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INSTITUTO POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E EMPREENDEDORISMO

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL EM CRIANÇAS, ADOLESCENTES E


IDOSOS ATENDIDOS NOO HOSPITAL CENTRAL DE QUELIMANE

LAURA ANTÓNIO AMODA

Curso: Técnico de Nutrição


Ano de Frequência: 3º

Turma:

Quelímane, Junho de 2022


LAURA ANTÓNIO AMODA

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL EM CRIANÇAS, ADOLESCENTES E


IDOSOS ATENDIDOS NO HOSPITAL CENTRAL DE QUELIMANE

Trabalho final ser apresentado no Insitito Politcnico e


Empredorismo como requisito para obtenção do grau
de Técnico em Nutrição.

Supervisor dr:

Quelímane, Junho de 2022


ii
DECLARAÇÃO DO SUPERVISOR

Declaro que este trabalho de Culminação de curso da estudante, Laura António Amoda, com
bilhete de identidade número:, estudante número:, com o tema Avaliação do Estado Nutricional
de crianças, Adolescentes e Idosos Atendidos no Hospital Central de Quelimane se encontra
estrutural e metodologicamente capaz para ser apresentado em provas públicas. O trabalho é
resultado da investigação do estudante e das orientações do Supervisor. O seu conteúdo é original
e todas as obras consultadas estão devidamente referenciadas no texto, nas notas e na referência
bibliográfica final. Declaro ainda que este trabalho nunca foi apresentado em nenhum outro
âmbito para obtenção de qualquer grau académico.

Quelimane, _______ de _____________________ de 2022

Supervisor

_____________________________________

// //

iii
DECLARAÇÃO DO AUTOR

Declaro que este Projecto é resultado de minha investigação pessoal e das orientações do meu
supervisor. O seu conteúdo é original e todas as obras consultadas estão devidamente
referenciadas no texto, nas notas e na referência bibliografia final.

Declaro ainda que este trabalho nunca foi apresentado em nenhum outro âmbito para obtenção de
qualquer grau académico.

Quelimane, aos _______ de _____________________ de 2022

Autor

_____________________________________

//Laura António Amoda//

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AGRADECIMENTO

A todos os professores de Instituto Politécnico de Tecnologias e Empreendedorismo,


agradeço todo o conhecimento que me ensinaram e, sobretudo, por me ajudarem a cultivá-lo.
Para os meus pais deixo o meu enorme reconhecimento por toda a educação e por me
proporcionarem a oportunidade de estudar. Agradeço à minha mãe, sempre pronta a ajudar, toda
a paciência e motivação e agradeço ao meu pai todas suas ideias construtivas, quando dizia filha a
melhor coisa é estudar, muitas vezes necessárias nos momentos mais difíceis.

Para todos os meu amigos e colegas, o meu muito obrigada pelo incentivo e por todas as
palavras amigas. Deixo um especial agradecimento.

v
DEDICATÓRIA

Dedico para Deus, que me deu o dom da vida, e que me orienta e me protege no dia a dia.

Aos meus queridos pais, por todo aprendizado que recebi deles, educação, amor, carinho,
apoio, paciência comigo, enfim, todo ensinamento, quer dizer que vós amos muito, vocês são a
razão da minha existência.

Aos meus irmãos, por tufo que tem feito para mim, vossa amizade, amor, carinho, apoio,
nos momentos difíceis, são vocês que levantam, manos vós amos muito e muita obrigada por me
amarem.

vi
ÍNDICE

DECLARAÇÃO DO SUPERVISOR.............................................................................................iii

DECLARAÇÃO DO AUTOR........................................................................................................iv

AGRADECIMENTO.......................................................................................................................v

DEDICATÓRIA..............................................................................................................................vi

LISTA DE SIGLAS OU ABREVIATURAS..................................................................................ix

1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................................10

1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO.......................................................................................................12

1.2. DELIMITAÇÃO DO TEMA..................................................................................................13

1.3. PROBLEMATIZAÇÃO..........................................................................................................14

1.4. JUSTIFICATIVA....................................................................................................................15

1.5. OBJETIVOS DO TRABALHO..............................................................................................16

