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DOS PROCESSOS EM ESPÉCIE
O

P 1) PROCEDIMENTOS PENAL
E
N Introdução
A
L Prof. Me.: Gasi Junior
PROCESSO PENAL profgasijr
INTRODUÇÃO

2
PROCESSO E PROCEDIMENTO

-PROCEDIMENTO NÃO SE CONFUNDE COM O PROCESSO!

“...processo é procedimento mais relação jurídica processual (...). Procedimento é


uma sequência de atos unidos teleologicamente, visando um fim comum, no caso, a
sentença.” (BADARÓ, op.cit., p. 418).
Doutrina

“Enquanto o processo é uma sequência de atos, vinculados entre si,


tendentes a alcançar a finalidade de propiciar ao juiz a aplicação da lei
ao caso concreto, o procedimento é o modo pelo qual se desenvolve o
processo, no seu aspecto interno. Segundo GRECO FILHO, “não há
processo sem procedimento e não há procedimento que não se refira a
um processo. Mesmo nos casos de processo nulo ou procedimentos
incidentais o procedimento não existe em si mesmo, mas para revelar
um processo, ainda que falho” (Manual de processo penal, p.345).”
NUCCI, Guilherme, op. cit., p. 623.
PROCEDIMENTO E DEVIDO PROCESSO LEGAL

CF, art. 5º, LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido
processo legal;

“Em virtude da garantia ao procedimento tipificado, não se admite a inversão da


ordem processual ou a adoção de um procedimento por outro. Resultando prejuízo, deve
ser declarada a nulidade.” (SCARANCE FERNANDES, Processo penal constitucional, p. 104-105).
CPP ATUAL – visão geral

-ORDINÁRIO: crimes com pena igual ou superior a 4 anos – arts. 394/405

comum -SUMÁRIO: crimes com pena inferior a 4 e superior a 2 anos – arts. 531/538

-SUMÁRÍSSIMO: contravenções e crimes com pena igual ou inferior a 2 anos -


Lei nº. 9.099/95

CPP
-crimes dolosos contra a vida – arts. 406/497

-crimes funcionais – arts. 513/518


especial
-crimes contra a honra – arts. 519/523

-crimes contra a propriedade imaterial – arts. 542/530-I


Legislação

Art. 394. § 2o Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo


disposições em contrário deste Código ou de lei especial.

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Doutrina

“Para se definir qual o procedimento aplicável, inicialmente deve-se


verificar se há previsão de algum procedimento especial para o crime, uma
vez que o procedimento comum é subsidiário.”
BADARÓ, G., op. cit., p. 419.

“...procedimentos especiais são aqueles que apresentam alguma


especificidade procedimental, isto é, determinados atos ou mesmo
uma fase procedimental, não existente nos procedimentos comuns,
justificando-se tal diversidade por algum aspecto da relação material
debatida.” (ex: crimes contra a honra/conciliação)
BADARÓ, G., op. cit., p. 418
Legislação
Art. 394. O procedimento será comum ou especial. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).

§ 1o O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo:

I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual
ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;

II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja
inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;

III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma


da lei.
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PROCEDIMENTO E DEVIDO PROCESSO LEGAL

PROCEDIMENTO REGRA
Quando tiver por objeto crime cuja
sanção máxima cominada for igual ou
ORDINÁRIO superior a quatro anos de pena privativa
de liberdade.
Quando tiver por objeto crime cuja
sanção máxima cominada seja inferior a
SUMÁRIO quatro anos de pena privativa de
liberdade.
Para as infrações de menor potencial
SUMARÍSSIMO ofensivo, na forma da lei.
QUESTÃO

Qual a definição de infração de menor potencial ofensivo???

Lei 9.099/95
Legislação
Lei 9.099/95

Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os


efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena
máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa.

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Questionário
no
Classroom OBS.:
Lei n. 11.719/2008: tipo de pena // quantidade de pena

TRABALHO
1) As causas de aumento de pena e de diminuição de pena devem ser
computadas para se definir qual procedimento adequado?
2) Qual procedimento comum será aplicado no caso de concurso de
delitos, se a soma das penas ultrapassa o limite do procedimento
sumário?
3) Qual procedimento será aplicado, no caso de concurso de crime sujeito
ao procedimento comum e outro sujeito a procedimento especial?
Questionário
no
Classroom TRABALHO

1) As causas de aumento de pena e de diminuição de pena devem ser


computadas para se definir qual procedimento adequado?

