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Empreendedorismo e de
Relações Públicas
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Conteúdo
Páginas
Noções de Comunicação, Empreendedorismo e de Relações Públicas 1
Relações públicas 1
Organização 6
Organograma 7
Departamentalização 9
Autogestão 12
Fayol 16
Comunicação 20
Comunicação Estratégica 25
Comunicação Organizacional 25
Comunicação social 26
Veículos de Comunicação 27
Jornalismo 28
Assessoria de imprensa 39
Administração 42
Responsabilidade social 49
Público Interno 52
Planejamento Estratégico 52
Publicidade 57
Empreendedorismo 64
Empreendedorismo social 75
Empreendedorismo cultural 76
Audiovisual 77
Editoração 79
Cinema 80
Produção cultural 85
Mídia Alternativa 86
Centro de Mídia Independente 88
Mídia tática 92
Referências
Fontes e Editores da Página 95
Fontes, licenças e editores da imagem 97
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1
Noções de Comunicação,
Empreendedorismo e de Relações Públicas
Relações públicas
Comunicação
Relações Públicas designa a profissão e relações-públicas o profissional dessa atividade de comunicação. Relações
Públicas ofertam uma variedade de funções a serem exercidas para as diversas organizações (sejam elas privadas,
públicas ou do terceiro setor), sempre com vistas à manutenção do equilíbrio entre estas e os públicos com os quais
interagem.
O objetivo do trabalho é o equilíbrio entre a identidade e a imagem de uma organização, focando a imagem
institucional e trabalhando a relação com a opinião pública.
A Associação Brasileira de Relações Públicas propôs em 1955 o seguinte conceito para a profissão: "Relações
Públicas é a atividade e o esforço deliberado, planejado e contínuo para estabelecer e manter a compreensão mútua
entre uma instituição pública ou privada e os grupos de pessoas a que esteja, direta ou indiretamente, ligada"
O papel do profissional
O profissional é o responsável pela comunicação integrada da organização, pela sua comunicação com os mais
diversos públicos (público interno, público setorial e público externo) e pela comunicação institucional. Para isso
usará diversos instrumentos e canais de comunicação, entre eles os house organs (jornais, revistas, boletins etc) e os
eventos (seminários, encontros, reuniões etc).
Desenvolve e destaca o relacionamento institucional com os públicos estratégicos, identificando oportunidades e
necessidades de comunicação da instituição com a sociedade, seja em situações harmônicas ou controversas.
O profissional de Relações Públicas planeja, executa e avalia as políticas de relacionamento da instituição, de
maneira ética e estratégica, com todos os segmentos sociais, dando suporte para que ela se adapte num ambiente de
constante transformação. Em resumo é um profissional que trabalha com Comunicação Estratégica e Mediada.
• Relações Públicas é o profissional que administra interações entre públicos diversos. Capacitado, então, para
planejar, organizar, decidir, executar e controlar atividades que envolvam diretamente o processo de comunicação
(ex: a implantação de um sistema educacional e-learning, que exige um cuidado especial com linguagens e formas
de comunicação para públicos diversos é uma ação que pode e deve ser gerenciada por um relações-públicas).
Além disso, o profissional de relações públicas pode trabalhar nas seguintes áreas:
Administração Promover ações para a valorização de uma empresa ou marcas. Criar canais de comunicação com os
funcionários e fornecedores, clientes, governo e comunidade.
Atenção ao cliente Atender as solicitações e reclamações de consumidores, para melhorar a qualidade dos produtos
e serviços da empresa.
Cerimonial e protocolo Orientar empresários, políticos e chefes de Estado sobre etiqueta e comportamento.
Comunicação institucional Divulgar os valores e as políticas da organização para funcionários, clientes,
consumidores e fornecedores.
Eventos Organizar palestras, exposições, recepções, coquetéis e outras solenidades de promoção da empresa.
Relações públicas 2
Pesquisa de opinião Coletar dados sobre o público interno e externo da empresa para desenvolver planos de
comunicação e de ação.
Planejamento estratégico Traçar a estratégia de relacionamento e de comunicação com a comunidade, a imprensa,
os fornecedores, a concorrência e os consumidores.
Projetos institucionais Analisar pedidos apresentados a empresas, de parceria em projetos sociais, culturais e
educacionais, coordenando sua adequação à filosofia e aos objetivos da instituição.
Relações governamentais Elaborar planejamento estratégico.
restantes comunicações de marketing (que são desenvolvidas, apresentadas e pagas por um sponsor). As RP são mais
baratas que as restantes ferramentas.
AS RP podem ter um grande impacto no conhecimento que o público tem da empresa / produto, a um custo mais
reduzido que com a publicidade. A empresa não paga pelo espaço ou pelo tempo nos media. Em contrapartida, paga
ao seu staff para desenvolver e fazer circular informação e gerir eventos. Se uma empresa desenvolve uma história
interessante, esta pode ser "coberta" por vários media diferentes, tendo o mesmo efeito que com a publicidade, a um
custo mais baixo. E terá mais credibilidade que a publicidade.
finalmente os indiferentes são aqueles que reagem com indiferença em relação à organização devendo
constituir um alvo importante a conquistar.
Em Portugal
A Associação de Relações Públicas de Portugal é o organismo responsável por representar a profissão em Portugal.
No Brasil
O primeiro Departamento de Relações Públicas, com essa denominação, criado no Brasil surgiu em 30 de janeiro de
1914. Pertencia à "Light" (The Light and Power Co. Ltda.), companhia canadense estabelecida no Brasil e
concessionária da iluminação pública e do transporte coletivo da cidade de São Paulo (SP). A direção desse
Departamento de Relações Públicas foi entregue ao engenheiro Eduardo Pinheiro Lobo. A Lei nº 7.197, de 14 junho
de 1984, concedeu-lhe o título de pioneiro das Relações Públicas no Brasil, e estabeleceu o aniversário de seu
nascimento, dia 2 de dezembro, como o Dia Nacional das Relações Públicas.
Em 21 de julho de 1954, na sede do Instituto de Organização Racional do trabalho (IDORT), também em São Paulo,
foi fundada a Associação Brasileira de Relações Públicas (ABRP), por 27 estudiosos e praticantes de Relações
Públicas. Sua primeira diretoria foi a seguinte: presidente, Hugo Barbieri; vice-presidente, Ubirajara Martins;
secretário geral, Mey Nunes de Souza; primeiro-secretário, Álvaro Roberto Mendes Gonçalves; primeiro tesoureiro,
Jonas Snyder; segundo tesoureiro, Nelson Ramos Nóbrega; conselho consultivo: Murilo Mendes, Anibal Bonfim e
Ignácio Penteado da Silva Telles.
O primeiro curso universitário foi criado em 16 de junho de 1966, na Escola de Comunicação e Cultura da
Universidade de São Paulo, que, em 1969, passou a se chamar Escola de Comunicação e Artes (ECA-USP).
A partir de 11 de dezembro de 1967, a profissão passou a ser regulamentada no país pela Lei nº 5377 (regulamentada
pelo Decreto nº 63.283, de 26 de setembro de 1968). Novos trabalhos foram sendo desenvolvidos para organizar a
efetivação da legislação. Foi estabelecido então o Sistema CONFERP, formado pelo Conselho Federal e pelos
Conselhos Regionais de Relações Públicas. Sua criação ocorreu em 11 de setembro de 1969, pelo Decreto-Lei nº
860, e sua regulamentação aconteceu em 4 de maio de 1971, pelo Decreto nº 68.582/71. Definiu-se, desta forma, que
somente podem exercer a profissão no Brasil os indivíduos formados em curso superior de Relações Públicas (ou
equivalente no exterior, com o diploma devidamente reconhecido no Brasil) e que estejam registrados em seu
respectivo Conselho Regional.
Em 1972, o CONFERP (Conselho Federal de Relações Públicas) aprovou o Código de Ética, regulando o
comportamento a ser obedecido pelos que exercem a profissão, enfatizando o respeito aos princípios da “Declaração
Universal dos Direitos do Homem” e o compromisso com a verdade e com a manutenção do diálogo e da livre
circulação de informações.
Com o surgimento da Internet, também foi possível estabelecer novas formas de ação para tornar a profissão mais
reconhecida. Entre as ações mais antigas no mundo virtual, e presentes até hoje, estão o Portal de RP e
Transmarketing (www.portal-rp.com.br) e o Portal Mundo RP (www.mundorp.com.br).
Entre fevereiro de 2006 e dezembro de 2007, foi realizada, pelo Portal RP-Bahia (www.rp-bahia.com.br), a
Campanha Nacional de Valorização da Profissão de Relações Públicas, com o apoio de várias entidades,
personalidades e autores da área, além de instituições de ensino, profissionais e estudantes de todas as partes do país.
O seu lançamento nacional aconteceu dentro do programa oficial do 3rd World Public Relations Festival (III
Congresso Mundial de Relações Públicas) realizado em Brasília, capital federal, em julho de 2006. Sua central na
internet era acessada através pelo endereço www.campanha.rp-bahia.com.br e as suas ações de maior destaque
foram: Prêmio Relações Públicas do Brasil - Duas edições: 2006/2007 - As cerimônias de premiação aconteceram
dentro da programação oficial do Congresso da Intercom, que em 2006 foi em Brasília, e em 2007 em Santos; I
Seminário Brasileiro de Valorização da Profissão de Relações Públicas - Sembrarp 2007 organizado em Salvador;
Dia Nacional de Luta pela Valorização da Profissão de Relações Públicas - Ação em rede que em 2006 mobilizou a
categoria em 16 estados da federação; e Livro Relações Públicas do Brasil - Volume I - lançado oficialmente em 26
de setembro de 2007, o Dia Interamericano de Relações Públicas, na Assembléia Legislativa do Estado da Bahia.
Antes da iniciativa da Campanha Nacional, foi criada uma lista de discussão virtual chamada Equipe-RP-Brasil, cuja
proposta era criar coletivamente um plano nacional de Relações Públicas para a profissão. Dentro deste grupo
surgiram outros, com propostas de ações locais e regionais que se organizassem em rede, num processo de
proposição de intercâmbios iniciado em 1998 com a lista Mundo-RP no YahooGrupos. Embora o plano nacional
proposto pela Equipe-RP-Brasil ainda esteja em processo de criação, pelo menos dois grupos estaduais, o MetRóPole
(SP) e o Horizonte RP (MG), mantém-se ativos e com trabalhos coordenados entre si e com outros grupos.
Com o desenvolvimento de tecnologias de produção de conteúdo pelo usuário, cada vez mais acessíveis na internet,
observou-se também um aumento no número de blogs e sites que tratassem do assunto do reconhecimento
profissional, por vezes não diretamente mas sim por meio da expressão das conquistas dos profissionais, das
agências e das organizações contratantes, com a proposta de instaurar e consolidar uma nova perspectiva para a área.
Um grande problema que os estudantes de Relações Públicas enfrentam atualmente são os estágios em desacordo
com as atividades do curso. Grande parte das vagas de estágio oferecidas têm como atividades as funções de
secretária, recepcionista e área de vendas, funções extremamente importantes, mas que não são do profissional de
RP. A profissão é muito importante para uma empresa, e as atividades em estágios e até mesmo no exercicio da
profissão não podem ser restringidas a funções que pessoas que não cursam uma faculdade podem exercer.
Ligações externas
• APECOM - Associação Portuguesa das Empresas de Conselho em Comunicação e Relações Públicas [1]
• Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação [2]
• Associação Brasileira de Relações Públicas [3]
• Sinprorp - São Paulo [4]
• Conselho Federal de Relações Públicas - Brasil [5]
[1] http:/ / www. apecom. pt/
[2] http:/ / www. sopcom. pt/ index. html/
[3] http:/ / www. abrpsp. org. br/
[4] http:/ / www. sinprorp. org. br/
[5] http:/ / www. conferp. org. br/
Organização 6
Organização
Em sentido geral organização é o modo como se organiza um sistema. É a forma escolhida para arranjar, dispor ou
classificar objetos, documentos e informações. Em Administração, organização tem dois sentidos:
• Combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos coletivos. Exemplo: empresas,
associações, órgãos do governo, ou seja, qualquer entidade pública ou privada. As organizações são compostas de
estrutura física, tecnológica e pessoas.
• Modo como foi estruturado, dividido e sequenciado o trabalho.
Segundo Montana (2003, p. 170) organizar é o processo de reunir recursos físicos e humanos essenciais à
consecução dos objetivos de uma empresa.
A estrutura de uma organização é representada através do seu organograma.
Segundo Maximiano(1992)uma organização é uma combinação de esforços individuais que tem por finalidade
realizar propósitos coletivos. Por meio de uma organização torna-se possível perseguir e alcançar objetivos que
seriam inatingíveis para uma pessoa. Uma grande empresa ou uma pequena oficina, um laboratório ou o corpo de
bombeiros, um hospital ou uma escola são todos exemplos de organizações.
Segundo Robbins (1990), a organização é "uma entidade social conscientemente coordenada, com uma fronteira
relativamente identificável, que funciona numa base relativamente contínua para alcançar um objectivo ou objectivos
comuns". Uma organização é constituída por pessoas – para que ela mude, também as pessoas têm que mudar. No
entanto, o ser humano é único e, como tal, cria o seu próprio pensamento individual, quer por antecipação, quer por
reacção. A forma como estes pensamentos e correspondentes acções se reflectem no contexto organizacional poderá
ganhar uma dimensão tal, que torna a reacção do sistema imprevisível .[1]
Uma organização é formada pela soma de pessoas, máquinas e outros equipamentos, recursos financeiros e outros.A
organização então é o resultado da combinação de todos estes elementos orientados a um objetivo comum.
Organizar compreende atribuir responsabilidades às pessoas e atividades aos órgãos (unidades administrativas). A
forma de organizar estes órgãos chama-se de departamentalização.
Do grego "organon", organização significa instrumento, utensílio. De acordo Bilhim (2006) "a organização é uma
entidade social, conscientemente coordenada, gozando de fronteiras delimitadas que funcionam numa base
relativamente contínua, tendo em vista a realização de objectivos comuns". Sobrevivência e crescimento (metas e
objectivos) é o que a maioria ambiciona. Objectivos que exigem grupos de duas ou mais pessoas, que estabelecem
entre eles relações de cooperação, acções formalmente coordenadas e funções diferenciadas, hierarquicamente
hierárquica.
Referências
• Lacombe, F.J.M.; Heilborn, G.L.J. Administração: princípios e tendências. 1.ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
• Montana, Patrick J. Administração. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
• Bilhim, João Abreu de Faria. Teoria Organizacional: Estruturas e Pessoas. ed. ISCSP, 2006.
[1] Sítima, Oliveira, & Fernandes, 2005
Ver também
• Autogestão
• Administração
• Organograma
• Fayol
Organograma
Organograma é um gráfico que representa a estrutura formal de uma organização.
Credita-se a criação dos primeiros organogramas ao norte-americano Daniel C. McCallum, administrador de
ferrovias, no ano de 1856.
Os organogramas mostram como estão dispostas unidades funcionais, a hierarquia e as relações de comunicação
existentes entre estes.
Os órgãos ou departamentos são unidades administrativas com funções bem definidas. Exemplos de órgãos:
Tesouraria, Departamento de Compras, Portaria, Biblioteca, Setor de Produção, Gerência Administrativa, Diretoria
Técnica, Secretaria, etc. Os órgãos possuem um responsável, cujo cargo pode ser chefe, supervisor, gerente,
coordenador, diretor, secretário, governador, presidente, etc. Normalmente tem colaboradores (funcionários) e
espaço físico definido.
Num organograma, os órgãos são dispostos em níveis que representam a hierarquia existente entre eles. Em um
organograma vertical, quanto mais alto estiver o órgão, maior a autoridade e a abrangência da atividade.
