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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Educação


Curso de Licenciatura em Ensino de História

FORMAÇÃO HISTÓRICA DO CONCEITO DE SOBERANIA

Nome do aluno: António Celestino Manhoa Mpambadza


Código do estudante: 61231078

Tete, Novembro de 2023


UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de História

FORMAÇÃO HISTÓRICA DO CONCEITO DE SOBERANIA

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Ensino de História da UnISCED.

Tutor: Manuel Mahumane, MSc

Nome do aluno: António Celestino Manhoa Mpambadza

Código do estudante: 61231078

Tete, Novembro de 2023


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Índice
1.Introdução .............................................................................................................. 3

1.1.Objectivos ........................................................................................................... 3

1.1.1.Geral................................................................................................................. 3

2.Formação Histórica do Conceito de Soberania ........................................................ 4

2.1.Conceitos da soberania ........................................................................................ 4

2.2.Características da soberania ................................................................................. 5

2.3.Limitações do Poder Soberano ............................................................................. 5

3.Desenvolvimento do socialismo e Capitalismo como correntes políticoeconómico . 6

3.1.Diferenças entre o capitalismo e o socialismo" ..................................................... 6

4.Importância do socialismo e capitalismos para a história contemporânea ................ 7

5.Conclusão ............................................................................................................... 9

6.Referencias Bibliográficas .................................................................................... 10

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1.Introdução

A geografia é uma ciência que estuda os padrões de distribuição dos fenómenos naturais
e humanos pela superfície terrestre, as causas e as leis da distribuição, a regularidades,
particularidades, interacções ou influências recíprocas dos fenómenos naturais e
humanos. A geografia estuda a diversidade dos seres vivos, as populações, os
ecossistemas, à diferentes escalas de análise (escalas global e local). Estuda também a
diversidade de países com seus sistemas políticos, a diversidade de sistemas
económicos, das culturas, das raças, etc.

A abordagem da distribuição é feita duma forma dinâmica, isto é, a geografia estuda


processos e resultados. Estuda o espaço produzido, resultante da interacção entre o
Homem, as comunidades, a sociedade e o meio biofísico. Tenta esclarecer as origens
das localizações dos fenómenos.

1.1.Objectivos

1.1.1.Geral

 Compreender Formação Histórica do Conceito de Soberania.


1.1.2.Específicos
 Conceptualizar a soberania;
 Mencionar o desenvolvimento do socialismo e Capitalismo como correntes
políticoeconómico;
 Explicar a importância do socialismo e capitalismos para a história
contemporânea.

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2.Formação Histórica do Conceito de Soberania

2.1.Conceitos da soberania

A soberania é uma só, uma, integral e universal, não pode sofrer restrições de qualquer
tipo, salvo, naturalmente as que decorrem dos imperativos da convivência pacífica das
nações soberanas no plano de direito internacional. (MALUF, 1988, p. 145).

Para Bodin, a soberania é um poder perpétuo e ilimitado juridicamente, indivisível e


incontrastável, em que a força da unidade acrescenta-se a força emanada da
popularidade. A lei e as instituições devem ser relativas e nunca absolutas.

Para tal, só pode ser exercida, em três tipos de comunidade:

 Monarquia,
 Aristocracia e
 Democracia.

Dos três modos possíveis para se exercer a soberania Bodin, prefere a monarquia pelos
seguintes argumentos:

a) O monárquico é o Estado mais considerado para a República, pois uma análise


histórica revela a predilecção dos povos antigos por essa forma de governo;
b) Ela vem das leis de Deus. Grandes personalidades históricas afirmam que a
monarquia é o melhor governo e mesmo na lei de Deus é dito;
c) A principal marca da república, que é o direito da soberania, se justifica em um
só soberano. Se forem mais de um soberano, ninguém é soberano.

O termo soberania tem sido manipulado por estudiosos e governos para determinar
diferentes conceitos a depender dos interesses e dos atores envolvidos.