1.5.1. Geral.................................................................................................................................16

1.5.2. Específicos........................................................................................................................16

1.6. HIPÓTESES DO ESTUDO....................................................................................................16

1.6.1. Hipótese nula (H0)...........................................................................................................16

1.6.2. Hipótese alternativa (H1).................................................................................................16

1.7. METODOLOGIA....................................................................................................................17

17.1. Tipo de estudo...................................................................................................................17

1.7.2. Variáveis em estudo.........................................................................................................17

1.7.3. Análise de dados...............................................................................................................17

2. MARCO TEÓRICO...................................................................................................................19

2.1. Desnutrição em crianças e adolescestes..............................................................................20

2.1.1. Avaliação do estado nutricional em crianças e adolescestes........................................21

2.2. Desnutrição em idosos.........................................................................................................23


vii
2.2.1. Avaliação do estado nutricional em idosos..................................................................24

2.2.1.1. Factores que influenciam na desnutrição em idosos.............................................25

2.2.1.2. Indicadores de desnutrição ou de risco de desnutrição em idoso..........................25

3. CONCLUSÃO............................................................................................................................27

4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................28

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LISTA DE SIGLAS OU ABREVIATURAS

OMS - Organização Mundial de Saúde;

IMC/I - Indice de Massa Corporal para a Idade;

P/I - Peso para a Idade;

E/I - Estatura para a Idade

CB/I - Circunferência do Braço para a Idade

DCT/I - Dobra Cutânea Tricipital para a Idade

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1. INTRODUÇÃO

A desnutrição continua a ser uma das causas de morbidade e mortalidade mais comuns
entre crianças de todo o mundo. (Manual de atendimento da criança com desnutrição grave em
nível hospitalar, 2005). Entanto a desnutrição como uma preocupação global que é associada a
um aumento de morbilidade, mortalidade e custos em saúde (Nutri, 2019).

A desnutrição, explicitada pelo déficit de estatura na infância e na adolescência, é


atribuível a uma série de factores intimamente associados às condições de vida e satisfação de
necessidades básicas, como a falta de acesso aos alimentos, ao saneamento básico, à assistência à
saúde e à educação de qualidade. Em países menos desenvolvidas, milhares de crianças não
atingem seu pleno potencial de crescimento, com consequências no desempenho escolar e na
transferência da pobreza para as próximas gerações (ALMEIDA, 2019).

A desnutrição nos primeiros anos de vida, é refletida por indicadores antropométricos do


estado nutricional, é um dos maiores problemas de saúde enfrentados por países em
desenvolvimento (I et al., 2009).

Além disso, a desnutrição é observada em indivíduos que carecem de quantidades


suficientes de calorias, proteínas ou outros nutrientes para manter suas funções corporais. É
causada por uma inter-relação complexa entre doenças subjacentes, anormalidades metabólicas
relacionadas a doenças e fornecimento reduzido de nutrientes (ingestão reduzida, má absorção,
perda aumentada ou uma combinação de todos esses fatores), (DIEL, 2021).

O número de pessoas na fase idosa da vida vem crescendo consideravelmente no mundo.


Esse fenômeno de transição demográfica tem sido relacionado com à transição epidemiológica
(VALENTINI et al., 2018). Onde se verifica que nessa faixa etária, também se observam
distúrbios nutricionais decorrentes de alterações fisiológicas, psicológicas, sociais, econômicas e
funcionais, sendo que a desnutrição no idoso é responsável por aumento de complicações de
doenças que porventura acometam essa população (ZHANG et al., 2020).

Para Branco et al., (2020), aponta que o envelhecimento está associado a alterações na
composição do corpo dos indivíduos, aumento da gordura corporal e diminuição da massa magra.
Como isso, trazendo como consequências a redução da taxa metabólica basal e actividade física,

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alterações no apetite, diminuição da visão, olfativa e gustativa distúrbios da deglutição e,
consequentemente, menor ingestão de nutrientes.

