Você está na página 1de 1

Tema 918/STJ – O tema repetitivo 918 discute se a anuência da vítima vale para o afastamento da tipicidade do

crime sexual contra vulnerável previsto no artigo 217-A do Código Penal. E o tribunal entende que a anuência, a
vida sexual pregressa ou a provável existência de relação amorosa entre o agente e a vítima não afasta a
ocorrência de crime.

Tema 1.121/STJ – A questão aqui submetida a julgamento discorre sobre a possibilidade de se desclassificar o
crime de estupro de vulnerável para o delito de importunação sexual previsto no artigo 215-A do Código Penal. O
Tribunal entendeu que presente o dolo específico de satisfazer a lascívia própria ou de terceiros, contra menor de
14 anos configura o crime de estupro de vulnerável previsto no 217-A, independentemente da ligeireza ou da
superficialidade da conduta, não sendo assim possível a possibilidade de desclassificação para o delito de
importunação sexual.

Tema 280/STF – O tema discorre sobre a legalidade de provas obtidas mediante invasão domiciliar por policiais
sem o mandato de busca e apreensão. E nessa questão o Supremo entende que a entrada forçada em domicílio
sem mandato só é lícita, mesmo em período noturno, quando amparada em fundadas razões, devidamente
justificada posteriori (argumento que se baseia na prova experimental, que parte do efeito para a causa), que
indiquem que dentro da casa ocorra situação de flagrante delito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e
penal do agente, ou da autoridade, e de nulidade dos atos praticados. Se põe à prova a veracidade das evidências
coletadas nessas situações nulas.

Súmula 587/STJ – Pacífica jurisprudencialmente que para a aplicação da majorante prevista no artigo 40, V, da Lei
n. 11.343/2006, é desnecessária a transposição de fronteiras entre estados, basta a intenção inequívoca de
realizar o tráfico interestadual. Basta que seja provada a intenção do agente de transportar a droga de um estado
para o outro.

Súmula vinculante 139/STF – A questão aqui abordada discute a aplicação do regime aberto e substituição da
pena de prisão por sanções alternativas para réus primários condenados por tráfico privilegiado. Pelo
descumprimento corriqueiro do entendimento estabelecido anteriormente pelo STF se viu uma necessidade de
se editar súmula vinculante sobre o tema, onde foi decidido que o regime aberto e a substituição de pena
restritiva de direitos pelas restritivas de liberdade devem ser aplicados quando reconhecida a figura do tráfico
privilegiado. E assim o plenário reiterou que o tráfico privilegiado é menos gravoso que o crime de tráfico de
drogas, de modo que não se justifica o cumprimento inicial da pena em regime fechado.

Conceito de organização criminosa: Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais


pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com
objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações
penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.

Você também pode gostar