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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO

Programa de Ensino de História

7ª, 8ª e 9ª Classe

INDE
INSTITUTO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

Maputo, Junho de 2022


Programa da disciplina de História da 7ª classe
Introdução
O presente Programa de Ensino de História, da 7ª classe, foi concebido e estruturado com base
no Plano Curricular do Ensino Secundário (PCES), tendo como referências as aprendizagens
operadas a nível do Ensino Primário e os objectivos do ensino de História no ensino secundário
que são, entre outros, despertar nos alunos a consciência da relação entre a História da Pátria, do
Continente Africano e a História do Mundo; compreender a integração de Moçambique e do
Continente africano no contexto da história mundial; desenvolver nos alunos o amor pela Pátria e
a consciência de fazer parte de uma sociedade.
Neste contexto, o Programa de Ensino de História da 7ª classe dará primazia aos processos
históricos de África e de Moçambique, mas fará igualmente abordagem da história universal,
sobretudo naquilo que influenciou a História de África e de Moçambique.
Do ponto de vista metodológico, o presente Programa de Ensino orienta para uma abordagem
que inclua, além da aula tradicional, actividades a realizar em cada unidade temática, constantes
das sugestões metodológicas e toda a filosofia que sustenta a elaboração deste Programa de
ensino.
Ao se abordar o programa da 7ª classe, deve-se ter em conta que ele inicia o 1º ciclo do Ensino
Secundário e termina na 10ª classe. Neste sentido, o programa deve ser tido como um todo,
integrado no conjunto dos conteúdos do ciclo e que tem a relação com as outras disciplinas.
Tendo por finalidade aproximar os conteúdos curriculares com a vida prática do aluno, é
importante incluir conteúdos transversais, enquadrados em temas apropriados ou através de
trabalhos extra-curriculares. Assim, as aprendizagens proporcionadas pela disciplina de História
serão consolidadas e aprofundadas, contribuindo esta disciplina para o respeito dos direitos e
crenças dos outros, desenvolvimento de atitudes de solidariedade, de tolerância e respeito face às
ideias e opiniões diferentes das suas, e da consciência patriótica e vontade de participar
activamente na construção de uma sociedade moçambicana democrática.
Assim, o ensino da disciplina de História na 7ª classe vai debruçar-se sobre a História do
Continente Africano e da Pátria Moçambicana, por um lado e, da História Universal, por outro,
através da análise de fenómenos históricos concretos de África e de Moçambique "encaixados"
nas abordagens teóricas sobre a História Universal, que deve ser feita em cada unidade didáctica,
não perdendo de vista a necessária ligação entre a matéria nova do Ensino Secundário com os
conhecimentos adquiridos no Ensino Primário.
Nesta classe, o Programa de Ensino inclui conteúdos sobre: A História como Ciência, Origem e
Evolução do Homem, O surgimento da agricultura e a formação dos primeiros Estados no
Mundo e em África e Reinos e Impérios Africanos, do século IX – XVII.
Constituem objectivos gerais da disciplina de História
 Desenvolver nos alunos o interesse pelo estudo da História;
 Descrever os principais fenómenos ligados à História de Moçambique;
 Despertar nos alunos a consciência da relação entre a História da Pátria, do Continente
Africano e a História do Mundo;
 Compreender a integração de Moçambique e do Continente africano no contexto da
história mundial;
 Proporcionar aos alunos uma formação que os habilite a desenvolver capacidades de
análise (ao seu nível) de processos históricos concretos;
 Desenvolver o amor pela Pátria e a consciência de fazer parte de uma sociedade;

 Desenvolver atitudes de solidariedade, tolerância, respeito pelas leis e pelas diferenças.


Visão Geral dos Conteúdos do 1º ciclo
7ª Classe 8ª Classe 9ª Classe
1. A História como Ciência 1.- O Período da Formação do Sistema 1. As contradições Imperialistas dos finais do
1.1. Definição de História Capitalista Mundial-Séculos XV-XVIII século XIX até final da I Guerra Mundial
1.2. Importância da História 1.1.A Europa e o mundo no início do século XV 1. O desenvolvimento sócio-económico e político dos
1.3. Fontes de História 1.2.O Absolutismo no exemplo da França principais países capitalistas, nos finais do séc. XIX e
1.4. Relação entre a História e outras 1.3.A emergência do capitalismo na Europa no princípios do séc. XX
ciências (Geografia, Desenho, exemplo da Inglaterra 1.1 Formação das alianças e blocos militares e os
Matemática, Economia) 1.4.A luta pela independência nas colónias primeiros conflitos entre as potências imperialistas.
1.5. O tempo em História inglesas da América do Norte 1.2 A I Guerra Mundial
1.6.A periodização da História da África 1.5.A Revolução Francesa 1,3 A ocupação efectiva e o estabelecimento do
e de Moçambique. 1.6.África entre os séculos XV-XVIII Sistema Colonial em África
1.4 A resistência em Moçambique e em África
2.-Origem e Evolução do Homem 2.- O Capitalismo Industrial e o Movimento 2. O Mundo depois da I Guerra Mundial até ao
Operário nos séculos XVIII-XIX final da II Guerra Mundial
2.1. A origem do Homem 2.1 A Revolução Industrial e o seu impacto 2.1. A Revolução Socialista de Outubro de 1917
2.2. África – Berço da Humanidade 2.2 O Movimento Operário: 2.3. O desenvolvimento económico e sócio-político
2.3. A evolução da vida económica,  As condições de vida dos operários; de alguns países depois da I Guerra Mundial
social e espiritual dos Povos em África  O trabalho infantil e feminino; (Inglaterra, Alemanha, França e EUA)
e em Moçambique  As contradições entre a burguesia e a
classe operária; 2.4 A crise económica mundial de 1929 a 1933
 As teorias socialistas; 2.5 Os regimes ditatoriais
 O sindicalismo. 2.6. A II Guerra Mundial
2.3 A Comuna de Paris como a primeira forma
de poder popular no mundo
2.4. A África e Moçambique na época das
Revoluções Burguesas e Industrial
3. O surgimento da agricultura e a 3.- Do Capitalismo Industrial ao 3. O Movimento de Libertação e a Independência
formação dos primeiros Estados no Imperialismo Nacional de Moçambique
Mundo e em África 3.1 inícios do Imperialismo e a política
imperialista 3.1 O Estado Novo de Salazar e a situação nas
3.1 O Surgimento da agricultura e 3.2. Moçambique no contexto da partilha
colónias portuguesas: caso de Moçambique
pastorícia imperialista do mundo
3. 2. As primeiras sociedades de classes 3.3.A luta dos povos e Estados africanos contra 3.2 As primeiras manifestações nacionalistas em
 Egipto Antigo; a ocupação efectiva
 Mesopotâmia. Moçambique no contexto do nacionalismo africano e
3.3. O surgimento e desenvolvimento da
Mundial
sociedade esclavagista na Europa
3.4. Moçambique: da Comunidade 3.3 A Luta de Libertação e a Independência
Primitiva à formação dos primeiros Nacional de Moçambique
Estados
 Os Khoisan
 Os Bantu
Tema Transversal: Direitos Humanos
e Democracia
4. Reinos e Impérios Africanos- 4. Moçambique e o Mundo no período entre a
século IX – XVII confrontação e o desanuviamento
4.1. O Reino de Zimbabwe 4.1 A Guerra Fria e as tentativas de solução pacífica
4.2. O império de Mutapa para os conflitos mundiais
4.3. O império do Ghana 4.2 Os caminhos e a conquista da Paz em
Tema Transversal: Moçambique
Identidade Cultural 4.3. A Constituição de 1990 e o multipartidarismo
Programa de Ensino de História