A terapia nutricional orientada pela avaliação nutricional, seja enteral ou parenteral, pode
reduzir o impacto da desnutrição em crianças. Uma das principais etapas da avaliação nutricional
é determinar as necessidades nutricionais para desenvolver um plano de tratamento adequado à
condição do paciente (Manual de suporte nutricional da sociedade brasileira de pediatria, 2020).

Nesse contexto, este trabalho teve como objectivo geral desenvolver uma revisão
atualizada sobre avaliação do estado nutricional em crianças, adolescentes e idosos. E como
objectivo específico avaliar os factores associados do estado nutricional.

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1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO

A desnutrição em crianças, adolescentes e idosos é problema de saúde pública em países


menos desenvolvidos como Moçambique.

A avaliação do estado nutricional tem por objectivo verificar o crescimento e as


proporções corporais em uma utilização, o nível de habilidade pessoal requerido de modo a
aplicar de maneira adequada, o tempo considerado necessário para executar, a receptividade por
parte da população a ser estuda e os possíveis riscos para a saúde.

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1.2. DELIMITAÇÃO DO TEMA

Esta pesquisa será realizada na cidade de Quelimane, no hospital central de Quelimane,


amostra será constituída de crianças, adolescentes e idosos com desnutrição aguda ou crônicas
atendidos no hospital central de Quelimane, sendo assim, a pesquisa será realizada em 3 meses
entre Julho a Outubro de 2022, para concretização, será realizado um estudo piloto sobre a
viabilidade da pesquisa, no que concerne a autorização para a realização da pesquisa por parte da
direcção do hospital central de Quelimane e do Instituto Politécnico de Tecnologias e
Empreendedorismo,investimento aplicado para construção do biodigestor, com intuito de
produzir o biogás.

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1.3. PROBLEMATIZAÇÃO

A desnutrição em crianças, adolescentes e idosos em nosso pais, a cada dia ela vêm
aumentando conforme os dados da organização mundial de saúde e o ministério da saúde de
Moçambique.

Na cidade de Quelimane, este problema é muito preocupante, pois, muitas crianças e


idosos e alguns adolescentes tem sofrido desse mal, devido a carência de nutrientes que são
considerados adequados para o seu desenvolvimento (alimentação equilibrada).

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1.4. JUSTIFICATIVA

A desnutrição é um importante factor que interfere no desenvolvimento das crianças e


adolescentes e uma das causas de morte de idosos, devido à falta de nutrientes nos corpos desses
indivíduos.

Outro fator que motivou a pesquisadora foi por ter um familiar internado no hospital e foi
diagnostica a desnutrição crônica.

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1.5. OBJETIVOS DO TRABALHO

1.5.1. Geral

 Avaliar o estado nutricional de crianças, adolescentes e idosos entre dois meses a 90 de


idade atendidos no hospital central de Quelimane.

1.5.2. Específicos

 Avaliar o número de crianças, adolescentes e idosos que chegam ao hospital por dia com
causa de desnutrição;
 Verificar o critério utilizado para avaliação da desnutrição no hospital central de
Quelimane;
 Averiguar a relação entre os indicadores antropométricos e as escalas avaliação
nutricional subjetiva global;

1.6. HIPÓTESES DO ESTUDO

1.6.1. Hipótese nula (H0)

O estado nutricional de crianças, adolescentes e idosos atendidos no hospital central de


Quelimane é adequado.

1.6.2. Hipótese alternativa (H1)

O estado nutricional de crianças, adolescentes e idosos atendidos no hospital central de


Quelimane não é adequado.

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1.7. METODOLOGIA

Foi realizado um estudo transversal, no período de dezembro de 2006 até maio de 2009, que
avaliou 39 crianças e adolescentes cirróticos, com idade entre 0-15 anos atendidos regularmente
na Unidade de Gastroenterologia Pediátrica – Serviço de Pediatria do Hospital de Clínicas de

17.1. Tipo de estudo

1.7.2. Variáveis em estudo

Critérios de inclusão: crianças, adolescentes e idosos de três meses a 90 anos de idade, de


ambos gêneros atendidos no hospital central de Quelimane com diagnóstico de desnutrição.

