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Auxiliar de Almoxarifado

1
Logística na Indústria

2
Definição de Cadeia de Suprimentos

Uma cadeia de suprimentos é um sistema por meio do


qual empresas e organizações interligadas entregam
produtos e serviços a seus consumidores
Svensson (2002)

A cadeia de suprimentos consiste em todos os estágios


envolvidos, direta ou indiretamente, em suprir a
necessidade de um cliente
3
Exemplo de cadeia de suprimentos

Fornecedores
Indústria Consumidor
de matéria- Varejistas
principal final
prima

Fabricantes de Atacadistas e
componentes distribuidores

4
Exemplo de cadeia de suprimentos –
suco de laranja concentrado

Fornecedores
Indústria Engarrafador Consumidor
de insumos Fazenda
cítrica e distribuidor final
agrícolas

• Defensivos
• Fertilizantes
• Tratores
• Implementos
• Mudas
• Irrigação

5
O que é Logística?
Missão da Definição
Logística
Logística é o processo de planejar,
Produto certo, implementar e controlar de maneira eficiente
no local certo, o fluxo e a armazenagem de produtos, bem
no momento como os serviços e informações associados,
adequado cobrindo desde o ponto de origem até o
E ponto de consumo, com o objetivo de atender
ao preço justo aos requisitos do consumidor
Novaes (2001)

6
A logística controla o fluxo e armazenagem de
produtos ao longo da cadeia de suprimentos
Relação entre Cadeia de Suprimentos Típica
e Áreas da Logística Empresarial

Fornecedores
Indústria Consumidor
de matéria- Varejistas
principal final
prima

Fabricantes de Atacadistas e
componentes distribuidores

Logística de Apoio a Logística de


Suprimentos Manufatura Distribuição

Áreas da Logística 7
Exemplo – áreas da logística na cadeia de
suprimentos – suco de laranja concentrado
Fornecedores
Indústria Engarrafador Consumidor
de insumos Fazenda
cítrica e distribuidor final
agrícolas

• Defensivos
• Fertilizantes
• Tratores
• Implementos
• Mudas
• Irrigação

Logística de Apoio a Logística de


Suprimentos Manufatura Distribuição

8
Principais atividades da logística

Transporte Armazenagem

Gestão de estoques

Embalagem
Manuseio de materiais
9
GERENCIAMENTO DE CADEIAS DE SUPRIMENTO
REDE LOGÍSTICA / SUPPLY CHAIN

PLANEJAMENTO LOGÍSTICO
0 ESTRATÉGIAS DE
LOCALIZAÇÃO

NÍVEL DE SERVIÇO
AO CLIENTE

0 0
ESTRATÉGIAS ESTRATÉGIAS10
DE ESTOQUES DE TRANSPORTES
Gestão de Compras

11
Gestão de Compras

Início

Recebe solicitação de compras


Acompanha a entrega de materiais

Analisa solicitação de compras


Fim

Pesquisa fornecedores

Faz coleta de preços

Recebe propostas

Faz análise comparativa das propostas

Emite pedido de fornecimento


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Gestão de Compras

 A compra bem negociada pode garantir preço


diferencial na venda do produto.
Planejamento da aquisição

As fases da aquisição Execução da aquisição


de matéria Prima

Controle da aquisição

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Gestão de Compras

 A compra bem negociada pode garantir preço


diferencial na venda do produto.

Instrumentos de política de aquisição;


Princípios de aquisição;
Planejamento Solicitação de compras;
da aquisição Necessidade de material;
Análise de valor;
Quantidade e prazo de aquisição dos
pedidos

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Gestão de Compras

 A compra bem negociada pode garantir preço


diferencial na venda do produto.

Solicitação de proposta;
Execução da Julgamento das propostas;
aquisição Seleção da proposta;
Negociação;
Pedido.

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Gestão de Compras

 A compra bem negociada pode garantir preço


diferencial na venda do produto.
Solicitação de proposta;
Execução da Julgamento das propostas;
aquisição Seleção da proposta;
Negociação;
Pedido.

