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CARBOIDRATOS

 Substâncias orgânicas - hidratos de carbono,


glicídios, sacarídeos.

 Fonte primária de energia.


 Fórmula empírica - (CH2O)n ou Cn(H20)n.

 Maior reserva de energia de todo o reino vegetal – amido.

 No reino animal, em pequenas quantidades:


sangue – glicose;
fígado e músculos – glicogênio.
.
CARBOIDRATOS
 Função

• Estrutural - membrana celular;

• Fornecimento de energia;

• Anticoagulante (heparina);

• Lubrificante;

• Antigênica;

* Ácidos nucleicos - DNA e RNA


CARBOIDRATOS
 Classificação

*Monossacarídeos;

*Oligossacarídeos (dissacarídeos);

*Polissacarídeos;
CARBOIDRATOS
 Monossacarídeos: MONOSES

 Cn(H2O)n – onde "n" varia de 3 a 7 (trioses, tetroses,


pentoses, hexoses e heptoses).

 Não sofrem hidrólise: Glicose, Frutose, Galactose, Manose.

 Monossacarídeos/ açúcares simples:


- moléculas dos carboidratos,
- são relativamente pequenas,
- são hidrofílicas
- sabor adocicado.
ALDOSE x CETOSE
CARBOIDRATOS Aldoses: grupo carbonila na extremidade
da cadeia de carbono (grupo aldeído);

Cetoses: grupo carbonila no meio da


cadeia.

ALDOSE CETOSE ALDOSE


CARBOIDRATOS

 Pentoses: monossacarídeos com 5 átomos de


carbonos (ribose e a desoxirribose);

 Ribose - C5H10O5 - RNA;

 Desoxiribose - C5H10O4 - DNA


CARBOIDRATOS
 Hexoses:

Monossacarídeos com 6 átomos de carbonos


CnH2nOn (n=6).

Hexoses mais importantes: glicose, frutose e galactose.

Principais combustíveis das células;

Fontes de energia para os seres vivos.


CARBOIDRATOS

Glicose
C6H1206 Galactose
Frutose
C6H12O6
C6H12O6

Substâncias
isoméricas
CARBOIDRATOS
 Oligossacarídeos

 Grupamento com dois a dez monossacarídeos unidos por


ligação glicosídica.

 Mais importantes:

Dissacarídeos.
CARBOIDRATOS

 Dissacarídeos: Por hidrólise, produzem dois


monossacarídeos.

 Exemplos:
 Sacarose: Glicose + Frutose

 Maltose: Glicose + Glicose

 Lactose: Glicose + Galactose


CARBOIDRATOS
 Polissacarídeos

 Sofrem hidrólise produzindo inúmeros monossacarídeos.


 São hidrofóbicos.
 Exemplos: Celulose, Amido e Glicogênio.
 Formados por mais de dez monossacarídeos – polímeros,
geralmente de hexoses.
 Não alteram o equilíbrio osmótico das células;
 Função de armazenamento ou reserva nutritiva.
CARBOIDRATOS
 De acordo com a função os polissacarídeos classificam-se
em:

 Polissacarídeos energéticos
Amido

Glicogênio

 Polissacarídeos estruturais

Quitina
Ligação glicosídica

H20
Glicogênio
Glicogênio

 Estoque de energia rápida do organismo.

 Principal fonte energética das células obtida a partir do


consumo de carboidratos – armazenamento de glicose.

 É formado a partir do anabolismo da glicose – glicogênese.

 É encontrado –
- músculo (glicogênio muscular)

- fígado (glicogênio hepático).


GLICOPROTEÍNAS E GLICOLIPÍDIOS

 Componente lipídico (bicamada lipídica)


– Fosfolipídeos

 Componente proteico (proteínas inseridas na bicamada)


– Proteínas Periféricas e Integrais

 Componente glicídico (carboidratos)


– Carboidratos dos glicolipídeos e glicoproteínas,
constituindo o glicocálice ou glicocálix.
GLICOPROTEÍNAS E GLICOLIPÍDIOS

 Parte de carboidrato que fica sempre voltada para o meio


extracelular - camada de carboidratos - GLICOCÁLICE.

} glicocálice
GLICOPROTEÍNAS E GLICOLIPÍDIOS
ACESSO CELULAR
 Glicose nas células – obtenção de energia necessária
para seu funcionamento.

