poder de
3. Reavaliar e modelar-se conforme necessário durante a
persuasão.
conversação.

COMUNICAR-SE COM PROPÓSITO REQUER…

Construir Conexões ATITUDE DESEJADA ATITUDE INDESEJADA

1. Usar pessoas e conexões para

Habilidade de utilizar-se da
1.
comunicação para construir
confiança e estabelecer uma
rede de relacionamentos
2.
ampla e diversa.
Empenhar-se em estabelecer uma
conexão de confiança e/ou empatia
induzida ou não.
Buscar decisões conjuntas e consensos.
autopromoção.
2. Ser ansioso e imprudente.
3. Colocar interesses pessoais e de suas
conexões acima dos interesses da
organização onde atua.

Escuta Empática ATITUDE DESEJADA ATITUDE INDESEJADA

Tentar entender e perceber 1. Manter-se curioso e focado sobre o

sem pré-conceitos o ponto de pensamento do outro. 1. Mimetismo e atuação teatral.
vista do outro, sob a ótica do 2. Separar interesse de posição. 2. Desconsiderar outros pontos de vista.
outro, se colocando no lugar 3. Oportunizar momentos para que todos 3. Persuadir ou manipular.
do outro. sejam ouvidos.

Saber Questionar ATITUDE DESEJADA ATITUDE INDESEJADA

Perguntar de forma 1. Utilizar os diferentes tipos de perguntas

estratégica a fim de busca as conforme o objetivo da comunicação. 1. Diálogo interno reativo.
informações necessárias para 2. Respeitar o tempo de resposta do 2. Impaciência.
conseguir atingir o propósito outro.
3. Rigidez diante de respostas frustrantes.
da comunicação. 3. Pedir feedback.
2.4- DISRUPTIVO
Mentalidade e atitude voltadas para busca de soluções não convencionais e criação de
mudanças pertinentes.

ATITUDE DESEJADA ATITUDE INDESEJADA

1. Questionar o status quo, quanto ao modelo de negócio, 1. Não contemplar os impactos e riscos nas soluções
visão do cliente, novas tecnologias, planejamento propostas.
estratégico etc.
2. Ser dono da verdade / Excesso de convicção.
2. Cultivar a capacidade de pensar de forma não
convencional e encontrar soluções inovadoras. 3. Ignorar cultura, valores e princípios da empresa.

POSTURA DISRUPTIVA REQUER…

Busca soluções ATITUDE DESEJADA ATITUDE INDESEJADA

inovadoras
1. Estar aberto a novas ideias de forma
colaborativa. 1. Atuar de forma individualizada e
Identificar através da desconexa.
curiosidade, da observação e 2. Capacidade de pensar de forma não
linear 2. Superestimar ou Subestimar os avanços
do questionamento, soluções
da tecnologia.
que gerem vantagens 3. Persistência, resiliência e flexibilidade.
competitivas 3. Imprudência ao propor soluções.
4. Participar de ecossistemas de inovação.

Nexialista ATITUDE DESEJADA ATITUDE INDESEJADA

1. Ter alta capacidade de observação e 1. Subestimar a capacidade intelectual

É o indivíduo que conecta foco. dos envolvidos.
conceitos e métodos de 2. Encontrar causa raiz em problemas 2. Entender que ser nexialista é um tipo
várias disciplinas e propõe complexos. de personalidade.
soluções eficazes 3. Manter-se atualizado e curioso sobre 3. Acreditar que possui o suficiente para
diferentes áreas de conhecimento. propor a solução.

Visão Holistica ATITUDE DESEJADA ATITUDE INDESEJADA

1. Não correlacionar a visão abrangente

Compreensão do todo e não
apenas de uma parte.
1. Compreender interconexões.
ao problema inicial.
2. Considerar o contexto mais amplo ao
2. Atuar sem checar a veracidade das
analisar um problema.
informações.
3. Ampliar sua perspectiva temporal.
3. Restringir-se à perspectiva individual.