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DO MERITO
O Requerente, agindo de má-fé, apresentou a este juízo “somente parte do ocorrido”,
sendo apresentado apenas o que lhe interessava, conforme se depreende do contrato celebrado
entre as partes e da ausência de mandato para alienar bens do ora requerido.
Neste diapasão, o autor agiu com litigância de má-fé, atentado contra o princípio da
Boa-fé, além da dignidade da pessoa humana e em suma a dignidade da justiça, tudo isso em
conformidade com os artigos 5º ao 8º do Código de Processo Civil, senão, in verbis.
Art. 5º Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de
acordo com a boa-fé.
Art. 6º Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha,
em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.
Art. 7º É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de
direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à
aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo
contraditório.
Art. 8º Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às
exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa
humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a
publicidade e a eficiência.
Nesta senda, é importante asseverar que nem de longe o Requerente conseguiu provar
os danos sofridos, sendo estes confusos e ilegítimos, conformidade com sua inicial.
Sendo suas pretensões descabidas, desta forma não merecem prosperar, pois ausentes
são os motivos fáticos e jurídicos que outorgam o reconhecimento da procedência desse
pedido.
Destarte, a causalidade desse litígio se deu pelo Requerente.
DO DIREITO
DA COBRANÇA INDEVIDA
Deste modo, é incabível qualquer pedido de reembolso por parte do requerido em face
do requerente, pois a obrigação de tais atos é de responsabilidade do mandatário conforme
estabelece o Art. 667, CC/02
Art. 667. O mandatário é obrigado a aplicar toda sua diligência habitual na
execução do mandato, e a indenizar qualquer prejuízo causado por culpa sua ou
daquele a quem substabelecer, sem autorização, poderes que devia exercer
pessoalmente.
Ademais, em doutrina pacificada, Maria Helena Diniz dispõe:
“O procurador que exceder os limites do mandato ao assumir obrigações
com terceiro, sem que haja ratificação do mandante, estará obrigado a
responder, a qualquer tempo, perante ele, pelo excesso cometido, e será mero
gestor de negócios”.
Assim, se faz necessária a desconstituição de toda cobrança indevida por parte do
requerido, sendo que tais atos foram de sua total responsabilidade.
DA RECONVENÇÃO
Em conformidade com o artigo 343 do CPC, o Requerido, Jorge, ora Reconvinte, vêm
apresentar a Reconvenção em face de Miguel ora reconvindo, pelos fatos e fundamentos
seguintes. In verbis:
Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar
pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
§ 1º Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para
apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2º A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de
seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção.
§ 3º A reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro.
§ 4º A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro.
§ 5º Se o autor for substituto processual, o reconvinte deverá afirmar ser titular de
direito em face do substituído, e a reconvenção deverá ser proposta em face do autor,
também na qualidade de substituto processual.
§ 6º O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação.
Miguel, ora Reconvindo, foi quem deu causa, onde realizou a alienação bens sem
poderes especiais para tal e sem autorização do Reconvinte, desta feita o descumprimento do
contrato celebrado se deu por conta de Miguel. Sendo ineficaz tal petitório a arguindo em sua
inicial, a não ser para indenizar apenas a parte que de fato se prejudicou, sendo ela o ora
reconvinte.
Diante destes fatos, o requer que seja acolhida a reconvenção para que o Reconvindo
possa indenizar ora Reconvinte por todos os danos sofridos, além disso pela litigância de má-
fé.
DOS PEDIDOS