Tipos de organogramas
• Clássicos - O organograma clássico também é chamado de vertical. É o mais comum tipo de organograma,
elaborado com retângulos que representam os órgãos e linhas que fazem a ligação hierárquica e de comunicação
entre eles.
• Não clássicos - São todos os demais tipos como abaixo:
• Em barras - representados por intermédio de longos retângulos a partir de uma base vertical, onde o tamanho do
retângulo é diretamente proporcional à importância da autoridade que o representa.
• Em setores (setorial, setograma) - são elaborados por meio de círculos concêntricos, os quais representam os
diversos níveis de autoridade a partir do círculo central, onde localiza-se a autoridade maior da empresa.
• Radial (solar, circular) - o seu objetivo é mostrar o macrossistema das empresas componentes de um grande
grupo empresarial.
• Lambda - apresentam, apenas, grupos de órgãos que possuam características comuns.
• Bandeira - apresentam grupos de órgãos que possuem uma missão específica e bem definida na estrutura
organizacional, normalmente em quatro níveis.
• Organograma Linear de Responsabilidade (OLR) - possui um diferenciador em relação aos demais
organogramas, pois a sua preocupação não é apresentar o posicionamento hierárquico, mas sim o
Organograma 8
Referências
• Conselho Regional de Administração de São Paulo. A ciência da administração. São Paulo, CRA-SP, 2007.
Disponível em: <http://www.crasp.com.br/index.asp?secao=74>. Acesso em: 14 abr. 2008.
• CURY, Antonio. Organização e métodos: uma visão holística. São Paulo: Atlas, 2005. ISBN 85-224-4058-1
• LACOMBE, F.J.M.; Heilborn, G.L.J. Administração: princípios e tendências. 1.ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
ISBN 85-02-03788-9
Ver também
• Fluxograma
• Mapas Conceituais
Departamentalização 9
Departamentalização
A Departamentalização tem suas origens na Teoria Clássica, corrente
filosófica administrativa iniciada pelo teórico francês Henri Fayol, que
pregava a ênfase na Estrutura Organizacional como forma de aumentar
a eficiência e aprimorar as relações entre cada segmento de uma
empresa. Era uma abordagem de conceito verticalizado que segue
hierarquicamente da direção para a execução das tarefas. Sob
abordagem econômica, entretanto, a Divisão de Trabalho apregoada
por Adam Smith como fundamental para a geração de riquezas,
constitui-se na genese dessa idéia. Organograma com exemplo de
Departamentalização Mista
Em Teoria da Organização, a Departamentalização tem como
alternativa as chamadas Adhocracias.
Conceito
De forma a aumentar a eficiência, o controle, e descentralizar a autoridade e a responsabilidade, os teóricos
organizacionais desenvolveram várias maneiras de dividir a Organização em subunidades. O objetivo era chegar a
um arranjo ordenado de partes organizacionais interdependentes, as quais convencionou-se chamar de
departamentos. O Departamento representa um segmento de uma organização, do qual uma atividade distinta foi
identificada, como exemplos podemos citar: o Departamento de Contabilidade, o Setor de Vendas e a Área de
Produção. O processo de divisão da estrutura organizacional em departamentos, recebe o nome de
Departamentalização, e surge como parte integral do processo de delegação do poder e sua respectiva autoridade.
Segundo Colenghi (2007), “é uma outra forma de fracionar a estrutura organizacional (divisões, seções, diretorias,
departamentos, coordenações, serviços etc.), objetivando agrupar as atividades homogêneas que possuem uma
mesma linha de ação, segundo características de complementaridade e similaridade”.[1]
A departamentalização representa a divisão do trabalho no sentido horizontal, ou seja, em sua variedade de tarefas ---
a divisão do trabalho no sentido vertical refere-se aos níveis de autoridade. As atividades são agrupadas por sua
similaridade e, desta forma, podem ser alocados recursos e pessoal necessários para o cumprimento dos objetivos
definidos pela organização e é também muito importante que as funções estejam bem definidas e descritas.
Funções
A descrição de funções baseia-se num processo de recolha, análise e sistematização de informação acerca de um
cargo, com o objetivo de identificar o título do cargo, posição no organograma e as respectivas tarefas ou atribuições.
A informação a recolher deve incidir essencialmente sobre:
• as atividades realizadas – quais são as tarefas (como, porquê e quando);
• as atividades no processo de decisão e comunicação;
• recursos técnicos (as máquinas, equipamentos e ferramentas);
• o mercado e as condições oferecidas pelas outras empresas (benchmark de mercado).
A descrição de funções abrange os aspectos intrínsecos e constitui um sumário de tarefas, objectivos e
responsabilidades de uma determinada função e a relação com outras funções.
Quando se procede à análise de uma função, existem três elementos a abordar:
• Identificar a função concretamente, o seu título e o seu enquadramento na organização;
• Especificar os requisitos pretendidos para o candidato nomeadamente: aptidões e competências técnicas,
experiência anterior, dimensões comportamentais exigidas para o sucesso na função e factores preferenciais;
Departamentalização 10
• Especificar o que a organização oferece em troca como remuneração e benefícios atribuídos, oportunidades de
formação e de carreira, o local de trabalho e o horário, entre outros.
Objetivos
Visa fortalecer o desempenho funcional, que deverá ocorrer por meio de procedimentos apropriados:
• Agregação: colocar os especialistas numa mesma unidade de trabalho a fim de possibilitar a troca de
experiências, o que resultará em ampliação do cabedal de conhecimento de cada um deles e conseqüentemente se
traduzirá em maiores índices de produtividade e qualidade. Com propósitos semelhantes, sempre que possível, os
equipamentos especiais devem ser colocados numa mesma área de trabalho.
• Controle: as atividades devem ser agrupadas de forma que possam ser facilmente supervisionadas, possibilitando
exercer um controle eficaz e eficiente, favorecendo a realização dos ajustes necessários antes do produto ser
considerado acabado e chegar aos clientes.
• Coordenação: a fim de se obter uma unidade de ação que será conseguida caso forem agrupadas atividades
correlatas e de objetivos comuns em uma mesma unidade organizacional.
• Enquadramento: as atividades devem ser agrupadas em unidades, de acordo com suas características, em
consonância com cada “grupo estrutural básico”, o que evitará possíveis conflitos internos.
• Processos: destacar para um primeiro plano as atividades mais relevantes que estão inseridas em um mesmo
processo, buscando agrupá-las dentro de unidades cujos objetivos sejam comuns e que atendam a clientes
determinados.
Principais Tipos
• Departamentalização Funcional, onde as unidades organizacionais são definidas com base na especialização e
tarefas comuns aos diversos setores, como financeiro, engenharia, e produção;
• Departamentalização por Quantidade, quando há um número elevado de pessoas desempenhando determinada
atividade, obrigando o estabelecimento de turnos de trabalho;
• Departamentalização Geográfica, utilizado em grandes empresas, onde a dispersão de atividades é importante
para o atendimento de necessidades logísticas ou culturais;
• Departamentalização por Projeto, quando as atividades de uma empresa são voltadas integralmente para
projetos específicos. Ex.: NASA e o projeto do Ônibus Espacial;
• Departamentalização por Produto, organizando-se em unidades independentes responsáveis por um grande
produto ou uma linha de produtos;
• Departamentalização por Cliente, situação em que as unidades organizacionais são projetadas em torno de
grupos de clientes e suas respectivas necessidades;
• Departamentalização por Processo, onde pessoas e recursos são alocadas de acordo com o fluxo de trabalho.
Ex.: Refinaria de óleo.
• Departamentalização Matricial, caracterizada pela união da Departamentalização Funcional, com a de Projetos
ou Produtos;
• Departamentalização Mista, representada pelo uso de diversos tipos de Departamentalização de forma a
aproveitar os modelos que melhor atendam as necessidades organizacionais.
Departamentalização 11
Vantagens
A Departamentalização oferece a oportunidade da Especialização do Trabalho, o que impacta na Economia de
Escala, que representa a produção em quantidade de determinado bem a custo menor a medida que o número de
produtos produzidos aumenta. O tempo de produção também pode ser reduzido de acordo com o planejamento e
controle da produção.
Desvantagens
Entre os possíveis impactos negativos resultantes da Departamentalização, estão a competição desleal entre os
departamentos, a perda da visão do todo pela vivência exclusiva no departamento e a resistência a mudanças pela
incerteza que estas trazem ao pessoal especializado.
Ver também
• Centro de custo
• Administração holística
• Organização e métodos
[1] COLENGHI, Vitor Mature. O&M e Qualidade Total: uma integração perfeita. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1997.
Bibliografia
• CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração – Edição Compacta, 2 ed. Rio de
Janeiro: Campus, 2000, 463 p.
• COLENGHI, Vitor Mature. O&M e Qualidade Total: uma integração perfeita. Rio de Janeiro: Qualitymark,
1997.
• GIGLIOTI, Francisco. Administração, organização e conceitos. 2 ed. Campinas, SP: LZN Editora, 2006, 198 p.
Autogestão 12
Autogestão
Autogestão é quando um organismo é administrado pelos seus participantes em regime de democracia direta. Em
autogestão, não há a figura do patrão, mas todos os empregados participam das decisões administrativas em
igualdade de condições. Em geral, os trabalhadores são os proprietários da empresa autogestionada. A autogestão
não pode ser confundida com controle operário, que mantém a hierarquia e o controle externo do organismo (ou da
fábrica) a algum organismo ou instância superior (como um partido político por exemplo).
Os conceitos de autogestão costumam variar de acordo com a posição política ou social de determinado grupo. O
conceito anarquista de autogestão se caracteriza por eliminar a hierarquia e os mecanismos capitalistas de
organização envolvidos. Já os conceitos de autogestão empresarial, mantém os mecanismos tradicionais de
organização capitalistas. Outra concepção de autogestão é aquela que a caracteriza como sendo as relações de
produção da sociedade comunista, tal como o caso de Nildo Viana em seu artigo O Que é Autogestão?, desenvolvido
de forma mais aprofundada em seu livro Manifesto Autogestionário e João Bernardo em seu livro Para Uma Teoria
do Modo de Produção Comunista.
Fundamentação Teórica
Erroneamente, muitas pessoas compreendem o anarquismo como uma forma totalmente desorganizada de ser e agir,
ou como “bagunça generalizada”. Este pré-conceito estabelecido ao longo dos últimos 150 anos não compreende a
extensão do modo anarquista de organização, que contrariamente ao conceituado usualmente, é um meio
extremamente organizado de defesa de direitos. Neste sistema organizativo, tem-se a autogestão, uma tecnologia de
trabalho, de organização de produção, resultado de esforços coletivos. O que não é autogestão:
Partindo da negação, ou seja, “o que não é autogestão”, será possível encontrar um conceito amplo e ao mesmo
tempo aplicado ao caso em tela. Guillerm e Bourdet trazem 5 conceitos para determinar o tipo de relação que um
grupo de operários possuem com as fábricas, participação, co-gestão, controle operário, cooperativa e autogestão.
Conceitos
Co-Gestão
Por Co-Gestão, Guilllerm e Bourdet apontam ter seu nascimento na ausência de conflitos, neste caso, os operários
de uma fábrica participam dos processos “meio”, ou seja, da melhoria e otimização da execução de um fim proposto
pela fábrica. Trata-se de uma tentativa de integrar a criatividade e a iniciativa operária ao processo produtivo de
ordem capitalista (aumento de produtividade e conseqüente extração de lucros). Há um enriquecimento das
atividades propostas na medida em que os operários vão adquirindo um conhecimento maior para a escolha dos
meios de atingir os objetivos propostos. Os operários recebem uma dose de auto-organização para a execução de
suas tarefas e na determinação dos meios para o alcance de objetivos, porém sem a definição de metas - trabalhador
participa apenas no processo de produção, nos meios, NÃO NOS FINS. Segundo os defensores deste modo de
gestão, a integração parcial da iniciativa e criatividade operária no processo de produção é uma forma de não dar um
simples papel instrumental dentro da empresa. Em realidade, a Co-gestão dá a possibilidade de intervenção operária,
através de seus representantes dos conselhos administrativos, o que pode ser considerado um grande passo em
direção a um processo autogestionário.
Autogestão 13
Controle operário
Controle operário segundo Guillerm e Bourdet têm nascedouro na existência de um conflito, onde os operários de
uma fábrica ou empresa, realizam protestos contra suas condições de trabalho, melhorias salariais, etc. Um dos
meios mais usados neste tipo trazido por Bourdet e Guillerm é a greve, onde os operários paralisam suas atividades
de maneira total ou parcial para alcançar a execução de suas reivindicações. No que se refere ao conceito
“cooperativa”, por questões meramente didáticas não serão colocadas como um tipo de gestão, uma vez que durante o
presente trabalho este conceito será explorado na sua totalidade com a autonomia que o tema merece, não
desmerecendo de maneira alguma os conceitos de Guillerm e Bourdet.
História
Historicamente encontramos registros de autogestão em várias situações, inclusive bíblicas, quando mencionamos os
Essênios, povo antigo que vivia em comunidade e usufruía os frutos de seu trabalho, decidindo os rumos do grupo.
Autogestão é um termo relativamente novo, tendo sido incluído nos dicionários franceses na década de 60. Os
tradutores de Soljenitsyn, por exemplo, empregam autogestão para caracterizar a organização do rodízio para
“despejar o urinol”:
“Na Prisão Política Central (...) “já ao se levantar, o guarda fez uma importante comunicação : designou entre os
detidos de nossa cela os que terão a incumbência de despejar o urinol. (Nas prisões banais, comuns, os prisioneiros
têm igualdade de liberdade de palavra e direito à autogestão, que lhes permite resolver por si mesmos este
problema”. Soljenistyn, Arquipélago Gulag, Guillerm e Bourdet, p.9.
Os tradutores do Arquipélago Gulag souberam traduzir de forma específica a autogestão, referindo-se em uma
análise simples a um rodízio de urinol. Por outro lado ao se fazer a análise completa é possível observar o poder de
decisão do grupo sobre algo que lhes diz respeito. Característica dos sistemas autogestionários coletivos. A decisão
coletiva é possibilidade de um sistema democrático, onde o espaço permite este tipo de prática. Mas, voltando os
dicionários franceses da década de 60, o termo autogestão, ou autogestion surge da tradução da palavra servo-croata
samoupravlje, em que samo equivale ao prefixo grego “auto” e upravlje significa “gestão”. Foi introduzida na França
para designar a experiência político-econômico-social da Iugoslávia de Tito em ruptura ao stalinismo: o chamado
titoísmo.
Não se pode aceitar como autogestão a experiência Iugoslava, até mesmo pelo controle e ingerência do Estado, o que
subverte o sistema como um todo. Não o desmerece, apenas tira de sua caracterização o rótulo “Autogestão” podendo
vir a ser reconhecido como sistema de Co-Gestão, pelo menos em uma análise primeira.
A possibilidade de tomar decisões, de se autogovernar é um grande passo na jornada para a Emancipação. A
liberdade se conquista, e isto, os oriundos do sistema prisional no país sabem muito melhor do que nós teóricos do
assunto: “Entendemos por autogestión el movimiento social, econômico y político que tiene como método y objetivo
que la empresa, la economia y la sociedad em general estan dirigidas por quienes producen y distribuien los bienes y
servicios generados socialmente. La autogestion propugna la gestión directa y democrática de los trabajadores, en las
funciones de planificacion, direccion y ejecución” (Iturruspe, 1988).
