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Investir na saúde mental e no bem- A saúde mental e o bem-estar influenciam a forma como os
estar dos adolescentes é um passo adolescentes se relacionam com eles mesmos e com os outros, na
fundamental para que eles possam forma como lidam com novas experiências, como se definem no início
construir um futuro sólido e da idade adulta e na maneira como se projetam no futuro. O
sustentável, com melhor saúde física desconhecimento sobre os efeitos das emoções e pensamentos nos
e mental. O sucesso do futuro dos seus comportamentos e a falta de estratégias eficazes para gerirem os
adolescentes depende da importância desafios do dia a dia têm um grande impacto na qualidade de vida dos
que pais e educadores dão à sua adolescentes e podem resultar no aparecimento de sintomas ansiosos,
saúde mental e bem-estar e aos depressivos, entre outros. Cada jovem enfrenta desafios próprios
ensinamentos que lhes transmitem. durante o seu desenvolvimento, tendo os pais e os professores um
papel fundamental na sensibilização para a importância da saúde
mental e no processo de descoberta da resposta mais adaptativa e
resiliente aos desafios que surgem durante a adolescência.
Encoraje o seu filho a ser Corrija o seu filho, mas Peça ajuda a um
saudável celebre também os seus profissional
_ E quando falamos de saúde, referimo-nos à esforços e conquistas _ Este guia não substitui a necessidade de um
saúde no seu todo. Desde hábitos de vida acompanhamento ou auxílio técnico e
_ Esteja presente nos momentos difíceis e ajude
saudável como alimentação, exercício físico e especializado. Fale com o Médico de Família,
o seu filho a compreender lições importantes por
abstinência do consumo de substâncias, ao com um Psicólogo ou Psiquiatra. Em alternativa
detrás dos seus erros, mas não se esqueça de o
autocuidado, ao equilíbrio entre escola e ligue para a Linha de Aconselhamento
felicitar também por cada conquista e passo
amigos, à higiene do sono, tempo online ou em Psicológico do SNS24.
importante em direção ao seu futuro.
ecrãs.
sABIA QUE...
… 1 em cada 7 jovens entre os 10 e os 19 anos sofre de
perturbações mentais?
A ausência de tratamento dos sintomas de perturbação mental durante a adolescência faz com
que estes persistam até à idade adulta e, eventualmente, comecem a afetar significativamente a
vida destas pessoas. Da mesma forma, a manutenção de comportamentos desadaptativos para
evitar estes sintomas negativos fazem com que novos problemas possam emergir, impactando a
vida ao nível pessoal e profissional.
Os pais e educadores são os adultos que mais tempo passam com os adolescentes,
desempenhando, desta forma, um papel determinante na deteção de alterações no
comportamento e humor destes e, consequentemente, no apoio e intervenção que
podem dar e promover.
No entanto, os jovens de hoje são diferentes dos jovens de outros tempos e os desafios de hoje não
são os mesmos que os adultos enfrentaram na sua altura. Isto representa uma dificuldade adicional
para os adultos e é normal que sintam dificuldade em perceber quando é que os adolescentes
precisam de ajuda ou enfrentam problemas de doença mental.
Seja no contexto escolar ou familiar, os adultos mais próximos são também os principais modelos
na vida dos jovens, servindo como referência no processo de definição da sua própria identidade e
exploração de múltiplos papéis (por exemplo, eu na escola, eu com os amigos, eu em casa, eu com
o/a parceiro/a romântico/a) característicos deste período de desenvolvimento. É com base em
redes de suporte seguras e positivas que os adolescentes adquirem a confiança para talhar o seu
próprio caminho. É também na estabilidade e aceitação que os adolescentes se refugiam para
enfrentar este período altamente mutável e desafiante.
Desta forma, os pais e educadores ocupam um papel de especial importância no futuro dos
jovens. Pela proximidade aos jovens podem auxiliá-los nas suas vivências, potenciando o seu
desenvolvimento ótimo e, também, minimizar o seu sofrimento e o impacto da exposição a
eventos externos negativos.
externalizar internalizar
Alguns adolescentes tendem a externalizar o sofrimento psicológico Outros tendem a internalizar, isto é, isolam-se, não
e, por isso, rebelam-se, envolvem-se em comportamentos manifestam abertamente as suas dificuldades e, por
desviantes e de risco, como experimentar tabaco, álcool, drogas, isso, acabam por sofrer sozinhos.
envolver-se em lutas ou atividades sexuais desprotegidas.
Ambas as formas de expressão de baixo bem-estar ou de doença mental devem ser consideradas
para evitar que os jovens desenvolvam uma relação pouco saudável com eles próprios, com os
outros e com o mundo ao seu redor.
Esteja presente
Se quer realmente ajudar, o primeiro passo é estar presente. Comece por demonstrar a sua disponibilidade
para ajudar. Mesmo que o adolescente não o queira fazer naquele momento, relembre a sua abertura para
o ouvir. Caso o adolescente tome a iniciativa de falar consigo, escute atentamente as suas preocupações,
não fazendo julgamentos ou reagindo impulsivamente ao que lhe está a confidenciar.
