JOSE GABRIEL FARIAS

DE SOUZA DEOLINDO -
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- Estado Antigo (Oriental ou Teocrático): É
caracterizado como uma nação onde as
estruturas governamentais e institucionais
operam de acordo com os preceitos e as
diretrizes estabelecidas por uma religião
determinada. Nesse arranjo, as normas
que regem não somente os domínios
políticos, mas também os aspectos
jurídicos, comportamentais, morais e
éticos, emanam diretamente das doutrinas
religiosas que fundamentam o sistema de
crenças subjacente. As instituições
policiais, encarregadas de manter a ordem
pública e a segurança, também atuam em
consonância com os princípios religiosos e
os mandamentos morais delineados pela
religião estatal. Os governantes eram
muitas vezes vistos como deuses ou
escolhidos pelos deuses para governar, o
que legitimava seu poder perante a
sociedade. A escrita, frequentemente em
forma de hieróglifos ou cuneiformes,
desempenhava um papel crucial na
administração e na manutenção do
controle estatal. Códigos de leis, como o
Código de Hamurabi, eram desenvolvidos
para regular as relações sociais e manter a
ordem.

- Estado Grego (povos helenos): Suas

principais características incluíam a
democracia direta, a cidade-estado (polis),
a valorização da cultura, filosofia e artes,
além da organização militar. A isonomia,
igualdade perante a lei, e a dikē, justiça,
eram conceitos centrais. As leis deveriam
ser aplicadas de maneira igual a todos os
cidadãos, independentemente de sua
posição social. A filosofia grega,
especialmente o pensamento de filósofos
como Sócrates, Platão e Aristóteles, teve
um impacto significativo no
desenvolvimento do direito. Platão, por
exemplo, propôs a ideia de um sistema
legal racional e justo em sua obra "A
República".

-Estado Romano: A República Romana,

fundada em 509 a.C., era inicialmente uma
oligarquia, onde o poder estava nas mãos
dos patrícios (nobres). Com o tempo,
desenvolveu-se para uma república
representativa, onde os cidadãos elegiam
representantes para os cargos políticos.
Mais tarde, o Império Romano emergiu,
centralizando o poder nas mãos dos
imperadores. A Lei das Doze Tábuas, em
451-450 a.C., foi uma das primeiras
codificações legais escritas. Ela
estabelecia os direitos e deveres dos
cidadãos e contribuiu para a igualdade
perante a lei. A prática jurídica romana
evoluiu com a jurisprudência, onde
decisões judiciais anteriores influenciavam
novos casos.

- Estado Medieval: O sistema feudal

dominou o Estado medieval, onde a
sociedade era organizada em torno da
concessão de terras (feudos) em troca de
serviços militares e outras obrigações.
Essas relações de vassalagem criaram
uma hierarquia social complexa. As leis
canônicas da Igreja Católica também
desempenhavam um papel significativo na
regulação de aspectos da vida medieval,
como casamento e herança.