Conforme Branco (1988, p. 142), “A soberania é um termo que acompanha o feito do


Estado, porque esta liga a organização deste”. Assim, as mudanças ocorridas em âmbito
estatal, reflecte também no conceito da soberania, e talvez por esse motivo há tantas
divergências

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Em alguns momentos o conceito de soberania é tido como absoluto, em outros, como
relativo, e, ainda, como inexistente. É uma discussão complexa, analisando toda a
transformação desde os primórdios de seu surgimento até os tempos atuais.

Thomas Hobbes (1588-1679) acredita que para obter uma convivência pacífica, os
súditos se submetem às leis, para que o Estado possa proporcionar segurança. Todos os
homens transferem o seu poder ao Estado, que pode ser figurado como o Pacto União.

2.2.Características da soberania

As reflexões em relação à soberania e suas características, a totalidade de seus


estudiosos a reconhecem como inalienável, indivisível, imprescritível, perpétua e
absoluta.

Para alguns autores, a soberania tem características de alienabilidade e divisibilidade.


Num primeiro momento, a alienabilidade da soberania pode ser compreendida como a
possibilidade que o titular tem de alienar, de ceder o seu poder soberano. Desde o tempo
de Bodin, essa possibilidade já era remota, pois a maioria dos Reis detinha a soberania
como usufruto, e não como propriedade.

2.3.Limitações do Poder Soberano

Há algo que a soberania antepõe: são as leis naturais e as leis divinas. O detentor da
soberania está submetido à lei divina, segundo Bodin, porque é, antes de nada, um
súbdito de Deus. O soberano não pode transgredi-la em hipótese nenhuma.

As leis divinas e naturais são, portanto, um parâmetro para definir a diferença entre o
monárquico e o tirânico.

Mas a acusação de crueldade, de impiedade e de injustiça no exercício da soberania não


pode, em hipótese alguma, justificar a resistência, mesmo que o soberano ordene coisas
que são consideradas contrárias às leis de Deus e da natureza. Não há autoridade que
possa julgar o soberano, pois isso seria uma afronta a soberania.

Bodin não dá ao povo o direito a resistência, sua escolha é pela manutenção do poder
soberano, causa e sentido da ordem social, que é melhor do que outro tipo de governo
ou mesmo a descentralização do poder. A anarquia, a desordem, o caos e o desgoverno

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são males que Bodin quer afastar da sociedade. Por isso a ideia de soberania:
indivisível, incontrastável e absoluta.

A ideia de poder absoluto de Bodin está ligada à sua crença na necessidade de


concentrar o poder totalmente nas mãos do governante; o poder soberano só existe
quando o povo se despoja do seu poder soberano e o transfere inteiramente ao
governante. Para esse autor, o poder conferido ao soberano é o reflexo do poder divino,
e, assim, os súbditos devem obediência ao seu soberano.

A grande contribuição da obra de Bodin, para a formação do Estado Moderno, é a


afirmação da soberania como um poder absoluto e perpétuo. A soberania é una e
indivisível, porque num mesmo Estado não se admite a convivência de duas soberanias,
já que se configura como poder superior a todos os demais existentes na sociedade
política. Para o Direito, na ordem interna, a soberania representa o poder dentro dos
limites do território.

Na ordem externa, é sinónimo de independência, pois os Estados são unidades políticas


igualmente soberanas e independentes. Em razão disso, o conceito de soberania exposto
por Bodin encontra dificuldades de ser aplicado no plano internacional.

3.Desenvolvimento do socialismo e Capitalismo como correntes políticoeconómico

O capitalismo e o socialismo são sistemas político econômicos distintos e que são


considerados antagônicos.

O capitalismo é um sistema que se baseia no lucro, na defesa da propriedade privada, na


livre iniciativa, no livre comércio e no individualismo. A riqueza nesse sistema é
considerada mérito da pessoa.