Esteja atento
Por vezes, quando estamos a falar com outra pessoa utilizamos palavras aparentemente inofensivas,
mas que acabam por ser gatilho para alguma insegurança ou sofrimento. Sempre que estiver a falar com
o adolescente, esteja atento ao seu comportamento não verbal, à forma como mantém contacto visual, à
sua postura e à movimentação que faz com os seus pés/mãos. Por vezes o adolescente não verbaliza,
mas o seu comportamento poderá dar-nos indicação de que algo que dissemos o poderá ter magoado e
assim poderemos abordar essa questão e evitar que numa próxima vez o adolescente se feche e decida
sofrer sozinho.
pensamentos negativos
_ Alerte o jovem para a dimensão e impacto de uma boa higiene do sono, de uma
Para que os adolescentes tenham consciência das suas emoções e o que fazer com elas, é
fundamental que comecem por saber nomear as emoções e que, posteriormente, percebam
quando e de que forma é que estas se podem manifestar. Neste sentido, é importante
incentivar os jovens a estarem mais atentos ao que sentem para poderem encontrar as
formas mais adaptativas para lidar com as suas emoções.
Parar, respirar profundamente, ter uma visão diferente da situação que espoletou a emoção (por
exemplo, “se fosse um amigo a passar por esta situação o que lhe dirias?”) são dicas que podem
ajudar os adolescentes a gerirem as suas emoções de forma mais eficaz.
A importância da aceitação
Durante a adolescência, os jovens têm tendência a interpretar as situações vivenciadas de uma
forma muito própria, julgando as suas experiências emocionais em vez de as aceitarem. Mas só
depois de aceitarem o que sentem é que podem perceber a melhor forma de agir. É importante
terem consciência das suas experiências emocionais, sem julgarem o que fazem, pensam ou
sentem.
Para os adolescentes terem consciência das suas emoções sem as julgarem têm que se manter
em contacto com as suas experiências emocionais sejam agradáveis ou desagradáveis, e aceitá-
las tal como elas são.
GUIA PARA pais e professores: como apoiar a saúde mental e bem-estar dos jovens?
29K – Fundação josé neves Como me sinto? Checklist para Escola SaudávelMente
→ JOSENEVES.ORG/PT/29-K-FJN
jovens da opp → ESCOLASAUDAVELMENTE.PT
A app 29K – FJN disponibiliza exercícios, meditações e → ORDEMPSICÓLOGOS.PT A iniciativa Escola SaudávelMente da Ordem dos
cursos desenhados especificamente para os jovens e que A Ordem dos Psicólogos Portugueses disponibiliza um Psicólogos Portugueses distingue contextos e práticas
poderão ser úteis para o desenvolvimento de questionário direcionado para jovens que os ajuda a educativas promotoras de uma aprendizagem e bem-estar
competências chave para os desafios específicos deste identificar o estado da sua saúde psicológica e poderá ótimo. A plataforma reúne conteúdos dedicados aos
período de crescimento e que poderão não só potenciar um ser útil para estes refletirem sobre como se têm sentido alunos, pais, professores e diretores de escolas, de forma a
dia-a-dia mais feliz e equilibrado, como também facilitar a nas últimas duas semanas _ mais facilmente se identificarem problemas ao nível da
transição para a vida adulta _ saúde psicológica e, consequentemente, aplicarem
intervenções que minimizem o impacto destes problemas
no desenvolvimento das crianças e jovens _
GUIA PARA pais e professores: como apoiar a saúde mental e bem-estar dos jovens?
_ Falar constantemente sobre peso e aspeto corporal Podemos juntos pensar numa forma de lidar com o que estás a
passar.”
GUIA PARA pais e professores: como apoiar a saúde mental e bem-estar dos jovens?
De forma global…
Estes adolescentes são diferentes uns dos outros, diferem no sexo, idade, no que gostam de fazer
e nas suas problemáticas. No entanto, os três são semelhantes em alguns aspetos: todos estão
com dificuldades em gerir as emoções, em identificar os pensamentos e os comportamentos que
decorrem das suas experiências emocionais, impossibilitando-os de desfrutarem de uma vida
simples e feliz. O João, a Catarina e o António precisam de aprender estratégias para perceberem
o que estão a sentir, precisam de saber como lidar com as emoções, não as evitando por
completo, para poderem ter um dia-a-dia mais feliz. O seu papel como pai, mãe, familiar ou
professor(a) é muito importante neste processo, seja ao ajudar o adolescente diretamente ou ao
referenciá-lo para um psicólogo/a ou psiquiatra, caso necessário. O mais importante é que seja
capaz de identificar que o jovem está a precisar de ajuda e que se disponibilize para o ajudar.
FICHA TÉCNICA
A Fundação José Neves ajuda
EDITOR_ Margarida Rodrigues
(Fundação José Neves)
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A Fundação
josé neves
acompanha o
teu futuro.
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aqui _ _ Guia para empresas: como _ Guia para jovens e pais: como _ Guia para o desenvolvimento
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