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Poder Judiciário

Justiça do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho

PROCESSO Nº TST-RR-2070-28.2011.5.15.0077

Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 1000AF4AEBE06F76A4.
A C Ó R D Ã O
2ª Turma
GMJRP/pr

RECURSO ORDINÁRIO NÃO CONHECIDO.


DESERÇÃO. CUSTAS PROCESSUAIS. NÃO
APRESENTAÇÃO DA GUIA GRU. JUNTADA DE
RECIBO DE RECOLHIMENTO DE CUSTAS.
VALIDADE.
Quando a parte efetuou o recolhimento
das custas processuais, em 4/4/2012,
conforme consta do recibo anexado à
pág. 343, já se encontrava em vigor o
Ato Conjunto nº 21/2010 do
TST/CSJT/GP/SG, publicado no DEJT em
9/12/2010, que, em seu artigo 1º,
estabelece disposição de que, a
partir de janeiro de 2011, o
pagamento de custas deve ser efetuado
por meio da Guia de Recolhimento da
União (GRU). Confira-se: “A partir de 1º de
janeiro de 2011, o pagamento das custas e
emolumentos no âmbito da Justiça do Trabalho deverá
ser realizado exclusivamente mediante Guia de
Recolhimento da União – GRU Judicial, sendo ônus da
parte interessada efetuar seu correto preenchimento”.
No caso dos autos, a reclamada
reconhece que a guia GRU não foi
juntada aos autos, entretanto defende
que o recibo anexado é suficiente
para demonstrar o cumprimento do
recolhimento das custas judiciais no
valor e prazo corretos. De fato, pela
análise do documento apresentado, é
possível identificar a expressão
“convênio STN – GRU Judicial”, o nome
da empresa recorrente, a data e o
valor do pagamento, bem como o número
da autenticação. Com efeito, é de se
afastar a deserção do recurso
ordinário patronal. Isso porque pode
ser verificado das informações
lançadas no comprovante de pagamento
juntado aos autos que foi efetivado o
recolhimento das custas relativas a
este processo em favor da União,
Firmado por assinatura digital em 12/06/2014 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, nos termos
da Lei nº 11.419/2006, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.
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tendo, portanto, o procedimento
alcançado a sua finalidade.
Precedentes desta Corte nesse mesmo
sentido
Recurso de revista conhecido e
provido.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de


Recurso de Revista n° TST-RR-2070-28.2011.5.15.0077, em que é
Recorrente MANN + HUMMEL BRASIL LTDA. e Recorrido RODRIGO LINS DE
SIQUEIRA.

O agravo de instrumento interposto pela reclamada


foi provido em sessão realizada em 4/6/2014 para determinar o
processamento do recurso de revista.

V O T O

AGRAVO DE INSTRUMENTO

O Vice-Presidente do Tribunal Regional do Trabalho


da 15ª Região, por meio do despacho de págs. 489 e 490, pelo qual se
denegou seguimento ao recurso de revista da reclamada com estes
fundamentos:

“PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS
Tempestivo o recurso (decisão publicada em 24/05/2013; recurso
apresentado em 03/06/2013).
Regular a representação processual.
A análise do preparo será realizada juntamente com o mérito do
recurso.
PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / RECURSO /
PREPARO/DESERÇÃO.
O v. acórdão não conheceu o recurso ordinário da reclamada, por
irregularidade no preparo (custas processuais), pois a recorrente trouxe com
seu apelo somente documento de transferência eletrônica de valores, que
não traz identificação da unidade gestora, código de recolhimento, local de

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tramitação do processo e nem mesmo identificação deste. Esclareceu
que é notório o fato de que a recorrente demanda nesta Justiça
Especializada em outros processos, sendo necessário que o documento
trazido para comprovar o recolhimento das custas, ao menos, tenha alguma
identificação com o processo a que se refere, o que não se verificou.
No tocante ao tema em debate, inviável o apelo, pois não restou
configurada, de forma direta e literal, nos termos em que estabelece a alínea
"c" do art. 896 da CLT, a alegada ofensa aos dispositivos constitucionais e
legais invocados.
Por outro lado, a recorrente não logrou demonstrar a pretendida
divergência jurisprudencial. Os arestos colacionados são inadequados ao
confronto, ora por não preencherem os requisitos do art. 896, "a", da CLT,
ora os da Súmula 337, I, "a", C. TST.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO /
PENALIDADES PROCESSUAIS / LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ.
O v. acórdão aplicou à reclamada multa e indenização por litigância
de má-fé em razão de ter deduzido defesa contra fato incontroverso,
oposto resistência injustificada ao processo, procedido de modo temerário,
provocado incidente manifestamente infundado e interposto recurso
meramente protelatório, incidindo nos incisos I, IV, V, VI e VII, todos do
art. 17 do CPC, razão pela qual não há que se falar que tal decisão ofende a
literalidade dos dispositivos constitucionais e legal invocados, na forma
exigida pela alínea "c" do art. 896 da CLT.
CONCLUSÃO
DENEGO seguimento ao recurso de revista.”