O CPP foi claro em considerar como critério a pena cominada ao delito, e, por tal, deve se
entender as penas previstas no preceito sancionador, independentemente da incidência de
eventuais causas de aumento ou diminuição da pena. Até porque estas somente são
consideradas, concretamente, na terceira fase da fixação da pena.*

*BADARÓ
Questionário
no CRITÉRIO DE DEFINIÇÃO DE RITOS
Classroom
ATENÇÃO: Quando envolver concurso de crimes, causas de aumento e
diminuição da pena, circunstâncias agravantes ou atenuantes

CAUSAS DE AUMENTO E DIMINUIÇÃO


Causa de aumento Causa de diminuição
adota-se a pena máxima do crime, adota-se a pena máxima do crime,
aumentando-a pela exasperação reduzindo-a no mínimo (na
máxima prevista. hipótese de causa de diminuição,
adotamos a pena máxima da
infração e diminui-se o mínimo).
Questionário
no CRITÉRIO DE DEFINIÇÃO DE RITOS
Classroom
QUALIFICADORAS e ATENUANTES e CRIME CONTINUADO
PRIVILÉGIOS AGRAVANTES
devem ser levados em não são levadas em adota-se a pena
conta, de acordo com a conta para definição do máxima de um dos
pena máxima prevista. procedimento, na crimes, se idênticos, ou
medida em que não há a pena do mais grave,
critério legal se diversos,
predeterminado de exasperando-a de 2/3,
majoração/diminuição. adequando o resultado
final os parâmetros do
artigo 394 do CPP.
Questionário
no CRITÉRIO DE DEFINIÇÃO DE RITOS
Classroom

CONCURSO DE CRIMES
Concurso material Concurso formal
considera-se a soma das penas adota-se a pena máxima de um dos
máximas, adequando-se o crimes, se idênticos, ou do mais
montante nos critérios do artigo grave, se diversos, aumentando-a
394 do CPP. em ½ (metade – fração máxima
prevista no artigo 70 do CP).
Questionário
no
Classroom TRABALHO

2) Qual procedimento comum será aplicado no caso de concurso de


delitos, se a soma das penas ultrapassa o limite do procedimento
sumário?

Havendo mais de um crime imputado, se a pena de cada crime


isolado for inferior a quatro anos, mas a soma das penas máximas
superar quatro anos, o procedimento aplicável será o comum
ordinário.
Questionário
no
TRABALHO
Classroom
3) Qual procedimento será aplicado, no caso de concurso de crime sujeito
ao procedimento comum e outro sujeito a procedimento especial?
No caso de concurso entre um “...havendo conexão ou continência, poderão ser
crime sujeito a procedimento diversos os procedimentos previstos para as várias

comum e outro sujeito a infrações penais; em tal situação, não poderá ser
seguido o rito mais célere porque isso importará
procedimento especial, deverá ser
inquestionável prejuízo às partes que, em relação a um
aplicado o procedimento mais ou mais crimes, têm direito ao procedimento de maior
amplo que, geralmente, será o amplitude”. (GRINOVER, MAGALHÃES, SCARANCE, As
procedimento ordinário. nulidades no processo penal..., p.238).
PROCEDIMENTO
COMUM
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Procedimento Comum
Ordinário
(arts. 395 404 do CPP)
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fluxograma: procedimento comum ordinário

Oferecimento Recebimento
da denúncia ou Citação Resposta
queixa A
CPP, art. 41 e 46 CPP, art. 395 CPP, art. 396 CPP, art. 396-A

Absolvição 2º recebimento Audiência de


da denúncia instrução e
Sumária “B” julgamento
CPP, art. 397 CPP, art. 399 CPP, art. 400 e ss.
Julgado
Obs.: 1

É o recebimento da inicial acusatória que determina a interrupção da prescrição


(art. 117, I, do CP). Contudo, segundo posicionamento dos Tribunais Superiores,
não interrompe a prescrição o recebimento da denúncia feito por juízo
absolutamente incompetente, ainda que já tenha sido proferida sentença
condenatória. (STF, Inq 1544-PI; STJ, HC 28.667/PR)

23
Julgado
Obs.: 2

O ato judicial que recebe a denúncia ou queixa não exige "fundamentação


complexa", não precisando ser exaustivamente detalhado, havendo apenas um
juízo de verossimilhança/juízo de prelibação (STJ, HC 365.863).