7ª Classe
Plano Temático
Unidade 1: A História como Ciência
Objectivos Específicos Conteúdos Resultado da Aprendizagem C H
O aluno deve ser capaz de:
1.1. Definição de História
-Definir História; 1.2. Importância da História -Explica a importância da História.
-Explicar a importância da História; 1.3. Fontes da História:
-Identificar as fontes da História; -Definição de fonte histórica; -Distingue os diferentes tipos de fontes
-Caracterizar os diferentes tipos de fontes; -Tipo de fontes; históricas.
-Explicar a importância das fontes orais na -Importância das fontes orais;
reconstrução da História de África e -Locais de interesse histórico em Moçambique.
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Moçambique; 1.4. Relação entre a História e outras ciências
-Mencionar os locais de interesse histórico; (Geografia, Matemática, Economia)
-Relacionar a História com outras Ciências; 1.5. O tempo em História:
-Contagem do tempo em História;
-Situar acontecimentos no tempo e no -A periodização da História;
espaço. -A periodização da História da África e de -Constrói gráficos de tempo e frisos
Moçambique. cronológicos.
Sugestões metodológicas
Esta unidade pretende fazer uma breve introdução à História, incidindo sobre o conceito e algumas noções básicas de metodologia de
História. Ao abordar esta Unidade Temática, o professor poderá, após fazer uma introdução sobre o conceito de História, mandar os alunos
fazer levantamento de fontes escritas, arqueológicas e/ou orais na sua comunidade, ao que o professor orientará actividades e/ou
discussões em torno dos tipos, vantagens e desvantagens da utilização de cada tipo de fonte para a reconstrução da História, tendo em
conta a disponibilidade e credibilidade das mesmas.
No que diz respeito à História de África e de Moçambique, sugere-se que o professor dê mais ênfase à importância do papel da tradição
oral, que é transmitida de geração em geração. Deverá, igualmente, realçar que, com a invenção da escrita no IV milénio a.n.e./a.C., foi
possível registar os vários acontecimentos da humanidade. Para o estudo dos locais de interesse histórico em Moçambique, o professor
poderá procurar aproximar os alunos aos locais de interesse histórico, por via de visitas de estudo, visitas individuais sob orientação do
professor, assim como por via de imagens fotográficas ou outras formas. De seguida, as informações recolhidas serão base para discussão
na sala de aulas.
Quanto às formas de contagem do tempo, o professor poderá explicar as razões da contagem decrescente e crescente nos períodos antes da
nossa era ou antes de Cristo (a.n.e ou a.C.) e da nossa era (n.e) ou depois de Cristo (d.C.).
Sugere-se que os alunos realizem exercícios de contagem do tempo, bem como a elaboração de gráficos de tempo.
Unidade 2: Origem e Evolução do Homem
Objectivos específicos Conteúdos Resultados da Aprendizagem C
O aluno deve ser capaz de: H
2.1. A origem do Homem -Distingue as teorias sobre a origem do
-Explicar a origem da vida humana, segundo as
2.1.1. As teorias sobre a origem do Homem: Homem.
teorias da criação e da evolução;
 Teoria da criação; -Caracteriza as etapas do processo de
-Explicar os principais factores da hominização;
 Teoria da evolução. hominização.
-Caracterizar as fases da evolução dos hominídeos;
2.2. África - berço da Humanidade -Descreve a importância do fogo para a
-Explicar por que se considera África como o berço
2.2.1. O lento processo de hominização vida do Homem.
da humanidade;
-Relaciona o trabalho com a evolução
-Indicar, no mapa de África, as regiões onde foram  Conceito de hominização;
física e intelectual dos Homens;
descobertos vestígios mais antigos dos hominídeos.  Factores da hominização;
-Explica a importância da agricultura na 10
-Descrever a importância da conquista do fogo;  Principais etapas do processo de organização da vida social e económica
-Diferenciar as sociedades nómadas das sociedades hominização. dos Homens.
sedentárias; 2.2.2. A conquista do fogo -Localiza, no mapa de África, as regiões
-Explicar a importância da agricultura e da  O processo de descoberta do fogo; onde foram descobertos os restos ósseos
pastorícia na organização da vida social do  A importância da descoberta do fogo para a dos primeiros hominídeos.
Homem; evolução da humanidade. -Relaciona a prática da agricultura com o
-Descrever as manifestações artísticas e religiosas 2.3. A evolução da vida económica, social e processo da diferenciação social.
dos primeiros Homens. espiritual dos Povos em África e em Moçambique
Sugestões metodológicas
Esta unidade trata da Origem e Evolução do Homem. Na abordagem teórica do processo e na menção dos principais factores dessa evolução, o
professor poderá tomar como exemplos os processos africanos ou da região da África Austral, onde foram descobertos vestígios mais antigos
dessa evolução. O professor deverá ter em conta os seguintes aspectos:
-A compreensão de que a origem e desenvolvimento do Homem é o resultado da combinação de vários factores;
-A importância da agricultura na vida social e económica dos Homens;
-A compreensão E a conclusão de que o trabalho é a fonte do progresso Humano.
O aprofundamento que se sugere poderá ser feito através de:
 Discussão sobre as teorias (evolucionista e da criação), explorando as ideias e os conhecimentos que os alunos já possuem acerca da
origem do Homem, sem ferir susceptibilidades;
 Explicação, breve, dos diferentes factores do desenvolvimento físico e intelectual do Homem;
 Identificação das diferentes etapas do processo da Hominização destacando as principais transformações físicas e intelectuais;
 Discussão sobre a importância e produção do fogo;
 Explicação do papel da agricultura e da pastorícia, para a sedentarização das populações e a diferenciação social.
No final desta unidade, o aluno deverá ter aprendido os seguintes conceitos: evolução, hominização, nomadismo e sedentarização.
Recomenda-se que o professor trabalhe com o livro do aluno, explorando os textos, as gravuras e os esquemas.
Unidade 3: O surgimento da agricultura e a formação dos primeiros Estados no Mundo e em África
Objectivos específicos Conteúdos Resultado da CH
O aluno deve ser capaz de: Aprendizagem
3.1 A agricultura e pastorícia -Relaciona a
-Explicar os factores do início da agricultura e 3.1.1. O surgimento da agricultura e a domesticação dos animais agricultura com
da domesticação de animais; 3.1.2. As regiões do surgimento da agricultura no mundo o
-Localizar, no mapa, as regiões onde iniciou a 3.1.3. A importância da agricultura no desenvolvimento das sociedades desenvolvimento
prática da agricultura; 3.1.4. A diferenciação social das sociedades.
-Explicar como a agricultura contribuiu para o 3. 2. As primeiras sociedades de classes
desenvolvimento das sociedades; 3.2.1 Egipto Antigo -Relaciona o
-Definir diferenciação social -Localização geográfica; surgimento e a
-Explicar os factores que concorreram para o -Actividades económicas; apropriação do
surgimento das primeiras sociedades de -A formação do Estado egípcio; excedente com o