As variáveis em estudo serão utilizadas os parâmetros antropométricos que incluem o


estado nutricional tais como: índice de massa corporal para a idade (IMC/I), peso para a idade
(P/I), estatura para a idade (E/I), circunferência do braço para a idade (CB/I) e dobra cutânea
tricipital para a idade (DCT/I). Na avaliação dos dados antropométricos da desnutrição será
adoptada a classificação da organização mundial de saúde [World Health Organization (WHO),
2006].

World Health Organization (WHO) Multicentre Growth Reference Study Group. WHO Child
Growth Standards: Length/height-for- -age, weight-for-age, weight-for-length, weight-for-height
and body mass index-for-age: Methods and development. Geneva: World He- alth Organization;
2006

1.7.3. Análise de dados

Para analisar os dados, primeiro serão armazenados em banco de dados utilizando o


programa SPSS (Statistical Parck of Social Science) versão 20,0, a partir das informações
disponibilizadas nos questionários. O banco de dados será alimentado conforme a obtenção dos
dados e após a digitação serão confirmados pela pesquisadora.

Para introdução dos resultados no programa SPSS será traçado o perfil sócio-demografico
das crianças, adolescentes e idosos, onde são apresentadas as seguintes variáveis: idade, o nível
de escolaridade, ocupação, religião, e ainda sobre o estado nutricional de crianças, adolescentes e
idosos.
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A idade foi subdividida em três categorias para facilitar a sua análise que são: menores de
0 a 5 anos, de 10 a 15 anos, 20 a 25 anos 25 a 30 anos e mais de 35 anos de idade. Em relação ao
estado de desnutrição será dividida em duas categorias que são: desnutrido e não desnutrido.

O nível de escolaridade foi categorizado em: não alfabetizada, primário, secundário, pré-
universitária, universitário e outra caso exista.

A renda familiar será categorizada em assalariada, para aquelas pais que não tem trabalho
remunerável; a baixa renda foi estabelecida para pais que tem abaixo de um salário mínimo
nacional; média renda foi estabelecida para pais que tem de um a dois salários mínimos nacional
e alta renda para pais que tem acima de dois salários mínimos a nível nacional, respectivamente.

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2. MARCO TEÓRICO

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 150 milhões de crianças
menores de cinco anos, em todo o mundo, apresentam baixo peso para sua idade, e 182 milhões
têm baixa estatura, sendo a desnutrição a segunda causa de morte mais frequente em menores de
cinco anos nos países em desenvolvimento. Sem dizer que, mais de 50% das mortes em crianças
menores de cinco anos que ocorrem em países em desenvolvimento é influenciada pela
desnutrição (ALMEIDA, 2019).

A desnutrição é definida como sendo uma patologia secundária associada à deficiência ou


excesso de um ou mais nutrientes essenciais (MODOTTI, S.; RODRIGUES, J. R.; LUDWIG, K.
M. 2017). O termo desnutrição refere-se ao inadequado estado nutricional quando se compara a
determinado referencial. Essa inadequação pode-se referir ao excesso (hipernutrição), como a
obesidade, ou então ao déficit, sendo chamado de subnutrição (DIEL, 2021).

A Desnutrição é uma doença de natureza clínico-social multifatorial cujas raízes se


encontram na pobreza. A desnutrição grave acomete todos os órgãos da criança, tornando-se
crônica e pode levar a óbito, caso não seja tratada adequadamente. Pode começar precocemente
na vida intra-uterina caracterizada com baixo peso ao nascer e freqüentemente cedo na infância,
em decorrência da interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo e da alimentação
complementar inadequada nos primeiros dois anos de vida. Associada, muitas vezes, à privação
alimentar ao longo da vida e à ocorrência episódios repetidos de doenças infecciosas como
diarreias e respiratórias, gerando a desnutrição primária. Outros factores de risco na gênese da
desnutrição incluem problemas familiares associados com a situação sócio-econômica, precário
conhe- cimento das mães sobre os cuidados com a criança pequena como alimentação, higiene e
cuidados com a saúde de modo geral e o fraco vínculo entre mãe e filho (Manual de atendimento
da criança com desnutrição grave em nível hospitalar, 2005).