Salienta-se, inclusive, que o ato de recebimento da denúncia ou queixa dispensa


fundamentação expressa por parte do magistrado, sendo caso de fundamentação
implícita, no sentido de, ao receber a inicial, implicitamente o juiz nega a
existência das causas de rejeição do art. 395 do CPP. (STF, RHC 87005/RJ)

24
Obs.: 3

Em alguns procedimentos (ex.: comum sumaríssimo – Lei nº 9.099/95),


antes do recebimento da denúncia é oportunizado à defesa manifestar-se
previamente, apresentado defesa preliminar. Se houver o contraditório
prévio, para o juiz receber a denúncia ou queixa, deverá refutar todos os
argumentos apresentados pela defesa.

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Obs.: 4
CITAÇÃO
Citação do réu para a
apresentação de defesa escrita
Pessoal ou real
(art. 396 do CPP): ato pelo
qual se dá ciência ao réu da
ação penal promovida contra
ele. O réu será citado para, no Ficta ou presumida
prazo de 10 dias, responder por
escrito à acusação.
26
Obs.: 4

CITAÇÃO
Pessoal ou real

Por mandado judicial (oficial de justiça – regra), por carta precatória


(comarca diversa), por carta rogatória (outro país) ou do réu preso
(pessoalmente no presídio).

27
Obs.: 4

CITAÇÃO
Ficta ou presumida

Por edital: ocorre quando o réu não puder ser encontrado, por estar em lugar
incerto ou não sabido, devendo ser esgotados todos os meios de localização,
sob pena nulidade (art. 564, IV, do CPP);

Por hora certa: quando for constatado que o réu se oculta para não ser
citado (art. 362 do CPP).
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Obs.: 5 Resposta à acusação
arts. 396 e 396-A do CPP
Citação pessoal ou por hora certa  prazo
prazo: 10 dias
começa a correr da data do seu recebimento
[Súmula nº 710 do STF (prazo processual)].

Da resposta escrita devem constar todas as teses defensivas e, além disso,


o rol de testemunhas (sob pena de preclusão), se houver, no número
máximo de oito (arts. 396-A e 401, ambos do CPP). É nesse momento
também que devem ser apresentadas, em apartado, eventuais exceções
(ex.: suspeição, impedimento, litispendência, coisa julgada etc.).
29
Obs.: 6

Se o réu for citado por edital, não comparecendo ao processo no prazo


determinado no edital, serão suspensos o processo e o curso do prazo
prescricional (art. 366 do CPP). Se posteriormente vier a ser encontrado, o
acusado terá, a partir de então, o prazo de 10 dias para oferecer a defesa
escrita.

Caso ocorra o artigo 366 do CPP  Súmulas nº 415 e 455 do STJ. (Cf. art. 115, CPP)
30
Obs.: 7

Absolvição Sumária

Julgamento antecipado da lide pro reo – art. 397 do CPP): em


face dos argumentos apresentados na defesa escrita o juiz,
depois de ouvida a acusação, poderá, desde já, absolver
sumariamente o réu quando verificar:
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Absolvição Sumária Obs.: 7

1) que o fato evidentemente não constitui crime;

2) a existência manifesta de excludente de ilicitude;

3) a existência manifesta de excludente de


culpabilidade, salvo inimputabilidade;

4) extinção da punibilidade.
Sentença declaratória de
a) In dubio pro reu??? extinção da punibilidade

b) Extinção da punibilidade gera absolvição sumária...


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Audiência de Instrução, debates e julgamento
Obs.: 8

Prazo para realização: 60d ordinário / 30d sumário

CPP não fixa o termo a quo

Doutrina: a partir da decisão que rejeita o pedido de abs. Sumária e designa A.I.J.

Fluxograma
AIJ: art. 400

Inquirição
Declarações do Testemunhas Esclarecimento
Testemunhas
ofendido defesa dos peritos
acusação

Acareações Reconhecimentos INTERROGATÓRIO


AIJ: art. 400

Ofendido (vítima)

Testemunhas de acusação

T Testemunhas de defesa

Antes do assistente técnico o pertito

Acareação

Reconhecimento

INTERROGATÓRIO

O juiz decide sobre provas – art. 402.


Audiência de Instrução, debates e julgamento
Obs.: 8
PRINCÍPIO DA CONCENTRAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS

Art. 400. § 1o As provas serão produzidas numa só


audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas
irrelevantes, impertinentes ou protelatórias.

