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Maria Clara da Rocha Barbosa Souza

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II

Novembro/2023
UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
CENTRO DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

Maria Clara da Rocha Barbosa Souza

Relatório apresentado à
disciplina Estágio
Supervisionado II do Curso de
História da Universidade
Estadual da Paraíba.
Docente responsável: Noemia
Dayana de Oliveira.

Novembro/2023
SUMÁRIO

I. INTRODUÇÃO
II. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
III. RELATÓRIO DESCRITIVO DE REGÊNCIA
IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS
V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
VI. ANEXOS
FOTOGRAFIAS
PLANOS DE AULAS
FICHA DE ACOMPANHAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO
I. INTRODUÇÃO

Ao longo da disciplina,alguns aspectos a respeito das questões ligadas não só ao


Estágio em si como também sobre o ensino de História foram abordados de forma
ampla e tendo como objetivo fazer uma ponte entre teoria e prática. É necessário
primeiro que se entenda os objetivos da prática do estágio como forma de firmar o
aprendizado do graduando. Isso no sentido de avaliar,pedagogicamente, o que lhe foi
repassado ao longo de sua graduação. Muitas vezes essa prática acaba gerando a
quebra de muitos paradigmas existentes nas vidas dos estagiários,principalmente
daqueles que se passaram sua educação básica inteira frequentando escolas
particulares. Pode-se afirmar que foi a prática do estágio que os ajudou a entender
ambas as realidades e corrobora com a ideia da teoria ligada diretamente a prática
como forma de tornar concreto os principais objetivos do estágio supervisionado.
Outra questão pertinente a ser debatida diz respeito diretamente a como a prática
docente,bem feita,pode impactar a vida de um aluno tanto negativamente como
positivamente. Se o professor traz uma metodologia diferente,atrativa e que seduza o
aluno,consequentemente ele terá depositado seu carinho e seu interesse não só pela
prática docente como também pela própria figura do professor,porque é nessa
dinâmica,de ligar a realidade do aluno com a História,que o docente acaba por chamar
cada vez mais a atenção de seus interlocutores de modo que ele sinta a necessidade
de gostar da disciplina. E como consequência disso,pode acabar inspirando o aluno a
se tornar também um futuro docente. Prova disso é o que o Professor Astrogildo
Fernandes Silva Júnior trás ao afirmar que:
“As narrativas revelam sinais de que os
professores de História usavam a arte da
sedução
para ensinar História. Despertavam o interesse dos
estudantes e buscavam relacionar a História com a
vida dos alunos. Esses professores contribuíram
para a escolha da graduação e podem contribuir na
maneira de ensinar dos futuros professores.”
(JÚNIOR,Astrogildo. Estágio Supervisionado na
formação de professores de História: relação teoria
e prática. Interfaces da Educação,Parnaíba,vol
6,n°16,pg 107.)

Ou seja,deve existir sempre uma boa relação entre o que deve ser visto ao longo da
graduação,ou seja,a teoria e colocá-la em prática de modo que conduza o aluno ao
caminho da criticidade e que não tenha como principal objetivo atender meramente às
questões ligadas a BNCC (Base Nacional Comum Curricular). Não deve-se fazer juízo
de valor quanto a esse material, mas sim fazer sempre uma relação entre ambos os
aspectos debatidos ao longo dessa discussão.Para muitos,a BNCC pode ser uma
aliada no ensino de História por oferecer uma dinâmica de assuntos pertinentes.
Porém, o que deve ser sempre levado em consideração é o caráter criticista que em
tese deveria estar atrelado a essa discussão. O ensino metódico acaba sendo
desestimulante,principalmente em realidades de escolas públicas onde a última coisa
que irá preocupar os estudantes é saber se a BNCC está sendo cumprida,
Logo,pode-se concluir que existe uma necessidade em afrouxar as rédeas as quais
essa conjuntura de normas estão inseridas,de modo que seja um ensino crítico de
História,mas não só desta. O que vai realmente chamar a atenção dos alunos,seja
para o conteúdo mais “fácil” ou não é a forma como o docente vai aplicar a gama de
conhecimentos que ele absorveu dentro da academia,trazendo a tona então a ideia de
que nem só de teoria vive o professor,mas que sua prática aliada a esta última
também poderá marcar a vida de inúmeros estudantes.

II. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

A Escola Cidadã Integral Estadual de Ensino Médio Doutor Hortencio Sousa


Ribeiro,localizada na Rua Otacílio Nepomuceno,S\N,no bairro do Catolé,em
Campina Grande apresenta as seguintes características: A estrutura física da
escola apresenta uma dinâmica que é bem semelhante aos sistemas
carcerários,devido a sua divisão em blocos,seus vários portões,guarita na
entrada,presença de segurança armada e privada bem como fiscais de
corredor em cada bloco. O pavilhão principal é onde encontra-se o
refeitório,que também remete a um presídio. Os banheiros são divididos: os
dos alunos (feminino e masculino) e o dos funcionários (desde professores até
os profissionais da limpeza,também divididos em Masculino e Feminino). É
perceptível a presença de rabiscos e desenhos nas paredes de cada
bloco,bem como nas portas dos banheiros dos alunos. A escola possui uma
quadra ampla para a prática de esportes bem como um terreno que foi
disponibilizado para a construção de uma Horta orgânica feita pelos próprios
alunos como forma de ajudar na preparação das refeições que por hora,estão
suspensas devido a falta de verbas para as merendas estudantis.Em relação
às salas,podemos ainda perceber que parecem celas,já que todas parecem a
mesma. Isso acaba gerando uma ideia mecanizada a respeito da escola,tendo
em vista que o espaço físico vai contribuir com o processo de ensino e
aprendizagem,podendo ser algo cansativo e desagradavél como também
prazeroso e construtivo.
Em relação a quantidade de alunos,a escola detém aproximadamente 150 a
200 alunos,levando em conta que alguns não frequentam ou trocaram de
escola. Outro fator relevante é sobre a segurança e a organização hierárquica
que se mostra presente em todos os turnos do dia.
III. RELATÓRIO DESCRITIVO DE REGÊNCIA
IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS

De modo geral,é possível concluir que há muito o que se melhorar,no que diz
respeito à disponibilidade de recursos por parte da escola bem como a organização
dos horários das disciplinas,de modo até favorável a História. A metodologia do
docente depende de modo direto de questões que muitas vezes se mostram fora de
seu alcance. Então,não adianta pensar em uma série de metodologias inovadoras sem
que exista amplo apoio para isso.
Pode-se pensar,no contexto da escola observada,em metodologia que esteja
ao alcance do docente e que desperte nos alunos o interesse e a curiosidade em
aprender e estudar a história,de modo que o uso dos celulares e o sono não sejam
capazes de prender suas atenções em meio a aplicação do conteúdo. Uma ótima
ferramenta é o Kahoot,que consiste em um jogo de perguntas que estimulam os
alunos a participarem das aulas de modo ativo,recebendo sempre uma recompensa
pelas respostas.
Muitos dos alunos,pelo que foi observado,gosta de recompensas,seja em forma de
pontuação ou até mesmo de forma material,então a disponibilidade do Kahoot
corrobora bastante para a aplicação do conteúdo.
De modo geral,é necessário um esforço que não depende só do docente
titular,mas que vai muito além do que seu domínio pode fazer,ou seja,vai para uma
esfera maior,o que nos mostra o problema estrutural da educação pública do
Brasil,onde um problema acaba levando a outro e assim sucessivamente.
V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
JÚNIOR,Astrogildo. Estágio Supervisionado na formação de professores de
História: relação teoria e prática. Interfaces da Educação,Parnaíba,vol 6,n°
16,pg 107.

SILVA,Marcos. “Tudo que você consegue ser”-Triste BNCC\História (A versão


final). Ensino em revista,Uberlândia,vol 25,n° especial,pg 1004-1015.
VI. ANEXOS

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