Controle sistemático e corrente das quantidades


Controle da de pedido, dos prazos de fornecimento e da qualidade
aquisição dos materiais fornecidos
16
Gestão de  A compra bem negociada pode garantir
Compras preço diferencial na venda do produto.

Atividade e políticas de aquisição

Pesquisa de mercado de
aquisição

Política de programa de Política de contratação de Política de métodos de Política de comunicação


aquisição aquisição aquisição de aquisição

Combinação dos instrumentos de política de aquisição

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Gestão de  A compra bem negociada pode garantir
Compras preço diferencial na venda do produto.

Atividade e políticas de aquisição


Pesquisa primária – avaliação de documentos
internos da empresa, tais como cadastro de fornecedores,
estatísticas de estoques ou fontes externas, estatísticas
oficiais, publicações de fornecedores (listas de preços,
Pesquisa de Mercado prospectos, catálogos), periódicos técnicos etc.
para aquisição Pesquisa secundária – Por meio de
questionários e observação. As possibilidades de
pesquisa secundária podem ser: visita a feiras,
exposições, visita ou consulta a fornecedores,
levantamento de informações em bancos, associações

decisões sobre o tipo e a quantidade de


programa de produtos, bem como sobre capacidades
aquisição adicionais dos fornecedores
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Gestão de  A compra bem negociada pode garantir
Compras preço diferencial na venda do produto.

Atividade e políticas de aquisição

Política de preços e de condições


passivas – Escolha de preços e condições
contratação
mais favoráveis, com base nas propostas.
para aquisição
Política de preços e de condições ativas –
Tenta-se melhorar os preços e as condições
ofertados, mediante negociações

A organização de compras, em função de uma aquisição


métodos de centralizada (por um setor) ou descentralizada (por vários
aquisição setores, como pelas filiais) ou ainda um sistema combinado
(centralizado e descentralizado).

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Gestão de  A compra bem negociada pode garantir
Compras preço diferencial na venda do produto.

Atividade e políticas de aquisição

Aquisição a custos mais favoráveis (maiores


vantagens da quantidades, observação precisa do mercado,
melhor especialização do comprador);
compra centralizada Maior e melhor transparência e, por conseguinte,
melhores possibilidades de controle.

Contato mais difícil com os clientes internos (aqueles


Desvantagens da setores onde os bens são necessários);
compra centralizada Maior volume de trabalho, devido à utilização de
processos mais burocráticos.

20
Gestão de  A compra bem negociada pode garantir
Compras preço diferencial na venda do produto.

Atividade e políticas de aquisição

•orienta para a parceria, manutenção ou


exclusão de determinado fornecedor do
Classificação nosso cadastro, para cada tipo de
de material.
fornecedores •Ela pode ser desenvolvida mediante
pontuação, fatores de classificação,
auditorias. Etc.

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Gestão de  A compra bem negociada pode garantir
Compras preço diferencial na venda do produto.

a) Capacidade para fazer ferramentas Nota Peso Total

1. Desenho

2. Fabricação

3. Manutenção

4. Armazenamento

5. Controle de ferramentas

Total
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Gestão de  A compra bem negociada pode garantir
Compras preço diferencial na venda do produto.

b) Máquinas Nota Peso Total

1. Capacidade quantitativa

2. Capacidade qualitativa

3. Perícias do operador

4. Manutenção

5. Segurança do ambiente - Layout

Total
23
Gestão de  A compra bem negociada pode garantir
Compras preço diferencial na venda do produto.

c) Planejamento Nota Peso Total

1. Método de planejamento detalhado

- Folhas de operação

2. Estimativa detalhada por operação

3. Responsável pela mudança de atividade

4. Práticas de estudo de trabalho

5. Consciência de redução de curso

Total
24
Gestão de  Vantagens que a empresa pode
Compras auferir com a Gestão Eficaz de
Compras
Compra de grande volume, que propicia descontos,
prazo de pagamento mais longo e maior poder de
negociação;
Acompanhamento da sazonalidade dos produtos
(efetuar a compra sempre na safra);
Garantia de maior segurança na programação do
desembolso financeiro e no fluxo de caixa da empresa;
Redução da pressão negativa da necessidade de
aquisição urgente, que favorece ao fornecedor no
processo de negociação;
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Gestão de  Vantagens que a empresa pode
Compras auferir com a Gestão Eficaz de
Compras