A grande maioria das pessoas executa tarefas e não sabem o motivo pelo qual o fazem. Iturruspe nos traz um
conceito importante sobre o que vem a ser Autogestão. “La gestión directa y democrática de los trabajadores, en las
funciones de planificación, direccion y ejecución”. Não se pode afirmar mais que seria utopia acreditar que um grupo
de trabalhadores pudesse ser dono de suas atividades, seus meios de produção e com isto produzisse riquezas. Ou
como diz Iturruspe, participando das atividades de planificação, direção e execução referentes ao seu
empreendimento. A experiência de Rochdale mostra que é uma possibilidade real. Nanci Valadares Carvalho, em
seu livro Autogestão, o Nascimento das ONGs, conceitua autogestão da seguinte maneira:
“Unidade de autogestão é aquela unidade para qual seus membros formam um grupo que se governa a si mesmo. No
tipo autogestão de autogoverno todos os trabalhadores numa determinada firma se tornam seus administradores
Autogestão 14
diretos.”
A grande colaboração deste sistema trazido por Proudhon – sem jamais ter usado o termo – está na possibilidade de
promover a liberdade coletiva dos envolvidos no sistema. Não se pode falar em autogestão de forma genérica, pois
se trata de modo de gestão autônomo, como valores e meios específicos. A Autogestão é resultado de processos
democráticos e decisórios. Possível, mediante liberdade, produzindo e promovendo liberdade.
Passeando pela internet é possível encontrar a seguinte definição no saite da Anteag – Associação Nacional dos
Trabalhadores das Empresas Autogestionárias: “A autogestão é um modelo de organização em que o relacionamento
e as atividades econômicas combinam propriedade e/ou controle efetivo dos meios de produção com participação
democrática da gestão.
Autogestão também significa autonomia. Assim, as decisões e o controle pertencem aos próprios profissionais que
integram diretamente a empresa. (www,anteag.org.br)” A ANTEAG, não fornece uma inovação conceitual sobre o
tema, por outro lado, fornece experiências autogestionárias, trazendo um novo paradigma das relações de trabalho,
administração e gestão de empreendimentos.
Autogestão em Proudhon
Apesar do pensamento contrário de Guillerm e Bourdet, e Nanci Carvalho, Proudhon com justa razão, é considerado
o “Pai da Autogestão”, inspirando experiências históricas de criação regimes autogestionários. Proudhon era antes de
tudo, um crítico da burocracia e de todas as construções que visavam o seu estabelecimento institucional.
O autor francês jamais empregou o termo “autogestão”, isto deve ficar claro, e talvez por este motivo alguns autores
não lhe dêem o crédito sobre este instituto organizacional. Por outro lado, empregou seu conteúdo, não restringindo
o sentido autogestionário de uma sociedade autônoma à simples administração de uma empresa pelo seu pessoal.
Proudhon foi além, fornecendo a sua concepção, como um conjunto social de grupos autônomos, associados tanto
nas suas funções econômicas de produção quanto nas suas funções políticas.
Em uma organização autogestionária, as decisões fundamentais têm de ser tomadas pelo coletivo. Para isso é
necessário que todos tenham acesso às informações, responsabilidade com o coletivo e disciplina. A Autogestão tem
uma história, Carvalho, descrevem um pouco sobre isto:
“A autogestão é impelida pelas condições materiais do nosso tempo e não como um amadurecimento de formas
anteriores da mesma coisa. O homem que conduz a experiência de sua própria gestão é o homem contemporâneo e
não o bárbaro ou selvagem que luta pela sobrevivência. A autogestão é um fenômeno pós-industrial baseado na
associação de homens em suas vidas para uma participação maior e mais profunda. Expressa o impulso cultural das
massas que querem o controle dos processos de mudança histórica, em vez de delegar este controle para os “poucos
educados”. Desta maneira - e se nesse sentido realmente for bem sucedida - a autogestão pode tomar-se a gestão dos
processos de mudança histórica”. (Carvalho, 1983: 34)
Ver também
• Conselhos operários
• Titoísmo
• Economia Solidária
• Manifesto Autogestionário
Ligações externas
• Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares [4], da USP - Ajuda trabalhadores que têm interesse em iniciar
empresas autogeridas
• Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da COPPE-UFRJ [5]
• Fórum Brasileiro de Economia Solidária [6]
• Cooperação, autogestão e educação nas novas configurações do trabalho [7], por Marisa Nunes Galvão e Ricardo
Cifuentes]
• Movimento Nacional de Fábricas Recuperadas [8], da Argentina, é uma ONG que une fábricas que foram
recuperadas pelos seus trabalhadores após estas falirem ou serem abandonadas pelos seus donos.
Referências
[1] http:/ / www. obrerosdezanon. org/
[2] http:/ / www. akpress. org
[3] http:/ / www. mondragon. mcc. es/
[4] http:/ / www. itcp. usp. br/
[5] http:/ / www. itcp. coppe. ufrj. br/
[6] http:/ / www. fbes. org. br/
[7] http:/ / pfilosofia. fateback. com/ 07_leituras_cotidianas/
20050426a_cooperacao_autogestao_e_educacao_nas_novas_configuracoes_do_trabalho. htm
[8] http:/ / www. fabricasrecuperadas. org. ar/
Fayol 16
Fayol
Jules Henri Fayol (Istambul, 29 de Julho de 1841 — Paris, 19 de
Novembro de 1925) foi um engenheiro de minas francês e um dos
teóricos clássicos da Ciência da Administração, sendo o fundador
da Teoria Clássica da Administração[1] e autor de Administração
Industrial e Geral (título original: Administration industrielle et
générale - prévoyance organisation - commandement,
coordination – contrôle).
Vida
Fayol era filho de pais franceses. Seu pai André Fayol, um
contramestre em metalurgia. Casou-se com Adélaïde Saulé e teve
três filhos, Marie Henriette, Madeleine e Henri Joseph, o último
sempre hostil às idéias do pai.
Criou o Centro de Estudos Administrativos, onde se reuniam
semanalmente pessoas interessadas na administração de negócios
comerciais, industriais e governamentais, contribuindo para a Henri Fayol (1841-1925).
difusão das doutrinas administrativas. Entre seus seguidores
estavam Luther Guilick, James D. Mooney, Oliver Sheldon e Lyndal F. Urwick.
Também direcionou seu trabalho para a empresa como um todo, ou seja, procurando cuidar da empresa de cima para
baixo, ao contrário das idéias adotadas por Taylor e Ford.
Juntamente com Taylor e Ford são considerados os pioneiros da administração. Sua visão, diferentemente de Taylor
(trabalhador) e Ford (dono), foi a de um Gerente ou Diretor.
Em 1888, aos 47 anos, assumiu a direção geral da mineradora de carvão francesa
Commentry-Fourchambault-Decazeville, em falência. Restabeleceu a saúde econômica-financeira da companhia.
Após 58 anos de estudos, pesquisa e observação reuniu suas teorias na obra Administração Industrial Geral
(Administration Industrielle et Generale), em 1916. Só foi traduzida para o inglês em 1949.
Fayol sempre afirmava que seu êxito se devia não só às suas qualidades pessoais, mas aos métodos que empregava.
Pesquisas
Henri Fayol é um dos principais contribuintes para o desenvolvimento do conhecimento administrativo moderno.
Uma das contribuições da teoria criada e divulgada por ele foi o desenvolvimento a abordagem conhecida como
Gestão Administrativa ou processo administrativo, onde pela primeira vez falou-se em administração como
disciplina e profissão, que por sua vez, poderia ser ensinada através de uma Teoria Geral da Administração.
Outra contribuição da teoria de Fayol é a identificação das atuais quatro funções da Administração que são: Planejar,
Organizar, Dirigir e Controlar (PODC), à qual Fayol ainda acrescenta a função de Coordenar.
Segundo Fayol a Administração é uma função distinta das outras funções, como finanças, produção e distribuição, e
o trabalho do gerente está distinto das operações técnicas das empresas. Com essa distinção Fayol contribuiu para
que se torne mais nítido o papel dos executivos. Identificou catorze princípios que devem ser seguidos para que a
Administração seja eficaz. Esses princípios se tornaram uma espécie de prescrição administrativa universal, que
segundo Fayol devem ser aplicadas de modo flexível. Os quatorze princípios são:
Fayol 17
Funções do administrador
Henry Fayol atribuiu cinco funções ao administrador dentro de uma estrutura organizacional, chamadas de PO3C:
1. Prever e planejar (prévoir - visualizar o futuro e traçar o programa de ação)
2. Organizar (organiser - constituir o duplo organismo material e social da empresa)
3. Comandar (commander - dirigir e orientar a organização)
4. Coordenar (coordonner - unir e harmonizar os atos e esforços coletivos)
5. Controlar (contrôler - verificar se as normas e regras estabelecidas estão sendo seguidas)
Tais ações conduziriam a uma administração eficaz das atividades da organização.[2]
Posteriormente, as funções de Comando e Coordenação foram reunidas sob o nome de Direção, passando as iniciais
para PODC: Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar. E ainda Planejar, Organizar, Executar e Avaliar, assim
passando as iniciais para POEA.
Além destas ainda temos: Motivar, Comunicar, Decidir, Assessorar, entre outras coisas.
Fayol 18
Especialização do Trabalho “Produzir mais e melhor com o mesmo esforço.” “Nem obsoleta nem fonte inesgotável de aumento de
[4]
produtividade.” Robbins
Autoridade e “Equilíbrio entre ambas é condição essencial de uma “Adoção de posturas mais participativas e de valorização
Responsabilidade boa administração.” [5]
humana.” Matos
Unidade de Comando “Um agente deve receber ordens somente de um “Criação de novos desenhos industriais que incluem chefes
chefe." [4]
múltiplos.” Robbins
Unidade de Direção “Um só chefe e um só programa para um conjunto de “A organização deve se mover toda à direção de um
operações que visam o mesmo objetivo.” [4]
objetivo comum mas possuem mais de um.” Robbins
Subordinação do Interesse “O interesse de um agente ou de um grupo de agentes O indivíduo precisa atingir os objetivos da empresa e
Individual ao Interesse não deve prevalecer sobre o interesse da empresa.” satisfazer às suas necessidades para sobreviver no
Geral [7]
sistema.” Barnard
Remuneração do Pessoal “Deve ser equitativa e, tanto quanto possível satisfazer “Boa parte da riqueza gerada pela organização passa aos
ao mesmo tempo ao pessoal e à empresa.” empregados sob a forma de salário.”
Hierarquia “Constitui a série dos chefes que vai da autoridade “Em condições de grande incerteza, a hierarquia
superior aos agentes inferiores.” [4]
geralmente se torna mais eficiente.” Robbins
Equidade “Para que o pessoal seja estimulado a empregar toda a Quando há ausência de equidade, o funcionário
boa vontade e o devotamento de que é capaz é preciso experimenta um sentimento de injustiça e insatisfação.”
que sejam tratados com benevolência.” [6]
Chiavenato.
Iniciativa “Conceber um plano e assegurar-lhe o sucesso é uma “A maioria das organizações está deixando a cargo dos
das mais vivas satisfações que o homem inteligente funcionários as tomadas de decisões anteriormente
pode experimentar.” [4]
tomadas exclusivamente pelos gerente.” Robbins
Obras
• Administration industrielle et générale - prévoyance organisation - commandement, coordination – contrôle.
Paris : Dunod, 1966.
• Tâches actuelles et futures des dirigents. Bruxelas : CNBOS, 1967.
[1] Título ainda não informado (favor adicionar) (http:/ / teoria. classica. administracao. googlepages. com/ ).
[2] CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 2.ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
[3] FAYOL, Henri. Administração Industrial e Geral. 10.ed. São Paulo : Atlas, 1990.
[4] ROBBINS, Stephen Paul. Administração : Mudanças e Perspectivas. 1.ed. São Paulo : Saraiva : 2002.
[5] MATOS, Francisco Gomes. Empresa Feliz. 3.ed. São Paulo : Makron Books, 1996.
[6] CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. 7.ed. São Paulo : Atlas, 2002.
[7] BARNARD. Chester I. As funções do executivo. 1.ed. São Paulo : Atlas, 1971.
• Idéias importantes da obra "Administração Industrial e Geral": O autor busca interpretar as funções e obrigações
de um administrador perante a sociedade que nos rodeia. Ele diz que a administração é de suma importância e
deveria estar no plano de ensino de faculdades como a de engenharia civil. Fayol também mostra a divisão do
trabalho e a divisão de funções mostrando a importância do administrador. O autor também busca criticar a
metodologia de certas faculdades mostrando que isso interfere no sistema organizacional do mundo.
Fayol 19
Bibliografia
• BATEMAN, Thomas S.; SNELL, Scott A. Administração: Construindo Vantagem Competitiva. SP: Atlas, 1998.
• MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à Administração. 6. ed. SP: Atlas, 2004.
Comunicação 20
Comunicação
Comunicação
Comunicação é um campo de conhecimento acadêmico que estuda os processos de comunicação humana. Entre as
subdisciplinas da comunicação, incluem-se a teoria da informação, comunicação intrapessoal, comunicação
interpessoal, marketing, publicidade, propaganda, relações públicas, análise do discurso, telecomunicações e
Jornalismo.
Também se entende a comunicação como o intercâmbio de informação entre sujeitos ou objetos. Deste ponto de
vista, a comunicação inclui temas técnicos (por exemplo, a telecomunicação), biológicos (por exemplo, fisiologia,
função e evolução) e sociais (por exemplo, jornalismo, relações públicas, publicidade, audiovisual e meios de
comunicação de massa).
A comunicação humana é um processo que envolve a troca de informações, e utiliza os sistemas simbólicos como
suporte para este fim. Estão envolvidos neste processo uma infinidade de maneiras de se comunicar: duas pessoas
tendo uma conversa face-a-face, ou através de gestos com as mãos, mensagens enviadas utilizando a rede global de
telecomunicações, a fala, a escrita que permitem interagir com as outras pessoas e efetuar algum tipo de troca
informacional.
No processo de comunicação em que está envolvido algum tipo de aparato técnico que intermedia os locutores,
diz-se que há uma comunicação mediada.
O estudo da Comunicação é amplo e sua aplicação é ainda maior. Para a Semiótica, o ato de comunicar é a
materialização do pensamento/sentimento em signos conhecidos pelas partes envolvidas. Estes símbolos são então
transmitidos e reinterpretadas pelo receptor. Hoje, é interessante pensar também em novos processos de
comunicação, que englobam as redes colaborativas e os sistemas híbridos, que combinam comunicação de massa e
comunicação pessoal e comunicação horizontal.
O termo comunicação também é usado no sentido de transportes (por exemplo, a comunicação entre duas cidades
através de trens).
História
Vários aspectos da comunicação têm sido objectos de estudos. Na Grécia Antiga, o estudo da Retórica, a arte de
discursar e persuadir, era um assunto vital para estudantes. No início do século XX, vários especialistas começaram a
estudar a comunicação como uma parte específica de suas disciplinas acadêmicas. A Comunicação começou a
emergir como um campo acadêmico distinto em meados do século XX. Marshall McLuhan, Theodor Adorno e Paul
Lazarsfeld foram alguns dos pioneiros na área. Tem vindo a evoluir constantemente, devido às novas tecnologias e
ao uso de redes sociais. Hoje em dia, não é necessário comprar um jornal para se estar informado. Obviamente, que
temos a televisão e a rádio. Porém, podemos aceder a um jornal via internet, através do site do mesmo ou de redes
sociais, caso do Twitter e do Facebook. Muitos jornais possuem contas nestas redes e postam informação, que se
encontra sempre atualizada. É interessante, porque se pode comentar e debater com os outros.
Teoria da Comunicação
Pensadores e pesquisadores das disciplinas de ciências humanas, como Filosofia, Sociologia, Psicologia e
Linguística, têm dado contribuições em hipóteses e análises para o que se denomina "Teoria da Comunicação", um
apanhado geral de ideias que pensam a comunicação entre indivíduos - especialmente a comunicação mediada -
como fenômeno social. Entre as teorias, destacam-se o funcionalismo, primeira corrente teórica, a Escola de
Frankfurt (crítica à primeira e profundamente marxista) e a escola de Palo Alto (principal corrente teórica
Comunicação 21
atualmente). O trabalho teórico na América Latina ganhou impulso na década de 1970 quando se passou a
retrabalhar e transformar as teorias estrangeiras. Assim surgiu a Teoria das Mediações, de Jesús Martin-Barbero.
