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Castelo
As atividades estruturadas propostas para esta semana ocorrem no contexto do Jardim de Infância do
Castelo, onde as crianças são recebidas num ambiente acolhedor, proporcionando-lhes um início de
dia positivo e bem estruturado.
Durante o dia, são propostas várias atividades que visam promover o desenvolvimento cognitivo,
emocional, social e motor das crianças. As atividades estruturadas são centradas na comemoração do
"Dia de Todos os Santos".
Com estas viso proporcionar uma experiência rica e diversificada que aborda múltiplos aspetos do
desenvolvimento infantil. As mesmas são fundamentadas em teorias pedagógicas relevantes, como
de Vygotsky, e alinham-se com as diretrizes ao tema da “Alimentação” abordada nas últimas
semanas, promovendo o desenvolvimento das habilidades e dos conhecimentos das crianças. Além
disso, valorizam a nossa cultura e as nossas tradições.
É através do diálogo que as crianças são convidadas a explorar, numa primeira fase, as nossas
tradições culturais e a refletir sobre o significado do dia 1 de novembro, o que está alinhado com a
teoria sociocultural de Lev Vygotsky. Segundo Shaffer (2012) p.312 “(…) A teoria sociocultural é uma
perspetiva de Vygotsky sobre o desenvolvimento cognitivo; segundo essa abordagem, as crianças
adquirem os seus valores culturais, crenças, estratégias de solução de problemas por meio do diálogo
colaborativo com membros mais sábios da sociedade. Para Vygotsky, a cognição humana, mesmo
quando realizada isoladamente, é inerentemente sociocultural, afetada por crenças, valores e
ferramentas da adaptação intelectual transmitidas aos indivíduos por meio da sua cultura (…)”.
A confeção das broas de Erva Doce, assim como todas as atividades de culinária, oferecem uma
oportunidade prática para as crianças explorarem conceitos matemáticos, sensoriais e científicos. Isso
está de acordo com a abordagem construtivista de aprendizagem, que enfatiza a importância da
experiência prática no processo educativo. Assim sendo, esta atribuição de funções específicas
durante a preparação das broas promove a colaboração entre as crianças e os adultos.
Planificação diária
Terça-feira
Elementos de identificação:
Nº de crianças: 17
Aluna estagiária: Rita Ribeiro
Data: 31 de outubro
Equipa de Supervisão: Maria José Infante e Paula Peres
Tempo Conteúdos Aprendizagens a promover Atividades Recursos Avaliação
- Recolher informaçã o
pertinente para dar resposta a
questõ es colocadas, recorrendo
a metodologias adequadas
(listagens, desenhos, etc.).
Domínio da
Linguagem Oral -Identificar funçõ es no uso da
e Abordagem à leitura e da escrita.
Escrita - Usar a leitura e a escrita com
-Funcionalidade diferentes funcionalidades nas
da linguagem atividades, rotinas e interaçõ es
escrita e a sua com outros.
utilizaçã o em
contexto
- Manifestar interesse e
preocupaçã o pela nossa
cultura local e respetivas
tradiçõ es.
- Descrever e procurar
explicaçõ es para fenó menos e
transformaçõ es que observa.
Estratégias:
O dia começa com a receçã o e acolhimento das crianças, proporcionando um ambiente acolhedor para o início do dia! Logo em
seguida, é dedicado um tempo à higiene pessoal, onde as crianças aprendem a importâ ncia de cuidar de si mesmas e dirigem-se, já
autonomamente, até à casa de banho do Jardim de Infâ ncia onde tratam da sua higiene. À s 9:30h é a "Hora da Bolacha” é um momento
de pequeno almoço reforçado, onde as crianças podem desfrutar da bolacha Maria e socializar entre si.
A partir das 10h00, em primeiro lugar, começamos por desejar os “bons dias” e chamarei junto de mim o rei/rainha do dia. Este é
escolhido conforme a ordem escrita dos nomes na folha de registo de presenças das crianças. Com o auxílio da criança, completaremos
a tabela das presenças que está afixada a o lado do quadro de giz e atualizará o dia da semana.
Em seguida, é estabelecido um diá logo com as crianças sobre o dia 1 de novembro “Dia de todos os Santos”:
Para dar resposta a estes pontos fundamentais, damos início à leitura e exploraçã o do livro “Festas e Dias dos Santos”. Este livro é um
livro fundamental para conhecer as principais Festas e Dias Santos da religiã o cató lica e as razõ es por que as celebramos.
Acompanhadas de belas ilustraçõ es, as crianças vã o ficar a saber porque se celebram e qual a mensagem e sentido histó rico de cada
uma delas. É neste sentido que introduzo a palavra “peditó rio”, começando por explicar o seu significado, dando exemplos de onde se
pode empregar esta palavra e interligando com o livro.