•Diminuição do risco de interrupção ou a paralisação do processo de


produção, que pode comprometer a entrega dos produtos vendidos;
•Redução das compras urgentes, que, geralmente, têm custo mais
elevado;
•Padronização de materiais, que proporciona a oportunidade de
aquisição de maiores lotes e a diminuição da burocracia do processo
de aquisição (número de pedidos, frete e outros), além de garantir a
uniformidade da matéria-prima e a redução de número de itens no
almoxarifado e, conseqüentemente, no controle;
•Detalhada especificação de materiais, que proporciona a diminuição
de aquisições fora da especificidade desejada e evita a interrupção do
processo de produção, garantindo maior segurança no momento da
recepção dos materiais pelo almoxarifado.
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Gestão de  A compra bem negociada pode garantir
Compras preço diferencial na venda do produto.

Os seus fornecedores garantem a qualidade dos materiais

Critérios para Seleção de fornecedores

Produto

Marketing Preço Promoção


Mix
Praça •Política de canais de
distribuição
•Padrões de serviço por canal
– disponibilidade de
produtos, prazos, etc. 27
GERENCIAMENTO DE CADEIAS DE SUPRIMENTO
REDE LOGÍSTICA / SUPPLY CHAIN

PLANEJAMENTO LOGÍSTICO
0 ESTRATÉGIAS DE
LOCALIZAÇÃO

NÍVEL DE SERVIÇO
AO CLIENTE

0 0
ESTRATÉGIAS ESTRATÉGIAS28
DE ESTOQUES DE TRANSPORTES
Gestão de Estoques

29
Gestão de  A compra bem negociada pode garantir
Estoques preço diferencial na venda do produto.

Atividade e políticas de aquisição

Princípios de aquisição

Aquisição de estoque de Aquisição com sincronia entre


Aquisição individual
reserva venda e fabricação

30
Gestão de
Estoques Aquisição de estoques de reservas

•Quantidades relativamente grandes são mantidas em estoque e ficam à


disposição para serem requisitadas. O estoque funciona como um
amortecedor.
•Prontidão de fornecimento a qualquer momento,
no caso de a empresa comercial, e não-
Vantagens interrupção, no caso de empresa industrial;
•Compra a custos favoráveis em grandes
quantidades;
•Espera do momento mais favorável para a
próxima compra.

•Elevada imobilização de capital;


Desvantagens •Altos custos financeiros e de estocagem;
•Riscos de envelhecimento e de perda da qualidade
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de produtos estocados
Gestão de
Estoques Aquisição individual em caso de necessidade

•Quantidades relativamente grandes são mantidas em estoque e ficam à


disposição para serem requisitadas.
•O estoque funciona como um amortecedor.

Curto período de estocagem;


Vantagens
Pequena imobilização de capital.

Desvantagens Não há prontidão imediata para o fornecimento


e para a produção.

32
Gestão de Aquisição com sincronia entre venda e fabricação
Estoques Sistema (“just in time”)

As mercadorias ou os materiais necessários são fornecidos o


mais próximo possível do momento de sua venda ou seu
processamento (“just in time”).
O estoque é limitado ao nível de segurança mínimo possível.
Fecham-se contratos-padrão para grandes quantidades e, na
maioria dos casos, convencionam-se elevadas multas
contratuais para o não cumprimento de prazos de requisição.
Com isso, combinam-se as vantagens da aquisição de
estoques de reserva e da aquisição individual, em caso de
necessidade.
Neste princípio de aquisição ocorrem problemas quando a
necessidade é irregular.
33
Gestão de Prazo de aquisição
Estoques

Entende-se por prazo de aquisição o espaço de tempo entre a


comunicação da necessidade do material ao órgão responsável
pela compra e o momento em que o material é colocado à
disposição do cliente interno.
Ele é constituído pela soma do tempo de preparação da
aquisição, da entrega do fornecedor, do transporte e da inspeção.