Na minuta de agravo de instrumento, às págs. 493-


500, a reclamada sustenta que o recolhimento das custas processuais,
no importe de 2% do valor arbitrado à condenação, foi efetivamente
efetuado.
Afirma que o artigo 789 da CLT exige apenas que
seja observado o valor arbitrado e o prazo legal, o que ocorreu no
caso.
Entende que está sendo imposto à agravante
procedimentos sem amparo legal.
Alega violação dos artigos 5º, incisos II e LV, da
Constituição Federal, 154 e 244 do CPC e 789 da CLT. Traz
divergência jurisprudencial.
Em relação à multa por litigância de má fé, aponta
contrariedade às Súmulas nºs 184 e 297 do TST. Argumenta que apenas
se se utilizou do recurso necessário.
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O acórdão regional foi assim fundamentado:

“Não conheço do recurso da reclamada MANN + HUMMEL


BRASIL LTDA., por ausentes os pressupostos de admissibilidade.
Considerando a vigência da Lei nº 10.537, que alterou os Artigos 789
e 790 da CLT, bem como a Instrução Normativa nº 20/2002 do C. TST,
alterada pela Resolução Administrativa 902/2002 daquela Corte Superior
Trabalhista, a partir de 01/01/2.011 o recolhimento de custas e
emolumentos no âmbito da Justiça do Trabalho deve ser efetuada através da
Guia de Recolhimento da União – GRU Judicial. Isso é o que determina o
ATO CONJUNTO nº 21/2010 TST.CSJT.GP.SG.
Referido ato impõe à parte a incumbência de realizar o adequado
preenchimento das guias GRU, fazendo constar obrigatoriamente a
identificação do contribuinte com nome e CPF/CNPJ, Unidade Gestora,
valor pago, código de recolhimento, local de tramitação do processo e
número de identificação, informações necessárias para possibilitar a
verificação de cada recolhimento efetuado individualmente, por meio de
consulta ao SIAFI.
Por seu turno, o Artigo 69, do Título XV, da Consolidação dos
Provimentos da Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho determina
expressamente a identificação do processo quando da transferência
eletrônica de fundos.
Na guia juntada à fl. 171 não é possível verificar a Unidade Gestora,
o código de recolhimento, local de tramitação do processo e número de
identificação. Dessa forma, o não conhecimento do recurso é medida que se
impõe, eis que não implementado o pressuposto objetivo de
admissibilidade.
O recurso do reclamante foi interposto dentro do prazo que lhe foi
concedido para contrarrazoar, sendo portanto recebido como adesivo, mas
prejudicado o seu conhecimento diante do que determina o Artigo 500,
Inciso III, do Código de Processo Civil.” (págs. 384 e 385)

Os embargos de declaração foram julgados nestes


termos:

“O recurso é tempestivo, dele conheço, mas não dos documentos


anexados à petição dos embargos - fls. 198/208, por extemporâneos
(Súmula 08/TST).
Os Embargos de Declaração servem apenas para corrigir certos
aspectos do Acórdão, objetivando o aperfeiçoamento da decisão, não sendo
instrumento apto a reformulá-la ou a modificar seu conteúdo nem a
devolver o conhecimento da matéria versada no processo, com reapreciação
do mérito da demanda, eis que incompatível com a natureza e finalidade
dessa espécie recursal.
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No entanto, nos presentes embargos, a reclamada requer
explicitamente a revisão da decisão, a qual julgou deserto o seu Recurso
Ordinário.
Como bem fundamentado pelo Acórdão, o documento de
transferência eletrônica de valores, apresentado pela reclamada à fl. 171,
visando comprovar o pagamento das custas processuais, não traz
identificação da Unidade Gestora, código de recolhimento, local de
tramitação do processo nem identificação do processo, o que demonstra um
flagrante desrespeito ao cumprimento de normas que regulamentam a
matéria.
Ora, a embargante alega excesso de formalismo, mas como é possível
identificar que o valor recolhido à fl. 171, realmente diz respeito ao
presente processo? Ou, se refere a outro?
É notório o fato de que a embargante demanda nesta Justiça
Especializada em outros processos, sendo necessário que o documento
trazido para comprovar o recolhimento das custas, ao menos, tenha alguma
identificação com o processo a que se refere.
Portanto, sem razão a embargante, que deveria ter observado
corretamente as instruções legais para a adequada comprovação do
pagamento das custas processuais referente a este processo.
No que diz respeito ao prequestionamento, a Súmula nº 297 do
Tribunal Superior do Trabalho trata o assunto como condição para a
apreciação de matéria ascendida via Recurso de Revista para evitar
inovação recursal, ou seja, a questão a ser submetida à apreciação da Corte
Superior deve ter sido objeto de pronunciamento na instância inferior, com
adoção explícita de tese a respeito.
É obvio, portanto, que a interposição de Embargos de Declaração só
se justifica no caso de omissão da decisão sobre o tema que a parte pretenda
suscitar em Recurso de Revista.
Não é esse o caso em tela, pois não há omissão no Acórdão, e muito
menos afronta a qualquer dispositivo legal, apenas inconformismo da
embargante com o desfecho do processo, restando evidente a conclusão de
uma atitude protelatória, ainda mais, diante de argumentos tão infundados
que compõem estes embargos, no qual, biso e friso, pleiteia-se a revisão da
decisão, o que é incompatível com a natureza e finalidade dessa espécie
recursal.
Assim, por deduzir defesa contra fato incontroverso, opor resistência
injustificada ao processo, proceder de modo temerário, provocar incidente
manifestamente infundado e, interpor recurso meramente protelatório,
incindido a embargante nos incisos I, IV, V, VI e VII, do Artigo 17, do
Código de Processo Civil, aplico-lhe a punição do Artigo 18, do mesmo
Codex, por se enquadrar a embargante como litigante de má-fé.” (págs.
421-423)