As teorias dão diferentes pesos para cada um dos componentes da comunicação. As primeiras afirmavam que tudo o
que o emissor dissesse seria aceito pelo receptor (público). Daí surge a Teoria Crítica que analisa profundamente a
transmissão/dominação ideológica na comunicação de massa (Adorno, Horkheimer). Depois disso se passa a criticar
o modelo. O receptor, dizem os estudiosos de Palo Alto, tem consciência e só aceita o que deseja. Do ponto de vista
de Barbero, o que o receptor aceita (ou melhor, compreende) varia grandemente conforme sua cultura, no sentido
mais amplo da palavra.
Comunicação e Tecnologia
A comunicação humana desenvolve-se em diversos campos de A escrita é uma forma de comunicação utilizada desde
diferentes naturezas, dos quais podemos destacar dois pontos há milhares de anos
Dinamismo da Comunicação
Comunicação é uma palavra de sentido amplo e como tal abre um leque de possibilidades em vários segmentos. Com
o surgimento de novas tecnologias, além da sofisticação e aprimoramento de métodos de comunicação já existentes,
afloram a cada dia novas alternativas tornando mais dinâmicas as possibilidades de comunicação.
Essa evolução na área de comunicação é parte integrante da própria evolução do homem e da sociedade, mesmo
porque é sabido que a comunicação está diretamente ligado aos sentidos humanos. Então basta dizer que hoje é
impossível o homem deixar seus sentidos de lado simplesmente ignorando-os e deixando de comunicar-se, ou seja, é
impossível o homem viver isolado a margem da sociedade. Na verdade as pessoas e a sociedade em si estão
procurando aprimorar esses sentidos.
Para despertarmos o interesse das pessoas em algum serviço ou produto há a necessidade de algum estímulo nestes
sentidos e para tanto, necessitamos de alguma forma/meio de comunicação. Se estes sentidos estão evoluindo e se
aprimorando, vale dizer que para despertarmos interesse das pessoas e da sociedade como um todo está cada dia
mais difícil e técnico.
O óbvio é que tudo conspira contra as organizações, independentemente do tamanho dessas. É sabido que para
despertar interesses há a necessidade de se comunicar de alguma forma. Os segmentos de mercado correspondem a
Comunicação 22
minúsculas parcelas dessa sociedade e essas pequenas parcelas estão cada dia mais sensíveis e por consequência
exigentes. Daí vem a necessidade de usarmos não só todas as possibilidades de comunicação existentes mas fazer
isso de forma correta no sentido de busca pertinente e individual de acordo com cada ramo de atividade, ou seja,
atingir o segmento de mercado correto. Buscar não só os meios de comunicação corretos mas também utilizarmos a
linguagem correta para cada tipo de mídia. Buscar não só o universo correto desses meios de comunicação mas
também saber dosar as inserções em cada um deles. Com a evolução das novas tecnologias o termo comunicação
amplifica ainda mais o seu significado, chegando deste modo a níveis de dinamismo que transcende a actualidade.
Apesar disso, as decisões ainda são individuais dentro dessa sociedade. [1]
Telecomunicação
As telecomunicações dizem respeito às distintas tecnologias de
comunicação à distância (do prefixo grego tele-, distante), como
telegrafia, telefonia, radiodifusão, teledifusão e internet, entre
outras, envolvendo transmissão de áudio (som), vídeo (imagens) e
dados. Em telecomunicação, o termo comunicação tem os
seguintes significados:
Comunicação Segmentada
Telefone moderno sem fio
A Comunicação Segmentada é um desdobramento do modelo de
Comunicação de Massa. Ela ocorre pelos meios de comunicação tradicionais como jornais, rádios, TVs, Cinema,
cartazes ou internet, porém, diferentemente do modelo de massa, atinge grupos específicos, classificados de acordo
com características próprias e preferências similares. A Comunicação Segmentada tem a particularidade de atingir
um número menor, porém mais específico, de receptores ao mesmo tempo, partindo de um único emissor.
Ensino de Comunicação
O ensino de Comunicação como um campo de atividade profissional (ou seja, um conjunto de profissões) se dá
formalmente em três níveis: técnico, graduação e pós-graduação. No primeiro, em escolas de formação técnica,
ensinam-se técnicas operacionais para execução de produtos de comunicação e o uso de equipamentos necessários à
produção destes. No segundo, formam-se profissionais habilitados ao exercício de profissões de Comunicação, tanto
com treinamento prático quanto com embasamento teórico. Já no terceiro, em latu ou strictu senso, elaboram-se
teses analíticas ou teóricas sobre a prática da Comunicação, temas correlatos ao campo e as relações
comunicacionais no mundo.
No Brasil, a graduação em Comunicação é oferecida por instituições de ensino superior (faculdades e universidades)
e está regulamentada nos cursos de bacharelado em Comunicação Social (neologismo criado para evitar o termo "de
Massa"), divididos nas seguintes habilitações:
• Jornalismo
Comunicação 23
• Relações Públicas
• Radialismo ou Rádio & TV ou ainda Audiovisual
• Produção Editorial
• Publicidade e Propaganda
• Cinema & Vídeo
• Produção cultural
Em algumas universidades são oferecidos cursos de Comunicação Social Integrada, cuja grade curricular integra três
habilitações: Jornalismo, Relações Públicas e Publicidade e Propaganda.
Em Portugal, o curso de Comunicação (ou Comunicação Social) é oferecido por instituições de ensino superior
(faculdades, institutos e universidades) e está regulamentada nos cursos de licenciatura.
Ver também
• Comunicação de Massa
• Oratória
• Retórica
• Mídia
• Mídia Alternativa
• Editoração
• Cinema
• Televisão
• Propaganda
• Publicidade
• Internet
• Veículos de Comunicação
• Cultura de Massa
• Indústria Cultural
• Linguagem
• Análise do Discurso
• Comunicação Visual
• Design gráfico
• Design de cartazes
• Quadrinhos
• Jornalismo
• Imprensa
• Assessoria de Imprensa
Comunicação 25
• Relações Públicas
• Comunicação Organizacional
• Assessoria de Imprensa
• Democratização da Comunicação
• Folkcomunicação
Referências
[1] R.L.Latorre
Comunicação Estratégica
Comunicação Estratégica é o planejamento de formas de interações, construir relacionamentos no mundo tão
múltiplo e diferente e conhecer e buscar contextos diversos.
Os profissionais que lidam com a Comunicação Estratégica, são todos aqueles bacharéis em Comunicação, Relações
Públicas, Jornalismo e administradores de empresas.
Comunicação Organizacional
1. Redirecionamento Comunicação organizacional
Comunicação social 26
Comunicação social
Comunicação
A Comunicação Social é uma ciência social aplicada, cujo objeto tradicional de estudo são os Meios de
Comunicação de Massa (também chamados Mass Media ou simplesmente Média ou Mídia) principalmente o
Jornalismo ou Imprensa e a Comunicação Organizacional (Publicidade, Propaganda, Relações Públicas,
Comunicação de Marketing) de empresas e de organizações governamentais ou não-governamentais. A comunicação
objeto da Comunicação Social diferencia-se, portanto, da comunicação que é objeto de ciências como a Psicologia, a
Linguística ou a Antropologia, sem que se possa negar a existência de interseções entre esses domínios.
Os meios de comunicação de massa mais frequentes são o Jornal, a Televisão, o Rádio, o Cinema e a Internet.
Didaticamente poderia-se simplificar as atribuições dos diversos profissionais da seguinte forma: os Jornalistas
atuam com as notícias, os Publicitários ou Propagandistas atuam com os anúncios e os Relações Públicas com a
relação entre a sua organização e a sociedade, mas a interdisciplinariedade e a convergência tem se ampliado
progressivamente nessa área.
A pesquisa científica em Comunicação Social mantém diálogos frequentes com a Antropologia, com a Sociologia,
com a Linguística, com a Psicologia, com a Ciência da Informação, com a Administração de Empresas, com as Artes
Visuais, com a Música e com as Artes Cênicas. A partir do advento da Internet ampliou-se também o diálogo
acadêmico entre a Comunicação Social, a Ciência da Informação e a Ciência da Computação.
Os fenômenos tecnológicos relacionados à transmissão e à recepção das mensagens pelos meios de comunicação de
massa são um domínio de conhecimento distinto da Comunicação Social. Esses fenômenos são objeto de estudo das
engenharias, em especial dos profissionais de Telecomunicações.
Habilitações/Especilidades
Os profissionais formados em comunicação social podem ser habilitados nas seguintes especialidades:
• Publicidade & Propaganda
• Relações públicas
• Rádio & Televisão
• Cinema & Vídeo
• Jornalismo
No Brasil a Comunicação Social não foi regulamentada como uma única profissão, havendo diversas
regulamentações em separado, como Jornalistas, Relações Públicas ou Radialistas e com algumas especializações ou
habilitações ainda não regulamentadas.
Campo Profissional
• Agências de publicidade
• Produtoras de Áudio ou Vídeo
• Assessoria de Imprensa
• Veículos de comunicação: Rádio, Televisão, Jornal, Cinema e Internet
• Estúdios de Design Gráfico
• Gráficas e Editoras
• Pesquisa de Mercado
Veículos de Comunicação 27
Veículos de Comunicação
Comunicação
Veículos de comunicação são os meios que divulgam as notícias. Os veículos de comunicação estão espalhados por
diversos meios de comunicação, como a internet, a televisão, rádio, jornais e revistas.
O Jornal é um dos mais antigos veículos de informações, sua cobertura é basicamente em areas metropolitanas com
disponibilidade de edições locais ou bairrista.
A Revista com publicação, na maioria das vezes, para grandes regiões, muitas vezes até mundial, tem alta qualidade
gráfica com maior elaboração nos tipos de propagandas. Tem boa seletividade com relação ao público já que cada
tipo de revista é voltada para grupos específicos.
O Rádio enquadra sua principal vantagem na flexibilidade, porém com delimitação de sua cobertura devido sua área
de transmissão.
A TV é um excelente meio de comunicação pois possibilita um impacto dramático ao seu público combinando som e
movimento.
A Internet apesar de sua ampla cobertura de mercado, baixos custos e interatividade ainda atinge pouco o público
brasileiro pela dificuldade no acesso para classes mais baixas. Porém é uma grande promessa para comunicação de
massa, o que já vem ocorrendo em países mais desenvolvidos.
Jornalismo 28
Jornalismo
Jornalismo
Tópicos de Jornalismo
Artigo principal
Jornais e revistas
Jornalistas
Mídias
Linguagens
Fotojornalismo • Radiojornalismo •
Telejornalismo • Digital • Cinejornalismo
Funções e Processos
Especializações e Estilos
Conceitos
Formatos
Outros tópicos
Jornalismo é a atividade profissional que consiste em lidar com notícias, dados factuais e divulgação de
informações. Também define-se o Jornalismo como a prática de coletar, redigir, editar e publicar informações sobre
eventos atuais. Jornalismo é uma atividade de Comunicação.
Ao profissional desta área dá-se o nome de jornalista. O jornalista pode atuar em várias áreas ou veículos de
imprensa, como jornais, revistas, televisão, rádio, websites, weblogs, assessorias de imprensa, entre muitos outros.
História
O mais antigo jornal que se tem notícia foi o Acta Diurna, que surgiu por volta de 59 a.C., a partir do desejo de Júlio
Cesar de informar a população sobre fatos sociais e políticos ocorridos no império, como campanhas militares,
julgamentos e execuções.[1] As notícias eram colocadas em grandes placas brancas expostas em local de grande
acesso ao público. Na China, jornais escritos a mão surgiram no século VIII.[1]
A partir da invenção de Gutemberg, em 1447, surgiram os jornais modernos, que tiveram grande circulação entre
comerciantes, para a divulgação de notícias mercantis. Havia ainda jornais sensacionalistas escritos a mão, como o
que noticiou as atrocidades ocorridas na Transilvânia, feitas por Vlad Tsepes Drakul, mais conhecido como Conde
Drácula.[1] Em Veneza, o governo lançou o Notizie scritte, em 1556, ao custo de uma pequena moeda que ficou
conhecida como "gazetta".[1]
A publicação periódica iniciou-se na Europa Ocidental a partir do século XVII, como o Avisa Relation oder Zeitung,
surgido na Alemanha em 1609. O London Gazette, lançado em 1665, ainda mantém-se até a atualidade, agora como
publicação oficial do Judiciário.[1] Esses jornais davam pouca atenção a assuntos nacionais, preferindo focar-se em
fatos negativos ocorridos em outros países, como derrotas militares e escândalos envolvendo governantes.[1] Os
assuntos locais passaram a ser mais abordados na primeira metade do século XVII, mas a censura era uma prática
comum, não sendo possível noticiar algo que pudesse provocar insatisfação popular contra o governo. A primeira lei
protegendo a liberdade de imprensa foi aprovada na Suécia em 1766.[1]
Com a invenção do telégrafo, em 1844, as notícias passaram a circular muito mais rapidamente, gerando uma grande
mudança no jornalismo.[1] Em meados do século XIX, os jornais já eram o principal veículo de transmissão das
informações, passando a surgir grandes grupos editoriais, que tinham grande capacidade de influência.
Nos anos 1920, o surgimento do rádio novamente transformou o jornalismo, o que voltou a acontecer a partir dos
anos 1940 com o surgimento da televisão. A partir do fim dos anos 1990, a internet trouxe volume e atualização de
informações sem precedentes.[1]
Notícia
A notícia é um formato de divulgação de um acontecimento por meios, jornalísticos. É a matéria-prima do
Jornalismo, normalmente reconhecida como algum dado ou evento socialmente relevante que merece publicação
numa mídia. Fatos políticos, sociais, econômicos, culturais, naturais e outros podem ser notícia se afectarem
indivíduos ou grupos significativos para um determinado veículo de imprensa. Geralmente, a notícia tem conotação
negativa, justamente por ser excepcional, anormal ou de grande impacto social, como acidentes, tragédias, guerras e
golpes de estado. Notícias têm valor jornalístico apenas quando acabaram de acontecer, ou quando não foram
noticiadas previamente por nenhum veículo. A "arte" do Jornalismo é escolher os assuntos que mais interessam ao
público e apresentá-los de modo atraente. Nem todo texto jornalístico é noticioso, mas toda notícia é potencialmente
objeto de apuração jornalística.
Jornalismo 30
Trabalho do jornalista
A atividade primária do Jornalismo é a observação e descrição de
eventos, conhecida como reportagem
• "O quê" - o fato ocorrido
• "Quem" - o personagem envolvido
• "Onde" - o local do fato
• "Quando" - o momento do fato
• "Porquê" - a causa do fato
• "Como" - o modo como o fato ocorreu
A essência do Jornalismo, entretanto, é a seleção e organização
das informações no produto final (jornal, revista, programa de TV
etc.), chamada de edição.
O trabalho jornalístico consiste em captação e tratamento escrito,
oral, visual ou gráfico, da informação em qualquer uma de suas
formas e variedades. O trabalho é normalmente dividido em quatro
etapas distintas, cada qual com suas funções e particularidades: Primeiro jornal Brasileiro
pauta, apuração, redação e edição.
• A pauta é a seleção dos assuntos que serão abordados. É a etapa de escolha sobre quais indícios ou sugestões
devem ser considerados para a publicação final.
Jornalismo 31
Estas três mídias citadas têm limites de espaço e tempo pré-definidos para o conteúdo, o que impõe restrições à
edição. No chamado webjornalismo, ciberjornalismo ou "jornalismo online", estes limites teoricamente não
existem.