Tempo da aquisição

Preparação de aquisição Fornecimento Transporte Inspeção

Estoque de aviso atingido – Entrada de estoque


Pedido Fornecimento
Aviso de consumo (utilização)

34
Gestão de
Determinação do momento de encomenda
Estoques

A determinação do momento da encomenda pode ser feita


mediante três sistemas:
Sistema do momento da encomenda;
Sistema do ritmo da encomenda;
Sistema operacional.

Determinação do momento de encomenda

A encomenda é feita quando o estoque atingiu determinada


quantidade mínima (estoque de aviso).

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Gestão de
Determinação do momento de encomenda
Estoques

Uma montadora de veículos tem em estoque 3000


peças. Seu consumo diário médio é de 250 peças e o
tempo de aquisição médio de 4 dias.
Calcular o estoque de segurança.

Solução: Es = Cm . tm
Es = 250 peças diárias . 4 dias
Es = 1000 peças

36
Gestão de
Determinação do momento de encomenda
Estoques

Quantos dias após o início do consumo do estoque é


necessário fazer o pedido (encomenda)?

Sabemos que o estoque de segurança é de 1000 peças.


Após o consumo de 2000 peças do estoque de 3000
peças é necessário fazer o pedido.

2000 peças / 250 peças por dia = 8 dias

37
Gestão de
Determinação do momento de encomenda
Estoques

Fazer um gráfico da quantidade de peças em estoque versus tempo,


supondo que o consumo e o tempo de aquisição se mantenham
estáveis (dentro da média). Indicar neste gráfico os dias dos pedidos,
entregas e o estoque
GA
de segurança.
ENTRE ENTRE
GA

QUANT. (peças) PEDIDO PEDIDO

3000

2000

1000

0 8 12 20 24 TEMPO (dias)

38
PRAZO DE AQUISIÇÂO
(4 dias)
Gestão de
Cálculo do estoque de segurança
Estoques

Observação

Há risco de ocorrer falta de estoque, pois o consumo


diário, durante o tempo de aquisição, pode situar-se acima
da média, ou o tempo médio de pedido pode ser excedido
pelos fornecedores.

Encomenda-se após o comprometimento do estoque de


segurança, acrescido por um estoque de precaução. Caso
a falta de estoque deva ser definitivamente evitada, ao
estoque de segurança será acrescido um estoque de
precaução.
39
Gestão de
Cálculo do estoque de segurança
Estoques
Exemplo
Consumo diário de um material: 100 unidades.
Tempo médio de aquisição: 20 dias.
O estoque de precaução deve cobrir o consumo de mais dez
dias.
Estoque de segurança = consumo diário médio x tempo de
aquisição = 100 x 20 = 2000 unidades.
Estoque de precaução = consumo diário médio x tempo de
precaução = 100 x 10 = 1000 unidades.
Estoque de segurança aumentado = 2000 + 1000 = 3000
unidades.
Observação
O estoque de precaução é atingido quando o consumo diário,
durante o tempo de aquisição, aumenta acima da média
ou quando o tempo médio da aquisição é excedido. 40
Gestão de
Determinação do momento de encomenda
Estoques
ENTREGA

QUANT. (UNID)

5000 PEDIDO PEDIDO

3000
ESTOQUE DE SEGURANÇA

1000
ESTOQUE DE PRECAUÇÃO

0 20 40 50 60 TEMPO (DIAS)
PRAZO DE
AQUISiÇÃO:
20 DIAS

PRAZO PREC.: 10
DIAS

41
Gestão de
Sistema de ritmo de encomenda
Estoques

As encomendas são efetuadas dentro de determinados períodos;


O estoque é sempre abastecido.

Exemplo

Ritmo de pedido: 30 dias


Estoque de referência: 1000 unidades
Tempo de aquisição: 5 dias
Consumo médio diário: 20 unidades

42
Gestão de
Sistema opcional
Estoques

Encomenda-se a determinados intervalos de tempo.

Entretanto, caso determinado nível mínimo seja atingido prematuramente, faz-se


a encomenda mais cedo.