classes; -A organização política, económica, sócio- cultural e ideológica do Egipto. advento da
-Localizar geograficamente o Egipto Antigo; 3.2.2. Mesopotâmia: diferenciação
-Explicar o processo de formação de classes -Localização geográfica; social. 25
sociais e do estado egípcio; -Actividades económicas;
-Caracterizar as leis do código de Hamurábi, -O surgimento da diferenciação social;  Caracteriza o
tomando como exemplo a lei do Talião; -A religião; regime
-Explicar o mérito do código de Hamurabi; -Os fundamentos do despotismo e o Código de Hamurábi. Democrático
-Caracterizar a Sociedade esclavagista; 3.2.O Surgimento e desenvolvimento da sociedade esclavagista na Europa; .
-Explicar os fundamentos do esclavagismo na -Características gerais da sociedade esclavagista;
Grécia; -O surgimento dos elementos esclavagistas na Grécia Antiga;
-Descrever as estruturas da democracia -A evolução política da Grécia Antiga (Monarquia, Oligarquia, Tirania e
ateniense; Democracia);
-Descrever as relações esclavagistas em -A Democracia Ateniense;
Roma, nas diferentes fases do Estado -A Escravatura em Roma.
Romano. Tema Transversal: Direitos Humanos e Democracia
Sugestões metodológicas
Esta unidade trata do surgimento da agricultura e da Formação de Estados. Na abordagem desta unidade, o professor deverá ter em conta os seguintes aspectos:
Relativamente ao surgimento da agricultura e a criação de animais, sugere-se que, partindo dos conhecimentos e das experiências dos alunos, o professor
conduza os mesmos a perceberem que esta actividade surgiu casualmente. Igualmente, deverão entender a importância desta actividade para a vida económica e
social da humanidade. Para a localização das regiões onde surgiu a agricultura, é recomendável privilegiar o trabalho com mapas, selecionados ou produzidos
de acordo com as necessidades de cada momento.
Ainda, nesta unidade temática, o professor pode orientar uma discussão que permita relacionar o desenvolvimento da agricultura ao surgimento e apropriação
do excedente e, consequentemente, ao aparecimento da diferenciação social e do Estado.
Em relação ao Código de Hamurábi, o importante é destacar o surgimento pela primeira vez de um código de leis escritas e não reproduzir o conteúdo de cada
lei. Deste modo, ficaria vincada a necessidade da existência de regras ou leis que regulem a vida dos homens.
A abordagem deste tema abre espaço para se dedicar algum tempo para o estudo de alguns capítulos da Constituição da República de Moçambique. Caso a
escola não tenha, poderá contactar as secretarias provinciais ou distritais, conselhos municipais ou partidos, administrações ou outras entidades para solicitar o
documento.
Ao tratar o assunto sobre a democracia Ateniense, o professor procurará relacioná-la com o processo de democratização de Moçambique. Para tal, poderá, na
sala de aulas, partir de exemplos concretos, como a eleição do chefe da turma, dos chefes de grupos e outros representantes, para mostrar a importância do
exercício democrático. Poderá promover visitas às Assembleias Municipais, ao Parlamento, Associações Culturais ou Desportivas, entre outras, para tomar
contacto com as práticas democráticas vigentes.
Em relação ao esclavagismo na Grécia e Roma, a preocupação do professor deverá ser no sentido de conduzir os alunos a perceber o carácter desumano desta
prática.
Para o reforço das aprendizagens, sugere-se a realização de algumas actividades práticas, tais como, pequenos questionários, debates, dramatizações, quadros-
resumo, entre outras.
Unidade 4: Reinos e impérios africanos do século XI – XVII
Objectivos específicos Conteúdos Resultado da CH
O aluno deve ser capaz de: Aprendizagem
4.1. Moçambique: da Comunidade Primitiva à formação dos primeiros
Estados
Caraterizar as comunidades Khoisan a 4.1.1. As comunidades Khoisan – organização económica, social e ideológica -Caracteriza as primeiras
nível económico, social e ideológico; 4.1.2. Os povos de língua Bantu: comunidades de Moçambique.
-Caracterizar as comunidades de  Expansão e fixação bantu; Ou diferenciar as primeiras
agricultores e pastores Bantu;  Organização económica, social e ideológica das comunidades de comunidades de Moçambique
-Mencionar os principais reinos e Moçambique após a fixação bantu. -Caracteriza a estrutura
impérios africanos entre os séculos IX 4.1. O Reino de Zimbabwe: política, social, económica e
e XVII; - Localização geográfica; ideológica dos Estados de
-Localizar, no mapa, os reinos e - Estrutura económica política e sócio-ideológica; Moçambique.
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impérios africanos entre os séculos IX - A decadência.
e XVII; 3.4.4. O império de Mutapa: -Descreve a estrutura
-Caracterizar os reinos de Zimbabwe, - Localização geográfica; económica, social e ideológica
Mutapa e Ghana, quanto à organização - Estrutura económica, política e sócio-ideológica; dos estados africanos, usando
política, económica, sócio-cultural e - A decadência. o exemplo do Ghana.
ideológica; 3.4.4. O império do Ghana:
-Explicar a vida dos povos, reinos e - Localização geográfica; -Descreve os hábitos e
impérios africanos. - Estrutura económica, política e sócio-ideológica; costumes dos povos, reinos e
- A decadência. impérios africanos.
Tema Transversal: Identidade Cultural
Sugestões Metodológicas
Em relação à evolução da vida económica e social dos homens em Moçambique, sugere-se que se elabore uma tabela comparativa das comunidades
Khoisan e Bantu, tendo em conta os seguintes elementos: modo de vida, actividades económicas, divisão do trabalho e organização social.
A referência aos Estados localizados no território actual de Moçambique tem como principal finalidade mostrar a existência da estrutura política,
económica e social, antes mesmo de qualquer influência estrangeira. Assim, sugere-se que o professor conduza a aprendizagem no sentido de se chegar a
esta importante conclusão.
Por outro lado, sugere-se que sejam feitos trabalhos com mapas, esquemas e quadros comparativos sobre o reino de Zimbabwe e o império de Mutapa.
Na abordagem deste assunto, é essencial destacar que, enquanto a Europa vivia num regime feudal, em África desenvolviam-se reinos e impérios com
um dinamismo próprio e com uma certa estabilidade política, económica, social e cultural, como por exemplo, a Etiópia.
O objectivo é que os alunos compreendam que durante o período em referência, desenvolveram-se em África processos históricos dinâmicos e
consequentes, comparáveis aos dos outros continentes. A explicação e a sistematização dos conhecimentos sobre o desenvolvimento dos Estados
africanos e de Moçambique é de primordial importância para a promoção nos alunos de atitudes, tais como, orgulho pela História da África e da sua
Pátria. Além dos reinos da África Austral, também será estudado o reino do Ghana, como exemplo de estados que existiram em África. Contudo, a
abordagem deste conteúdo será superficial de modo a que o aluno tenha apenas uma ideia geral de como estavam organizados os estados africanos.
Programa de Ensino de História