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No que diz respeito à deserção, com efeito,
revela-se incorreta a decisão regional em que se reputou deserto o
recurso ordinário interposto pela reclamada.
Quando a parte efetuou o recolhimento das custas
processuais, em 4/4/2012, conforme consta do recibo anexado à pág.
343, já se encontrava em vigor o Ato Conjunto nº 21/2010 do
TST/CSJT/GP/SG, publicado no DEJT em 9/12/2010, que, em seu artigo
1º, estabelece disposição de que, a partir de janeiro de 2011, o
pagamento de custas deve ser efetuado por outro meio da Guia de
Recolhimento da União (GRU).
Confira-se:

“A partir de 1º de janeiro de 2011, o pagamento das custas e


emolumentos no âmbito da Justiça do Trabalho deverá ser realizado
exclusivamente mediante Guia de Recolhimento da União – GRU Judicial,
sendo ônus da parte interessada efetuar seu correto preenchimento”.

No caso dos autos, a reclamada reconhece que a


guia GRU não foi juntada aos autos, entretanto defende que o recibo
anexado à pág. 343 é suficiente para demonstrar o cumprimento do
recolhimento das custas judiciais no valor e prazo corretos.
De fato, pela análise do documento apresentado, é
possível identificar a expressão “convênio STN – GRU Judicial”, o
nome da empresa recorrente, a data e o valor do pagamento, bem como
o número da autenticação.
Com efeito, é de se afastar a deserção do recurso
ordinário patronal. Isso porque pode ser verificado das informações
lançadas no comprovante de pagamento juntado aos autos que foi
efetivado o recolhimento das custas relativas a este processo em
favor da União, tendo, portanto, o procedimento alcançado a sua
finalidade.
Nesse sentido, os seguintes precedentes desta
Corte, in verbis:

“AGRAVO REGIMENTAL. DECISÃO MONOCRÁTICA


PROFERIDA POR PRESIDENTE DE TURMA. INESPECIFICIDADE
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DOS ARESTOS AFASTADA. Demonstrada a divergência jurisprudencial
válida e específica nos moldes do incido II do artigo 894 da Consolidação
das Leis do Trabalho, dá-se provimento ao agravo regimental, a fim de
determinar o processamento do recurso de embargos. RECURSO DE
EMBARGOS INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI N.º 11.496/2007.
CUSTAS PROCESSUAIS. COMPROVANTE ELETRÔNICO DE
RECOLHIMENTO. DESERÇÃO NÃO CONFIGURADA. 1. Consoante a
Instrução Normativa n.º 20, com a redação dada pela Resolução
Administrativa n.º 902/2002 desta Corte superior, e o Ato Conjunto n.º
21/2010 - TST.CSJT.SG, que dispõem sobre os procedimentos para o
recolhimento de custas e emolumentos devidos à União no âmbito da
Justiça do Trabalho, exige-se, tão somente, que o pagamento das custas seja
efetuado no prazo recursal e no valor estipulado na sentença. 2. Não pode o
excesso de rigor formal, no exame dos pressupostos de admissibilidade
recursal, configurar óbice ao uso de novos métodos disponibilizados às
partes para o recolhimento de custas e emolumentos. Com efeito, as
instituições bancárias oferecem, atualmente, a possibilidade de pagamento
de tributos por meio eletrônico (internet), e o recolhimento de custas
mediante a guia GRU não é exceção. 3. Não se detecta irregularidade no
comprovante eletrônico de recolhimento de custas carreado aos presentes
autos, de onde se extraem os seguintes dados: nome de quem efetuou o
recolhimento, a informação -Convênio STN - GRU JUDICIAL-, o valor
recolhido, a data do recolhimento das custas processuais e o número do
código de barras, sendo certo que a última sequência do referido código
(impresso também em algarismos arábicos, no documento) corresponde ao
número do CPF do reclamante. 3. Em tal hipótese, uma vez verificado o
efetivo recolhimento das custas em favor da União - alcançando-se, assim,
a finalidade do ato processual - não se afigura razoável declarar a deserção
do apelo em razão da ausência do traslado da guia GRU, sob pena de
incorrer-se em ofensa ao disposto no artigo 5º, LV, da Constituição da
República. 4. Recurso de embargos conhecido e provido”. (E-ED-RR-
531-26.2010.5.04.0026, Relator Ministro: Lelio
Bentes Corrêa, Data de Julgamento: 20/3/2014,
Subseção I Especializada em Dissídios Individuais,
Data de Publicação: DEJT 4/4/2014)

