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Admite-se a busca pela verdade, mas não desenfreada, como nos sistemas inquisitivos. Essa
busca deve ser orientada pelo devido processo legal.
Verdade “real” antepõe-se sobre a verdade formal. Tutela-se interesses delicados e, por isso,
não se contenta apenas com o que está nos autos, busca-se a verdade “verdadeira” – o que não
está nos autos pode estar no mundo.
2. Imparcialidade
O sistema acusatório demanda a separação entre quem acusa e julga, para se estabeleça uma
paridade de armas. Juiz não deve ter vínculo algum anterior com o processo.
- Objetiva: imparcialidade em relação ao processo, aos fatos discutidos. Juiz não deve ter
interesse no processo ou em seu resultado.
Processar segundo regras previamente estabelecidas. O devido processo legal não orienta
apenas a aplicação das leis, o processo em si, mas também sua elaboração.
*O juiz natural é:
- competente: juiz que a lei estabelece como competente. O indivíduo vai ser julgado de acordo
com as regras de competência, não se pode nomear um juiz específico para aquela causa.
- legal: juiz que está investido na função de maneira regular, que está trabalhando e executando
suas atividades, protegido pelas garantias de exercer suas atividades de maneira livre. O poder
judiciário deve ser independente, sem ser subordinado à dissolução pelo executivo.
*varas especializadas: criar vara especializada em determinado crime fere o juiz natural?
Jurisprudência e doutrina tradicional: tribunal de exceção não é o mesmo que tribunal
especializado. O de exceção é o tribunal designado especificamente para aquele caso, a
especialização é para todos os casos relativos àquele crime. Essa diferença persiste mesmo
quando aquela vara é criada depois da prática de determinado crime [porque a vara não é para o
indivíduo x, é para todos os casos anteriores]. A criação de varas é livre, porque trata-se de mera
norma de organização do tribunal.
5. Promotor Natural
6. Presunção de Inocência
- Dimensão probatória: “in dubio pro reo”: se não houver provas, deve ser absolvido, pois o
indivíduo é presumido inocente. Ônus da prova: o MP que deve demonstrar a culpa.