No caso de consumo muito variável, convém combinar o processo de momento


de encomenda com o processo de ritmo de encomenda.

Encomenda-se a cada 30 dias ou quando se atinge o estoque


mínimo de 300 unidades.
O estoque de referência é de 1200 unidades.
O pedido é aumentado em 100 unidades para cobrir o consumo
durante período de aquisição.
43
Gestão de
Sistema opcional
Estoques

No primeiro e no segundo períodos de encomenda,


encomendou-se com base no ritmo de pedido, uma
vez que o estoque mínimo não foi atingido.
No terceiro período ocorreu uma encomenda antes do
tempo, uma vez que o estoque de aviso foi atingido
antes de 30 dias.
Atente para o fato de que, no caso do consumo
irregular, o estoque de referência não é atingido a
cada pedido.
O consumo, durante o período de aquisição, refere-se
apenas aos valores médios. 44
Gestão de
Classificação de estoques
Estoques

Almoxarifado das Seções produtivas Depósito de produtos


matérias-primas acabados

Estoque. de
Estoque de Estoque. materiais Estoque materiais Estoque de
materiais em
matérias-primas semi-acabados acabados produtos acabados
processamento

45
Gestão de
Métodos de Controle de estoques
Estoques

Cadastro de itens;
Classificação ABC;
Sistema de duas gavetas ou estoque mínimo;
Sistema de máximos e mínimos;
Planejamento das necessidades de materiais.

46
Gestão de
Métodos de Controle de Estoques
Estoques Cadastro de itens;

O cadastro de itens (banco de dados ou fichário)

Identificação do item
Controle do item
Entradas de material no estoque
Saídas de material de estoque
Saldo em estoque
Valor do saldo em estoque
Rotação do estoque

47
Gestão de
Métodos de Controle de Estoques
Estoques
Classificação ABC

É uma ferramenta utilizada no controle de estoques.


A classificação ABC é também conhecida como Curva de Pareto.
Baseia-se no princípio de que a maior parte do investimento em
materiais está concentrada em um pequeno número de itens.
A classificação ABC divide os estoques de acordo com a sua
quantidade, ou seu valor monetário em três classes, a saber:
Classe A – É constituída de poucos itens (15% a 20% do total de
itens) que são responsáveis pela maior parte (aproximadamente
80%) do valor monetário dos estoques. São os itens mais
importantes e merecem atenção individualizada, pela sua
enorme quantidade ou valor monetário.
O número de itens da classe A é pequeno, mas seu peso no
investimento em estoques, enorme;
48
Gestão de
Métodos de Controle de Estoques
Estoques
Classificação ABC

Classe B – É constituída de uma quantidade media de itens (35%


a 40% do total de itens) que representam aproximadamente 15%
do valor dos estoques. São itens intermediários, que têm relativa
importância no valor global dos estoques;

Classe C – É constituída de uma enorme quantidade de itens


(40% a 50% do total de itens) que representam um valor
desprezível (5% a 10%) dos estoques.

São os mais numerosos e menos importantes, pois respondem


com pouca importância no valor global dos estoques.
49
Gestão de
Métodos de Controle de estoques
Estoques
Classificação ABC
%

100
95
80

20 40 100
A avaliação desta situação pode levar a
uma racionalização, não só no setor de
50
estocagem, mas também no de compras
Gestão de
Métodos de Controle de estoques
Estoques
Classificação ABC

Observação
O peso principal das atividades de compra, estocagem e
controle, tais como determinação exata das quantidades de
pedidos, registros preciosos da movimentação de estoques
etc., será alocado nos materiais da classe A.
Os materiais da classe B ocupam a posição intermediária, às
vezes variando entre as classes A e C.
Os materiais da classe C, devido ao seu pequeno valor, são
administrados de forma mais liberal, como, por exemplo, a
compra de uma só vez de toda a necessidade do período,
estocagem descentralizada etc.
51
Gestão de
Métodos de Controle de estoques
Estoques
Sistema de duas gavetas ou estoque mínimo

Pesos para utilização – Deverão ser observados os seguintes passos:


O estoque é armazenado em duas gavetas;
A primeira gaveta (G1) tem quantidade de material equivalente ao
consumo previsto no período;
O Almoxarifado atende às requisições pelo material armazenado na
gaveta (G1);
Quando o estoque chega a zero (G1);
O Almoxarifado pedido de compras;
Enquanto o Almoxarifado aguarda a reposição do estoque, ele utiliza a
gaveta (G2).