Vamos pedir os bolinhos como parte de uma tradiçã o divertida para comemorar o Dia de Todos os Santos, que acontece no dia 1 de
novembro.
Posteriormente, sã o distribuídos os sacos dos bolinhos à respetiva criança. Estes foram previamente confecionados pela Educadora M,
por mim e pela Auxiliar C e decorados pelas crianças.
Fazendo um comboio, saímos até à rua, e, enquanto as crianças, caminham pelas ruas de Castelo Branco, indo de porta em porta,
batendo nas casas dos moradores entoam a seguinte rima do Dia dos Bolinhos “(…) Bolinhos, Bolinhos à porta dos Santinhos (…)”.
O objetivo é que os moradores respondam de maneira calorosa e recetiva, oferecendo bolinhos, doces ou até frutas à s crianças,
colocando os mesmos no saco. Caso estes nã o queriam oferecer nada, agradecemos na mesma e dirigimo-nos até à pró xima casa.
Caso o estado climá tico nã o nos permita sair pelas ruas da Cidade de Castelo Branco. Reunimos na á rea de acolhimento onde serã o
distribuídos os sacos das crianças à mesma. De seguida, depois de termos dialogado sobre o dia de Todos os Santos, distribuiremos
pelas crianças alguns doces.
Através do jogo dramá tico, recriamos o espaço (ruas de Castelo Branco) com os objetos (sacos e os doces) inventando as personagens
dos vizinhos/moradores de Castelo Branco e das crianças a fazer o peditó rio (depois invertem os papéis).
Posteriormente, em grande grupo irei solicitar á s crianças que, identifiquem a quantidade de tudo o que receberam no peditó rio
através da contagem. Depois de recolher esta informaçã o, utilizar uma tabela simples de modo a organizar e selecionar a informaçã o
recolhida de modo a interpreta-la
Hora de Almoço
A minha motivaçã o para esta segunda atividade foi de querer proporcionar à s crianças a oportunidade delas pró prias também fazerem
as suas broas. Segundo Spodek & Saracho (1998) as “experiências culiná rias também podem ser usadas para estimular o aprendizado
de ciências nas crianças pequenas” (p.294).
Assim sendo, tratarei de reunir todos os recursos necessá rios para confecionar as broas, incluindo o forno elétrico. Posteriormente,
disponibilizarei os mesmos na á rea de trabalho da sala de atividades. Ao longo da confeçã o das broas cada criança participará / terá
um papel a desempenhar. Ou seja, cada pequeno cozinheiro ou cozinheira receberá uma funçã o ú nica e importante (É imprescindível
que todos participem).
As crianças serã o responsá veis por pesar os ingredientes com precisã o. Primeiramente, explicar à s crianças porque é importante
pesar os ingredientes com precisã o ao cozinhar utilizando a balança. (Isto ajuda a garantir que a receita saia bem e que as broas de
erva-doce fiquem saborosas). Demonstrar como se utiliza a balança (de cozinha), explicando como ajustar as medidas e como ler os
valores exibidos na mesma, para que as crianças depois a utilizem. (De modo a facilitar este processo é necessá rio ja ter os
ingredientes dispostos em recipientes enquanto outros terã o a tarefa de misturar os ingredientes).
Além disso, todos contribuirã o para que as broas sejam amassadas, ou seja, demonstrarei á s crianças a técnica correta de amassar a
massa, explicando que as mã os devem estar limpas, e as crianças devem aplicar uma pressã o firme e constante sobre a massa. Depois
colocamo-las no tabuleiro para que sejam colocadas no forno.
Esta é uma oportunidade emocionante para as crianças aprenderem sobre os ingredientes, e, claro, apreciar o sabor incrível das Broas
de Erva Doce que eles pró prios ajudaram a confecionar.
Enquanto as broas estã o no forno, todos ajudam a arrumar. Seguidamente, reunimos na á rea de acolhimento para dialogar sobre “O
que será que vai acontecer à s broas depois de as colocarmos no forno?”; “Para que é que sã o necessá rias as broas irem ao forno?”.
Levarei como recurso imagens de bolos “Antes e Depois do Forno” e ainda um vídeo “Compilaçã o de Comida no Forno”, de modo a
explicitar que existem vá rios alimentos que necessitam de passar por este processo de cozedura/ ir ao forno e como ocorre esta
transformaçã o.
No final, as broas sã o distribuídas, pelas crianças, com o meu e o auxílio da Educadora M, num pequeno saco de papel com o objetivo
de a receita dar para imensas broas, comerem algumas ao lanche e levaram também para casa.
Anexo
Spodek, B. e Saracho, O. (1998) Ensinando crianças de três a oito anos. Porto Alegre: Artmed.