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D A N I E L E F A B Í O L A

ADVOCACIA E ASSESSORIA JURÍDICA


EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E
TERRITÓRIOS.

URGENTE (PACIENTE PRESO)

Autos nº: 0004944-31.2018.8.07.0006 (numeração única)

DANIELE FABÍOLA OLIVEIRA DA SILVA LAMEIRA,


brasileira, casada, advogada, portadora da CI nº 1.291.980
SSP/DF e inscrita no CPF sob nº 516.072.471-00, residente e
domiciliada na C-07, Lote 07/15, Edifício Via Del Plaza,
apto. 1203, Taguatinga Centro/DF, CEP 72.010-070, e-mail:
danielefabiola.adv@hotmail.com, fone (61) 99566-6723, vêm
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com
fundamento no inciso LXVIII, artigo 5º da Constituição
Federal e no artigo 647, e seguintes, do Código de Processo
Penal, impetrar o presente

HABEAS CORPUS

em favor de ADRIANO DOS SANTOS CONCEIÇÃO, brasileiro, em


união estável, profissional autônomo, nascido em 28 de
agosto de 1995, natural de Brasília/DF, portador do RG
3.458.082 SSP/DF e CPF n. 063.320.471-43, filho de Juraci
da Conceição e de Eliene Mata dos Santos, atualmente
recolhido no CDP I, contra ato praticado pelo MM. Juiz de
Direito da Vara Criminal de Sobradinho/DF, nos termos que
passa a expor:

Impetrante: Daniele Fabíola Oliveira da Silva Lameira


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Paciente: Adriano dos Santos Conceição

Autoridade Coatora: Juiz de Direito Vara Criminal da


Circunscrição de Sobradinho/DF

Autos originários: 0004944-31.2018.8.07.0006

I – BREVE SÍNTESE FÁTICA

O paciente foi preso em 02/07/2019, por


ter, em tese, participado de organização criminosa. O
Ministério Público ofereceu denúncia em desfavor dos
acusados e requereu a condenação com base nas penas do
artigo art. 2º, §2º e 4º da Lei 12.850/2013.

Narra a denúncia que os vários


denunciados, de forma livre e consciente, organizaram-se
de forma estruturalmente ordenada e caracterizada pela
divisão de tarefas, informalmente, com objetivo de obter,
diretamente, vantagem pecuniária, mediante a prática de
reiterados furtos a celulares, tráfico de drogas, dentre
outros.

Desde a data da prisão até o dia de


hoje já são 775 dias e até o presente momento não há
nenhuma expectativa de que se iniciem as audiências de
instrução e julgamento.

II – DO CABIMENTO DO WRIT DE HABEAS CORPUS

A Constituição Federal no seu artigo 5º


dispõe sobre os direitos e garantias fundamentais. Em seu
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inciso LXVIII, estatui a garantia de Habeas Corpus e suas
hipóteses de cabimento. O mesmo texto é mantido no Código
de Processo Penal, no dispositivo do artigo 647.

A ideia básica do writ é a garantia,


imediata, da liberdade de locomoção, dos direitos de ir,
vir e ficar, como se infere das lições de Ruy Barbosa,
Pontes de Miranda e outras tantas abalizadas vozes da
doutrina pátria.

Da letra fria da lei extraem-se os


pressupostos que devem estar presentes para a concessão da
ordem, quais sejam, (1) a violência ou coação ao direito de
locomoção e (2) a ilegalidade ou o abuso de poder do ato
coercitivo.

Excelência, com efeito, o caso do


paciente esbarra nesses pressupostos.

De imediato saliente-se que são os


incisos do artigo 648 do Código de Processo Penal que
determinam quando a coação será considerada ilegal. Nesta
esteira, é o inciso II deste artigo que nos interessa,
afinal, o paciente está preso por mais tempo do determina a
lei.

III- DO PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE

Excluído os crimes elencados na peça


acusatória com único fito de avolumar a pena abstrata,
restaram pouquíssimas e supostas condutas criminosas para
real análise do magistrado.

Ora, se o processo não é um fim em si


mesmo, a prisão provisória, enquanto medida processual,

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também não o é. Sendo assim, não se pode perder de vista
que o uso da prisão provisória ficará sempre condicionado à
sua proporcionalidade.

Proporcionalidade – ou proibição do
excesso, como destaca Canotilho – no mais
importante princípio de todo o direito e,
em particular, do direito penal (em direito
penal tudo é uma questão de
proporcionalidade!), e que compreende, no
seu sentido amplo, os subprincípios da
adequação, necessidade e proporcionalidade
em sentido estrito.