O socialismo, por sua vez, é contra a existência da propriedade privada e defende os


interesses da colectividade. No socialismo, os meios de produção são controlados pelos
trabalhadores e pelo Estado a fim de reduzir as desigualdades sociais, ofertando trabalho
para todos e distribuindo igualmente a riqueza produzida.

3.1.Diferenças entre o capitalismo e o socialismo

Capitalismo e socialismo são dois modelos políticos, econômicos e sociais existentes e


que são considerados antagônicos. As propostas desses sistemas são distintas, e existe
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rivalidade ideológica entre os defensores de capitalismo e socialismo. As diferenças
entre capitalismo e socialismo levaram à Guerra Fria, a disputa político-ideológica entre
EUA e URSS, nações que simbolizavam o capitalismo e o socialismo, respectivamente.

É importante considerarmos que o capitalismo surgiu na transição econômica que se


iniciou com o fim do feudalismo. A consolidação do capitalismo se estabeleceu durante
a Revolução Industrial, quando houve um grande salto tecnológico e a indústria surgiu.
Já o socialismo se estabeleceu enquanto proposta política e ideológica de crítica e
superação do capitalismo.

Dessa maneira, podemos entender que o socialismo surgiu enquanto ideologia que
criticava o capitalismo e estabelecia um caminho para que este pudesse ser abolido.

Capitalismo

 Defende a propriedade privada e entende que a manutenção desta é uma das


formas para garantir a produção de riqueza.
 Os meios de produção pertencem aos capitalistas, e o Estado não intervém no
direito de posse deles.
 O capitalismo é um sistema econômico que se pauta na busca pelo lucro.
 O capitalismo defende o individualismo e a propriedade privada.

O socialismo

 O socialismo defende a distribuição da riqueza produzida pela sociedade de

maneira igualitária.
 O socialismo defende a coletividade, a igualdade e se opõe à propriedade

privada.

4.Importância do socialismo e capitalismos para a história contemporânea

O sistema econômico capitalista possui pontos considerados importantes para o


desenvolvimento econômico e social da humanidade. Ele é o modelo predominante no
globo quanto trata-se de doutrinas econômicas, tendo ampla aceitação pela sociedade de
mercado atual.

O sistema capitalista tem como principais vantagens:

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a) Liberdade econômica;

b) Inovação tecnológica;

c) Ampla concorrência entre as empresas.

Tais vantagens geram um ambiente propício ao comércio competitivo e à modernização


econômica, a qual permite aos consumidores maiores possibilidades de oferta e escolha
de produtos, assim como preços mais baixos e melhores condições de pagamento.

Principais vantagens do Socialismo são:

a) Diminui a desigualdade

b) Necessidades atendidas

c) Mobilização de mercadorias

d) Direitos humanos básicos garantidos

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5.Conclusão

Concluí-se A soberania foi definida pelo bodin, como o poder absoluto que o chefe de
Estado tem de fazer leis para todo o país, sem estar, entretanto, sujeito a elas nem às de
seus predecessores, porque "não pode dar ordens a si mesmo". A República (sinónimo
de Estado ou de comunidade política), sem o poder soberano não é mais República.
Além de absoluta, a soberania é também perpétua e indivisível.

Segundo Bodin, a soberania pode ser exercida por um príncipe (caracterizando uma
monarquia), por uma classe dominante (caracterizando uma aristocracia) ou pelo povo
inteiro (seria uma democracia). Mas, ela só pode ser efectiva na monarquia, porque esta
dispõe da unidade indispensável à autoridade do soberano.

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6.Referencias Bibliográficas

1. "ZACARIAS, Rachel. O processo de acumulação capitalista, crise estrutural do


capital e a destruição ambiental: uma visão crítica. Disponível em:
http://www.ipea.gov.br/code2011/chamada2011/pdf/area2/area2-artigo11.pdf."
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3.

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