A inexistência destes limites começa pela potencialidade da interação no jornalismo online, o que provoca um
borramento entre as fronteiras que separam os papéis do emissor e do receptor, anunciando a figura do interagente.
Esta prática tem se difundido como "jornalismo open source", ou o jornalismo de código aberto, onde informações
são apuradas, redigidas e publicadas pela comunidade sem a obrigação de serem submetidas às rígidas rotinas de
produção e às estruturas organizacionais das empresas de comunicação.
De acordo com a pesquisadora Catarina Moura, da Universidade da Beira Interior (Portugal), Jornalismo Open
Source "implica, desde logo, permitir que várias pessoas (que não apenas os jornalistas) escrevam e, sem a castração
da imparcialidade, dêem a sua opinião, impedindo assim a proliferação de um pensamento único, como o pode ser
aquele difundido pela maioria dos jornais, cuja objectividade e imparcialidade são muitas vezes máscaras de um
qualquer ponto de vista que serve interesses mais particulares que apenas o de informar com honestidade e isenção o
público que os lê". (artigo disponível em http://www.bocc.ubi.pt)
Jornalismo 32
Mídia Veículos
digital portais, websites, revistas em CD-ROM, boletins por e-mail, vídeos para sites
Funções jornalísticas
As funções que os jornalistas podem exercer na profissão variam de mídia para mídia, de canal para canal e de
veículo para veículo. Às vezes a mesma função recebe nomes distintos em empresas diferentes. Basicamente, as três
funções fundamentais são a reportagem (coleta de informações), a redação (organização destas em texto) e a
edição (seleção e hierarquização das informações no produto final).
Redação Redator, Articulista, Colunista, Crítico, Redator Editor de Texto Webwriter (Editor de Página),
Revisor Redator
Funções auxiliares:
• Colunista, Articulista e Comentarista
• Editorialista
• Ombudsman
• Secretário de Redação
Funções extra-redação:
• Assessor de imprensa
• Correspondente estrangeiro
O texto jornalístico
O produto da atividade jornalística é geralmente
materializado em textos, que recebem diferentes
nomenclaturas de acordo com sua natureza e
objetivos. Uma matéria é o nome genérico de
textos informativos resultantes de apuração,
incluindo notícias, reportagens e entrevistas. Um
artigo é um texto dissertativo ou opinativo, não
necessariamente sobre notícias, e nem
necessariamente escrito por um jornalista.
O conjunto de técnicas e procedimentos específicos para a atividade de redação jornalística é chamado de técnica de
redação.
As matérias apresentam, quase sempre, relatos de pessoas envolvidas no fato, que servem para tanto validar (por
terceiros) as afirmativas do jornal (técnica chamada de documentação) quanto para provocar no leitor a
identificação com um personagem (empatia). No jargão jornalístico, os depoimentos destes personagens chamam-se
aspas.
Apesar de as matérias serem geralmente escritas em estilo sucinto e objetivo, devem ser revisadas antes de serem
publicadas. O profissional que exerce a função de revisão, hoje figura rara nas redações, é chamado de revisor ou
copy-desk.
Jornalismo 34
Editorias e Cadernos
O trabalho em redações jornalísticas é geralmente dividido entre editorias temáticas, agrupando os assuntos mais
comuns do noticiário. Assim como a classificação dos assuntos adequados a cada editoria pode variar.
Em jornais diários, as editorias podem ser organizadas em Cadernos e Suplementos, que são fascículos de
encadernação separada incluídos no conjunto publicado e de periodicidade predeterminada.
Jornais diários de grande circulação e revistas de informação geral normalmente têm as seguintes editorias, que
podem também ser tratadas em publicações especializadas:
• Geral - não exatamente uma editoria, mas o departamento e a equipe de reportagem e redação que tratam de
assuntos diversos, como acidentes, cataclismas, intempéries, tragédias e até crimes (estes normalmente reservados
para a página Policial);
• Local ou Cidade - assuntos de interesse local ou regional;
• Nacional ou País - assuntos de outras localidades do país;
• Política - às vezes, agrupada com a anterior;
• Polícia (conhecida como "RePol") - crimes e assuntos de segurança, às vezes incluindo também ações de Defesa
Civil e Bombeiros;
Jornalismo 35
geralmente sutil e que usa uma arma de aparência extremamente inofensiva: a palavra, acrescida, no
caso da televisão, de imagens. Entrar no universo do jornalismo significa ver essa batalha por dentro,
desvendar o mito da objetividade, saber quais são as fontes, discutir a liberdade de imprensa no Brasil."
Referências bibliográficas
• BONNER, William. "Jornal Nacional. Modo de fazer" , Rio de Janeiro, 2009
• ABRAMO, Cláudio. A Regra do Jogo, São Paulo: Companhia das Letras, 1988
• ALTMAN, Fábio (org.). A Arte da Entrevista, São Paulo: Scritta, 1995
• AMOROSO LIMA, Alceu. O Jornalismo como Gênero Literário, São Paulo: Edusp, 1990
• AUBENAS, Florence & BENASAYAG, Miguel. La Fabrication de L'Information: les journalistes et
l'idéologie de la communication, Paris: La Découverte, ano?
• BADARÓ, Líbero. Liberdade de Imprensa, São Paulo: Parma, 1981
• BOND, Fraser. Introdução ao jornalismo, Rio de Janeiro: Agir, 1962
• BUCCI, Eugênio. O peixe morre pela boca, São Paulo: Scritta, 1993
• CAPOTE, Truman. A Sangue Frio, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1966.
• COIMBRA, Oswaldo. O Texto da Reportagem Impressa, São Paulo: Ática, 1993.
• DIMENSTEIN, Gilberto, e KOTSCHO, Ricardo. A Aventura da Reportagem, São Paulo: Summus
• DINES, Alberto. O Papel do Jornal, São Paulo: Summus, 1986
• FUSER, Igor. A Arte da Reportagem, São Paulo: Scritta, 1996
• KOTSCHO, Ricardo. A Prática da Reportagem, São Paulo: Ática, 1986
• LAGE, Nilson. Estrutura da notícia, São Paulo: Ática, 1985
• LAGE, Nilson. A reportagem - Teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística, Rio de Janeiro: Record,
2001.
• LUSTOSA, Elcias. O texto da notícia, Brasília: UnB, 1996.
• MARX, Karl. A Liberdade da Imprensa, Porto Alegre: L&PM, 1980
• MEDINA, Cremilda. Notícia, um produto à venda, São Paulo: Alfa-Ômega, 1978.
• MELO, José Marques de. Normas de Redação de Cinco Jornais Brasileiros, 1972, USP
• RODRIGUES, Marcus Vinicius. O Papel do Web Jornal, Porto Alegre: EdiPUC-RS.
• RUFFIN, François. Les Petits Soldats du Journalisme, Paris: Les Arènes, ano?
Jornalismo 37
• SODRÉ, Muniz e FERRARI, Maria Helena. Técnica de Redação: o texto no jornalismo impresso, Rio de
Janeiro: Francisco Alves, 1982.
• SODRÉ, Muniz e FERRARI, Maria Helena. Técnica de Reportagem: notas sobre a narrativa jornalística, São
Paulo: Summus, 1986.
Periódicos em português
De países que têm o português como idioma oficial ou principal:
• Lista de jornais e revistas brasileiros
• Lista de jornais e revistas portugueses
• Lista de jornais e revistas angolanos
• Lista de jornais e revistas moçambicanos
• Lista de jornais e revistas caboverdianos
Jornalistas lusófonos
• Lista de jornalistas brasileiros
• Lista de jornalistas portugueses
[1] Associação Nacional dos Jornais. Jornais:Breve história. (http:/ / www. anj. org. br/ a-industria-jornalistica/ historianomundo/
historiadojornal. pdf) Página acessada em 31/07/2010.
Ver também
• Imprensa
• Mídia
• Fotojornalismo
• Radiojornalismo
• Telejornalismo
• Jornalismo online
• Diagramação
• Assessoria de imprensa
• Agência de notícias
• Jornalismo Internacional
• Jornalismo Econômico
• Jornalismo de Turismo
• Jornalismo Ambiental
• Jornalismo Esportivo
• Jornalismo Comunitário
• Jornalismo Cultural
• Jornalismo Literário
• Jornalismo gonzo
• Escola de jornalismo
Jornalismo 38
• Estilo
• Padrões jornalísticos
• Fraude jornalística
• Prêmio Pulitzer
• Freelancer
• Foca (jornalista iniciante)
• Lista de filmes sobre jornalismo
Movimentos
• Jornalismo cidadão
• Jornalismo cívico ou público
Ligações externas
• WikiNews em português (http://pt.wikinews.org)
• Federação Internacional de Jornalistas (http://www.ifj.org)
• Associação Brasileira de Imprensa (http://www.abi.org.br)
• Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (http://www.fnpj.org.br)
• Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (http://www.sbpjor.org.br)
• Associação Nacional de Jornais (http://www.anj.org.br) (Brasil)
• Federação Nacional dos Jornalistas (http://www.fenaj.org.br) (Brasil)
• Fórum Nacional dos Professores de Jornalismo - FNPJ (http://www.fnpj.org.br) (Brasil)
• Clube de Jornalistas (http://www.clubedejornalistas.pt) (Portugal)
• Comitê para Proteção a Jornalistas (http://www.cpj.org)
• Seleção Diária de Notícias (http://www.mre.gov.br/portugues/imprensa/noticias.asp) (clipping oficial do
Itamaraty)
Assessoria de imprensa 39
Assessoria de imprensa
Jornalismo
Tópicos de Jornalismo
Artigo principal
Jornais e revistas
Jornalistas
Mídias
Linguagens
Fotojornalismo • Radiojornalismo •
Telejornalismo • Digital • Cinejornalismo
Funções e Processos
Especializações e Estilos
Conceitos
Formatos
Outros tópicos
Press release
Press releases ou Comunicados de imprensa, ou apenas releases são documentos divulgados por assessorias de
imprensa para informar, anunciar, contestar, esclarecer ou responder à mídia sobre algum fato que envolva o
assessorado, positivamente ou não. É, na prática, uma declaração pública oficial e documentada do assessorado.
Geralmente, releases são usados para anúncios e lançamentos de novidades, que a Assessoria tem interesse em que
virem notícia. Um release bem estruturado pode ser o mote para uma pauta.
O release deve conter informação jornalística com objetivo promocional para o assessorado — ou seja, ser ao mesmo
tempo de interesse jornalístico e institucional. Pode ser definido como o material informativo distribuído aos
jornalistas para servir de pauta ou ser veiculado completa ou parcialmente, de maneira gratuita. É uma proposta de
Assessoria de imprensa 41
Press-kit
Um Press-kit ou Pacote de imprensa é um pacote de Press release com brindes promocionais, uma amostra/réplica
do produto ou o próprio produto, fotos de divulgação, credenciais de imprensa e outros ítens que facilitem a
cobertura jornalística sobre o que se quer divulgar e estimulem os jornalistas a publicar a intenção do assessorado.
No formato de distribuição de noticiário denominado "Regionalização da Notícia", informações oriundas das regiões
ou cidades em que será distribuido o release são insertadas neste release, como entrevistas de personalidades locais,
informações sobre serviços disponíveis para os leitores da região ou cidade, oferta de respostas a dúvidas dos leitores
locais e outras formas de interatividade.
Mailing list
A Mailing List (literalmente, "lista de correio") ou Mala Direta é uma lista de endereços de destinatários aos quais
a Assessoria de Imprensa envia comunicados, notas, credenciais ou brindes com o propósito de incentivar a
publicação de determinada informação.
Entrevistas coletivas
Em casos que uma declaração, opinião ou anúncio do assessorado seja de interesse para um número significativo de
veículos de imprensa ou para a mídia em geral, as assessorias de imprensa convocam entrevistas coletivas, que são
eventos nos quais o assessorado (ou um representante institucional) é entrevistado ao mesmo tempo por vários
órgãos de imprensa e veículos de mídia.
Geralmente, o acesso de um jornalista a uma entrevista coletiva depende de credenciamento prévio junto à assessoria
ou à instituição. As perguntas passíveis de serem dirigidas ao assessorado podem ou não ter sido antecipadamente
acordadas e normalmente são limitadas a uma por veículo, ou pelo menos uma por vez.
Entrevistas coletivas também são momentos propícios para registro fotográfico.
Assessoria de imprensa 42
Eventos e sociabilidade
Em certas ocasiões, uma Assessoria de Imprensa atua como produção de eventos, atividade que não é sua, de
origem.
Festas, coquetéis, cerimônias, seminários, oficinas, palestras, entre outros, são eventos que podem ser úteis à
Assessoria para divulgar novidades ou atividades do assessorado. O público destes eventos pode ser tanto externo
quanto interno, e eles devem contar com a presença de agentes da mídia (jornalistas, editores, fotógrafos,
publicistas) para que sejam bem-sucedidos.
Ver também
• Assessoria de Comunicação
• Relações Públicas
• Publicidade & Propaganda
• Imprensa
• Jornalismo
• Jornalismo Institucional
• Mídia
• Comunicação
• Marketing
!
Administração
A administração, também chamada
gerenciamento (português brasileiro) ou
gestão (português europeu) de empresas,
supõe a existência de uma instituição a
ser administrada ou gerida, ou seja, um
agrupamento de pessoas que se
relacionem num determinado
ambiente, físico ou não, orientadas
para um objetivo comum que é a
empresa. Empresa, aqui significa o
empreendimento, os esforços humanos
organizados, feitos em comum, com
um fim específico, um objetivo. As
instituições (empresas) podem ser
públicas ou privadas, com ou sem fins
lucrativos.
Atualmente se utiliza esta palavra para designar os estabelecimentos comerciais, industriais, de serviços, etc.,
grandes ou pequenos, o que não revela seu sentido no título da profissão.
A necessidade de organizar os estabelecimentos nascidos com a revolução industrial levou os profissionais de outras
áreas mais antigas e maduras a buscar soluções específicas para problemas que não existiam antes. Assim a pesquisa
de métodos especiais para administrar estes empreendimentos deu origem aos rudimentos da ciência da
administração.
Administração 43
Não se deve confundir a gerência de uma casa ou de nossa vida pessoal que tem sua arte própria, porém empírica
com a gerência de uma instituição, considere aqui este termo como genérico para empreendimento, empresa.
Desenvolvimento do conceito
Como ciência é um ramo das ciências humanas, ditas sociais, pois trata dos agrupamentos humanos, mas com uma
peculiaridade que é o olhar holístico, buscando a perfeita integração entre pessoas, estrutura e recursos.
Desde tempos primitivos os homens, reunidos em tribos com o fito de defenderem-se, desenvolvem as relações que
obedecem às regras do Direito. Estas relações quando puderem ser mensuradas quantitativamente seguem princípios
da Economia. Outras instituições, sem fins lucrativos, medem o retorno do investimento de seus esforços pela
satisfação das necessidades do seu público, de qualquer forma precisam ser administradas.
Além dos conhecimentos específicos em Administração, a ciência utiliza conhecimentos do Direito, Contabilidade,
Economia, Matemática e Estatística. São igualmente importantes para a ciência da administração a Psicologia e a
Sociologia, sem esquecermos da Informática.
Instituições de Direito Público ou Instituições de Direito Privado criadas para fins lucrativos ou para finalidades
sociais, dependem da ciência da administração para funcionarem, assim como o veículo precisa do piloto para o
conduzir.