8ª Classe
Unidade Temática I: O Periódo da Formação do Sistema Capitalista Mundial Séculos XV-XVIII
Objectivos específicos Conteúdos Resultados de CH
O aluno deve ser capaz de: Aprendizagem
 Definir “Período de Transição” ou O Período de transição do Feudalismo ao Capitlismo -Caracteriza a
“Antigo Regime”; 1.1. A Europa e o mundo no início do séc. XV Europa e o Mundo
 Caracterizar a economia europeia no - O “Período de Transição” ou “Antigo Regime”; no ”Período de
Período de Transição; - A economia europeia no período de Transição ou Antigo Regime; Transição”.
 Caracterizar a estrutura da sociedade - A sociedade europeia no período de transição; -Explica o contexto
europeia no Período de Transição; O desenvolvimento sócio-económico, político e cultural da África entre o da expansão
 Caracterizar as sociedades africanas século XV e XVII; portuguesa em
durante o Período de Transição; 1.2. As relações entre a África e os outros continentes entre os séculos XV- Moçambique.
 Explicar os factores e/ou razões da XVII -Descreve as
Expansão; 1.2.1. África entre os séculos XV-XVIII: consequências da
 Descrever as etapas da Expansão;  O mapa político da África entre os séculos XV e XVIII; pilhagem colonial.
 Caracterizar a expansão portuguesa  A economia africana entre os séculos XV e XVIII. -Explica o carácter
em Moçambique; 1.2.2. A expansão Europeia e o Comércio colonial desumano do
 Explicar o carácter desigual do  Factores, objectivos e etapas da expansão europeia; tráfico esclavagista.
comércio colonial;  A expansão portuguesa em Moçambique; -Explica o impacto
 da expansão
 Explicar o impacto do comércio A pilhagem colonial e as trocas desiguais;
 O tráfico de escravos em África e Moçambique; europeia no mundo
colonial em África, Ásia e América e
 As consequências da 1ª expansão europeia: e em África.
Europa no início do Séc. XV; -Analisa as
 Explicar as características do  Permutas culturais entre Europa, Ásia, América e África;
tendências
mercantilismo;  Ascensão da Burguesia mercantil;
económicas do
 Caracterizar o fisiocratismo;  Início do subdesenvolvimento das colónias em benefício das potências “Período de
 Explicar os factores do surgimento coloniais; Transição”.
do Renascimento; 1.3. As Teorias Económicas do Antigo Regime -Analisa os
 Caracterizar o Renascimento;  O mercantilismo e o seu papel na pilhagem colonial e a acumulação progressos no
 Caracterizar os movimentos culturais de capitais na Europa; campo cultural
e ideológicos;  O Fisiocratismo: Origens e características. durante o “Período
 Descrever a influência dos 1.4. O Renascimento e o Humanismo de Transição”.
movimentos culturais e ideológicos nas  Conceito de Renascimento; -Caracteriza as
ciências e na arte;  Os factores do Renascimento; transformações na
 Identificar os principais  Características do Renascimento; Europa no campo
representantes destes movimentos;  Representantes; ideológico.
 Analisar as causas da crise religiosa  O Humanismo e sua difusão; -Elabora sínteses ou
do Séc. XVI;  Os novos caminhos da ciência e da arte. esquemas sobre a
 Caracterizar a crise religiosa; 1.5. A crise religiosa do século XVI: a Reforma Protestante e a resposta crise religiosa do
 Identificar as correntes religiosas da Igreja Católica Séc. XVI.
resultantes da Reforma Protestante; -Origens e características da Crise; -Diferencia o
 Analisar a resposta da Igreja Católica -A Reforma Religiosa; sistema absolutista
face à Reforma Protestante; -As principais correntes protestantes (Luteranismo /Calvinismo/Anglicanismo); do democrático.
 Caracterizar o absolutismo; A resposta da Igreja Católica (contra-reforma). -Associa as
 Relacionar as Revoluções Burguesas 1.6. O Absolutismo revoluções
na Europa com o desenvolvimento da  Conceito e características do absolutismo; burguesas ao
Sociedade Capitalista;  O surgimento dos regimes absolutistas na Europa; desenvolvimento da
 Identificar as principais medidas  O exemplo da França. sociedade
tomadas pela burguesia para consolidar 1.7. As Revoluções Burguesas capitalista.
1.8. A Revolução Burguesa na Inglaterra e o seu significado: -Reconhece as
o seu poder;
 revoluções
 Descrever o processo de formação As origens;
 As fases; burguesas como
das colónias da América do Norte;
transição política
 Caracterizar as contradições entre a  Importância/significado.
do antigo regime
Inglaterra e as 13 colónias norte- 1.9. A luta pela independência nas colónias inglesas da América do
católico feudal ao
americanas; Norte
novo regime
 Explicar a importância da  As colónias inglesas da América do Norte;
liberal.
Constituição americana de 1787;  As contradições entre Inglaterra e as 13 colónias norte-americanas; -Analisa a
 Explicar as causas da Revolução  O processo da luta pela independência das colónias norte-americanas importância de uma
Francesa; (breve cronologia); Constituição como
 Identificar as etapas da Revolução;  A Constituição Americana de 1787, sua importância. a lei-mãe que
 Explicar a importância da 1.10. A Revolução Francesa (1789-1795) regula as relações
Revolução;  As causas da Revolução Francesa; de uma sociedade.
 Analisar a situação política,  O Início da Revolução: A convocação dos Estados Gerais e a tomada
económica e social africana nos da Bastilha;
séculos XV-XVIII.  As etapas da Revolução Francesa;
 Tema Transversal: Cultura de paz,  A importância da Revolução Francesa.
direitos humanos e democracia
Sugestões Metodológicas
Um dos fenómenos que marcou a História de África e do mundo foi o desenvolvimento do capitalismo, cujo epílogo foi o imperialismo e a
dominação colonial. A 1ª Unidade do Programa da 8ª classe aborda, pois, a Formação do Sistema Capitalista Mundial entre o século XV e XVIII.
Esta unidade trata de todo o processo que culminou com a formação do Capitalismo na Europa que incluiu a Acumulação Primitiva do Capital,
acompanhada de um amplo movimento económico (mercantilismo), político (absolutismo), ideológico (as reformas e o iluminismo) e cultural (o
Renascimento e o Humanismo) em toda a Europa. Esta fase conduziu a uma tomada de poder pela burguesia, mantendo, entretanto, a monarquia
como forma do Estado.
Introduz-se, nesta unidade, o fenómeno do trabalho assalariado no interior do sistema capitalista e, em simultâneo, o fenómeno de exploração entre
Estados, que se manifestou através da troca desigual com as colónias, com destaque para o tráfico de escravos. Estes temas favorecem uma ligação
com a actualidade na compreensão das origens remotas do subdesenvolvimento dos povos africanos, asiáticos e latino-americanos.
Com esta unidade, o que se pretende é que os alunos entendam as raízes do capitalismo bem como as suas principais características, o que será
essencial para a compreensão da História recente da África dominada pela expansão imperialista e pelo consequente movimento nacionalista
africano.
Para melhor abordagem, o professor poderá promover trabalhos independentes, através da elaboração de resumos, quadros comparativos, fichas de
trabalho, esquemas, exercícios com mapas, interpretação de textos, debates, etc.
Para o estudo do período de transição, a ficha de exercícios pode ser um bom instrumento de reforço da aprendizagem.
Sem deixar de lado outras estratégias, a abordagem do tema “Expansão Europeia” pode ser feita com recurso a exercícios (leitura ou construção)
com mapas.
O ciclo de estudo do Estado numa sociedade de classes deve culminar com a análise do Estado burguês e reflectir sobre conceitos de Estado,
classe, luta de classes, capital e burguesia. É necessário que os alunos entendam que a tomada do poder pela burguesia foi uma revolução em
relação ao sistema feudal.
Para melhor abordagem desta unidade, sugere-se o seguinte:
 Estudar convenientemente os objectivos específicos definidos para cada subunidade, os conteúdos e as competências requeridas;
 Destacar o carácter transitório do período em estudo e as marcas do mesmo no domínio político, económico, cultural e social.
Mais do que descrever as Revoluções Burguesas, é fundamental destacar a sua importância no processo de transição do Feudalismo ao
Capitalismo. Neste capítulo, o foco não é o estudo da História da França, Inglaterra e Estados Unidos da América, mas compreender o processo de
passagem da sociedade feudal para a capitalista.
Será importante destacar, nesta unidade, o surgimento de um novo sistema de relações de produção, baseadas no trabalho assalariado, em oposição
ao quadro de relações vigentes no feudalismo. Um quadro comparativo dos dois sistemas pode ser uma excelente estratégia para a análise dos
referidos sistemas. O fenómeno do comércio colonial (baseado na troca desigual) deve ser destacado para que os alunos entendam as origens, em
parte, do subdesenvolvimento dos povos africanos. Em torno desta questão, merece atenção especial a problemática do tráfico de escravos para
cuja abordagem, propõe-se o seguinte:
 selecção, pelo professor, de alguns textos para que os alunos façam a sua leitura e interpretação;
 elaboração, pelos alunos, de resumos sobre as origens, rotas, agentes e consequências do tráfico esclavagista;
 com base nos trabalhos dos alunos e, em algumas leituras complementares, o professor poderá orientar debates em trono do mal que o
tráfico esclavagista representa e sobre o impacto desta prática e fazer, com os alunos, sistematização das ideias principais;
 levar os alunos à pesquisa de documentos históricos nas diferentes matérias em estudo, para uma melhor compreensão da política e
ideologia da época em estudo;
 ao falar da expansão europeia, envolver os alunos na análise da designação “descobrimentos” que também é usada para este fenómeno e
problematizar esta terminologia.
Alguns temas como: “A economia europeia no Antigo Regime”; “O comércio no Mediterrâneo nos séculos XIII e XIV”; “O desenvolvimento
sócio-económico da África entre o Século XV e XVII”; etc., podem ser distribuídos a pequenos grupos de alunos (3 ou 4) para prepararem e