Não haverá nulidade se houver cisão da AIJ:

• Não foi possível ouvir todas testemunhas num só dia;


• Determinada testemunha não compareceu, apesar de intimada, a parte insiste na oitiva;
• Quantidade de vítimas/testemunhas/réus (várias datas)
Audiência de Instrução, debates e julgamento
Obs.: 8
NÚMERO DE TESTEMUNHAS

Art. 401. Na instrução poderão ser


inquiridas até 8 (oito) testemunhas
arroladas pela acusação e 8 (oito) pela Não se compreende as que não
prestam compromisso e as referidas.
defesa.
§ 1o Nesse número não se compreendem
as que não prestem compromisso e as Juiz pode entender relevante
referidas. depoimento de testemunha que a
parte desiste.
§ 2o A parte poderá desistir da inquirição
de qualquer das testemunhas arroladas,
ressalvado o disposto no art. 209 deste
Código.
Julgado

A expedição de carta precatória para oitiva de vítimas, testemunhas e réus


não suspenderá a instrução criminal. Assim, findo o prazo marcado, poderá
realizar-se o julgamento, mas, a todo tempo, a precatória, uma vez
devolvida, será juntada aos autos (art. 222, §2º, do CPP).
(STJ, HC 388.688/SP; STJ, AgRg no RHC n. 105.154/SP; STJ, HC 538.161/SP).

38
Audiência de Instrução, debates e julgamento
Obs.: 9
PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUÍZ

Art. 399. § 2o O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença. .

JURISPRUDÊNCIA: não absoluto.

CPP: não prevê as exceções.

Utiliza-se o art. 132, caput do CPC de 1973 por analogia ao processo PENAL, ainda que
não tenha correspondência ao CPC de 2015.
Julgado

No caso de convocação, licença, promoção, aposentadoria, afastamentos


ou outro motivo que impeça o juiz que tiver presidido a instrução de
sentenciar o feito, os autos passarão ao substituto do magistrado.
(STJ, HC 242.115/PE).

40
Audiência de Instrução, debates e julgamento
Obs.: 9
PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUÍZ

Lei 12.019/10 alteração Lei 8038/90  MAGISTRADO INSTRUTOR

Permite que os Ministros do STF e do STJ convoquem desembargadores, bem como juízes,
pelo prazo de seis meses, prorrogável por igual período, até o máximo de dois anos, para a
realização de interrogatório e de outros atos da instrução, na sede do tribunal ou no local em
que deva produzir o ato. Os julgadores convocados não substituem os Ministros na atividade
de julgamento, mas apenas auxiliam na instrução. Como a previsão está em lei ordinária
também, aceita-se o magistrado instrutor como exceção ao princípio da identidade física do
juiz. Cf. art. 3º, III.
Audiência de Instrução, debates e julgamento
Obs.: 10

INTERROGATÓRIO

O interrogatório passa a ser o ÚLTIMO ATO DA INSTRUÇÃO!!!


Lei n. 11.719/2008

NÃO IMPORTA A LEI ESPECIAL em TODOS os processos o


interrogatório passa a ser o ÚLTIMO ato da instrução.
(lei geral e posterior).

Interrogatório é um ATO DE DEFESA: mais bem exercido depois de toda a instrução


(contraditório mais amplo)
Julgado

A exigência de realização do interrogatório ao final da instrução criminal ,


conforme o art. 400 do CPP, é aplicável a todos os procedimentos penais
regidos por legislação especial (inclusive a Lei de Drogas).
(STF, HC 127900/AM - Info 816 e STJ, HC 403.550/SP – Info 609).

43
Audiência de Instrução, debates e julgamento
Obs.: 11

POSSIBILIDADE DE REQUERIMENTO DE DILIGÊNCIA – art. 402.

Art. 402. Produzidas as provas, ao final da audiência, o Ministério


Público, o querelante e o assistente e, a seguir, o acusado poderão
requerer diligências cuja necessidade se origine de circunstâncias ou
fatos apurados na instrução

Apenas aquelas cuja necessidade se origine de circunstâncias ou fatos apurados na instrução.


Dessa forma, se a diligência já poderia ter sido requerida, e não o foi por displicência da
parte, deve ser indeferida por ter se operado a preclusão (TÁVORA; ALENCAR, 2020, p. 634)
Audiência de Instrução, debates e julgamento
Obs.: 12
ALEGAÇÕES FINAIS

Regra: alegações finais orais por 20 minutos para cada parte, prorrogáveis
por mais 10 a critério do juiz. Se houver mais de um réu, o tempo de cada um
será individual; se houver assistente da acusação, terá 10 minutos para falar
depois da manifestação do Ministério Público, prorrogando-se por igual
período o tempo da defesa, nos termos do art. 403 do CPP.
Audiência de Instrução, debates e julgamento
Obs.: 12
ALEGAÇÕES FINAIS

Regra: princípio da oralidade


Exceção 1: dada a complexidade da causa ou o número de acusados, pode o juiz conceder às
partes o prazo de 5 dias para apresentarem memoriais escritos (ao invés de alegações orais) e o
juiz terá o prazo de 10 dias para proferir sentença em gabinete (ao invés de proferir em
audiência) – art. 403, §3º, CPP.