Administrar é o processo de tomar, realizar e alcançar ações que utilizam recursos para atingir objectivos. Embora
seja importante em qualquer escala de aplicação de recursos, a principal razão para o estudo da administração é seu
impacto sobre o desempenho das organizações. É a forma como são administradas que torna as organizações mais ou
menos capazes de utilizar corretamente seus recursos para atingir os objetivos corretos.[1]
A administração é uma ciência social aplicada, fundamentada em um conjunto de normas e funções elaboradas para
disciplinar elementos de produção. A administração estuda os empreendimentos humanos com o objetivo de alcançar
um resultado eficaz e retorno financeiro de forma sustentável e com responsabilidade social, ou seja, é impossível
falar em Administração sem falar em objetivos. Em síntese, o administrador é a ponte entre os meios (recursos
financeiros, tecnológicos e humanos) e os fins (objetivos). Como elo entre os recursos e os objetivos de uma
organização, cabe ao administrador combinar os recursos na proporção adequada e para isso é necessário tomar
decisões constantemente num contexto de restrições, pois, nenhuma organização por melhor que seja dispõe de todos
os recursos e também a capacidade de processamento de informações do ser humano é limitado. Administrar envolve
a elaboração de planos, pareceres, relatórios, projetos, arbitragens e laudos, em que é exigida a aplicação de
conhecimentos inerentes às técnicas de Administração. A Administração se divide, basicamente, em cinco áreas:
finanças, logística, marketing, vendas ou produção e recursos humanos. Alguns doutrinadores modernos inserem
nessa divisão a TI (Tecnologia da Informação) e a P&D, ou seja, a Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação. Pelo fato
da Administração ter diversas ciências como base, o administrador disputa seu espaço com profissional de diferente
áreas. Em finanças, disputa espaço com economistas e contadores. Em marketing, disputa espaço com publicitários.
Em produção, disputa espaço com engenheiros. Em recursos humanos, disputa espaço com psicólogos.
A profissão de administrador é historicamente recente e foi regulamentada no Brasil em 9 de setembro de 1965, data
em que se comemora o Dia do Administrador.
Os primeiros administradores profissionais (administrador contratado, que não é o dono do negócio) foram os que
geriram as companhias de navegação inglesas a partir do século XVII.
Segundo Jonh W. Riegel, "o êxito do desenvolvimento de executivos em uma empresa é resultado, em grande parte,
da atuação e da capacidade dos seus gerentes no seu papel de educadores.Cada superior assume este papel quando
ele procura orientar e facilitar os esforços dos seus subordinados para se desenvolverem".
Administração 44
Funções administrativas
Fayol foi o primeiro a definir as funções básicas do Administrador: planejar, organizar, controlar, coordenar e
comandar - POCCC. Atualmente, sobretudo com as contribuições da Abordagem Neoclássica da Administração, em
que um dos maiores nomes é Peter Drucker, os princípios foram retrabalhados e são conhecidos como Planejar,
Organizar, Dirigir e Controlar (PODC). Ressalte-se, então, que destas funções as que sofreram transformações na
forma de abordar foram "comandar e coordenar" que altualmente chama-se apenas Dirigir (Liderança).
Atualmente, as principais funções administrativas são:
• Fixar objetivos (planejar);
• Analisar: conhecer os problemas;
• Solucionar problemas;
• Organizar e alocar recursos (recursos financeiros e tecnológicos e as pessoas);
• Comunicar, dirigir e motivar as pessoas (liderar);
• Negociar;
• Tomar as decisões (rápidas e precisas);
• Mensurar e avaliar (controlar).
O papel do administrador
As funções do gestor foram, num primeiro momento, delimitadas como: planejar, organizar, comandar, coordenar e
controlar. No entanto, por ser essa classificação bastante difundida, é comum encontrá-la em diversos livros e até
mesmo em jornais de forma condensada em quatro categorias. São elas: planejar, organizar, liderar e controlar.
Planejar: "definir o futuro da empresa, principalmente, suas metas, como serão alcançadas e quais são seus
propósitos e seus objetivos" , ou como "ferramenta que as pessoas e as organizações usam para administrar suas
relações com o futuro. É uma aplicação específica do processo decisório." ).
O planejamento envolve a determinação no presente do que se espera para o futuro da organização, envolvendo quais
as decisões deverão ser tomadas, para que as metas e propósitos sejam alcançados.
Organizar: pode-se constatar que [...] se fosse possível seqüenciar, diríamos que depois de traçada(s) a(s) meta(s)
organizacional (ais), é necessário que as atividades sejam adequadas às pessoas e aos recursos da organização, ou
seja, chega a hora de definir o que deve ser feito, por quem deve ser feito, como deve ser feito, a quem a pessoa deve
reportar-se, o que é preciso para a realização da tarefa.
Logo, "organizar é o processo de dispor qualquer conjunto de recursos em uma estrutura que facilite a realização de
objetivos. O processo organizacional tem como resultado o ordenamento das partes de um todo, ou a divisão de um
todo em partes ordenadas."
Liderar: envolve influenciar as pessoas para que trabalhem num objetivo comum. "Meta(s) traçada(s),
responsabilidades definidas, será preciso neste momento uma competência essencial, qual seja, a de influenciar
pessoas de forma que os objetivos planejados sejam alcançados."
A chave para tal, está na utilização da sua afetividade, na sua interação com o meio ambiente que atua.
Na gestão não basta apenas ser uma pessoa boa, é necessário que tenha nascido para vencer, vitória essa que está
relacionada com a busca constante de desafios, com a coragem de mobilizar-se, de assumir seu papel diante de seus
pares, de seus colaboradores e de seus supervisores.
A chave para tal, está na utilização da sua afetividade, na sua interação com o meio ambiente que atua. (muito bem
mencionado)
Falar de afetividade pode significar aderir a um sistema de gestão de pessoas de forma parcial.
Quando se fala de gerir pessoas é importante ter em atenção ser competente, reconhecer competência e
competências.
Administração 45
Trabalhar ou liderar pessoas é uma tarefa árdua, em que mais depressa se detectam os fracassos do que os sucesso, já
que no primeiro caso toda a empresa se poderá ressentir, no segundo, o mérito é geralmente assumido de forma
solitária.
Trabalhar com seres humanos exige conhecer, compreender para posteriormente se desenvolver.
Para identificar competências há que conhecer muito bem a empresa e todos os seus colaboradores. Desta forma
partimos para a implementação de todo um sistema organizado, planejado e formalizado com o objectivo de reter
talentos, desenvolver as capacidades individuais, prever constrangimentos, e acima de tudo criar e gerir as
oportunidades. Desta forma motivamos todos os intervenientes, gerimos as suas expectativas e potenciamos a
produtividade.
Liderar significa análise, responsabilidade e justiça.
Maximiano ao invés de liderar, define o terceiro passo como executar, "o processo de execução consiste em realizar
as atividades planejadas que envolvem dispêndio de energia física e intelectual"
E por último controlar, que "estando a organização devidamente planejada, organizada e liderada, é preciso que haja
um acompanhamento das atividades, a fim de se garantir a execução do planejado e a correção de possíveis
desvios"(ARAÚJO, 170, 2004).
Cada uma das características podem ser definidas separadamente, porém dentro da organização, são executadas em
conjunto, ou seja, não podem ser trabalhados disjuntas. Leandra Ferreira Mendonca
Teorias da administração
As teorias da administração podem ser divididas em várias correntes ou abordagens.[2] Cada abordagem representa
uma maneira específica de encarar a tarefa e as características do Trabalho de administração.
Abordagem clássica da administração
• Administração científica
• Teoria clássica da administração
Abordagem humanística da administração
• Teoria das relações humanas
Abordagem neoclássica da administração
• Teoria neoclássica da administração
• Administração por objetivos (APO)
Abordagem estruturalista da administração
• Modelo burocrático da administração
• Teoria estruturalista da administração
Administração 46
A teoria geral da administração começou com a ênfase nas tarefas, com a administração científica de Taylor. A
seguir, a preocupação básica passou para a ênfase na estrutura com a teoria clássica de Fayol e com a teoria
burocrática de Max Weber, seguindo-se mais tarde a teoria estruturalista. A reação humanística surgiu com a
ênfase nas pessoas, por meio da teoria comportamental e pela teoria do desenvolvimento organizacional. A
ênfase no ambiente surgiu com a Teoria dos Sistemas, sendo completada pela teoria da contingência. Esta,
posteriormente, desenvolveu a ênfase na tecnologia. Cada uma dessas cinco variáveis - tarefas, estrutura, pessoas,
ambiente e tecnologia - provocou a seu tempo uma diferente teoria administrativa, marcando um gradativo passo no
desenvolvimento da TGA. Cada teoria administrativa procurou privilegiar ou enfatizar uma dessas cinco variáveis,
omitindo ou relegando a um plano secundário todas as demais.
Áreas da administração
• Administração financeira
• Administração da produção
• Administração pública
• Administração de materiais
• Marketing
• Gestão de pessoas
• Gestão sistêmica
• Administração de sistemas de informação
• Organização, sistemas e métodos
• Comércio internacional
Administração 48
[1] Maximiano,Antonio Cesar Amaru. Introdução à administração - 5.ed.rev.e ampl.- São Paulo : Atlas, 2000
[2] Chiavenato, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 4. ed. São Paulo: Makron, 1993.
Bibliografia
• ARAÚJO, Luis César G. Teoria Geral da Administração: aplicação e resultados nas empresas brasileiras. Ed.
Atlas, SP, 2004.
• DRUCKER, Ferdinand P. A Profissão de Administrador. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 1998. ISBN
85-221-0166-3
• DRUCKER, Ferdinand P. Introdução à administração. 3. ed. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2002.
ISBN 85-221-0130-5
• LACOMBE, F.J.M.; HEILBORN G.L.J. Administração: princípios e tendências. 1.ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
ISBN 85-02-03788-9
• MAXIMIANO, Antonio Amaru. Teoria Geral da Administração: da revolução urbana à revolução digital. Ed.
Atlas, 2002.
• MONTANA, Patrick J. Administração. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2003. ISBN 85-02-03786-2
Ver também
• Análise econômica de sistemas de informações
• Balanced scorecard
• Estratégia competitiva
• Gestão estratégica de empresas
• Planejamento estratégico
• Inteligência organizacional
• Gerenciamento de processos
Ligações externas
Portal Gestão (http://portal-gestao.com)
• Conselho Federal de Administração do Brasil (CFA) (http://www.cfa.org.br/) (em português)
Responsabilidade social 49
Responsabilidade social
Segundo o Livro Verde da Comissão Europeia (2001,a responsabilidade social é um conceito, segundo o qual, as
empresas decidem, numa base voluntária, contribuir para uma sociedade mais justa e para um ambiente mais limpo.
Com base nesse pressuposto, a gestão das empresas não pode, e/ou não deve, ser norteada apenas para o
cumprimento de interesses dos proprietários das mesmas, mas também pelos de outros detentores de interesses
como, por exemplo, os trabalhadores, as comunidades locais, os clientes, os fornecedores, as autoridades públicas, os
concorrentes e a sociedade em geral. Afirma Carlos Cabral-Cardoso (2002)que o conceito de responsabilidade social
deve ser entendido a dois níveis. O nível interno relaciona-se com os trabalhadores e, mais genericamente, a todas as
partes interessadas afectadas pela empresa e que, por seu turno, podem influenciar os seus resultados. O nível externo
tem em conta as consequências das acções de uma organização sobre os seus componentes externos, nomeadamente,
o ambiente, os seus parceiros de negócio e meio envolvente. Factores que originaram o conceito a RSE São diversos
os factores que deram origem à necessidade de se observar uma responsabilidade acrescida das organizações. Num
contexto da globalização e de mutação industrial em larga escala, emergiram novas preocupações e expectativas dos
cidadãos, dos consumidores, das autoridades públicas e dos investidores. Os indivíduos e as instituições, como
consumidores e/ou como investidores, adoptam, progressivamente critérios sociais nas suas decisões (ex.: os
consumidores recorrem aos rótulos sociais e ecológicos para tomarem decisões de compra de produtos). Os danos
causados ao ambiente pelas actividades económicas, (ex.: marés negras, fugas radioactivas) tem gerado
preocupações crescentes entre os cidadãos e diversas entidades colectivas, pressionando as empresas para a
observância de requisitos ambientais e exigindo à entidades reguladoras, legislativas e governamentais a produção de
quadros legais apropriados e a vigilância da sua aplicação. Os meios de comunicação social e as modernas
tecnologias da informação e da comunicação têm sujeitado a actividade empresarial e económica a uma maior
transparência. Daqui tem resultado um conhecimento mais rápido e mais profundo das acções empresariais – tanto
as socialmente irresponsáveis (nefastas) como as que representam bons exemplos (e que, por isso, são passíveis de
imitação) – com consequências notáveis na reputação e na imagem das empresas.
Responsabilidade Social diz respeito ao cumprimento dos deveres e obrigações dos indivíduos e empresas para com
a sociedade em geral.
Existem várias outras a definições para o termo responsabilidade. Podemos citar, entre elas, as seguintes:
Alguns sociólogos entendem como sendo responsabilidade social a forma de retribuir a alguém, por algo alcançado
ou permitido, modificando hábitos e costumes ou perfil do sujeito ou local que recebe o impacto.
Podemos citar um exemplo: A implantação de uma fábrica em uma determinada localidade, cujo espaço era utilizado
pelos moradores como pasto para seus animais, ocasionando perda desse acesso, exigindo a criação de novas forma
de alcançar o que estava posto e estabelecendo um novo cenário para o local.
Como compensar aos nativos e a natureza por essa "invasão"? Aplica-se no caso atos contínuos que possam de uma
forma adequada compatibilizar a perda dos antigos moradores com meios compensatórios de forma a evitar o
máximo mudanças bruscas.
Observe-se que há outras interpretações.
Um outro exemplo:
Uma empresa que patrocina um time de futebol ou volei que supostamente tem condições de se manter sozinho é
responsabilidade social?
Sim, desde que a relevancia do fato de determinada empresa efetuar tal patrocínio tenha relevancia social e seja de
amplo espectro de aplicação. Tornando mais fácil ao acesso da educação, esporte, cultura, entre outros a comunidade
local envolvida.
• Responsabilidade social corporativa
Responsabilidade social 50
É o conjunto amplo de ações que beneficiam a sociedade e as corporações que são tomadas pelas empresas, levando
em consideração a economia, educação, meio-ambiente, saúde, transporte, moradia, atividade locais e governo, essas
ações otimizam ou criam programas sociais,trazendo benefício mútuo entre a empresa e a comunidade, melhorando a
qualidade de vida dos funcionários, quanto da sua atuação da empresa e da própria população.
Responsabilidade Social Empresarial é a forma de gestão ética e transparente que tem a organização com suas partes
interessadas, de modo a minimizar seus impactos negativos no meio ambiente e na comunidade. Ser ético e
transparente quer dizer conhecer e considerar suas partes interessadas objetivando um canal de diálogo.
sociedade e na comunidade.
• A responsabilidade social como exercício de consciência ecológica: A responsabilidade social é vista como
responsabilidade ambiental. A empresa investe em programas de educação e preservação do meio ambiente, e
conseqüentemente, torna-se uma difusora de valores e práticas ambientalistas.
• A responsabilidade social como exercício de capacitação profissional: Neste caso, o exercício de responsabilidade
social se dá com a capacitação profissional dos membros da comunidade e empregados da empresa.
• A responsabilidade social como estratégia de integração social: Esse conceito parte do pressuposto de que o maior
desafio histórico da nossa sociedade atual é o de criar condições para que se atinja a efetiva inclusão social no
país.
Percebe-se então que inúmeras são as interpretações e definições de Responsabilidade Social Empresarial, e que cada
empresa acaba atuando de uma forma perante si e a sociedade. Em geral, não há um significado preciso de
responsabilidade social, surgindo assim, conhecimentos teóricos com diferentes conceituações – responsabilidade
social como obrigação social (Friedman, 1970); responsabilidade social como aprovação social (Davis e Blomstrom,
1975) e responsabilidade social como abordagem sistêmica dos stakeholders (Zadek, 1998).
Ligações externas
• Link do SENAC - Paraná com conceitos diferentes de responsabilidade social [1]
• Associação Portuguesa de Ética Empresarial [2]
• Histórico da Responsabilidade Social Corporativa [3]
E assim, o mundo termina.