De acordo com GRILO et al (2016), descreve que factores que são expressivos para
explicar a situação de desnutrição encontra-se a falta de expansão de saneamento básico e a
ampliação do acesso aos serviços básicos de saúde, de um determinado pais, relacionados com a
pobreza da população.

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Quanto à origem, a desnutrição pode ser do tipo primária ou secundária. Sendo primária
quando causada por ingestão alimentar insuficiente, sem que haja nenhum outro fator de
interferência. Na desnutrição secundária, existem alguns fatores no indivíduo que alteram o uso
normal dos nutrientes, mesmo quando a ingestão alimentar é adequada. Isso pode acontecer
quando os processos de deglutição, digestão, absorção e excreção estão prejudicados. (LEAL, V.
S. et al. (2012; apud Manual de suporte nutricional da sociedade brasileira de pediatria, 2020).

2.1. Desnutrição em crianças e adolescestes

Na infância, para ter um bom funcionamento físico, psicológico e manutenção da saúde é


importante ter uma boa alimentação com qualitativa e quantitativamente adequada. A desnutrição
infantil, apesar de diminuir mundialmente a sua prevalência, continua a ser o problema mais
importante de saúde pública principalmente nos países mais pobres, devido a sua magnitude e
consequências que provocam para o crescimento, o desenvolvimento e a sobrevivência das
crianças. E mais que um problema de saúde pública, a desnutrição, por ser de natureza
multifatorial, é vista como um grave problema social (ALMEIDA, 2019).

A infância e a adolescência são, portanto, as principais fases para avaliação do estado


nutricional dos indivíduos, sendo este o melhor momento para se criar hábitos de vida saudáveis,
fazendo com que as crianças cresçam com saúde, diminuindo dessa forma, os gastos na saúde
pública (COLEONE et al., 2017).

Para (Teixeira, 2004), aponta que as crianças têm maior probabilidade de apresentar baixo
desenvolvimento cognitivo, ou mesmo sofrer danos neurológicos, para além, de apresentarem
menor resistência a doenças. Quando terem a idade adulta, podem apresentar maior risco de
contrair doenças cardiovasculares, como a hipertensão arterial, diabetes melitus, altas taxas de
colesterol no corpo e problemas renais.

O crescimento físico é o parâmetro mais apropriado para avaliar as condições de saúde e o


estado nutricional em crianças e adolescentes por refletir a evolução da saúde e o
desenvolvimento da população. Por lado, o desenvolvimento de pesquisas que objetivem o
diagnóstico e o conhecimento dos problemas nutricionais, com vistas a melhorar para as

20
próximas gerações, são muito importantes (MODOTTI, S.; RODRIGUES, J. R.; LUDWIG, K.
M. 2017).

O estado nutricional, caracterizado pelo balanço entre a necessidade e a oferta de


nutrientes, está intimamente ligado à saúde da criança, influenciando seu processo de crescimento
e evolução clínica. Actualmente, a saúde da criança tem sido afectada pelas práticas da vida
urbana, na qual ocorrem mudanças de comportamento principalmente com relação à dieta e à
atividade física, o que proporciona aumento nas taxas de sobrepeso e obesidade (BERTIN et al.,
2010).

Em Moçambique, o principal desafio como estado é diminuir a quantidades de crianças


desnutridas, mas actualmente com o processo de transição nutricional e com o aumento de
doenças crônicas não transmissíveis, como a obesidade, tem sido o novo desafio para segurança
alimentar (ALMEIDA, 2019).

2.1.1. Avaliação do estado nutricional em crianças e adolescestes

A avaliação do estado nutricional da criança é muito essencial para averiguar o


crescimento e o peso, com o objecttivo de se estabelecer melhores atitudes de intervenção. Além
disso, é indispensável tanto para o crescimento e desenvolvimento, que incluem a prevenção de
doenças crônicas não transmissíveis que pode aparecer na fase adulta (ARAÚJO; ROSA, 2016).

Na avaliação do estado nutricional as medidas antropométricas têm si mostrando o


método muito essencial para o diagnóstico da desnutrição na população principalmente em
crianças, por apresentar custo muito baixo e a facilidade de execução que apresentam,
objectividade da medida, boa reprodutibilidade e possibilidade de comparação com um padrão de
referência de manuseio relativamente simples, principalmente em estudos populacionais
(ALMEIDA, 2019; Gama, 2021; Teixeira, 2004).