 Glicose é hidrofílica, e portanto, polar.

 Bicamada lipídica: apolar, a glicose carece de


interferentes estruturais (GLUTs) que permitam este
acesso.

 Transporte glicolítico é passivo - difusão facilitada.


ACESSO CELULAR
Difusão facilitada
PERFIL GLICÍDICO
 Interferências clínicas envolvendo dosagem de
Glicose:

 HIPERGLICEMIA / HIPOGLICEMIA/ GLICOSÚRIA.


Glicemia: concentração de Glicose (açúcar) no sangue.
Substância que serve para manter o organismo
funcionando durante todo o dia.
HIPERGLICEMIA

Primeiros sinais: Sede excessiva, fadiga, fraqueza;

Características: Diretamente relacionada a não produção


ou transporte ineficiente da insulina - regulador da
glicose e faz com que o indivíduo se torne diabético.
Sintomas mais frequentes: . Perda de peso
. Glicosúria.
Hiperglicemia:
- nível de açúcar é maior de 100 mg/dia entre as refeições e
140 mg/dia ou mais, logo após as refeições.
HIPOGLICEMIA

 Primeiros sinais: Desidratação, sonolência,


palidez, tonturas, fraqueza, tremores, dificuldade para
se concentrar.

 Quadros mais graves de hipoglicemia: fome, dor de


cabeça intensa, formigamento dos membros,
convulsão e coma.
HIPOGLICEMIA
LEMBRETE
 Indivíduos normais: hiperglicemia e hipoglicemia podem
acontecer diariamente no organismo - sem
complicações sérias;

 Indivíduos com diabetes: Hiperglicemia ou Hipoglicemia


podem levar ao óbito.
 Tratamento:
 Hiperglicemia - Realizar exames de glicemia
– Ter dietas equilibradas
- Praticar exercícios físicos

 Hipoglicemia - Se hidratar
- Comer a cada 3 horas.
Diabetes

 Distúrbio multifatorial decorrente da falta de insulina


e/ou da incapacidade de a insulina exercer
adequadamente seus efeitos, causando um
aumento da glicose (açúcar) no sangue.
 Tipos mais comuns:

 Diabetes Tipo I Diabetes Tipo 2


Diabetes tipo 1/ Insulinodependente, Diabetes
infanto-juvenil.

Produção de insulina do pâncreas é insuficiente. Destruição


autoimune.
Portadores de diabetes tipo 1 necessitam de injeções
diárias de insulina para manter a glicose no sangue em
valores normais.
Diabetes tipo 1: ocorre em qualquer idade;
- mais comum em crianças, adolescentes ou
adultos jovens.
Diabetes tipo 2 / Não insulinodependente
ou Diabetes do adulto (90%)

 Ocorre geralmente em pessoas obesas com mais de 40


anos de idade.
 Maus hábitos alimentares, sedentarismo e stress da vida
urbana.
 Presença de insulina, mas sua ação é dificultada, devido ao
acúmulo de carboidratos ou pela obesidade -
resistência insulínica - causas de HIPERGLICEMIA.
 Pouco sintomática, permanece por muitos anos sem
diagnóstico e sem tratamento, o que favorece a
ocorrência de complicações no coração e no cérebro.
Diabetes Gestacional

 Presença de glicose elevada no sangue durante a


gravidez.
 Geralmente a glicose no sangue se normaliza após o
parto.
 Mulheres que apresentam ou apresentaram diabetes
gestacional, possuem maior risco de desenvolver
diabetes tipo 2 tardiamente, o mesmo ocorrendo com
os filhos.
PRINCIPAIS EXAMES PARA DETECÇÃO
DE DIABETES

. Glicemia de jejum
. Teste oral de tolerância à glicose
. Curva glicêmica
. Teste oral para gestante
. Hemoglobina glicosilada .
Preparo Especial para o Exame de
Glicemia de Jejum

 Manter uma dieta habitual sem restrição de carboidratos


(massas, açúcar, doces), nos três dias antecedentes ao
exame (ideal).
 É necessário também manter as seguintes atividades:
- Realizar o exame em período matutino, em estado
de jejum entre 8 e 12 horas;
- Interromper qualquer medicação que possa interferir
no metabolismo de carboidratos;
- Manter repouso e jamais fumar durante o teste.
Glicemia de Jejum