Referências
[1] http:/ / www. pr. senac. br/ institucional/ acoes_estrategicas/ pets/ Conceito_RS. htm
[2] http:/ / www. apee. pt/ portal/
[3] http:/ / www. rumosustentavel. com. br/ historico-da-responsabilidade-social-corporativa/
Público Interno 52
Público Interno
Público Interno (relativo a uma empresa ou organização) é a denominação dada ao conjunto de indivíduos que
tenham vínculo institucional, de forma remunerada e hierárquica, onde submetem-se a orientações diretivas e
gerenciais.
Ver também
• Endomarketing
Planejamento Estratégico
O Planejamento estratégico é um processo gerencial que diz respeito à formulação de objetivos para a seleção de
programas de ação e para sua execução, levando em conta as condições internas e externas à empresa e sua evolução
esperada. Também considera premissas básicas que a empresa deve respeitar para que todo o processo tenha
coerência e sustentação. Para Bateman e Snell (1998), a administração estratégica é um processo envolvendo
administradores de todos os níveis da organização, que formulam e implementam objetivos estratégicos. Já o
Planejamento Estratégico seria o processo de elaboração da estratégia, na qual se definiria a relação entre a
organização e o ambiente interno e externo, bem como os objetivos organizacionais, com a definição de estratégias
alternativas (MAXIMIANO, 2006).
Segundo Públio (2008) em seu livro: Como Planejar e Executar uma Campanha de Propaganda. O estabelecimento
de um planejamento estratégico de marketing envolve cinco atividades:
• Definição da missão corporativa.
• Análise da situação.
• Formulação de objetivos.
• Formulação de estratégias.
• Implementação, Feedback e controle.
A Formulação da Estratégia
A formulação de estratégia pode ser desdobrada em três níveis (Kotler,2000): corporativo, empresarial ou da unidade
estratégica de negócio (UEN ) e funcional.
No nível corporativo, a formulação da estratégia (planeamento estratégico) refere-se à definição, avaliação e
selecção de áreas de negócio nas quais a organização irá concorrer e a ênfase que cada área deverá receber. Neste
nível, a questão fundamental é a alocação de recursos entre as áreas de negócio da organização, segundo os critérios
de atractividade e posição competitiva de cada uma dessas áreas, e as estratégias são predominantemente voltadas
para o crescimento e a permanência (sobrevivência) da empresa.
A formulação estratégica no segundo nível – empresarial ou da área estratégica de negócios – está relacionada ao
uso eficiente dos recursos e diz respeito ao dimensionamento que a organização irá dar ao portfólio dos negócios.
Nesse nível, predominam as chamadas estratégias competitivas. Assim, a estratégia da unidade de negócio diz
respeito à maneira como uma organização irá concorrer nos mercados escolhidos.
A formulação estratégica no nível funcional relaciona-se com o processo por intermédio do qual as várias áreas
funcionais da empresa irão usar seus recursos para a implementação das estratégias empresariais, de modo a
conquistar vantagem competitiva e contribuir para o crescimento da organização. Assim, por exemplo, em cada
unidade de negócio, a área funcional de marketing irá desenvolver o processo de planeamento tendo em vista a
formulação de estratégias competitivas e a consecução dos objectivos da unidade de negócio em mercados
específicos.
Em empresas de dimensão média, o planeamento estratégico de marketing e o planeamento operacional de
marketing podem ser desenvolvidos como um processo único (e em organizações menores), o processo de
planeamento incorpora os três níveis simultaneamente. Se uma determinada organização contar apenas com uma
única unidade de negócios, as decisões do primeiro e segundo níveis são tomadas pelas mesmas pessoas. Em
organizações com múltiplos negócios, as decisões no nível da unidade de negócios são tomadas pelos executivos de
maior nível dentro da unidade; no nível da área funcional, as decisões são tomadas pelos respectivos gestores. Em
algumas empresas, a responsabilidade pode caber ao gestor de marketing, ao gestor de marca ou ao gestor de
produto; em outras, os planos são elaborados por um comité. Existem ainda aquelas que contratam consultores de
marketing para redigir o plano.
No plano de marketing, devem ser identificadas as unidades operacionais e os gestores responsáveis pela realização
das várias actividades previstas no programa de acções. Os gestores deverão participar do processo por constituírem
os agentes facilitadores do mecanismo de consecução das acções contidas no plano de marketing. Como elementos
comportamentais desejáveis nesses gestores, destacam-se:
• Habilidade de entender os outros e saber negociar;
• Força para ser justo, a fim de colocar as pessoas e alocar os recursos onde serão mais eficientes;
• Eficiência sobre os aspectos críticos do desempenho ao gerir as tarefas de marketing;
• Habilidade de criar uma ambiente informal propício para enfrentar cada problema com o qual se defronte.
Ressalte-se, ainda, que a aprovação final do plano de marketing cabe ao CEO ou ao presidente, embora muitas
organizações recorram a comités executivos, que avaliam e filtram os planos de marketing antes de submetê-los ao
dirigente que o aprovará.
Planejamento Estratégico 54
Missão corporativa
A missão corporativa está relacionada com o direcionamento da empresa mediante seus funcionários e
colaboradores. É a finalidade pela qual todos os esforços da empresa estão direcionados totalmente as empresas.
Qual é o nosso negócio? Quem é o cliente? O que tem valor para o cliente? O que se pretende proporcionar de
beneficios aos nossos clientes ? A Missão corporativa deve responder a estas perguntas aparentemente simples, que
fazem a diferença nas decisões gerenciais mediante um ambiente competitivo acirrado. Exemplo :A Missão da Sadia
S/A é: "Alimentar consumidores e clientes com soluções diferenciadas".
As melhores missões são aquelas guiadas por uma visão utópica de realização, uma espécie de sonho impossível que
fornece um direcionamento a longo prazo. É aquela que busca atender às necessidades dos clientes, dos acionistas,
da sociedade e também dos funcionários
Análise da situação
Na análise da situação se consideram os dados históricos relevantes sobre o mercado, a empresa e o produto. Faz-se
uma análise de como o composto mercadológico tem sido usado, e têm-se uma visão de como a concorrência tem
atuado. Neste momento é imprescindível o bom uso da pesquisa de mercado. A matriz BCG, a análise SWOT, e
outras ferramentas de marketing são também usadas aqui para revelar o panorama macro e micro ambiental.
Análise Ambiental
Antever as mudanças e conhecer a situação atual aumenta as chances de um bom planejamento de marketing. Isto
devido ao Marketing ser influenciado por uma gama de variáveis macroambientais que representam fatores
existentes no contexto da empresa e que muitas vezes fogem ao seu controle. Com isso, mudam as intensidades, os
costumes e os acontecimentos no processo de comercialização.
Alguns fatores que devem ser levados em conta:
• Variáveis Ambientais;
• Variáveis Culturais/Sociais;
• Variáveis Demográficas;
• Variáveis Econômicas;
• Variáveis Jurídicas/Políticas;
• Variáveis Psicológicas;
• Variáveis Tecnológicas;
Análise SWOT
A análise SWOT é uma poderosa ferramenta de planejamento estratégico, e deve ser realizada ao menos uma vez por
ano, durante o planejamento estratégico de marketing ou apenas planejamento estrategico. A sigla SWOT, vem das
iniciais das palavras inglesas Strenghts (forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats
(ameaças), pois estes são justamente os pontos a serem analisados.
Não há registros precisos sobre a origem desse tipo de análise, segundo PÚBLIO (2008) a análise SWOT foi criada
por dois professores da Harvard Business School: Kenneth Andrews e Roland Christensen. Por outro lado,
TARAPANOFF (2001:209) indica que a idéia da análise SWOT já era utilizada há mais de três mil anos quando cita
em uma epígrafe um conselho de Sun Tzu: “Concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as
oportunidades e proteja-se contra as ameaças ” (SUN TZU, 500 a.C.) Apesar de bastante divulgada e citada por
autores, é difícil encontrar uma literatura que aborde diretamente esse tema.
Planejamento Estratégico 55
Análise de portfólio
Não basta satisfazer os consumidores, se isso não for feito de uma maneira lucrativa. A estratégia de marketing deve
portanto identificar, atrair e manter clientes rentáveis, ou seja, aqueles que geram um fluxo de receita e que excede o
fluxo de custo de se atrair, vender e servi-los. Todavia, todas as empresas perdem dinheiro com alguns de seus
clientes. Em "Customers for life", Carl Seweell atesta a conhecida regra 80/20 do Princípio de Pareto, mostra que
20% dos principais clientes podem gerar até 80% do lucro da empresa, metade do qual é perdido para atender a base
formada por 20% de clientes não-rentáveis. A implicação é que uma organização pode ser mais rentável se souber
como "dispensar" seus piores clientes.
Existem também diferentes rentabilidades para cada produto ou serviço. O modelo do Boston Consulting Group,
conhecido como Matriz BCG, foi pioneiro na análise do portfólio de produtos ou unidades de negócios.pois o
mesmo criou as tais areas do BCG junto com tudo o que foi exposto até agora sobre o assunto e muito mais
(wemerson)
Decisão
Escolher a alternativa que melhor serve os objectivos delineados. A opção de manter a estratégia em vigor e por
vezes a melhor decisão e nunca pode ser descurada.
Referências
PÚBLIO, Marcelo A. Como Planejar e Executar uma CAMPANHA DE PROPAGANDA. São Paulo: Atlas, 2008.
BATEMAN, Thomas S., SNELL, Scott A. Administração: construindo vantagem competitiva. São Paulo: Atlas,
1998.
JORDAN, Hugues, CARVALHO DAS NEVES, João, RODRIGUES, José A. O Controlo da Gestão - Ao serviço da
estratégia e dos gestores, 8a edição, Áreas Editora, Lisboa, 2008.
Ver também
• Planejamento
• BSC
• Alinhamento Estratégico
Publicidade 57
Publicidade
Comunicação
A publicidade é uma atividade profissional dedicada à difusão pública de idéias associadas a empresas, produtos
ou serviços, especificamente, propaganda comercial.
Publicidade é um termo que pode englobar diversas áreas de conhecimento que envolvam esta difusão comercial de
produtos, em especial atividades como o planejamento, criação, produção e veiculação de peças publicitárias. Mas
estudos mostram uma tabuleta em argila encontrada por arqueólogos, a qual continha inscrições babilônicas,
anunciando a venda de gado e alimentos, demonstrando que já se utilizava de algum tipo de publicidade na
antiguidade. Foi, porém, após a Revolução Francesa (1789), que a publicidade iniciou a trajetória que a levaria até o
seu estágio atual de importância e desenvolvimento.
Hoje, todas as atividades humanas se beneficiam como o uso da publicidade: Profissionais liberais, como médicos,
engenheiros, divulgam por meio dela, os seus serviços; os artistas anunciam suas exposições, seus discos, seus livros,
etc…, a própria ciência vem utilizando os recursos da publicidade, promovendo suas descobertas e seus congressos
por meio de cartazes, revistas, jornais, filmes, Internet e outros.
• Criação: Este departamento é composto pela dupla de criação, formada pelo diretor de arte, que é o responsável
pela parte visual das peças publicitárias e pelo redator, responsável pela criação dos textos (títulos, slogans e
outros textos), esta dupla é coordenada pelo Diretor de Criação. É deste departamento que saem as idéias para os
anúncios.
• Produção: Neste departamento, que é dividido em produção gráfica e produção eletrônica (ou RTVC), são feitos
todos os contatos (orçamentos, visitas, consultas, etc) com os fornecedores gráficos e produtoras de vídeo.
• Produção on line: Esse é um novo cargo existente nas agências de publicidade para atender a crescente demanda
dos clientes por uma comunicação digital. Embora ainda não formalizado, nem em termos de denominação de
cargo nem de funções, o profissional que trabalha nesta área contribui, junto com o planejamento geral, para
oferecer maior número de possibilidades de ações on line adequadas à verba/perfil do cliente, dar apoio à criação
no desenvolvimento das peças e acompanhar o trabalho com os fornecedores on line, desde o orçamento até a
entrega, de todas as peças digitais.
Marketing e a Publicidade
Outra definição: Qualquer forma paga de apresentação não pessoal e promoção de ideias, bens e serviços por um
patrocinador identificado a uma audiência alvo através dos mass media.
A publicidade ajuda a identificar o significado e o papel dos produtos fornecendo informação sobre marcas,
companhias e organizações. Para a maior parte dos gestores e profissionais de marketing a publicidade ajuda a
vender um produto e constrói a reputação de uma marca ou empresa.
Marketing Mix
A publicidade faz parte do que se chama de Marketing Mix. Para além do produto, distribuição e preço, a variável
comunicação incorpora obrigatoriamente a publicidade, as promoções, merchandising, força de vendas, marketing
direto, patrocínios e as relações públicas. A publicidade é claramente orientada para o produto, tem como objectivo
estimular a compra ou a notoriedade desse produto, pode ainda e simplesmente servir para informar. Hoje em dia a
relação da publicidade com novos conceitos como o Branding passa pela adequação dos novos meios de comunicar a
publicidade.
O Branding é considerado um trabalho de marca. É como se criasse uma imagem para ser reconhecida por todo o
mercado, de forma que o público a consiga identificar e apreciar. Ao criarmos e gerirmos uma marca, estamos a
potenciar o valor do produto e da empresa dona da marca. Trata-se não só de identificar e diferenciar o produto ou
empresa, mas também gerar uma expectativa de qualidade de imagem que vai trazer grande notoriedade. É exemplo
de branding, o que é feito ao nível das marcas franqueadas, onde não basta identificar o produto, mas transmitir uma
certa segurança de qualidade ao ser multiplicada por n lojas. É tão simples como dizer… é de marca é de confiança.
Publicidade 60
Existe um valor originado pela marca e que obviamente tem a ver com a atividade desenvolvida pelas agências de
publicidade quando fazem branding, ou seja, trabalho de marca.
Já todos ouvimos falar que preferimos os produtos de marca, em que o conteúdo, muita vezes é similar a
outros sem o poder da marca. Mas quando temos a possibilidade de optar, optamos pelo produto de
marca, na maior parte dos casos. Quando isto acontece ocorre o branding.
Mais do que projetar ou criar uma identidade, é preciso acrescentar um conceito de valor e positividade ao projeto, e
geri-lo, e isso deverá respeitar a estratégia e a ambição do cliente e do seu produto.
Publicidade no Mundo
Mensagens comerciais e campanhas políticas foram encontradas em ruínas da antiga Arábia. Egípcios usavam
papiros para criar mensagens de venda e cartazes, enquanto o conhecido volante (flyer) de hoje podia ser facilmente
encontrado na antiga Grécia e Roma. Pinturas em muros ou rochas utilizadas como propagandas eram outras formas
encontradas no tempo antigo e é utilizada até hoje em várias partes da Ásia, África e alguns países da América do
Sul, incluindo o Brasil.
A tradicional pintura nas paredes pode ser encontrada desde expressões artísticas em rochas feitas por populações
indígenas que datam de 4.000 AC até pinturas desenvolvidas nos séculos XV e XVI que auxiliavam a divulgação de
volantes na época. No século XVII as propagandas começaram a aparecer em jornais semanais na Inglaterra. Esses
anúncios eram utilizados para promover livros e jornais, que patrocinavam a imprensa, e medicamentos, que se
tornaram muito procurados após algumas doenças terem devastado a Europa. No entanto, falsas propagandas,
também conhecidas como quack (termo da época para designar uma pessoa que dizia ter profissionalmente
habilidades, conhecimentos ou qualificações que não tinha), tornaram-se um problema, que culminou na
regulamentação dos conteúdos publicados nas propagandas.