Gaveta (G1) Gaveta (G2)


Consumo do período Estoque de segurança+Estoque de reserva
52
Gestão de
Métodos de Controle de estoques
Estoques
Sistema de máximos e mínimos

Este sistema é utilizado para empresas que possuem consumos e


tempos de reposição variáveis, em que o estoque deverá variar
entre o máximo e o mínimo.
Estimam-se os estoques de cada item em função da expectativa
de consumo em determinado período.
Estoque mínimo – Limite de estoque que não deve ser
ultrapassado. É calculado pela fórmula: Emin = Er + Cm . tm
Onde
Emin – Estoque mínimo
Er – Estoque de reserva ou precaução
Cm – Consumo médio do material
tm – Tempo médio de espera, em dias, para reposição
do material. 53
Gestão de
Métodos de Controle de estoques
Estoques
Sistema de máximos e mínimos

Estoque máximo – Limite máximo permitido para estoque.


É calculado pela fórmula: Emax = Emin + Lc
Onde
Emax - Estoque máximo
Emin – Estoque mínimo
Lc – Lote de compra (igual à quantidade média prevista para
consumo em determinado tempo).

Ponto de pedido (PP) – Quantidade de estoque que, quando atingida,


deverá provocar um novo pedido de compras para reposição de estoques.

Intervalo de reposição ou ressuprimento (Ir ) – Intervalo de tempo


entre dois pontos de pedido
54
Gestão de
Métodos de Controle de estoques
Estoques
Avaliação financeira de estoque

A avaliação dos estoques (matérias-primas, materiais em


processamento, semi-acabados, produtos acabados) pode ser
feita quatro métodos diferentes:
 Custo-médio;
 Peps ou Fifo;
 Ueps ou Lifo;
 Custo de reposição

Intervalo de reposição ou ressuprimento (Ir ) – Intervalo de tempo entre dois


pontos de pedido

55
Gestão de
Métodos de Controle de estoques
Estoques
Armazenamento de materiais
Nas empresas, de um modo geral, confunde-se o Almoxarifado
com o Depósito, o que na verdade é uma falta de conhecimento
das definições de ambos.

Almoxarifado – armazena e fornece os consumos (matérias-primas


necessárias à produção);

Depósito – recebe os resultados do processo produtivo (produtos


acabados)

Almoxarifado
O fluxo de mercadorias ou materiais no Almoxarifado pode ser
visualizado na figura a seguir.
56
Armazenagem – A armazenagem e o manuseio de
mercadorias são componentes essenciais do conjunto de
atividades logísticas
 As empresas necessitam de estoques para coordenar a
relação entre a oferta e a demanda
 Manter estoques gera necessidade de espaço para
armazenagem
 Classificação dos armazéns por tipo de produto:
 Armazéns para granéis
 Armazéns frigorificados
 Armazéns de mercadorias em geral
 Entre outros
 A gestão da armazenagem envolve duas decisões
importantes: a localização e o dimensionamento de
depósitos 57
Manuseio de materiais

• Transporte de pequenas quantidades de bens por


Definição
distâncias relativamente curtas

Diferenças
• Não deve ser confundida com o transporte de longas
distâncias

Local
• É a atividade executada em depósitos, fábricas e lojas,
assim como no transbordo entre modais de transporte

Foco
• Movimentação das mercadorias de maneira rápida e
com baixo custo
58
Métodos de Controle de estoques
Gestão de
Estoques Fluxo das mercadorias ou materiais
no Almoxarifado

Recebimento da mercadoria ou
Fornecedores externos
material

Inspeção da mercadoria

Entrada de estoque

Estocagem e manutenção

Saída de mercadoria do estoque (mediante


requisição)