É essencial salientar que muitas pesquisas ligadas a desnutrição, apontam que as medidas
antropométricas são importantes indicadoras do risco de mortalidade na infância. Pois as crianças
que apresentam desnutrição de grau moderado têm o dobro do risco irem ao óbito, enquanto este
risco triplica nos casos de desnutrição grave (Teixeira, 2004).

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A avaliação do estado nutricional das crianças pode ser obtida por meio de pesquisas
transversais, utilizando índices antropométricos preconizados pela Organização Mundial de
Saúde, que incluem altura verso idade, peso verso altura e peso verso idade, respectivamente.
Dessa forma, a análise do comprometimento do índice altura por idade é denominado nanismo
(stunting) que refere que a criança tem o crescimento comprometido em processo de longa
duração e esta medida é útil na avaliação da desnutrição crônica. O déficit no índice peso por
altura é chamado emaciamento (wasting) que reflete um comprometimento mais pronunciado no
peso e esta medida é útil na avaliação da desnutrição aguda. No entanto o déficit do peso para a
idade (underweight) é um índice isolado, não sendo útil para avaliar a cronologia da perda de
peso. Seu déficit pode significar tanto fenômeno recente como antigo, respectivamente (Teixeira,
2004).

Conforme (Gama, 2021), descreve que os índices antropométricos são utilizados


mundialmente para a determinação do estado nutricional de crianças e adolescentes a partir da
comparação com um padrão de referências realizado através de escalas, sendo que as mais
comuns são o percentil (P) e escore z.

As medidas antropométricas elas são analisadas mediante a idade, altura e sexo,


comparando com os valores de referenciais adotados pela OMS (BRASIL, 2015; Teixeira; 2004).

Estatura para Idade (E/I): refere o crescimento linear, apresentando-se como o índice que
reflete os efeitos cumulativos da situação de saúde e nutrição em longo prazo, ou seja, o déficit
neste índice deve ser interpretado como uma condição crônica (ARAÚJO; ROSA, 2016;
Teixeira, 2004).

Peso para Idade (P/I): expressa a relação existente entre a massa corporal e a idade. Este
índice é amplamente utilizado para avaliar a desnutrição, porém o déficit de peso para a idade
observado pontualmente não determina se o quadro é recente ou de longo prazo. Por
desconsiderar o comprimento/altura, é necessário que a avaliação seja complementada por outro
índice antropométrico (ARAÚJO; ROSA, 2016).

Índice de Massa Corporal (IMC) para Idade (IMC/I): expressa a relação entre a massa
corporal (em quilos) e o comprimento/altura (em metros), sendo utilizado, principalmente, para

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identificar o excesso de peso. Os índices IMC para a Idade e Peso para a Estatura tendem a
mostrar resultados muito semelhantes (LEAL, V. S. et al. 2012).

A avaliação nutricional infantil por meio da antropometria, mesmo que restrita às medidas
de peso e altura, permite estimar a prevalência e gravidade de alterações nutricionais. Entretanto,
nenhum parâmetro isolado é indicador confiável da condição nutricional. Sendo assim, a
avaliação do consumo alimentar deve, sempre que possível, ser realizada com o objectivo de
avaliar a ingestão de alimentos e identificar hábitos inadequados e/ou a ingestão excessiva de
alimentos com pobre conteúdo nutricional, pois o desconhecimento do impacto dessas práticas
incorretas podem comprometer de forma intensa a saúde dos indivíduos (DETREGIACHI;
KAWAMOTO; ROSSETTE, 2016).

A avaliação nutricional é um instrumento diagnóstico que determina o estado nutricional


resultante dos processos de ingestão, absorção, utilização e excreção, ou seja, do balanço entre a
ingestão e a perda de nutrientes. A partir da avaliação nutricional é possível definir as estratégias
de intervenção relacionadas à nutrição (Gama, 2021).