apresentá-los na aula, seguindo-se um debate. É importante que o professor ajude os alunos a seleccionarem os materiais de consulta, a
seleccionarem questões principais que devem ser respondidas e a organizarem o texto. No debate, participam todos os alunos, sob orientação do
professor. Os autores do texto anotam as observações dos colegas, o professor ajuda-os a corrigir e, aí, surge o documento de consulta para todos.
O professor pode encarregar a um grupo de 3 ou 4 alunos para estudar, interpretar e apresentar a síntese à turma. Um dos aspectos que o professor
não deve esquecer é o de contextualizar estas ideias e levar os alunos a compreenderem a sociedade, sua génese e transformação e os múltiplos
factores que nela intervêm, como produto da acção humana. Ao falar do tráfico de escravos, poder-se-á relacionar com o Tema Transversal:
Cultura de paz, direitos humanos e democracia, isto é, os alunos podem realizar trabalhos como bandas desenhadas, pesquisas e outros sobre o
comércio de escravos e as suas consequências. Estes trabalhos deverão reflectir as regiões onde os escravos eram capturados e o destino dos
mesmos, bem como as condições desumanas às quais estavam sujeitos.
O conhecimento e aplicação dos conceitos inerentes aos conteúdos em leccionação são importantes porque permitem que os alunos adquiram
vocabulário específico da disciplina. Por isso, sugerem-se os seguintes conceitos:
Estado, Classes Sociais, Luta de classes, Capital, Burguesia, Período de Transição, Comércio Colonial, Monarquia, Acumulação Primitiva do
Capital, Reforma, Protestantismo, Absolutismo, Escravatura, Revolução Burguesa, Parlamentarismo, Regime Constitucional, Iluminismo.
Podem ser desenvolvidas actividades, como apresentação e debate de alguns artigos da Constituição, por exemplo, a Inglesa, Americana ou
Francesa, para aferir a importância deste instrumento. Os alunos devem compreender a importância de um Estado de Direito.
Em relação à constituição moçambicana, pode ser interessante convidar um parlamentar, ou uma outra personalidade reconhecida para abordar
este tema.
Unidade Temática II: O Capitalismo Industrial e o Movimento Operário nos séculos XVIII-XIX
Objectivos específicos Conteúdos Resultados de C H
Aprendizagem
2.1. A Revolução Industrial e o desenvolvimento do capitalismo
Industrial:
 Descrever os factores da eclosão da Revolução
 Os factores da eclosão da "Revolução Industrial" na -Compara a
Industrial na Inglaterra; sociedade católico-
Inglaterra;
 Explicar as consequências económicas,
 As invenções técnicas na primeira e segunda fase da feudal com a da
políticas, sociais e culturais da Revolução época industrial.
"Revolução Industrial" e as novas fontes da energia;
Industrial;
 As consequências económicas, políticas, sociais e culturais da .Associa a Revolução
 Descrever o ambiente de vida dos operários. Industrial ao triunfo
"Revolução Industrial”.
 Descrever as condições de vida e de trabalho das relações
2.2. O Movimento Operário:
dos operários; capitalistas de
 As condições de vida e de trabalho dos operários;
 Relacionar as condições de vida e de trabalho produção na Europa.
 A exploração do trabalho feminino e infantil;
com o descontentamento dos operários; -Relaciona as
 As contradições fundamentais entre a classe operária e a
 Explicar o contexto em que surgiram as teorias condições de
burguesia;
socialistas; trabalho dos
 O aparecimento das teorias socialistas:
 Descrever as características gerais do operários com as
O Socialismo Utópico;
Socialismo Utópico e do Socialismo Científico; mais diversas formas
O Socialismo Científico;
 Caracterizar os primeiros movimentos de luta.
 O sindicalismo e as primeiras organizações e
operários europeus; -Descreve as diversas
manifestações operárias:
 Descrever as principais formas de luta dos formas de luta dos
Os TRADE-UNIONS na Inglaterra;
operários; trabalhaores.
A Confederação Geral dos Trabalhadores na França;
 Mencionar os primeiros partidos operários A Liga Comunista e 1ª. Internacional;
-Relaciona o
europeus; desenvolvimento do
 A formação dos partidos operários europeus;
 Identificar as características do primeiro poder 2.3. A Comuna de Paris: movimento operário
popular e as causas da sua derrota; com o surgimento da
 As causas e o decorrer da Comuna;
 Explicar o significado da Comuna; Comuna de Paris.
 As características e o Significado da Comuna de Paris; -Analisa a evolução
 Descrever o mapa político de África e 2.4. África e Moçambique na época das Revoluções Burguesa e
Moçambique, nos séculos XVIII/ XIX; da África, sob
Industrial: impacto das
 Caracterizar a estrutura sócio-económica da  O mapa político da África no final do século XVIII/início de XIX:
África neste período; revoluções burguesa
 A estrutura sócio-económica; e industrial.
 Descrever as relações África/resto do mundo;
 As relações África/mundo;
 Explicar a presença europeia em Moçambique;
 A presença europeia em Moçambique;
Tema Transversal: Direitos Humanos e Equidade
Sugestões Metodológicas:
A segunda Unidade do Programa de ensino de História da 8ª classe aborda o movimento operário, um fenómeno que marcou o
despertar dos trabalhadores face às más condições a que estavam sujeitos e que tinham tendência a se agravar, acompanhando o
desenvolvimento do capitalismo no mundo.
Tal como recomendado no Plano Curricular, sugere-se que se privilegie o trabalho independente dos alunos.
O estudo dos factores da Revolução Industrial na Inglaterra, como é o caso da “revolução agrícola”, “revolução demográfica”, “o
alargamento dos mercados e a acumulação de capitais”, pode incluir trabalhos em grupo, produzindo resumos, seguidos de discussão
na sala e elaboração de sínteses. O mesmo pode ser feito em relação às fases da Revolução Industrial, em que os alunos podem
sintetizar as principais invenções técnicas de cada fase.
As actividades a realizar no âmbito do trabalho independente deverão ser programadas pelo professor, de acordo com as condições
concretas da sua escola. Sendo possível, os alunos poderão ser levados a contemplarem a realidade dos assuntos em estudo, através de
visitas às fábricas ou outros sectores relacionados. Podem ser adotadas várias acções, como as sugeridas em relação à unidade 1. O
conteúdo sobre o capitalismo relaciona-se com o Tema Transversal Direitos Humanos e Equidade. O sistema capitalista era
caracterizado pela exploração da força de trabalho dos operários, para além da exploração da mão de obra infantil, cuja abordagem
pode ser feita na perspectiva de género, através de trabalhos sobre a participação da mulher na vida económica, politica e social da
comunidade do país. Também, se pode fazer o levantamento e uma análise crítica às práticas de exploração de crianças no trabalho,
recorrendo aos diversos materiais e exemplos de situações que ocorrem na comunidade.
Os alunos poderão realizar trabalhos em grupo de pesquisa sobre as condições de trabalho dos operários moçambicanos, baseando-se
na Lei do Trabalho, em vigor, na República de Moçambique. Pode –se aproveitar esta oportunidade para analisar as causas da revolta
que deu origem ao 1º de Maio. Estes trabalhos deverão ser apresentados e debatidos na sala de aula.
Unidade III:.- Do Capitalismo Industrial ao Imperialismo
Objectivos específicos Conteúdos Resultados de CH
O aluno deve ser capaz de: Aprendizagem
3.1. O início do imperialismo e a política imperialista:
 Caracterizar o Capitalismo Do Capitalismo de livre concorrência ao
Monopolista; capitalismo monopolista;
 Distinguir o Capitalismo de livre  As Formas de Concentração Industrial (Horizontal e -Relaciona a expansão
concorrência do capitalismo monopolista; Vertical); imperialista com o
 Explicar as formas de concentração 3.2. O Capitalismo Monopolista e a expansão subdesenvolvimento dos
industrial; imperialista: países africanos.
 Identificar as grandes potências
 Os factores da expansão imperialista; -Explica a reacção dos
imperialistas;
 Caracterizar a política imperialista em  Os principais impérios coloniais em África; africanos perante a ocupação
relação a Moçambique e o Mundo;  Moçambique no contexto da partilha colonial, dando exemplos
 Caracterizar a reacção dos africanos imperialista do mundo; concretos da África Austral e
perante a ocupação imperialista; 3.2. A Luta dos povos africanos contra a Ocupação Moçambique.
 Dar exemplos concretos de resistência efectiva em África e em Moçambique:
na África Austral e Moçambique;  Alguns exemplos de resistência Zulu (África
do Sul), na Namíbia e Moçambique.
Sugestões Metodológicas:
A terceira unidade do Programa de Ensino da 8ª classe aborda a passagem do capitalismo de livre concorrência ao capitalismo
monopolista, que tem como uma das características, o imperialismo. Ao abordar esta Unidade Temática é importante que o professor
leve os alunos a entenderem o carácter agressivo do Imperialismo e a reacção dos africanos perante a ocupação imperialista.
Para a plena aprendizagem desta unidade temática, os alunos precisam de saber aplicar e explicar os conceitos de Imperialismo,
monopólios, exportação de capitais, livre concorrência e financeira, pelo que o professor poderá trabalhar com os alunos os referidos
conceitos com recurso a diferentes actividades práticas. Os alunos poderão realizar trabalhos em grupos, tentando trazer exemplos de
violação da paz, dos direitos humanos e da democracia. A pesquisa deverá centrar-se na análise crítica das principais características do
Imperialismo, citando exemplos da actuação das potências imperialistas. Estes trabalhos deverão ser apresentados e debatidos na sala
de aula.
Nesta unidade, os conteúdos sobre o imperialismo relacionam-se com o Tema Transversal: Cultura de paz, direitos humanos e
democracia. O professor deverá conduzir os alunos a compreenderem que o Imperialismo era a fase mais avançada do
desenvolvimento do Capitalismo, caracterizado pela: Concentração Monopolista, Exportação de Capital e Recrudescimento do
sistema Colonial.
Programa de Ensino de História