59
Métodos de Controle de estoques
Gestão de
Estoques Saída de materiais para ambiente interno .

Início
Envia solicitação de
compras
Recebe requisição de
materiais (RM)

Verifica disponibilidade de
estoque

Não
Há estoque?
Faz lançamento na
ficha de controle
Sim

Faz coleta do material

Embala e expede o
Emite guia de saída
material

Fim

60
Gestão de Métodos de Controle de estoques
Estoques Técnicas de estocagem .

 Pallets ou carga unitária;


 Caixas ou gavetas;
 Prateleiras;
 Racks ou raques;
 Empilhamento;
 Container flexível;
 Associação de técnicas.

61
GERENCIAMENTO DE CADEIAS DE SUPRIMENTO
REDE LOGÍSTICA / SUPPLY CHAIN

PLANEJAMENTO LOGÍSTICO
0 ESTRATÉGIAS DE
LOCALIZAÇÃO

NÍVEL DE SERVIÇO
AO CLIENTE

0 0
ESTRATÉGIAS ESTRATÉGIAS62
DE ESTOQUES DE TRANSPORTES
Gestão estratégica do
transporte

63
Exemplo – atividades da logística na cadeia de
suprimentos – suco de laranja concentrado
Fornecedores Indústria
Engarrafador Consumidor
de insumos Fazenda cítrica
e distribuidor final
agrícolas PRODUÇÃO

• Defensivos
• Fertilizantes
• Tratores
• Implementos
• Mudas
• Irrigação
Estoque e Transporte
Armazenagem
Prod. Acabados

Recebimento
e estoque dos 64
Coleta e transporte Insumos
Gestão de
Transportes Introdução

O transporte é o principal componente do sistema logístico.


Sua importância pode ser medida através de pelo menos três
indicadores financeiros: custos, faturamento, e lucro.
O transporte representa, em média, 60% dos custos logísticos,
3,5% do faturamento, e em alguns casos, mais que o dobro do
lucro.
Além disso, o transporte tem um papel preponderante na
qualidade dos serviços logísticos, pois impacta diretamente o
tempo de entrega, a confiabilidade e a segurança dos
produtos.

65
Gestão de
Transportes Introdução

Administrar o transporte significa tomar decisões sobre um amplo


conjunto de aspectos. Estas decisões podem ser classificadas em
dois grandes grupos; decisões estratégicas, e decisões
operacionais. As decisões estratégicas se caracterizam pelos
impactos de longo prazo, e se referem basicamente a aspectos
estruturais. As decisões operacionais são geralmente de curto prazo
e se referem às tarefas do dia a dia dos responsáveis pelo
transporte. São basicamente quatro as principais decisões
estratégicas no transporte: escolha de modais; decisões sobre
propriedade da frota; seleção e negociação com
transportadores; política de consolidação de cargas. Dentre as
principais decisões de curto prazo, podemos destacar:
planejamento de embarques; programação de veículos; 66

roteirização; auditoria de fretes; e gerenciamento de avarias.


Transporte – Os modais possuem características
mais ou menos adequadas para cada tipo de carga
Modal Tipo de Carga
 Altamente eficiente para mover líquidos ou gasosos por grandes distâncias
 Exemplo: Petróleo, derivados e gás
Dutoviário
 Os custos de movimentação são baixos, mas a linha de produtos atendida
é limitada
• Limitados pelas altas taxas de frete – limitado aos produtos que podem
compensar os custos elevados por melhor nível de serviço
Aéreo • Exemplo: equipamentos eletrônicos, instrumentos óticos
• Produtos de alto valor específico ou que necessitam de rapidez na entrega

• Produtos de baixo valor específico e não perecíveis


Hidroviário • Custos de estoque mais baixos permitem a utilização de um modal mais
lento com fretes mais baixos
• Exemplo: graneis: minérios, areia, grãos e cimento