2.2. Desnutrição em idosos

O envelhecimento caracteriza-se por um processo natural e individual, que ocasiona uma


série de mudanças morfofisiológicas, metabólicas, sociais e psicológicas, que se manifestam em
transformações estruturais e funcionais associadas com o problemas de envelhecimento (Branco
et al., 2020; Graciano & Cozer, 2017). Uma nutrição deficitária favorece o aparecimento de
doenças que, por sua vez, repercutem negativamente no seu estado nutricional, instaurando-se
desta maneira em um ciclo vicioso má nutrição e doença. Pois essa condição de má nutrição está
relacionada ao risco aumentado de complicações, internação prolongada, aumento dos custos de
internação, readmissão e aumento da mortalidade (Branco et al., 2020).

Para Graciano & Cozer (2017), apontam que o envelhecimento, um acontecimento normal
entre os organismos vivos, ele ocorre de forma gradual, dessa forma resultando na diminuição
global da capacidade funcional do indivíduo. Onde estas transformações são influenciadas por
diversas variáveis, como as biológicas, sociodemograficas e sociais, o que cursa com algumas
limitações no idoso, tornando este indivíduo mais susceptível a diversas doenças. Para além
23
disso, os idosos representam uma população heterogênea pela sua diversidade econômica,
fisiológica social e cultural, respectivamente (Guariento & Nutricional, 2009).

O mais essencial é que o distúrbio nutricional que é observado nos idosos é a desnutrição,
que está associada ao aumento da mortalidade e da susceptibilidade às infecções e a redução da
qualidade de vida. Entanto, frequentemente, a desnutrição insere-se no contexto de outras
transformações orgânicas averiguadas ao longo do processo de envelhecimento, que deixam de
ser diagnosticadas. Existem alguns autores que consideram os sinais de desnutrição podem ser
difíceis de distinguir daqueles resultantes do processo natural de envelhecimento, porém se essa
condição mórbida não for detectada, pode contribuir para o agravamento de manifestações
clínicas associadas à inúmeras doenças crônicas e aumento de mortalidade do individuo
(Guariento & Nutricional, 2009).

2.2.1. Avaliação do estado nutricional em idosos

Diversos testes de avaliação para risco de desnutrição são desenvolvidos, onde se


destacam a Mini Avaliação Nutricional e o SCALES (Branco et al., 2020; Guariento &
Nutricional, 2009).

O teste de mini avaliação nutricional foi desenvolvida para avaliar o risco de desnutrição
em idosos, assim como para identificar aqueles que pudessem se beneficiar de intervenção
dietoterápica precoce. Onde versão original do teste é composta de 18 tópicos que englobam
avaliação antropométrica, dietética e clínica; autopercepção da saúde e estado nutricional, que
podem ser utilizados tanto para triagem como para apreciação diagnóstica, desde que aplicada
por um profissional da área de saúde. Corresponde a um instrumento prático, que não é invasivo,
que leva em consideração o estado nutricional, o estado de saúde, a fragilidade e eventuais
doenças que acometem os idosos (Guariento & Nutricional, 2009).

Segundo Graciano & Cozer (2017), referem que o teste de mini avaliação nutricional
consiste em um número de questões e medidas antropométricas utilizadas para determinar um
escore indicador de desnutrição. O teste de mini avaliação nutricional fornece um método simples
e rápido de identificação de indivíduos idosos que apresentam risco de desnutrição ou que se
encontram desnutridos. Identifica o risco de desnutrição antes da ocorrência de mudanças de peso
24
ou dos níveis de proteína sérica. Este tipo de teste pode ser preenchido periodicamente no
ambiente comunitário e hospitalar, ou em locais de cuidados de longo prazo.

O instrumento SCALES foi desenvolvido por médicos e dietistas para a sua utilização na
prática clínica e foi validado juntamente com a mini avaliação nutricional. Este instrumento tem a
capacidade superior para identificar subsequentemente os problemas nutricionais que possam se
associar à condição mórbida prévia, o instrumento SCALES necessita exames laboratoriais
complementares e pode ser utilizado como segundo nível de avaliação, após a mensuração do
risco de desnutrição realizada por meio de mini avaliação nutricional (Guariento & Nutricional,
2009).