9ª Classe
Unidade Temática I: As contradições imperialistas dos finais do Séc. XIX, até o final da I Guerra Mundial
Objectivos Específicos Resultados de aprendizagem Carga
O aluno deve ser capaz de: Conteúdos Horária
-Caracterizar as manifestações 1.1O desenvolvimento sócio-económico e político dos principais - Analisa as principais
imperialistas dos países países capitalistas, dos finais do século XIX aos princípios do contradições imperialistas que
capitalistas; século XX: conduziram à eclosão da I Guerra
-Mencionar os países que
-Inglaterra, França, Alemanha, Espanha, Portugal e Itália; Mundial.
compunham os blocos
militares; - Formação das alianças e blocos militares, e os primeiros
- Explicar as causas da I conflitos entre as potências imperialistas;
Guerra Mundial;  Luta pela posse de novos mercados; -Descreve os principais marcos
- Descrever as fases da I  A corrida aos armamentos; da I Guerra Mundial.
Guerra Mundial;
 O atentado de Serajevo a 28 de Junho de 1914; -Descreve o fenómeno
- Diferenciar as fases da I
 As fases da Guerra: generalizado da resistência do
Guerra Mundial;
- 1ª fase: Guerra dos movimentos sistema colonial em Africa.
- Explicar as razões da entrada
– principais características;
dos EUA na Guerra;
- 2ª fase: Guerra de trincheiras
- Explicar o significado da
- Características; -Analisa as consequências da
saída da Rússia da Guerra;
- A entrada dos EUA (razões e significado); ocupação colonial para Europa,
-Analisar as consequências da I
- 3ª fase: Retorno à Guerra de movimentos África e para Moçambique.
Guerra Mundial;
- Características; -Analisa o resultado da I Guerra
-Interpretar o significado para
- A saída da Rússia (razões e significado); Mundial no mapa político da
o Mundo da I Guerra Mundial;
- O envolvimento dos africanos: Europa, África e Moçambique.
- Explicar o surgimento da
Sociedade das Nações;  O papel dos africanos na I Guerra Mundial;
- Analisar os efeitos da Guerra  Focos de confrontação em Moçambique e África, -Associa a dominação colonial
ligados à I Guerra Mundial; com o subdesenvolvimento dos
para África e para o mundo
- O fim da I Guerra Mundial: (armistício de 11.11.1918): países africanos.
imperialista;
- Analisar o impacto da  A Conferência de Paris; -Usa o diálogo para a prevenção
ocupação efectiva da África  O Tratado de Paz de Versalhes; de conflitos, bem como na
 A criação da Sociedade das Nações. preservação da paz. (Tema
para Europa, África e
- As consequências da I Guerra Mundial para a África e para a transversal)
Moçambique;
- Explicar o processo de Europa:
estabelecimento do sistema  A nível demográfico;
colonial em África;  A nível social;
-Mencionar as principais  A nível económico;
formas de exploração impostas  A nível político (mapa político europeu);
pelo colonialismo em África e .- O significado da I Guerra Mundial (conclusão).
em Moçambique; 1.2- A Ocupação Efectiva e o estabelecimento do sistema
- Identificar as diversas formas colonial em Moçambique e África
de resistência;  As formas de administração colonial (directa e
indirecta) e os tipos de colónias; .
 As formas de exploração económica: o papel das
companhias monopolistas;
 Particularidades do colonialismo Português: caso de
Moçambique;
 Consequências para Europa;
 Consequências para África;
 Consequências para Moçambique.
- Resistência à Ocupação Efectiva em Moçambique e África.
Tema transversal: Importância da resolução pacífica dos
conflitos
Sugestões metodológicas
Esta unidade ocupa-se particularmente da História do desenvolvimento dos países imperialistas, suas inter-relações com o resto do mundo,
em geral e, com África, em particular.
No estudo da I Guerra Mundial, o professor poderá levar os alunos a concluírem que ela foi o resultado do agravamento das contradições
imperialistas e a incapacidade das potências resolverem os seus diferendos por via pacífica. Deve mostrar, também, as consequências
humanas, económicas e políticas que a guerra provocou, através de números, para denunciar o perigo que qualquer guerra representa em
todos os sectores da sociedade. Os alunos poderão fazer um trabalho de pesquisa, sobre as consequências humanas, económicas e políticas
da guerra numa sociedade.
Relativamente ao decurso da Guerra, o importante não é a descrição detalhada dos episódios deste conflito, mas sim, destacar os aspectos
essenciais que marcaram cada etapa.
Sugere-se, assim que, depois de uma caracterização geral da resistência em África e do detalhamento de alguns exemplos de resistência, o
professor possa levar os alunos a elaborem quadros-resumo do continente, destacando as regiões africanas e os respectivos líderes de
resistência.
Neste contexto, convém analisar o sistema colonial português em Moçambique na abordagem deste item, sistematizando as particularidades
da dominação deste país.
Na análise do sistema colonial, o professor induz os alunos a estabelecerem a relação entre o fraco desenvolvimento dos países africanos e o
colonialismo para o caso específico de Moçambique, levando os alunos a tirarem conclusões ou tenham a dimensão do enriquecimento dos
países colonizadores, por um lado, e o empobrecimento dos países colonizados, por outro.
O estudo das consequências do colonialismo em África deve ser feito com detalhe, visando levar os alunos a aperceberem-se dos motivos
da formulação de políticas governamentais viradas para a luta contra a pobreza, no exemplo de Moçambique.
Em todos os processos históricos, é importante que os professores não prescindam das noções de tempo e espaço que são dimensões
importantes para a localização dos acontecimentos.
Nas aulas, é recomendável o uso de mapas de África ou escantilhões elaborados pelos alunos, recorrendo aos constantes dos livros e
mostrando como foi dividida a África pelas potências coloniais.
O professor não deve esquecer-se do seu papel de facilitador do processo de ensino e aprendizagem, por isso deve recorrer a métodos
activos e sempre pondo os alunos a trabalharem na sistematização das informações que os manuais oferecem.
Sugere-se, também, o aprofundamento de alguns conceitos, como Imperialismo, Contradições, Blocos Militares, Militarismo, Colonialismo,
Colónias, Companhias Monopolistas, Companhias Concessionárias, Revolução, Tratados, etc. São conceitos que os alunos vão usar e é
importante que eles conheçam os seus significados.
Unidade Temática II : O Mundo depois da I Guerra Mundial até o final da II Guerra Mundial
Objectivos específicos Conteúdos Resultados de aprendizagem CH