O paciente não pode ser obrigado a cumprir


antecipadamente uma pena (o que viola de forma latente o
principio da presunção da inocência), em um regime mais
gravoso ao que lhe pode ser imposto ao final de seu
julgamento.

A violação ao princípio da
proporcionalidade entre a prisão processual e a prisão-pena
está violentamente presente.

Vale citar, contudo, o entendimento do


Eg. Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos
Territórios no que se refere ao tema:

HABEAS CORPUS. ART. 14 DA LEI N. 10.826/03 E ART.


329 DO CÓDIGO PENAL. PRISÃO PREVENTIVA. INDÍCIOS DE
MATERIALIDADE E AUTORIA. INEXISTÊNCIA DOS ELEMENTOS
AUTORIZADORES DA CUSTÓDIA CAUTELAR. PRINCÍPIO DA

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PROPORCIONALIDADE ENTRE PRISÃO-PROCESSUAL E PRISÃO-
PENA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL CARACTERIZADO. ORDEM
CONCEDIDA. I - Embora presente o fumus comissi
delicti, a inexistência do periculum libertatis
desautoriza o decreto de prisão preventiva. II -
Inexistindo indicativos de que a liberdade do
paciente ameaça a ordem pública, ou de que seja
necessária sua constrição para a instrução criminal
ou a aplicação da lei, tem-se por ausentes os
requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal
e injustificada a segregação cautelar. III - A
possibilidade de fixação de regime aberto em caso
de condenação, aliada às condições pessoais
favoráveis ao paciente, como primariedade, bons
antecedentes e residência no distrito da culpa,
evidencia a inadequação da manutenção da prisão
processual.IV - Ordem concedida. (Acórdão n.
601403, 20120020112739HBC, Relator NILSONI DE
FREITAS, 3ª Turma Criminal, julgado em 21/06/2012,
DJ 06/07/2012 p. 260)

Não se deve deixar de mencionar que a


fundamentação que lastreia a prisão do paciente, é motivada
em uma simples menção à garantia da ordem pública, o que,
será explorado e rechaçado pelos entendimentos já
sedimentados deste tribunal.

Neste princípio, ponderamos o ônus


imposto e o benefício trazido, a fim de se constatar se é
justificável a interferência na esfera dos direitos do
acusado. Nota-se, no presente caso, que a imposição da
medida não guarda proporcionalidade com a possível

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aplicação da pena definitiva, em caso de eventual
condenação.

Deve ser levado em consideração o


quantum previsto para substituição da pena privativa de
liberdade por restritiva de direitos, ou seja, se existe a
possibilidade de que ao final do processo o acusado possa
ser beneficiado com a referida substituição, seria de todo
incongruente dar a ele, durante o curso do processo,
tratamento mais gravoso, consubstanciado pela prisão
cautelar.

Assim por força do princípio da


proporcionalidade em sentido estrito, entre os valores em
conflito, há de se indagar se o gravame imposto ao paciente
guarda relação de proporcionalidade com a importância do
bem jurídico que se pretende tutelar.

Logo, de modo a se evitar que a prisão


cautelar perca sua razão de ser, passando a desempenhar
função punitiva, sempre que o magistrado visualizar que a
custódia cautelar pode atingir ou ultrapassar o limite
máximo abstrato que a pena resultante da condenação poderia
alcançar, não se deve adotar a medida extrema, sob pena de
incorrer em grave vício que afasta a legitimidade e
justificação das medidas cautelares ou “periculum in mora
inverso”, que ocorre quando houver dano irreparável à parte
contrária, ou seja, quando o dano causado pela imposição da
medida cautelar for superior ao que se deseja evitar.

Nesse sentido, vejamos o entendimento


do Egrégio Superior Tribunal de Justiça:

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PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. RECEPTAÇÃO.
LIBERDADE PROVISÓRIA MEDIANTE FIANÇA. (1) PRISÃO DE
UM DOS PACIENTES. INÍCIO DO CUMPRIMENTO DE PENA.
MODIFICAÇÃO DO QUADRO FÁTICO. WRIT EM PARTE
PREJUDICADO. (2) QUEBRA. MOTIVAÇÃO. IMPROPRIEDADE.
(3) FUNDAMENTO PARA PRISÃO PREVENTIVA: REFERÊNCIAS
GENÉRICAS. IDONEIDADE. AUSÊNCIA. (4) PRIMARIEDADE.
CRIME SEM VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA. PRISÃO.
PROPORCIONALIDADE. VIOLAÇÃO.
1. Diante da modificação do quadro fático, com a
prisão do paciente FLÁVIO RODRIGUES que,
posteriormente, soube-se dispõe de anterior
condenação definitiva, em relação a qual cumpre
pena, em regime fechado, tem-se, em relação a ele,
a perda do objeto da impetração. Ademais tais
particularidades não foram objeto de debate na
anterior instância, o que, também, inviabiliza a
cognição de seu status libertatis. 2. A prisão
processual é medida odiosa, marcada pelo signo da
imprescindibilidade, sendo imperioso alinhar-se,
para tanto, elementos concretos. 3. A simples
menção, genérica, aos termos do art. 312 do Código
de Processo Penal, não autoriza a providência
extrema. 4. Sendo os pacientes primários, presos em
flagrante pelo art. 180 do Código Penal - delito
sem violência ou grave ameaça-, com pena mínima de
um ano de reclusão, revela-se como excessiva a
prisão provisória, tendo em conta o caráter
instrumental das cautelares penais e o princípio da
proporcionalidade 5. Ordem prejudicada em relação
ao paciente FLÁVIO RODRIGUES (cassada a liminar que
lhe foi deferida), e, no tocante ao paciente
MARCELO DA SILVA XAVIER, acolhido o parecer
ministerial e confirmada a liminar, concedo a ordem

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para assegurar a liberdade provisória, mediante
compromisso de comparecimento a todos os atos
processuais, especificamente em relação aos autos
da Ação Penal controle 276/2008, da 2ª Vara
Judicial da Comarca de Mairiporã/SP. (HC
127.615/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS
MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 03/02/2011, DJe
21/02/2011).

PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS.


RECEPTAÇÃO. PRISÃO EM FLAGRANTE. NECESSIDADE DO
ENCARCERAMENTO. CAUTELARIDADE. AUSÊNCIA. PRINCÍPIO
DA PROPORCIONALIDADE. INSUBSISTÊNCIA DA SEGREGAÇÃO.
1. Sendo a liberdade a regra e a prisão providência
absolutamente excepcional no Estado de Democrático
de Direito, cumpre verificar a presença dos
requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal
a fim de se manter a segregação processual. 2. À
luz do princípio da proporcionalidade, não se
justifica manter a prisão processual motivada por
suposta prática de infração cuja pena privativa de
liberdade em tese projetada não seja superior a
quatro anos. 2. Ordem concedida, na esteira do
parecer ministerial, ratificada a liminar. (HC
64.379/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS
MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 16/10/2008, DJe
03/11/2008)

Portanto, como a medida cautelar não pode


constituir um fim em si mesmo, e tendo em conta que a
prisão preventiva sempre segue o regime fechado, deve a
gradação em abstrato da pena do crime praticado pelo agente
funcionar como importante elemento de valoração no momento

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da apreciação da necessidade de decretação da previsão
cautelar. Somente assim se consegue evitar o risco de a
medida instrumental representar um mal maior do que o
decorrente da eventual condenação.

Diante dos fatos expostos, em que se tem


por completa e infundada as pretensões Ministeriais, torna-
se evidente que o paciente está submetido a constrangimento
ilegal. Isso posto, necessária se faz a concessão da ordem
ora pleiteada, a fim de que seja concedido ao paciente o
direito de responder ao processo em liberdade, pois o mesmo
faz jus ao referido benefício.

IV – DO EXCESSO DE PRAZO

No que tange ao excesso de prazo, o


Acusado encontra-se segregado há mais de um ano e seis
meses, e a audiência de instrução está longe de ocorrer.
Não há sequer previsão para que seja(m) marcada(s) a(s)
audiência(s) de instrução e julgamento.

O processo em apreço, embora haja muitos


réus, está despido de qualquer complexidade que justifique
perpetuação no tempo.

Em uma linha de raciocínio análogo aos


entendimentos do Superior Tribunal Justiça, tem-se por
desarrazoado o tempo que o Acusado, ora paciente, aguarda
por um desfecho do processo. Vejamos o entendimento
colacionado:

HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO SIMPLES TENTADO (POR


DUAS VEZES) E LESÃO
CORPORAL DECORRENTE DE RELAÇÕES DE AFETO. PR

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ISÃO PREVENTIVA. ALEGAÇÃO DE EXCESSO DE PRAZO.
PACIENTE SEGREGADO CAUTELARMENTE DESDE
13/10/2015. PREVISÃO PARA A PROLAÇÃO DE DECISÃO
RELATIVA À PRIMEIRA
FASE DO TRIBUNAL DO JÚRI. AUSÊNCIA. DEMORA Q
UE NÃO PODE SER ATRIBUÍDA À DEFESA, MAS AO ÓRGÃO
DA ACUSAÇÃO, QUE JÁ APRESENTOU DOIS
ADITAMENTOS À INICIAL ACUSATÓRIA. RAZOABILI
DADE. AUSÊNCIA.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO. CORRÉU
S EM SITUAÇÃO FÁTICO-PROCESSUAL IDÊNTICA.
EXTENSÃO DOS EFEITOS. VIABILIDADE (ART.580 DO CPP).
1. Segundo pacífico entendimento doutrinário e
jurisprudencial, a configuração de excesso de
prazo não decorre da soma aritmética de
prazos legais. A questão deve ser aferida
segundo os critérios de razoabilidade, tendo em
vista as peculiaridades do caso. 2. Conforme
informações prestadas pelo Juízo de primeiro
grau, há, sim, certa demora para o término da
instrução criminal relativa à primeira fase do
procedimento do Tribunal do Júri, que deve ser
atribuída ao órgão da acusação e não à defesa,
pois o paciente se encontra preso desde
13/10/2015 e já foram apresentados dois
aditamentos à denúncia pelo Ministério Público
estadual. 3. E, em consulta à página
eletrônica do Tribunal de Justiça de Goiás em
30/1/2018, obtive a informação de que ainda não há
previsão para a prolação de decisão, estando os
autos no Ministério Público
desde 15/12/2017. 4. Necessária, portanto, a
substituição da segregação cautelar por
medidas alternativas à prisão, como forma de

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evitar a reiteração
delitiva e garantir a instrução criminal, con
sistentes em: a) comparecimento mensal em juízo,
nas condições a serem fixadas pelo
Magistrado singular, para informar e justificar
suas atividades; b) proibição de manter qualquer
tipo de contato ou aproximação com as vítimas e
demais corréus; c) proibição de ausentar-se da
comarca sem
autorização judicial; e d) recolhimento domici
liar no período
noturno e nos dias de folga, que deverão s
er rigorosamente fiscalizadas e cumpridas, sob
pena de restabelecimento automático da prisão
preventiva. 5. Existindo corréus em situação
fático-processual idêntica, devem ser estendidos os
efeitos da presente decisão nos termos do art. 580
do Código de Processo Penal.
6. Ordem concedida para substituir a prisão
preventiva imposta ao paciente por medidas
alternativas à prisão previstas no art. 319, I,
III, IV e V, do Código de Processo Penal, a serem
implementadas pelo Magistrado singular, devendo os
efeitos desta decisão ser estendidos
aos corréus Jailson Ferreira dos Santos e Armando
Henrique Dias da Silva. HC 398291 / GO HABEAS
CORPUS 2017/0100118-0 Relator(a) Ministro SEBASTIÃO
REIS JÚNIOR (1148) Órgão Julgador T6 - SEXTA TURMA
Data do Julgamento 27/02/2018 Data da
Publicação/Fonte DJe 08/03/2018.

E para além da razoabilidade, cumpre


registrar e informar que a defesa ao longo de todo

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transcurso regular do processo, não deu causa ao
retardamento de nenhum ato processual.

Ao que, se o prazo para instruir os


autos e proferir uma sentença já ultrapassa o limite
razoável, somado ao fato de que a defesa em nenhum momento
deu causa ao retardamento do feito, torna-se latente a
arbitrariedade da prisão cautelar e evidencia o desrespeito
ao prazo proporcional para o desfecho do processo.

Assim, ante aos argumentos previamente


alinhavados, não só pela falta de proporcionalidade na
aplicação abstrata da pena, mas, também, pelo evidente
excesso de prazo, tem-se por necessário a concessão da
ordem de habeas corpus.

V – DOS PEDIDOS.

Do exposto requer-se:

A) seja concedida a ordem de HABEAS CORPUS


em favor de ADRIANO DOS SANTOS CONCEIÇÃO
atualmente preso no Centro de Detenção
Provisória do Distrito
Federal, expedindo-se com urgência o
alvará de soltura, para o que o mesmo
possa responder ao processo em liberdade;

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B) Caso Vossas Excelências entendam
necessário, que sejam aplicadas ao
Paciente alguma das medidas cautelares
alternativas, previstas no art. 319 do
CPP, em substituição à sua custódia
preventiva.

Termos em que

Pede deferimento.

Brasília, 16 de agosto de 2021

Daniele Fabíola Oliveira da Silva Lameira

OAB/DF 33.966

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