Ferroviário • Em países com alta disponibilidade de transporte ferroviário, existe


competição pelos produtos transportados pelo modal ferroviário com o
modal rodoviário
• O trem, com fretes mais baratos e desempenho ligeiramente inferior,
concentra-se nas cargas de valor específico menor. Exemplo: produtos
Rodoviário
químicos, siderúrgicos e plásticos 67
• O oposto ocorre com as cargas rodoviárias. Exemplo: móveis, bebidas, etc.
Transporte – a participação dos modais rodoviário,
ferroviário e hidroviário no Brasil, é diferente daquela
encontrada em outros países de dimensões continentais

Participação (%) dos Modais na


Matriz de Transporte no Brasil

Modal 96 97 98
Ferroviário 20,7 20,7 19,9
Rodoviário 63,7 62,9 62,6
Hidroviário 11,5 11,6 12,8
Dutoviário 3,8 4,5 4,4
Aéreo 0,3 0,3 0,3

No Brasil existe uma excessiva concentração de transporte de cargas no modal rodoviário68


Transporte – O sistema ferroviário brasileiro possui uma
baixa disponibilidade, limitando o crescimento de sua
participação na matriz de transportes

69
O modelo de Logística Integrada está baseado em 2
conceitos principais – o conceito de marketing mix e o
conceito de sistema
Modelo Conceitual de Logística Integrada
Produto

Marketing Mix Preço Promoção

•Política de canais de distribuição


Praça •Padrões de serviço por canal –
disponibilidade de produtos, prazos, etc.

Serviço ao
Cliente

Compras ou Missão da Logística


Transporte
Vendas
Cumprir os padrões de serviço
Sistema dos canais de distribuição de
Logístico forma eficiente
Estoques Armazenagem

Processamento 70
de Pedidos
Para que possa ser gerenciada de forma integrada,
a logística deve ser tratada como um sistema
 Sistema: conjunto de componentes interligados, trabalhando de forma
coordenada, para atingir um objetivo comum
 A atuação em qualquer um dos componentes do sistema tem, em
princípio, efeito sobre os outros componentes do mesmo sistema
 A tentativa de otimização de cada um dos componentes, isoladamente,
não leva à otimização de todo o sistema
 A logística deve atender aos níveis de serviço ao cliente, estabelecidos
pela estratégia de marketing, ao menor custo total de seus componentes
 Exemplo 1: política de minimizar os custos de transporte, por meio de
consolidação de cargas (aumento dos volumes) – efeitos negativos no
volume de estoques (nas 2 pontas) e nos prazos de entrega
 Exemplo 2: redução dos custos de transporte pela utilização de um
modal mais econômico, porém mais lento e menos confiável – menor
garantia do nível de serviço obriga o cliente a manter maiores estoques
71

de segurança
OPERADORES LOGÍSTICOS

Buscando se concentrar em suas atividades chave, as


empresas terceirizaram muitas das atividades logísticas
 Operadores Logísticos são fornecedores de serviços
logísticos integrados, capazes de atender a todas ou
quase todas as necessidades logísticas de seus
clientes, de forma personalizada
 Operadores Logísticos se diferenciam dos
prestadores de serviços tradicionais pela amplitude de
serviços oferecidos
72
Comparação das Características
Operadores Logísticos vs. Prestadores de Serviços Tradicionais
Prestador de Serviços Tradicionais Operador Logístico Integrado
Oferece serviços genéricos Oferece serviços sob medida –
personalizados
Tende a concentrar-se em uma única Oferece múltiplas atividades de forma
atividade logística: transporte, ou estoque, integrada: transporte, estoque,
ou armazenagem armazenagem
O objetivo da empresa contratante é a Objetivo da contratante é reduzir os
minimização do custo específico da custos totais da logística, melhorar os
atividade contratada serviços e aumentar a flexibilidade
Contratos de serviço tendem a ser de curto Contratos de serviço tendem a ser de
a médio prazos (6 meses a 1 ano) longo prazo (5 a 10 anos)
Know-how tende a ser limitado e Possui ampla capacitação de análise e
especializado (transporte, armazenagem, planejamento logístico, assim como de
etc.) operação
Negociações para os contratos tendem a Negociações de contrato tendem a ser
ser rápidas (semanas) e num nível longas (meses) e num alto nível 73
operacional gerencial

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