O aluno deve ser capaz de:
2.1 A Revolução Socialista de Outubro
- A formação da União das Repúblicas Socialistas
- Explicar as causas da Soviéticas.
Revolução de Outubro de 1917; 2.2 Importância da Revolução Socialista de Outubro de
- Explicar o surgimento de um 1917;
novo regime (o Socialismo); 2.3. O desenvolvimento económico, sócio-político de alguns -Relaciona a Revolução
- Caracterizar o desenvolvimento países depois da I Guerra Mundial (1918-1929): Socialista de Outubro de 1917 à
sócio-político dos EUA,  Os EUA até 1929; crise interna e externa.
Alemanha e Itália;  A Alemanha; -Explica a importância da
- Relacionar a crise económica  A Itália; Revolução Socialista Russa para
mundial de 1929 a 1939 com as 2.4 A crise económica mundial de 1929 a 1933: o mundo.
contradições imperialistas;  Principais características da crise e suas -Caracteriza as primeiras
- Descrever o alcance da crise consequências no mundo; manifestações nacionalistas em
económica mundial;  O impacto da crise mundial em África e África e Moçambique contra a
- Analisar a política fascista de Moçambique; ocupação colonial.
-Analisa a II Guerra Mundial no 9
Portugal em relação às suas  As tentativas de superação da crise;
contexto dos conflitos
colónias africanas e  O papel de Roosvelt.
Moçambique, em particular; imperialistas.
2.5 Os regimes ditatoriais:
-Critica o uso de armas de
- Explicar as causas da II Guerra  O fascismo na Itália; destruição massiva em qualquer
Mundial;  O nazismo na Alemanha; que seja a circunstância.
- Explicar as consequências da II  A política fascista portuguesa em Moçambique. -Analisa as consequências da II
Guerra Mundial; 2.6 A preparação, o decurso e as consequências da II Guerra Guerra Mundial e o seu
- Identificar os principais Mundial; significado.
acontecimentos da II Guerra -Causas económicas, Político – militares, sociais e
Mundial. ideológicas da II Guerra Mundial;
- O Início da Guerra: O ataque alemão à Polónia;
-O decurso e as fases da II Guerra Mundial;
- A participação da África na II Guerra Mundial;
- A Conferência de Potsdam: o fim e as consequências da II
Guerra Mundial;
- O lançamento de bombas atómicas;
- A Criação da Organização das Nações Unidas (ONU).
Sugestões metodológicas
A metodologia de trabalho sugerida em relação a esta unidade é também aplicável à primeira unidade. Em princípio, todas as
escolas têm o material de consulta referido na unidade anterior e é necessário que os alunos realizem trabalhos independentes ou
em grupos, fazendo resumos e quadros, com orientação criteriosa do professor.
Na Unidade Temática “O Mundo entre a I e II Guerras Mundiais (1918-1939)”, os conteúdos sobre “A crise económica mundial
de 1929 e 1933 Os regimes ditatoriais as primeiras manifestações nacionalistas em África e em Moçambique”, sugere-se que se
relacionem com os Temas Transversais “Cultura de Paz, Direitos Humanos e Democracia, Preservação do Património Cultural e
Identidade Cultural e Moçambicanidade”. Os alunos poderão fazer trabalhos de pesquisa, destacando os efeitos da crise
económica mundial de 1929 a 1933, assim como apresentar pequenos resumos sobre as manifestações do fascismo, na Itália;
nazismo, na Alemanha e corporativismo, em Portugal. Poderão, também, apresentar trabalhos sobre as formas como se
manifestou o nacionalismo em Moçambique.
Unidade Temática III: O Movimento de Libertação e a Independência Nacional de Moçambique
Objectivos específicos Conteúdos Resultados de CH
O aluno deve ser capaz de: aprendizagem
3.1 – O Estado Novo de Salazar e a situação nas colónias
-Descrever o Estado Novo de Salazar portuguesas: o caso de Moçambique;
em Moçambique; 3.2- As primeiras manifestações nacionalistas em Moçambique,
-Caracterizar as primeiras no contexto do nacionalismo Africano e Mundial;
manifestações nacionalistas em 3.3 A Luta de Libertação Nacional e Independência de
-Analisa a política do Estado
Moçambique; Moçambique:
Novo de Salazar, em
-Explicar o processo da Luta de - Os três movimentos Nacionalistas de Luta pela Independência
Moçambique.
Libertação Nacional; de Moçambique que antecederam à formação da FRELIMO;
-Explica o processo da Luta
- Explicar o significado das Zonas 3.4. A fundação da FRELIMO, a preparação, o
de Libertação Nacional.
Libertadas; desencadeamento e o desenvolvimento da Luta de Libertação
-Analisa o significado e
-Explicar a importância dos Acordos Nacional;
importância da Independência
de Lusaka; 3.5 O surgimento das zonas libertadas e a emergência de novas
Nacional.
Explicar a importância da formas de relações sociais;
Independência Nacional; 3.6 A vitória da FRELIMO sobre o colonialismo português e a
Explicar o significado da Constituição assinatura dos Acordos de Lusaka;
da República Popular de Moçambique. 3.7 A proclamação da Independência Nacional e a Constituição
da República Popular de Moçambique.
Sugestões metodológicas
O estudo desta unidade deve partir da análise da situação colonial de Moçambique no Estado Novo de Salazar, passando pela Luta de
Libertação até à Independência Nacional.
Na abordagem deste tema o professor deve considerar os seguintes aspectos:
o A acção do Estado Novo de Salazar;
o As primeiras manifestações nacionalistas em Moçambique;
o O papel de Eduardo Mondlane na fusão dos três movimentos nacionalistas;
o O I Congresso e a fundação da FRELIMO;
o Os primeiros centros de preparação político–militar;
o O desencadeamento da Luta Armada;
o As principais bases durante a Luta Armada.
Ao abordar o tema sobre o Movimento de Libertação e a Independência Nacional de Moçambique, os alunos deverão realizar
pequenos trabalhos, tais como, entrevistas a personalidades que participaram na Luta de Libertação Nacional e outros influentes na
sociedade, visita de estudos a locais históricos e consulta de documentos relacionados.
O professor deverá orientar os alunos a realizarem pequenos trabalhos sobre algumas figuras que se destacaram no processo da Luta
de Libertação Nacional, tais como: Eduardo Mondlane, Samora Machel, Filipe Samuel Magaia, Josina Machel, Tomás Nduda,
José Phahlane Macamo, Mateus Sansão Mutemba e outros.
Ainda, nesta unidade, pode-se relacionar o Tema Transversal “Identidade Cultural e Moçambicanidade.”
Os alunos poderão analisar a Luta de Libertação Nacional como a única via para o alcance da Independência Nacional.
Unidade IV: Moçambique e o Mundo no período entre a confrontação e o desanuviamento
Objectivos específicos Conteúdos Resultados de CH
O aluno deve ser capaz de: aprendizagem