2.2.1.1. Factores que influenciam na desnutrição em idosos

Entre factores sócio-econômicos que contribuem para o déficit nutricional em idosos


encontram-se os psicossociais, tais como perda do cônjuge, depressão, isolamento social,
pobreza, perda da capacidade de integração social, da independência, da função cognitiva e
outros factores que são associados às doenças de base que ocorre em idosos. E as principais
transformações fisiológicas que podem interferem no estado nutricional do idoso encontra-se a
diminuição do metabolismo basal, redistribuição da massa corporal, alterações no funcionamento
do sistema digestivo, alterações na percepção sensorial e diminuição da sensibilidade à sede. As
doenças crônicas que, frequentemente, estão associadas a algum tipo de deficiência alimentar na
vida adulta, são também relacionadas aos factores que levam o idoso à desnutrição. O uso de
múltiplos medicamentos, é uma situação muito comum na população idosa, influencia na
ingestão de alimentos, nos processos de digestão, absorção e utilização dos diversos nutrientes,
podem comprometer o estado de saúde e nutricional do idoso. Além disso, entre os factores de
riscos associados à desnutrição, pode-se incluir a deterioração da saúde oral e da sensibilidade a
gostos primários. A desnutrição também se manifesta como um dos resultados de uma variedade
de condições, que incluem anemia, úlcera de pressão, fraturas ósseas, fragilidade, déficit
cognitivo, desidratação, hipotensão ortostática e disfunção imune, as quais demonstram uma
estreita relação com o estado nutricional dos idosos (Guariento & Nutricional, 2009).

25
2.2.1.2. Indicadores de desnutrição ou de risco de desnutrição em idoso

Na averiguação das alterações que são associadas ao estado nutricional, é necessário


proceder a avaliação nutricional, onde os objectivos são os seguintes, entre outros: identificar os
indivíduos em risco para desenvolver doenças crônicas não transmissíveis; monitorar a eficácia
da intervenção dietoterápica (Guariento & Nutricional, 2009).

Vários indicadores foram desenvolvidos para avaliar o estado nutricional, embora eles
sejam questionáveis, pois são influenciados por factores não associados à ingestão de alimentos.
Os indicadores utilizados são: dados antropométricos que incluem (peso, altura, índice de massa
corporal, circunferências do braço, panturrilha e abdominal, pregas cutâneas e composição
corporal), exame clínico, exames laboratoriais que incluem a (hemograma, eletroforese de
proteínas, balanço nitrogenado e colesterol sérico) e dietéticos (Guariento & Nutricional, 2009).
Por isso, os principais indicadores de desnutrição nos idosos são seguintes parâmetros.

 Perda de peso involuntária de aproximadamente 5% em um mês, 7,5% em três meses e


10% em 6 meses;
 Peso baixo para a altura, inferior a mais de 20% do peso corporal ideal;
 Índice de massa corporal (IMC) menor que 22 kg/m2;
 Albumina sérica abaixo de 3,5 mg/dL;
 Nível de colesterol sérico total inferior a 160 mg/dL;
 Mudança do estado funcional: de independente para de- pendente;
 Ingestão alimentar inadequada;
 Circunferência muscular do braço inferior ao percentil 10;
 Prega cutânea tricipital menor que o percentil 10 ou maior que o percentil.

26
3. CONCLUSÃO

A desnutrição é um transtorno corporal produzido por um desequilíbrio entre o aporte de


nutrientes e as necessidades do indivíduo motivado por uma dieta inadequada, ou por fatores que
comprometam a ingestão, absorção e utilização dos nutrientes decorrente de alguma afecção ou
por necessidades nutricionais aumentadas.

As crianças na sua maioria das vezes têm sofrido de problemas de desnutrição,


principalmente em países em desenvolvimentos.

Existem diversos factores associados a problemas de desnutrição, tanto em crianças,


adolescentes, assim como, em idosos.

A desnutrição em idosos é comum, pois com o envelhecimento o consumo alimentar


diário tende a diminuir. Além disso, os alimentos consumidos têm baixo teor calórico,
contribuindo para a deficiência nutricional e desnutrição.

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4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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5. anexos

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