“I - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA


- PROCESSO ELETRÔNICO - PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO.
DESERÇÃO DO RECURSO ORDINÁRIO. CUSTAS PROCESSUAIS.
COMPROVAÇÃO. AUSÊNCIA DA GUIA GRU. JUNTADA DE
RECIBO ELETRÔNICO. EXISTÊNCIA DE ELEMENTOS QUE
PERMITEM A CONSTATAÇÃO DA VINCULAÇÃO DAS CUSTAS
RECOLHIDAS COM A DEMANDA. Constatada a violação do art. 5º, LV,
da Constituição da República, merece provimento o Agravo de Instrumento
para determinar-se o processamento do Recurso de Revista. II - RECURSO
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DE REVISTA - PROCESSO ELETRÔNICO - PROCEDIMENTO
SUMARÍSSIMO. DESERÇÃO DO RECURSO ORDINÁRIO. CUSTAS
PROCESSUAIS. COMPROVAÇÃO. AUSÊNCIA DA GUIA GRU.
JUNTADA DE RECIBO ELETRÔNICO. EXISTÊNCIA DE
ELEMENTOS QUE PERMITEM A CONSTATAÇÃO DA
VINCULAÇÃO DAS CUSTAS RECOLHIDAS COM A DEMANDA.
Constata-se que o recibo eletrônico juntado aos autos possui elementos
suficientes para vincular as custas recolhidas à demanda, restando
comprovada a disponibilização dos respectivos valores à Receita Federal.
Assim, com fulcro nos princípios da boa-fé, da razoabilidade, da
instrumentalidade das formas e da finalidade dos atos processuais, afasta-se
a deserção declarada pelo Regional. Recurso de Revista conhecido e
provido”. (RR-2010-91.2012.5.03.0097, Relator
Ministro: Márcio Eurico Vitral Amaro, Data de
Julgamento: 28/5/2014, 8ª Turma, Data de
Publicação: DEJT 30/5/2014)

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO ELETRÔNICO.


DESERÇÃO DO RECURSO ORDINÁRIO. CUSTAS PROCESSUAIS.
COMPROVAÇÃO. JUNTADA DE RECIBO ELETRÔNICO RELATIVO
À GUIA GRU. Diante da ofensa ao art. 5.º, LV, da Constituição Federal,
determina-se o processamento do Recurso de Revista. Agravo de
Instrumento a que se dá provimento. RECURSO DE REVISTA.
PROCESSO ELETRÔNICO. DESERÇÃO DO RECURSO ORDINÁRIO.
CUSTAS PROCESSUAIS. COMPROVAÇÃO. JUNTADA DE RECIBO
ELETRÔNICO RELATIVO À GUIA GRU. Na diretriz do art. 789, § 1.º,
da CLT, as exigências para a validade da comprovação do recolhimento das
custas processuais são que o respectivo recolhimento seja efetuado no prazo
recursal e em valor correspondente ao estipulado na sentença. No caso dos
autos, constata-se que o recibo eletrônico juntado pela Reclamada, no qual
consta referência ao Convênio STN - GRU Judicial, possui elementos
suficientes para vincular as custas recolhidas à demanda, na forma do
indigitado dispositivo legal, estando comprovada a disponibilização dos
respectivos valores à Receita Federal. Desse modo, à luz dos princípios da
boa-fé, da razoabilidade, da instrumentalidade das formas e da finalidade
dos atos processuais, afasta-se a deserção declarada pela Corte de origem.
Precedentes. Recurso de Revista conhecido e provido”. (RR-1490-
77.2011.5.24.0002, Relatora Ministra: Maria de
Assis Calsing, Data de Julgamento: 30/10/2013, 4ª
Turma, Data de Publicação: DEJT 08/11/2013)

“RECURSO DE REVISTA. DESERÇÃO RECURSO ORDINÁRIO.


NÃO APRESENTAÇÃO DA GUIA GRU. JUNTADA DE RECIBO DE
RECOLHIMENTO DE CUSTAS. DESERÇÃO NÃO CONFIGURADA.
Ainda que a parte não tenha juntado a Guia de Recolhimento da União, o
Firmado por assinatura digital em 12/06/2014 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, nos termos
da Lei nº 11.419/2006, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.
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comprovante de pagamento anexado ao Recurso Ordinário, correspondente
ao recolhimento das custas processuais por meio eletrônico e relativo ao -
Convênio STN - GRU JUDICIAL-, permite aferir que o recolhimento foi
efetivado pela Reclamada à União, no valor fixado na sentença, bem como
no prazo alusivo ao Recurso Ordinário, elementos suficientes a atestar o
devido preparo do apelo. Recurso de Revista conhecido e provido”. (RR
- 183-46.2010.5.01.0008, Relatora Juíza Convocada:
Maria Laura Franco Lima de Faria, Data de
Julgamento: 12/12/2012, 8ª Turma, Data de
Publicação: DEJT 14/12/2012)