- Caracterizar a evolução das 4.1 A Guerra Fria e as tentativas de solução pacífica dos
superpotências nos pós II Guerra conflitos
Mundial;  Origens da Guerra fria;
- Descrever as relações entre as  Manifestações da Guerra Fria; -Analisa o enquadramento
 A desestabilização de Moçambique pelo regime dos países do terceiro mundo
superpotências após a II Guerra Mundial;
do Apartheid no contexto da Guerra Fria; no contexto da bipolarização
-Caracterizar a situação do mundo
 Os países do Terceiro Mundo e o Movimento dos e da guerra fria.
decorrente da “guerra fria”;
-Explica o processo de
- Explicar o sentido de “não Países-Não Alinhados;
negociação entre o Governo
alinhamento”;  Coexistência Pacífica;
de Moçambique e a
- Identificar as mudanças decorrentes da  O fim da Guerra Fria e a queda do muro de 8
RENAMO.
aproximação entre os EUA e a URSS; Berlim.
-Analisa a importância da
-Mencionar as consequências da 4.2 Os caminhos e a conquista da Paz em Moçambique;
assinatura do Acordo Geral de
aproximação URSS-EUA em África; 4.3 As negociações entre o Governo de Moçambique e a
Paz de Roma;
-Destacar a importância da assinatura do RENAMO e a assinatura do Acordo Geral de Paz de Roma; -Descreve a importância da
Acordo Geral de Paz de Roma; Constituição de 1990.
-Explicar a importância da assinatura do 4.4.A Constituição de 1990 e o multipartidarismo em
Moçambique: -Descreve os processos
Acordo Geral de Paz de Roma; eleitorais.
-Explicar a importância da Constituição de -Os processos eleitorais;
1990; Tema Transversal
Explicar os processos eleitorais. Cultura de Paz e Democracia
Sugestões metodológicas
Esta unidade procura caracterizar a situação do mundo no período pós – II Guerra Mundial, com particular ênfase para as relações
entre o mundo ocidental, dirigido pelos EUA, e o leste dirigido, pela URSS.
No que respeita à Guerra Fria, o professor poderá orientar os alunos para elaborarem pequenos textos sobre os principais focos de
tensão, enfatizando a criação dos dois blocos militares (Nato e Pacto de Varsóvia) liderados pelos EUA e a URSS, respectivamente.
O professor pode mandar os alunos elaborarem quadros que indiquem as principais mudanças decorrentes da aproximação entre a
URSS e os EUA (fim da guerra fria).
Importância particular dever-se-á dar ao movimento dos Não-Alinhados, destacando os principais propósitos da criação deste
movimento, bem com as conferências destinadas a criar um clima de coexistência pacífica entre as nações.
Sugere-se que se trabalhem os seguintes conceitos: Guerra Fria, Coexistência Pacífica; Não Alinhamento.
Ainda, nesta unidade, o professor poderá convidar personalidades políticas reconhecidas a proferirem palestras sobre:
 As negociações entre o Governo de Moçambique e a RENAMO;
 A assinatura do Acordo Geral de Paz de Roma, em 4 de Outubro de 1992;
 A Constituição de 1990;
 O Multipartidarismo em Moçambique; e
 Os processos eleitorais: Eleições Presidenciais, Legislativas, Autárquicas e Provinciais.
Na Unidade Temática “Moçambique e o Mundo no período entre a confrontação e o desanuviamento”, pode-se relacionar com o tema
transversal “Cultura de Paz, Direitos Humanos e Democracia”.
O professor poderá promover debates com os seus alunos sobre a importância da Cultura de Paz, Direitos Humanos e Democracia,
baseando-se no exemplo de Moçambique
AVALIAÇÃO

A avaliação é um instrumento do processo de ensino-aprendizagem através do qual se pode


verificar como estão sendo cumpridos os objectivos e a finalidade da educação, permitindo
melhorar ou adaptar as estratégias de ensino aos conteúdos e às condições concretas existentes.

A avaliação permite ao professor tirar conclusões dos resultados obtidos para o desenvolvimento
do trabalho pedagógico subsequente e verificar a necessidade de reajuste curricular, de acordo
com as necessidades educativas dos alunos.

A avaliação deve focalizar-se em todas as actividades realizadas pelos alunos, de forma que se
obtenha uma imagem fiável do desempenho do aluno e do professor, em termos de competências
básicas descritas no Programa de Ensino.

A avaliação na disciplina de História privilegia:


 visitas de estudo;
 elaboração de esquemas;
 tabelas;
 gráficos;
 mapas;

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