Exceção2: tendo sido necessária a realização de diligências, não haverá alegações orais finais.
Nesse caso, após realizadas, abre-se o prazo para o oferecimento de alegações finais via
memoriais escritos em 5 dias, sucessivos. Em seguida, o juiz proferirá sentença em 10 dias –
art. 404, CPP.
Audiência de Instrução, debates e julgamento
Obs.: 12
ALEGAÇÕES FINAIS

Alegações finais e AÇÃO PENAL PRIVADA


Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a
ação penal:
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30
dias seguidos;
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo,
para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem
couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36;
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do
processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações
finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.
Julgado

Alegações finais de corréus delator e delatado: deve-se garantir ao réu


delatado a oportunidade de manifestar-se após o prazo concedido ao réu
que o delatou.
(STF, Informativos 949 e 954; e art. 4º, § 10-A, da Lei nº 12.850/13, com redação dada
pela Lei nº 13.964/19 – Lei Anticrime).

48
Emendatio libelli – art. 383, CPP
Mutatio libelli – art. 384, CPP
Requisitos da Sentença – art. 381, CPP
Audiência de Instrução, debates e julgamento
Obs.: 13
REGISTRO DA
AUDIÊNCIA

Art. 405. Do ocorrido em audiência será lavrado termo em livro


próprio, assinado pelo juiz e pelas partes, contendo breve resumo dos
fatos relevantes nela ocorridos. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 1o Sempre que possível, o registro dos depoimentos do investigado,
indiciado, ofendido e testemunhas será feito pelos meios ou recursos
de gravação magnética, estenotipia, digital ou técnica similar, inclusive
audiovisual, destinada a obter maior fidelidade das
informações . (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 2o No caso de registro por meio audiovisual, será encaminhado às
partes cópia do registro original, sem necessidade de transcrição.
Julgado

Sobre o tema, já decidiu o STJ, inclusive, que o registro audiovisual de


depoimentos colhidos em audiência dispensa sua degravação, salvo
comprovada demonstração de sua necessidade. Isto é, as oitivas das
testemunhas, vítima e réu e as alegações finais orais apresentada pelo
órgão acusatório e a defesa, se forem feitas oralmente, não precisam ser
transcritas/reduzidas a termo.
(STJ, HC 339.357/RS; RMS 36.625/MT).

51
Julgado

Indo além, é válida, ainda, a sentença proferida de forma oral na audiência e


registrada em meio audiovisual, ainda que não haja a sua transcrição. Desse
modo, o § 2º do art. 405 do CPP, que autoriza o registro audiovisual dos
depoimentos, sem necessidade de transcrição, deve ser aplicado também para os
demais atos da audiência, dentre eles os debates orais e a sentença.
(STJ. 3ª Seção. HC 462.253/SC).

Obs.: Entende o STJ que o registro audiovisual da sentença prolatada oralmente em audiência é
uma medida que garante mais segurança e celeridade ao procedimento
52
Procedimento Comum
Sumário
(arts. 531 a 538 do CPP)
53
PROCEDIMENTO SUMÁRIO

ORDINÁRIO SUMÁRIO
Crime com pena igual ou Crime com pena menor de 4
Quantidade de pena superior a 4 anos. anos e acima de 2.
[art. 394, §1º, I] [art. 394, §1º, II]

Prazo para fazer a AIDJ 60 dias 30 dias


[art. 400] [art. 531]
Nº de testemunhas 8 5
Permitidas diligências depois
da aud. de instrução? Pedido É possível Não há previsão legal
de provas ao final da [art. 402]
audiência.
Conversão dos debates orais É possível Não há previsão legal
em memoriais escritos [art. 403, §3º e 404]
PROCEDIMENTO SUMÁRIO

Observações

• Não haver previsão expressa para requerimento de diligências ao término da instrução,


nem previsão de possibilidade de conversão das alegações finais orais em memoriais
escritos É DIFERENTE DE SER PROIBIDO.
• O PCO tem aplicação subsidiária a todos os outros – art. 394, §5º.
• Quando o JECRIM encaminhar ao juízo comum as peças para adoção de outro
procedimento deve ser observado o SUMÁRIO – art. 538.

art. 66 e 77, §2º (9.099): citação por edital/complexidade do caso


1.Introdução ao
Procedimento penal
2.Proc. Ordinário
3.Proc. Sumário

FIM

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