 Exame mais comum para medir o nível de glicose no


sangue.
 É um teste feito através do sangue venoso.
 Resultado normal – Variável entre 70 até 99 mg/dL.
 Resultado em torno de 110 a 125 mg/dL - portador de
glicemia em jejum inapropriada. Necessário realização
do exame “Teste Oral de Tolerância à Glicose”.
 Resultado igual ou superior a 200 mg/dL - indivíduo como
portador de diabetes.
Teste Oral de Tolerância à Glicose
 Mede a glicose em dois momentos:

 Jejum de 8 horas;
 Após a ingesta de 75g de glicose diluída em água, aguarda
2 h – nova coleta de sangue para medir glicemia.
 Resultado glicemia igual ou superior a 200 mg/dL - indivíduo
como portador de diabetes.
 Resultado de glicemia entre 140 e 199 mg/dl -
intolerância glicídica (pré-diabetes).
CURVA GLICÊMICA

 Coleta de sangue em jejum.


 Ingesta de Glicose (aproximado de 50g) a ser bebido de
imediato.
 Após 1, 2 e 3 horas é feita nova coleta de sangue - feita
avaliação.
 Recomenda-se que o exame seja feito em jejum de 8
horas.
 Durante o exame: ficar em repouso, sem quaisquer
ingestões.
CURVA GLICÊMICA
Valores de referência:

Inicial (jejum): 95mg/dl.


Após 1 hora: 180mg/dl.
Após 2 horas: 155mg/dl.
Após 3 horas: 140 mg/dl.

A interpretação do exame:

Normal: inferior a 140 mg/dl;


Resistência à insulina: entre 140 e 199 mg/dl;
Diabetes: igual ou superior a 200 mg/dl.
Teste Oral para Gestantes

 É importante testar mulheres grávidas acima de 25 anos,


não obesas e sem histórico de diabetes na família.

 Deve ser realizado entre a 24ª e 28ª semanas de gestação.


 Teste consiste na ingestão oral de uma dose de 50g de
glicose.
 Coleta de sangue - tempos basal e 60’.
 Resultados normais: 80mg/dl a 140mg/dl, respectivamente.
 Resultados superiores:
- determinam a realização de novo teste com a ingestão
de 75g de glicose;
- avaliação da glicemia nos mesmos tempos.
Diabetes: Glicemia maior que 126mg/dl, no tempo basal, ou
igual ou maior que 200mg/dl.
HEMOGLOBINA GLICADA OU
GLICOSILADA (A1C)
 Teste que mede a quantidade de glicose que se combinou
com a hemoglobina de forma irreversível.

 Permite a medição aproximada do controle do Diabetes nos


últimos 2 ou 3 meses.

 Refletem na quantidade de glicose agregada à


hemoglobina.

 Associação Americana de Diabetes - todo paciente


diabético deve fazer o teste pelo menos duas vezes ao ano.

 Ideal: manter seu A1C menor do que 7 (4.5 a 6.5%).


Síndrome de Resistência à Insulina

 Hormônio insulina tem menor capacidade para colocar a


glicose do sangue para dentro das células.
 Não provoca sintomas, sendo diagnosticada pelos índices
elevados de glicose – como no quadro de pré-diabetes.

 Os valores da glicemia em jejum são:


Normal: inferior a 99 mg/dL;
Glicemia de jejum alterada: entre 100 e 125 mg/dL;
Diabetes: igual ou superior a 126 mg/dL.
Síndrome de Resistência
à Insulina
 Além do aumento do risco de desenvolver diabetes,
outros sintomas:

Fraqueza e fadiga.
Ganho ou perda de peso de forma rápida (em especial
na região do abdômen)
Dificuldade de concentração.
Inchaço e flatulência.
Constipação ou diarreia.
Náuseas e vômitos.
Pressão alta.
Candidíase.
Síndrome de Resistência à Insulina -
HOMA

 Índice de HOMA - cálculo que se fundamenta nas


dosagens da insulinemia (VR=1,9 a 23,0 µUI/mL) e da
glicemia, ambas de jejum, descrito em 1985 por David
Matheus.

 Finalidade - determinar a resistência à insulina (HOMA IR)


e a capacidade funcional das células beta
pancreáticas (HOMA BETA)

* Valores de Referência: 167,0 - 175,0

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