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18-10-2012

Molusco contagioso Molusco contagioso


Verrugas Carolina Gouveia
Cristina Tapadinhas

CURSO DE DERMATOLOGIA PEDIÁTRICA


XIII Congresso da Sociedade Portuguesa de Pediatria
Tróia, 13 de Outubro 2012

Molusco contagioso Molusco contagioso

Molusco contagioso Molusco contagioso

Transmissão:
Agente:
Contacto directo
Vírus Molluscum contagiosum
- no adulto: > contacto sexual.
- Família Poxviridae
Fómitos

- 4 sub-tipos (VMC1; VMC2; VMC3 e VMC4)


Outras
Transmissão vertical- raramente

Molusco contagioso Molusco contagioso

Molusco contagioso Apresentação clínica

Período de incubação: 14-50 dias. • Morfologia:


• Pápulas firmes, peroladas, umbilicadas – inflamação frequente

Duração da infecção: • Únicas/ múltiplas (<30)

- Imunocompetentes
Auto-limitada. 6 meses a 5 anos

- Imunocomprometidos:
Arrastada. Refractária ao tratamento.

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18-10-2012

Molusco contagioso Molusco contagioso

Epidemiologia e distribuição
Epidemiologia
Crianças
- Crianças
Pico de incidência < 10 anos (Braue 2005).
- Adultos, jovens, IST Nº lesões variável
Distribuição errática
- Dermatite Atópica Auto-inoculação Lesões genitais e perianais- inocentes?

- Imunodeprimidos

Molusco contagioso Molusco contagioso

Epidemiologia e distribuição
Epidemiologia e distribuição
Adultos (como IST)
• Dermatite atópica
Portugal: 1-6 % diagnósticos em consulta de IST
Disseminação fácil das lesões
Lesões genitais, abdominais e face interna das coxas
Adulto e criança

Molusco contagioso

Epidemiologia e distribuição
• População imunossuprimida

Infecção por VIH – incidência 5-8%


Terapêutica imunosupressora
Doenças hematológicas ou debilitantes

Disseminação fácil, face frequentemente afectada


Sem tendência à cura espontânea
Grande nº de lesões
Formas bizarras- verrucosas, ulceradas, gigantes
Refractoriedade à terapêutica

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• Exame histopatológico
Molusco contagioso

Diagnóstico

• Clínico
• Dermatoscopia
• Estruturas polilobulares amorfas
• Coroa vascular

Acantose localizada da epiderme com inclusões citoplasmáticas


eosinofílicas (corpos de molluscum ou corpos de Henderson-Paterson)

Adapatado de Fitzpatrick, 7th edition, 2008.

Molusco contagioso

Diagnóstico diferencial
Mais frequente Considerar Excluir sempre
TERAPÊUTICA
Em imunossuprimidos
• História natural:
Regressão espontânea (indivíduos imunocompetentes)
Verruga viral Granuloma Tumores dos Criptococose

Condilomas piogénico anexos


• Objectivos do tratamento:
Granuloma anular Carcinoma Histoplasmose
•Intenção cosmética
basocelular

Quisto de inclusão Melanoma Penicilose


• Controlo da disseminação
epidérmico amelanótico
• Prevenção de complicações:

- inflamação; eczema; prurido; infecção secundária

Molusco contagioso Molusco contagioso

Tratamento
Tratamento
• Métodos destrutivos

• Prevenção da disseminação • Expressão manual

• Métodos destrutivos • Crioterapia

• Físicos • Curetagem
• Químicos
•Queratolíticos
• Terapêutica Imunomoduladora (Ac salicílico, Ac Láctico, Tretinoína)

• Imiquimod, interferon intralesional •Laser pulsado de contraste

• Terapêutica Antiviral • Vesicantes (cantaridina)


• HAART oral; cidofovir tópico ou intralesional

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Molusco contagioso Molusco contagioso

Tratamento Tratamento

• Métodos destrutivos e antivirais: • Imunomoduladores:

• Hidróxido de potássio 5% a 10% - Molutrex® • Sensibilização de contacto

• Pasta de nitrato de prata a 40% - manipulado • Imiquimod

• Creme de peróxido de hidrogénio - Crystacide® •Interferão intralesional

• Podofilotoxina – inexistente no mercado

Molusco contagioso Molusco contagioso

Tratamento Tratamento

Grupos específicos Grupos específicos


Gravidez e Amamentação Imunossuprimidos por VIH:

• Crioterapia ou outros métodos puramente destrutivos


• Introdução de HAART
• Cidofovir – tópico ou intralesional
Contra-Indicado: podofilotoxina.
• Imiquimod
• Interferão intra-lesional

Verrugas
Vírus do papiloma humano (HPV), DNA

Subgrupo família Papovaviridae

Verrugas >100 subtipos

Infecta epitélio pavimentoso estratificado


queratinizado (pele) e não queratinizado
(mucosas)

Qualquer área anatómica

Período de latência prolongado

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Padrão de doença Subtipo HPV


Verruga vulgar (incluindo palmo-plantar 1, 2, 4, 7
Butcher's warts 7, 10
Verruga Vulgar
Verrugas planas 3, 10, 28
Hiperplasia epitelial focal oral 13 Pápulas queratósicas,
Verrugas anogenitais 2, 4, 6, 11, 16, 18, 30, 31, 37, 47 diâmetro variado
Condiloma gigante Buschke-Lowenstein 6, 11
Papulose Bowenoide 16, 18, 30 Em qualquer área do
Neoplasia pénis 16, 18, 31, 32, 42 tegumento
Neoplasia anal 11, 16
Solitárias ou agrupadas e
Carcinoma invasivo do colo 16, 18, 31, 33, 47
placas
Carcinoma da língua 2, 16, 18
Leucoplaquia e carcinoma oral 6, 11, 16, 18 Subtipos , 2, 4 e 7
Papilomatose laríngea 6, 11, 16, 18, 30
Epidermodidplasia verruciforme 3, 5, 8, 9, 10, 12, 14, 15, 17, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 30
Queratoacantoma 9,37
Melanoma 17a, 38

Verruga Vulgar Verrugas Planas


Localizações específicas: Subtipos 3, 10, 28
Periungueais
Pápulas de 2 a 5 mm,
Subungueais
achatadas, numerosas
Lábios
Narinas Côr da pele/amareladas,
face e dorso das mãos
Verugas filiformes
Fenómeno de Koebner

Auto-inoculação

Verrugas anogenitais (C. Acuminata) Verrugas Plantares


Subtipos 6, 11, (16 e 18) Subtipos 1, 2, 4 e 7

Em crianças, também 2 e 4 Isoladas ou m mosaico, nas


zonas de pressão
Fricção, ambiente húmido:
Menos queratósicas, côr Endofíticas, dolorosas
eritemato-acastanhadas
Inoculação: pavimento
Transmissão nas crianças: piscinas, balneárioss
Vertical/perinatal (<3 anos)
Horizontal
(auto/heteroinoculação)
Abuso sexual

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Modalidades terapêuticas
TERAPÊUTICA Vigilância (resolução espontânea)
Variáveis: Crioterapia com azoto líquido
•Idade Substâncias vesicantes (Ex: cantaridina)
•Localização
•Extensão Curetagem supeficial
•Forma clínica
Queratolíticos (ex: ácido salicílico)
•Status imunológico
•Tolarância à dor Imunomoduladores:
•Risco de cicatriz Imiquimod
•Experiêncial pessoal com
DPC (Difenciprona), dibutilester de ácido esquárico
modalidade terapêutica
Cidofovir
Verrucidas

Cas0 1- 10 anos, 9 papulas assintomáticas da face, aparecimento


Modalidades terapêuticas cumulativo nos últimos 3 meses e lesão plantar calosa, dolorosa

Escolha a afirmação verdadeira:


Localizações/lesões específicas: A TELEVOTO

1. O diag. é clínico: molusco contagioso da


Verrugas planas: tretinoína tópica face e calosidade plantar
Verrugas anogenitais
Métodos destrutivos (anestesia) 2. O diag. é clínico : Verrugas virais, vulgares e
plantar
Imiquimod
Podofilotoxina 3. O diag. é clínico: molusco contagioso da face
Vacina? e verruga viral plantar
Verrugas plantares: queratolíticos
4. - O diag. exige a realização de biópsia e
caracterização histológica

Cas0 1- 10 anos, 9 papulas assintomáticas da face, aparecimento Cas0 1- 10 anos, 9 papulas assintomáticas da face, aparecimento
cumulativo nos últimos 3 meses e lesão plantar calosa, dolorosa cumulativo nos últimos 3 meses e lesão plantar calosa, dolorosa

A- Assinale como V ou F as afirmações relativas ao diagnóstico: B- Indique a opção correcta:


1. O diag. é clínico: molusco contagioso da face e calo plantar - F
TELEVOTO
B
2. O diag. é clínico : Verrugas virais, vulgares e plantar - F
1. A coexistência de 2 tipos de lesões virais deve
fazer suspeitar de imunodepressão
3. O diag. é clínico:
molusco contagioso da face 2. O nº elevado de lesões de molusco deverá
e verruga viral plantar- V fazer suspeitar de imunodepressão
4. O diag. exige a realização de biópsia - F
3. A frequência de piscina pública é factor de
risco para ambas lesões

4. A existência de atopia pessoal é factor de


protecção

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Cas0 1- 10 anos, 9 papulas assintomáticas da face, aparecimento Cas0 1- 10 anos, 9 papulas assintomáticas da face, aparecimento cumulativo
cumulativo nos últimos 3 meses e lesão plantar calosa, dolorosa nos últimos 3 meses e lesão plantar calosa, dolorosa
TELEVOTO
B- Assinale como V ou F as afirmações referentes a este caso: Relativamente à terapêutica do Moluscos Contagioso, escolha a
B afirmação F :
1. A coexistência de 2 tipos de lesões virais deve
fazer suspeitar de imunodepressão –F
LESÕES BANAIS
1. As lesões de molusco podem ser espremidas,
2. O nº elevado de lesões de molusco deverá curetadas, queimadas ou criotratadas
fazer suspeitar de imunodepressão -F
SÃO APENAS 9 LESÕES! NO ADULTO DEVE 2. É possível que surja eczema perilesional e é
SUSPEITAR-SE ! essencial o seu controlo com corticóide
topico
3. A frequência de piscina pública é factor de
risco para ambas lesões – V 3. O tratamento de algumas lesões pode
OPORTUNIDADE E CONDIÇÕES ÓPTIMAS PARA induzir a remissão espontânea de outras
CONTÁGIO
4. A existência de atopia pessoal é factor de 4. A formulação em creme de peróxido de
susceptibilidade- V benzoílo ou peróxido de hidrogénio é útil
DEFICIT DA FUNÇÃO BARREIRA, CORTICOIDES

Caso 1
CRelativamente à terapêutica dos Moluscos assinale :
Cas0 1
C
C-Relativamente à terapêutica dos moluscos assinale como F :
1. As lesões de molusco podem ser espremidas, queimadas,
curetadas ou criotratadas - V
C
1. V
Anestesia local EMLA® creme e Lambdalina ®creme
2. F- É possível que surja eczema perilesional-SIM e é
As lesões são frágeis – a rotura da pele de revestimento é curativa
essencial o seu controlo com corticóide topico –NÃO
Essencial o controlo do prurido, com emoliente e a-H1
A queimadura química controlada,
domicílio- formulação comercial de KOH (Molutrex®) ou 3. O tratamento de algumas lesões pode induzir a
verrucida consultório- Ac. TCA 50 %-80% remissão espontânea de outras- V Aquisição de
imunidade
A crioterapia e curetagem são recursos terapêuticos válidos
4. A formulação em creme de peróxido de benzoílo ou
peróxido de hidrogénio é útil- V -
Peroxiben®, Benzac® - Crystacide® nas “chuvas de moluscos”

Cas0 1
Cas0 1 TELEVOTO
D- Relativamente à terapêutica da verruga plantar, assinale V ou F:
D- Relativamente à terapêutica da verruga plantar, assinale a F:

D 1. O doente deve ser referenciado a


dermatologia –F
1. O doente deve ser referenciado a Referenciar :V. filiformes periorificiais
grande nº de lesões
dermatologia
Evolução arrastada ou
refractária aos tt tópicos bem
2. A crioterapia é a terapêutica de eleição
executados
3. A eliminação da calosidade/hiperqueratose é
fundamental para a eficácia de qualquer
verrucida.

4. Regularidade do tratamento e prevenção da


queimadura perilesional são elementos
fundamentais para a cura

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Cas0 1
Cas0 1 D- Relativamente à terapêutica da verruga plantar, assinale F:

Relativamente à terapêutica da verruga plantar, assinale F:


1. -F
2. -F
1. F
3. V- A eliminação da calosidade/hiperqueratose é
2. A crioterapia é a terapêutica de eleição – F fundamental para a eficácia de qualquer verrucida
É 4. V- Regularidade e prevenção da queimadura
UMA DAS TERAPÊUTICAS EFICAZES. É perilesional são fundamentais para a cura
DOLOROSA. ANESTÉSICOS TÓPICOS POUCO
EFICAZES
Instruções – 1x dia
3. -
4. -
Raspar-Reconhecer verruga- Proteger-Aplicar
Reconhecer a cura

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