“RECURSO DE REVISTA DO RECLAMANTE. RECURSO


ORDINÁRIO DO RECLAMANTE. FALTA DE APRESENTAÇÃO DA
GUIA GRU. JUNTADA DO RECIBO ELETRÔNICO DE
RECOLHIMENTO DAS CUSTAS. DATA E VALOR COMPATÍVEL
COM A SENTENÇA. CÓDIGO DE BARRAS EM QUE CONSTA O CPF
DA PARTE. DESERÇÃO. NÃO CONFIGURAÇÃO. Pela análise do
comprovante eletrônico de pagamento é possível identificar a expressão -
Convênio STN - GRU JUDICIAL-, a data do recolhimento, o valor
recolhido e que, no código de barras do documento, a última sequência é o
número do CPF do reclamante. Constata-se que, no caso, os campos
verificados são suficientes para demonstrar que o numerário respectivo foi
depositado pela parte, na quantia devida, dentro do prazo e por meio correto
(GRU), e que se encontra à disposição da Receita Federal. Assim, a
deserção deve ser afastada. Recurso de revista a que se dá provimento”.
(RR - 71200-82.2009.5.04.0271, Relatora Ministra:
Kátia Magalhães Arruda, Data de Julgamento:
05/12/2012, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT
07/12/2012)

Diante do exposto, em razão de potencial violação


dos arts. 154 e 244 do CPC, dou provimento ao agravo de instrumento,
para determinar o processamento do recurso de revista, nos termos da
Resolução Administrativa nº 1.418/2010.

RECURSO DE REVISTA

RECURSO ORDINÁRIO NÃO CONHECIDO. DESERÇÃO. CUSTAS


PROCESSUAIS. NÃO APRESENTAÇÃO DA GUIA GRU. JUNTADA DE RECIBO DE
RECOLHIMENTO DE CUSTAS. VALIDADE

I – CONHECIMENTO
Firmado por assinatura digital em 12/06/2014 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, nos termos
da Lei nº 11.419/2006, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.
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PROCESSO Nº TST-RR-2070-28.2011.5.15.0077

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A reclamada sustenta que o recolhimento das custas
processuais, no importe de 2% do valor arbitrado à condenação, foi
efetivamente efetuado. Afirma que o artigo 789 da CLT exige apenas
que seja observado o valor arbitrado e o prazo legal, o que ocorreu
no caso. Entende que está lhe sendo imposto procedimento sem amparo
legal.
Indica violação dos artigos 5º, incisos II e LV,
da Constituição Federal, 154 e 244 do CPC e 789 da CLT. Traz
divergência jurisprudencial.
O acórdão regional foi assim fundamentado:

“Não conheço do recurso da reclamada MANN + HUMMEL


BRASIL LTDA., por ausentes os pressupostos de admissibilidade.
Considerando a vigência da Lei nº 10.537, que alterou os Artigos 789
e 790 da CLT, bem como a Instrução Normativa nº 20/2002 do C. TST,
alterada pela Resolução Administrativa 902/2002 daquela Corte Superior
Trabalhista, a partir de 01/01/2.011 o recolhimento de custas e
emolumentos no âmbito da Justiça do Trabalho deve ser efetuada através da
Guia de Recolhimento da União – GRU Judicial. Isso é o que determina o
ATO CONJUNTO nº 21/2010 TST.CSJT.GP.SG.
Referido ato impõe à parte a incumbência de realizar o adequado
preenchimento das guias GRU, fazendo constar obrigatoriamente a
identificação do contribuinte com nome e CPF/CNPJ, Unidade Gestora,
valor pago, código de recolhimento, local de tramitação do processo e
número de identificação, informações necessárias para possibilitar a
verificação de cada recolhimento efetuado individualmente, por meio de
consulta ao SIAFI.
Por seu turno, o Artigo 69, do Título XV, da Consolidação dos
Provimentos da Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho determina
expressamente a identificação do processo quando da transferência
eletrônica de fundos.
Na guia juntada à fl. 171 não é possível verificar a Unidade Gestora,
o código de recolhimento, local de tramitação do processo e número de
identificação. Dessa forma, o não conhecimento do recurso é medida que se
impõe, eis que não implementado o pressuposto objetivo de
admissibilidade.
O recurso do reclamante foi interposto dentro do prazo que lhe foi
concedido para contrarrazoar, sendo portanto recebido como adesivo, mas
prejudicado o seu conhecimento diante do que determina o Artigo 500,
Inciso III, do Código de Processo Civil.” (págs. 384 e 385)

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PROCESSO Nº TST-RR-2070-28.2011.5.15.0077

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Os embargos de declaração foram julgados nestes
termos:

“O recurso é tempestivo, dele conheço, mas não dos documentos


anexados à petição dos embargos - fls. 198/208, por extemporâneos
(Súmula 08/TST).
Os Embargos de Declaração servem apenas para corrigir certos
aspectos do Acórdão, objetivando o aperfeiçoamento da decisão, não sendo
instrumento apto a reformulá-la ou a modificar seu conteúdo nem a
devolver o conhecimento da matéria versada no processo, com reapreciação
do mérito da demanda, eis que incompatível com a natureza e finalidade
dessa espécie recursal.
No entanto, nos presentes embargos, a reclamada requer
explicitamente a revisão da decisão, a qual julgou deserto o seu Recurso
Ordinário.
Como bem fundamentado pelo Acórdão, o documento de
transferência eletrônica de valores, apresentado pela reclamada à fl. 171,
visando comprovar o pagamento das custas processuais, não traz
identificação da Unidade Gestora, código de recolhimento, local de
tramitação do processo nem identificação do processo, o que demonstra um
flagrante desrespeito ao cumprimento de normas que regulamentam a
matéria.
Ora, a embargante alega excesso de formalismo, mas como é possível
identificar que o valor recolhido à fl. 171, realmente diz respeito ao
presente processo? Ou, se refere a outro?
É notório o fato de que a embargante demanda nesta Justiça
Especializada em outros processos, sendo necessário que o documento
trazido para comprovar o recolhimento das custas, ao menos, tenha alguma
identificação com o processo a que se refere.
Portanto, sem razão a embargante, que deveria ter observado
corretamente as instruções legais para a adequada comprovação do
pagamento das custas processuais referente a este processo.
No que diz respeito ao prequestionamento, a Súmula nº 297 do
Tribunal Superior do Trabalho trata o assunto como condição para a
apreciação de matéria ascendida via Recurso de Revista para evitar
inovação recursal, ou seja, a questão a ser submetida à apreciação da Corte
Superior deve ter sido objeto de pronunciamento na instância inferior, com
adoção explícita de tese a respeito.
É obvio, portanto, que a interposição de Embargos de Declaração só
se justifica no caso de omissão da decisão sobre o tema que a parte pretenda
suscitar em Recurso de Revista.
Não é esse o caso em tela, pois não há omissão no Acórdão, e muito
menos afronta a qualquer dispositivo legal, apenas inconformismo da
embargante com o desfecho do processo, restando evidente a conclusão de
uma atitude protelatória, ainda mais, diante de argumentos tão infundados
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que compõem estes embargos, no qual, biso e friso, pleiteia-se a revisão da
decisão, o que é incompatível com a natureza e finalidade dessa espécie
recursal.
Assim, por deduzir defesa contra fato incontroverso, opor resistência
injustificada ao processo, proceder de modo temerário, provocar incidente
manifestamente infundado e, interpor recurso meramente protelatório,
incindido a embargante nos incisos I, IV, V, VI e VII, do Artigo 17, do
Código de Processo Civil, aplico-lhe a punição do Artigo 18, do mesmo
Codex, por se enquadrar a embargante como litigante de má-fé.” (págs.
421-423)

Com efeito, revela-se incorreta a decisão regional


em que se reputou deserto o recurso ordinário interposto pela
reclamada.
Quando a parte efetuou o recolhimento das custas
processuais, em 4/4/2012, conforme consta do recibo anexado à pág.
343, já se encontrava em vigor o Ato Conjunto nº 21/2010 do
TST/CSJT/GP/SG, publicado no DEJT em 9/12/2010, que, em seu artigo
1º, estabelece disposição de que, a partir de janeiro de 2011, o
pagamento de custas deve ser efetuado por outro meio da Guia de
Recolhimento da União (GRU).
Confira-se:

“A partir de 1º de janeiro de 2011, o pagamento das custas e


emolumentos no âmbito da Justiça do Trabalho deverá ser realizado
exclusivamente mediante Guia de Recolhimento da União – GRU Judicial,
sendo ônus da parte interessada efetuar seu correto preenchimento”.

No caso dos autos, a reclamada reconhece que a


guia GRU não foi juntada aos autos, entretanto defende que o recibo
anexado à pág. 343 é suficiente para demonstrar o cumprimento do
recolhimento das custas judiciais no valor e prazo corretos.
De fato, pela análise do documento apresentado, é
possível identificar a expressão “convênio STN – GRU Judicial”, o
nome da empresa recorrente, a data e o valor do pagamento, bem como
o número da autenticação.
Com efeito, é de se afastar a deserção do recurso
ordinário patronal. Isso porque pode ser verificado das informações
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lançadas no comprovante de pagamento juntado aos autos que foi
efetivado o recolhimento das custas relativas a este processo em
favor da União, tendo, portanto, o procedimento alcançado a sua
finalidade.
Nesse sentido, os seguintes precedentes desta
Corte, in verbis:

“AGRAVO REGIMENTAL. DECISÃO MONOCRÁTICA


PROFERIDA POR PRESIDENTE DE TURMA. INESPECIFICIDADE
DOS ARESTOS AFASTADA. Demonstrada a divergência jurisprudencial
válida e específica nos moldes do incido II do artigo 894 da Consolidação
das Leis do Trabalho, dá-se provimento ao agravo regimental, a fim de
determinar o processamento do recurso de embargos. RECURSO DE
EMBARGOS INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI N.º 11.496/2007.
CUSTAS PROCESSUAIS. COMPROVANTE ELETRÔNICO DE
RECOLHIMENTO. DESERÇÃO NÃO CONFIGURADA. 1. Consoante a
Instrução Normativa n.º 20, com a redação dada pela Resolução
Administrativa n.º 902/2002 desta Corte superior, e o Ato Conjunto n.º
21/2010 - TST.CSJT.SG, que dispõem sobre os procedimentos para o
recolhimento de custas e emolumentos devidos à União no âmbito da
Justiça do Trabalho, exige-se, tão somente, que o pagamento das custas seja
efetuado no prazo recursal e no valor estipulado na sentença. 2. Não pode o
excesso de rigor formal, no exame dos pressupostos de admissibilidade
recursal, configurar óbice ao uso de novos métodos disponibilizados às
partes para o recolhimento de custas e emolumentos. Com efeito, as
instituições bancárias oferecem, atualmente, a possibilidade de pagamento
de tributos por meio eletrônico (internet), e o recolhimento de custas
mediante a guia GRU não é exceção. 3. Não se detecta irregularidade no
comprovante eletrônico de recolhimento de custas carreado aos presentes
autos, de onde se extraem os seguintes dados: nome de quem efetuou o
recolhimento, a informação -Convênio STN - GRU JUDICIAL-, o valor
recolhido, a data do recolhimento das custas processuais e o número do
código de barras, sendo certo que a última sequência do referido código
(impresso também em algarismos arábicos, no documento) corresponde ao
número do CPF do reclamante. 3. Em tal hipótese, uma vez verificado o
efetivo recolhimento das custas em favor da União - alcançando-se, assim,
a finalidade do ato processual - não se afigura razoável declarar a deserção
do apelo em razão da ausência do traslado da guia GRU, sob pena de
incorrer-se em ofensa ao disposto no artigo 5º, LV, da Constituição da
República. 4. Recurso de embargos conhecido e provido”. ( E-ED-RR -
531-26.2010.5.04.0026 , Relator Ministro: Lelio
Bentes Corrêa, Data de Julgamento: 20/03/2014,

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Subseção I Especializada em Dissídios Individuais,
Data de Publicação: DEJT 04/04/2014)

“I - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA


- PROCESSO ELETRÔNICO - PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO.
DESERÇÃO DO RECURSO ORDINÁRIO. CUSTAS PROCESSUAIS.
COMPROVAÇÃO. AUSÊNCIA DA GUIA GRU. JUNTADA DE
RECIBO ELETRÔNICO. EXISTÊNCIA DE ELEMENTOS QUE
PERMITEM A CONSTATAÇÃO DA VINCULAÇÃO DAS CUSTAS
RECOLHIDAS COM A DEMANDA. Constatada a violação do art. 5º, LV,
da Constituição da República, merece provimento o Agravo de Instrumento
para determinar-se o processamento do Recurso de Revista. II - RECURSO
DE REVISTA - PROCESSO ELETRÔNICO - PROCEDIMENTO
SUMARÍSSIMO. DESERÇÃO DO RECURSO ORDINÁRIO. CUSTAS
PROCESSUAIS. COMPROVAÇÃO. AUSÊNCIA DA GUIA GRU.
JUNTADA DE RECIBO ELETRÔNICO. EXISTÊNCIA DE
ELEMENTOS QUE PERMITEM A CONSTATAÇÃO DA
VINCULAÇÃO DAS CUSTAS RECOLHIDAS COM A DEMANDA.
Constata-se que o recibo eletrônico juntado aos autos possui elementos
suficientes para vincular as custas recolhidas à demanda, restando
comprovada a disponibilização dos respectivos valores à Receita Federal.
Assim, com fulcro nos princípios da boa-fé, da razoabilidade, da
instrumentalidade das formas e da finalidade dos atos processuais, afasta-se
a deserção declarada pelo Regional. Recurso de Revista conhecido e
provido”. (RR - 2010-91.2012.5.03.0097 , Relator
Ministro: Márcio Eurico Vitral Amaro, Data de
Julgamento: 28/5/2014, 8ª Turma, Data de
Publicação: DEJT 30/5/2014)

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO ELETRÔNICO.


