A resposta normal a estímulos ameaçadores engloba vários componentes que
incluem comportamentos de defesa, reflexos autonômicos, despertar e alerta, secreção de corticosteroides e emoções negativas.
Nos estados de ansiedade, essas reações ocorrem de forma antecipatória,
independentemente dos estímulos externos.
A distinção entre um estado “patológico” e um estado “normal” de ansiedade não
é clara, mas representa o ponto em que os sintomas interferem na realização de tarefas produtivas normais. Ansiolíticos - hipnóticos Os distúrbios de ansiedade reconhecidos clinicamente incluem os seguintes:
• distúrbio de ansiedade generalizada (estado permanente de ansiedade excessiva em que
falta uma razão ou um foco definido); • distúrbio de ansiedade social (medo de estar e de interagir com outras pessoas); • fobias (medo excessivo de objetos ou situações específicas, p. ex., cobras, espaços abertos, andar de avião); • distúrbio de pânico (ataques súbitos de medo aterrador que ocorrem em associação com sintomas somáticos exuberantes, tais como sudação, taquicardia, dor torácica, tremor e sensação de sufocamento); • distúrbio de estresse pós-traumático (ansiedade desencadeada pela recordação de experiências prévias estressantes); • distúrbio obsessivo-compulsivo (comportamentos compulsivos ritualistas desencadeados por ansiedade irracional, p. ex., medo de contaminação).
Os diferentes tipos de ansiedade, respondem de forma distinta a diferentes fármacos
Mecanismo da Ansiedade O estresse, a ansiedade, gera um estímulo inapropriado ao hipotálamo, fazendo com que ele secrete o Hormônio Liberador de Corticotrofina (CRH).
Esse hormônio sinaliza a Hipófise para
secretar o Hormônio AdrenoCorticotrófico (ACTH).
Esse hormônio liberado, induz a glândula
adrenal a secretar o Cortisol. Mecanismo da Ansiedade A exposição contínua ao cortisol, em períodos de estresse e ansiedade crônica, pode levar à disfunção e à morte dos neurônios hipocampais, neurônios importantes do sistema límbico, de uma região que regula a motivação, emoção, aprendizagem, e de memória.
Assim, o hipocampo começará a apresentar falhas
em sua capacidade de controlar a liberação dos hormônios do estresse e de realizar suas funções de rotina. Mecanismo da Ansiedade A exposição a eventos estressores promove aumento na liberação de glutamato no hipocampo.
O glutamato é um neurotransmissor excitatório,
que ativa os canais AMPA (α-amino-3-hidroxi-5-metil- isoxazol) e NMDA (N-metil-D-aspartato), aumentando o influxo de Na+ para as células, promovendo uma grande despolarização e causando as crises de estresse e ansiedade. Mecanismo da Ansiedade O GABA (ácido gama-aminobutírico), é o principal neurotransmissor inibitório do SNC.
Ao se combinar com o receptor, o
neurotransmissor GABA abre os canais de Cl- (Cloro). Com isso, neutraliza-se e dificulta a despolarização de Na+, necessária à geração de impulso nervoso, reduzindo as crises de estresse e ansiedade.
Quando esse equilíbrio não consegue ser
atingido, a patologia é diagnosticada. Fármacos para Ansiedade As principais classes de medicamentos para ansiedade são:
Ansiolíticos (benzodiazepínicos);
Antidepressivos (ISRSs, ISRSNs, ADTs e IMAO);
Antipsicóticos (olanzapina, risperidona, quetiapina e ziprasidona);
Antiepilépticos (gabapentina, pregabalina, tiagabina, valproato e levetiracetam);
Antagonistas β-adrenoreceptores (propanolol)
Benzodiazepínicos/Hipnóticos • Alprazolam (Frontal®) • Clonazepam (Clopam®) • Diazepam (Valium®) • Flurazepam (Dalmadorm®) • Flunitrazepam (Rohypnol®) • Lorazepam (Lorax®, Lorazefast®) • Midazolam (Dormonid®) • Nitrazepam (Sonebon®) • Oxazepam (Serenal®) • Temazepam (Normison®) • Clordiazepóxido (Psicosedin®, Limbitrol®) • Zolpidem (Stilnox®) Benzodiazepínicos/Hipnóticos • Alprazolam (Frontal®) Ansiolíticos redução da ansiedade • Clonazepam (Clopam®) Hipnóticos indução do sono • Diazepam (Valium®) • Flurazepam (Dalmadorm®) • Flunitrazepam (Rohypnol®) • Lorazepam (Lorax®, Lorazefast®) • Midazolam (Dormonid®) • Nitrazepam (Sonebon®) A diferença é a dose • Oxazepam (Serenal®) • Temazepam (Normison®) • Clordiazepóxido (Psicosedin®, Limbitrol®) • Zolpidem (Stilnox®) Benzodiazepínicos/Hipnóticos • Alprazolam (Frontal®) • Clonazepam (Clopam®) Mecanismo de ação: • Diazepam (Valium®) • Flurazepam (Dalmadorm®) • Flunitrazepam (Rohypnol®) Agonista de receptor GABA • Lorazepam (Lorax®, Lorazefast®) (potencializa ação do GABA e aumenta o • Midazolam (Dormonid®) tempo de abertura dos canais de Cl-) • Nitrazepam (Sonebon®) • Oxazepam (Serenal®) • Temazepam (Normison®) • Clordiazepóxido (Psicosedin®, Limbitrol®) • Zolpidem (Stilnox®) Benzodiazepínicos/Hipnóticos Os principais efeitos terapêuticos dos benzodiazepínicos são:
• redução da ansiedade e da agressão;
• indução do sono; • redução do tônus muscular; • efeito anticonvulsivante; • amnésia anterógrada (os benzodiazepínicos induzem amnésia para os eventos que acontecem sob a sua influência, um efeito não observado com outros depressores do SNC. Pequenas cirurgias ou procedimentos invasivos podem assim ser efetuados sem deixar memórias desagradáveis) Benzodiazepínicos/Hipnóticos • Alprazolam (Frontal®) • Clonazepam (Clopam®) • Diazepam (Valium®) • Flurazepam (Dalmadorm®) • Flunitrazepam (Rohypnol®) “Droga do estupro” “Boa noite cinderela” amnésia • Lorazepam (Lorax®, Lorazefast®) • Midazolam (Dormonid®) • Nitrazepam (Sonebon®) • Oxazepam (Serenal®) • Temazepam (Normison®) • Clordiazepóxido (Psicosedin®, Limbitrol®) • Zolpidem (Stilnox®) Benzodiazepínicos/Hipnóticos Os efeitos indesejados podem ser divididos em:
• efeitos tóxicos que resultam da sobredosagem aguda;
• tolerância e dependência. • efeitos indesejáveis que ocorrem durante o uso terapêutico normal, como: sonolência, confusão, amnésia e descoordenação, o que dificulta consideravelmente as habilidades manuais, como desempenho ao volante.
Os benzodiazepínicos aumentam o efeito depressor de outros fármacos, incluindo