DESERÇÃO DO RECURSO ORDINÁRIO. CUSTAS PROCESSUAIS.
COMPROVAÇÃO. JUNTADA DE RECIBO ELETRÔNICO RELATIVO
À GUIA GRU. Diante da ofensa ao art. 5.º, LV, da Constituição Federal,
determina-se o processamento do Recurso de Revista. Agravo de
Instrumento a que se dá provimento. RECURSO DE REVISTA.
PROCESSO ELETRÔNICO. DESERÇÃO DO RECURSO ORDINÁRIO.
CUSTAS PROCESSUAIS. COMPROVAÇÃO. JUNTADA DE RECIBO
ELETRÔNICO RELATIVO À GUIA GRU. Na diretriz do art. 789, § 1.º,
da CLT, as exigências para a validade da comprovação do recolhimento das
custas processuais são que o respectivo recolhimento seja efetuado no prazo
recursal e em valor correspondente ao estipulado na sentença. No caso dos
autos, constata-se que o recibo eletrônico juntado pela Reclamada, no qual
consta referência ao Convênio STN - GRU Judicial, possui elementos
suficientes para vincular as custas recolhidas à demanda, na forma do
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indigitado dispositivo legal, estando comprovada a disponibilização dos
respectivos valores à Receita Federal. Desse modo, à luz dos princípios da
boa-fé, da razoabilidade, da instrumentalidade das formas e da finalidade
dos atos processuais, afasta-se a deserção declarada pela Corte de origem.
Precedentes. Recurso de Revista conhecido e provido”. (RR - 1490-
77.2011.5.24.0002 , Relatora Ministra: Maria de
Assis Calsing, Data de Julgamento: 30/10/2013, 4ª
Turma, Data de Publicação: DEJT 08/11/2013)

“RECURSO DE REVISTA. DESERÇÃO RECURSO ORDINÁRIO.


NÃO APRESENTAÇÃO DA GUIA GRU. JUNTADA DE RECIBO DE
RECOLHIMENTO DE CUSTAS. DESERÇÃO NÃO CONFIGURADA.
Ainda que a parte não tenha juntado a Guia de Recolhimento da União, o
comprovante de pagamento anexado ao Recurso Ordinário, correspondente
ao recolhimento das custas processuais por meio eletrônico e relativo ao -
Convênio STN - GRU JUDICIAL-, permite aferir que o recolhimento foi
efetivado pela Reclamada à União, no valor fixado na sentença, bem como
no prazo alusivo ao Recurso Ordinário, elementos suficientes a atestar o
devido preparo do apelo. Recurso de Revista conhecido e provido”. (RR
- 183-46.2010.5.01.0008, Relatora Juíza Convocada:
Maria Laura Franco Lima de Faria, Data de
Julgamento: 12/12/2012, 8ª Turma, Data de
Publicação: DEJT 14/12/2012)

“RECURSO DE REVISTA DO RECLAMANTE. RECURSO


ORDINÁRIO DO RECLAMANTE. FALTA DE APRESENTAÇÃO DA
GUIA GRU. JUNTADA DO RECIBO ELETRÔNICO DE
RECOLHIMENTO DAS CUSTAS. DATA E VALOR COMPATÍVEL
COM A SENTENÇA. CÓDIGO DE BARRAS EM QUE CONSTA O CPF
DA PARTE. DESERÇÃO. NÃO CONFIGURAÇÃO. Pela análise do
comprovante eletrônico de pagamento é possível identificar a expressão -
Convênio STN - GRU JUDICIAL-, a data do recolhimento, o valor
recolhido e que, no código de barras do documento, a última sequência é o
número do CPF do reclamante. Constata-se que, no caso, os campos
verificados são suficientes para demonstrar que o numerário respectivo foi
depositado pela parte, na quantia devida, dentro do prazo e por meio correto
(GRU), e que se encontra à disposição da Receita Federal. Assim, a
deserção deve ser afastada. Recurso de revista a que se dá provimento”.
(RR - 71200-82.2009.5.04.0271, Relatora Ministra:
Kátia Magalhães Arruda, Data de Julgamento:
05/12/2012, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT
07/12/2012)

Diante dos princípios da razoabilidade e da


instrumentalidade, aliados ao princípio da finalidade insculpido no
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artigo 244 do CPC, fica impossível subtrair da recorrente o direito
à entrega da efetiva prestação jurisdicional, ante o equívoco formal
escusável.
Diante do exposto, em razão de violação dos arts.
154 e 244 do CPC, conheço do recurso de revista.

II – MÉRITO

Em face do conhecimento do recurso por violação de


dispositivo legal, o seu provimento é medida que se impõe.
Diante do exposto, dou provimento ao recurso de
revista para afastar a deserção declarada e, consequentemente,
determinar o retorno dos autos ao Tribunal Regional de origem, a fim
de que prossiga no julgamento do recurso ordinário interposto pela
reclamada, como entender de direito. Prejudicado o exame da matéria
remanescente.

ISTO POSTO

ACORDAM os Ministros da Segunda Turma do Tribunal


Superior do Trabalho, por unanimidade, conhecer do recurso de
revista quanto ao tema “Recurso Ordinário Não Conhecido. Deserção.
Custas Processuais. Não Apresentação da Guia GRU. Juntada de Recibo
de Recolhimento de Custas. Validade” por violação dos arts. 154 e
244 do CPC e, no mérito, dar-lhe provimento para afastar a deserção
declarada e, consequentemente, determinar o retorno dos autos ao
Tribunal Regional de origem, a fim de que prossiga no julgamento do
recurso ordinário interposto pela reclamada, como entender de
direito. Prejudicado o exame da matéria remanescente.
Brasília, 04 de junho de 2014.

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JOSÉ ROBERTO FREIRE PIMENTA
Ministro Relator

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