Com a economia expandindo durante o século XIX, as propagandas cresceram. Nos Estados Unidos, os classificados
tornaram-se bem populares preenchendo muitas páginas de jornais com pequenos anúncios de itens variados. O
sucesso desse formato de propaganda eventualmente levou ao aparecimento e crescimento da mala-direta. Em 1841 a
primeira Agência de Publicidade e Propaganda foi criada por Volney Palmer em Boston. A agência criada por
Palmer também foi a primeira a cobrar a taxa de 25% de comissão dos jornais para vender espaço publicitário, o que
antes era feito apenas por corretores de propaganda. A N. W. Ayer & Son foi a primeira Agência a oferecer todos os
serviços de publicidade e assumir responsabilidade pelo conteúdo das propagandas. Ela foi fundada em 1875 na
cidade de Filadélfia nos Estados Unidos.
Na virada do século, haviam poucas escolhas de carreira para mulheres no mercado, no entanto a publicidade e
propaganda foi uma das poucas a abrir esse mercado. Desde que as mulheres eram responsáveis pela maioria das
compras feitas em casa, anunciantes e agências reconheceram o valor introspectivo que a mulher tinha durante os
processos criativos, por curiosidade, a primeira propaganda norte-americana com apelo sexual foi criada por uma
mulher, Helen Lansdowne Resor, para anunciar o Woodbury’s Facial Soap. Embora simplória para os dias atuais, a
propaganda mostrava um casal com a mensagem: “The skin you love to touch” (A pele que você adora tocar).
Quando as estações de rádio iniciaram suas transmissões em meados de 1920, os programas não continham
propagandas. Isso acontecia porque as primeiras estações de rádio foram estabelecidas com equipamentos feitos
manualmente e varejistas que ofereceram programas em busca de vender mais aparelhos de rádio para os
consumidores. Com o passar do tempo, muitas organizações sem fins lucrativos, como escolas, clubes e
organizações populares, começaram a construir suas próprias estações de rádio. Quando a prática de patrocinar
programas foi popularizada, cada programa era patrocinado por um anunciante pela troca da simples menção de seu
nome no início e no fim dos programas. No entanto, os donos de estações logo viram que poderiam ganhar mais
dinheiro vendendo pequenos espaços de tempo para vários anunciantes durante toda a programação da rádio e não só
no início e fim de cada programa para apenas um patrocinador. Essa prática foi herdada pela televisão
posteriormente nos meados de 1940 a 1950.
Publicidade 61
Publicidade no Brasil
Em 2000, a publicidade brasileira se mantém entre as quatro mais premiadas no Festival Internacional de
Propaganda de Cannes - um dos principais no exterior - e consolida-se como uma das mais importantes do mundo.
Em termos de faturamento, nos últimos anos o mercado publicitário nacional alterna períodos de acelerado
crescimento e de estabilidade. Em 1996 movimenta 8,3 bilhões de dólares e, dois anos depois, chega a 9,4 bilhões de
dólares - um crescimento de 12,7%, de acordo com dados do Ibope Monitor. Em 1999, o setor passa por um
momento de estabilidade. No entanto, por causa da desvalorização do real, no início de 1999, o valor dos
investimentos em dólar registra uma queda, passando a 6,6 bilhões.
As formas de publicidade mais utilizadas no país são anúncios, outdoors, propaganda em ônibus (busdoor),
marketing direto, patrocínios e merchandising. Os principais meios de comunicação são os preferidos dos
anunciantes e das agências. Conforme dados do Projeto Inter-Meios, em 1999 a maior parte dos investimentos
destinam-se à televisão aberta (56%), seguida por jornal (24%), revista (10%) e rádio (5%). A propaganda em TV
por assinatura, outdoor e outras mídias fica com os 5% restantes. O setor que mais investe em publicidade é o do
comércio varejista - 3,6 bilhões de reais em 1999. Em seguida estão os serviços ao consumidor, com 2,1 bilhões de
reais, e as empresas ligadas a cultura, lazer, esporte e turismo, com 1 bilhão de reais.
Publicidade oficial
O governo federal investe cerca de 600 milhões de reais em publicidade anualmente. Já os governos estaduais e
municipais gastam por volta de 400 milhões. A maior parte das campanhas publicitárias oficiais destina-se ao
esclarecimento da população - como a da vacinação infantil, a da terceira idade e a da prevenção à Aids - e à
divulgação institucional, como a do programa Avança Brasil. O Ministério da Educação é o maior anunciante
governamental, com despesas publicitárias em torno de 80 milhões de reais; em seguida vêm o Banco do Brasil, com
51 milhões, e o Ministério da Justiça, com 47 milhões Todos os órgãos e empresas públicas dão preferência à TV
para veicular suas campanhas, devido ao grande alcance dessa mídia em todo o país.
Agências
Não existem dados precisos sobre a quantidade de agências de propaganda em atividade no país, principalmente
porque não há exigência legal de registro desse tipo de estabelecimento em um órgão centralizador, como ocorre em
outros setores. De acordo com estimativas da Federação Nacional de Agências de Propaganda (Fenapro) e da Abap,
o número de agências oscila entre 4 mil e 8 mil, em agosto de 2000.
Segundo a Lista de agências publicitárias brasileiras a maior agência, em faturamento, é a Y&R, com uma cifra
maior que alcançou a casa dos 2 bilhões de reais em 2005. Atualmente, a Y&R é presidida pelo empresário Roberto
Justus.
Das dez principais agências, quatro possuem capital 100% nacional Total, Fischer America, DPZ, Propeg e Talent),
uma é 100% norte-americana (Young & Rubicam) e cinco são mistas (McCann-Erikson, com capital 78%
norte-americano; Giovanni, FCB AS, com 60% norte-americano; AlmapBBDO, com 50% norte-americano; Carillo
Pastore Euro RSCG, com 49% francês; e DM9DDB, que não revela a participação acionária).
Todos os anos, os melhores anúncios brasileiros participam de festivais internacionais, como os de Cannes, Londres,
Clio, Nova York e Fiap, e de premiações nacionais, das quais se destacam o Prêmio Abril, o Profissionais do Ano, o
de Gramado e o da Central de Outdoor. Segundo o Anuário de Propaganda da Editora Meio&Mensagem, a agência
mais premiada em 1999 é a AlmapBBDO. Quarta maior agência do país em faturamento, ela arremata 13 prêmios no
ano, entre nacionais e internacionais. Em seguida vêm a DM9, com 11 prêmios, e a F/Nazca, com 10.
Nos últimos 8 anos algumas agências detem direcionado seu foco para cobrir a demanda de novas mídias de forma
especializada, especialmente a internet.
Publicidade 62
Propaganda na internet
De acordo com pesquisa do Anuário de Propaganda 2000, da Editora Meio&Mensagem, tanto agências quanto
anunciantes consideram a internet uma grande mídia a ser explorada e apostam no e-commerce para revolucionar o
mercado. Das empresas consultadas, 34% já tiveram experiência com o e-commerce e, dessas, 74% gostaram dos
resultados. Porém, para Luís Lara, diretor da agência Lew, Lara Propaganda e Comunicação, por enquanto a internet
é vista mais como mídia de apoio do que como ferramenta estratégica de publicidade. Isso acontece porque o
mercado ainda não tem a sua disposição pesquisas confiáveis, que avaliem com segurança o que o consumidor está
comprando na internet e mensurem o impacto de um grande investimento nesse tipo de mídia. De acordo com dados
da Associação Brasileira de Agências de Propaganda (Abap), até agosto de 2000 menos de 1% da verba publicitária
total foi destinada à internet. Poucas agências estão apostando na convergência dos meios. Mas já temos cases bem
sucedidos e profissionais tomando a dianteira do negócio: Michael Lent, Mauger, Marcelo Sampayo, Rosana Fortes,
Merigo e muitos outros.
Publicidade comparativa
Através do modelo comparativo se pretende contrapor as características do produto anunciado com os de um outro
anunciante.
Segundo diz, para Ricardo Lagreca Siqueira a publicidade comparativa pode ser definida como “aquela na qual o
anunciante, com o intuito de promover a implementação do consumo de seus produtos, coloca em contraposição
determinadas características de produtos concorrentes, de modo a demonstrar aos consumidores algum tipo de
superioridade de seu produto em relação aos demais”.
Alguns admitem que seu conceito também possa abarcar a comparação com o mercado em geral, o que geralmente
se faz através de superlativos ("o mais barato da cidade").
Paulo Luiz Durigan, por exemplo, procura integrar em seu núcleo conceitual também a publicidade superlativa de
forma a "conter não a identificação do concorrente e sim, (I) a menção às próprias prestações; (II) a referência a
outras prestações e (III) a comparação entre essas".
Também pode se dar através de formato implícito ou explícito. Na primeira situação o nome ou marca do
concorrente não é mostrado abertamente, mas há menções que podem identificá-lo.
Na década de 60 houve uma "explosão" sem precedentes desse modelo publicitário nos Estados Unidos, quase a
colocar em colapso todo o mercado. Posteriormente foi regulada e incentivada através de instrução do Trade Federal
Commission, em 13 de agosto de 1979.
É permitida no MCE desde que opere segundo o artigo 3 bis da Diretiva 84/450/CEE.
No Mercosul há um início de regulamentação através da Resolução 126/96.
No Brasil o Código Brasileiro de Auto-regulamentação Publicitária a permite, com certas restrições, definindo-a em
seu artigo 8º. como sendo “toda atividade destinada a estimular o consumo de bens e serviços, bem como promover
instituições, conceitos ou idéias”.
Alguns a consideram lícita e outros não: a maioria se inclina a dizer que sua licitude depende de suprir certos
requisitos, os quais, de modo geral, seriam os estipulados pelo artigo 3 bis da Diretiva 84/450/CEE
Em Portugal, a publicidade comparativa está regulada especificamente no Código da Publicidade, no artigo 16.º.
Publicidade 63
Bibliografia
• CALAZANS, Flávio Mário de Alcântara. Propaganda subliminar multimédia. São Paulo: Summus, 1992.
• CHICHI, Mariana. La pubblicità comparativa. Un nuovo strumento di informazione [1]
• COELHO, Daniele Maria Teixeira. A publicidade comparativa e seu tratamento legal. Revista Forense, São
Paulo, v. 354, 2003.
• DURANDIN, Guy. As mentiras na propaganda e na publicidade. São Paulo: JSN Editora, 1997.
• DURIGAN, P. L. Publicidade comparativa: informação persuasiva e concorrência [2].
• FEDERAL TRADE COMMISSION - F. T. C. Statement of policy regarding comparative advertising [3].
• GOMES, Neusa Demartini. Publicidade: comunicação persuasiva. Porto Alegre: Sulina, 2003.
• LANGE, Talvani. O humor na publicidade comparativa [4]
• LEITÃO, Adelaide Menezes. Publicidade comparativa e concorrência desleal [5]
• PEREIRA, Marco Antonio Marcondes. Concorrência desleal por meio da publicidade. São Paulo: Juarez de
Oliveira, 2001.
• PLAZA, Anxo Tato. El derecho de la publicidad: evolución y estado actual [6]
• SIQUEIRA, Ricardo Lagreca. A publicidade comparativa no Brasil e no Direito Comparado. Rev. do Direito do
Consumidor, São Paulo, n. 28, 1998.
• TOSCANI, Oliviero. A publicidade é um cadáver que nos sorri. Rio de Janeiro: Ediouro, 2000.
• WILHELM, Pascal. DUBARRY, Marie. Publicité comparative – le nouveau cadre juridique [7].
Ver também
• Publicidade eleitoral
• Publicidade exterior
• Publicidade institucional
• Publicidade redacional
Referências
[1] http:/ / www. ambientediritto. it/ dottrina/ Dottrina2004/ pubblicità_comparativa. htm
[2] http:/ / www. apriori. com. br/ artigos/ publicidadecomparativa. pdf
[3] http:/ / www. ftc. gov/ bcp/ policystmt/ ad-compare. htm
[4] http:/ / www. eca. usp. br/ alaic/ Livro%20GTP/ humor. htm
[5] http:/ / www. apdi. pt/ APDI/ DOUTRINA/ Publicidade%20comparativa%20vers%C3%A3o%20corrigida. pdf
[6] http:/ / www. autocontrol. es/ bbddaap/ otro/ 2005/ curs9999. pdf
[7] http:/ / www. p-wilhelm. com/ ?p_idref=27
Empreendedorismo 64
Empreendedorismo
Empreendedorismo designa os
estudos relativos ao empreendedor, seu
perfil, suas origens, seu sistema de
atividades, seu universo de atuação.
Empreendedor é o termo utilizado
para qualificar, ou especificar,
principalmente, aquele indivíduo que
detém uma forma especial, inovadora,
de se dedicar às atividades de
organização, administração, execução;
principalmente na geração de riquezas,
na transformação de conhecimentos e
bens em novos produtos – mercadorias
ou serviços; gerando um novo método Imagem de Muhammad Yunus - empreendedor e autor do livro "O banqueiro dos pobres"
com o seu próprio conhecimento. É o
profissional inovador que modifica, com sua forma de agir, qualquer área do conhecimento humano. Também é
utilizado – no cenário econômico – para designar o fundador de uma empresa ou entidade, aquele que construiu tudo
a duras custas, criando o que ainda não existia.
Origem
A palavra empreendedorismo foi utilizada pelo economista Joseph Schumpeter em 1950 como sendo uma pessoa
com criatividade e capaz de fazer sucesso com inovações. Mais tarde, em 1967 com Kenneth E. Knight e em 1970
com Peter Drucker foi introduzido o conceito de risco, uma pessoa empreendedora precisa arriscar em algum
negócio. E em 1985 com Gifford Pinchot foi introduzido o conceito de Intra-empreendedor, uma pessoa
empreendedora mas dentro de uma organização
Uma das definições mais aceitas hoje em dia é dada pelo estudioso de empreendedorismo, Robert Hirsch, em seu
livro “Empreendedorismo”. Segundo ele, empreendedorismo é o processo de criar algo diferente e com valor,
dedicando tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psicológicos e sociais correspondentes e
recebendo as consequentes recompensas da satisfação econômica e pessoal.
A satisfação econômica é resultado de um objetivo alcançado (um novo produto ou empresa, por exemplo) e não um
fim em si mesma.
Empreendedorismo 65
Definição
Empreendedorismo é o principal fator promotor do desenvolvimento econômico de um país.
Análise histórica
A palavra empreendedor (entrepreneur) surgiu na França por volta dos séculos XVII e XVIII, com o objetivo de
designar aquelas pessoas ousadas que estimulavam o progresso econômico, mediante novas e melhores formas de
agir.
Entretanto, foi o economista francês Jean-Baptiste Say, que no início do século XIX conceituou o empreendedor
como o indivíduo capaz de mover recursos econômicos de uma área de baixa para outra de maior produtividade e
retorno. Mais tarde, o austríaco Joseph Schumpeter, um dos mais importantes economistas do século XX que
definiria esse indivíduo como o que reforma ou revoluciona o processo “criativo-destrutivo” do capitalismo, por meio
do desenvolvimento de nova tecnologia ou do aprimoramento de uma antiga – o real papel da inovação. Esses
indivíduos são os agentes de mudança na economia.
Posteriormente, Peter Ferdinand Drucker, considerado “o pai da administração moderna”, é que amplia a definição
proposta por Jean-Baptiste Say, descrevendo os empreendedores como aqueles que aproveitam as oportunidades
para criar as mudanças. Os empreendedores não devem se limitar aos seus próprios talentos pessoais e intelectuais
para levar a cabo o ato de empreender, mas mobilizar recursos externos, valorizando a interdisciplinaridade do
conhecimento e da experiência, para alcançar seus objetivos.
O conceito de empreendedorismo está também muito relacionado aos pioneiros da alta tecnologia do Vale do Silício,
na Califórnia. Ainda nos EUA, o Babson College tornou-se um dos mais importantes pólos de dinamização do
espírito empreendedor com enfoque no ensino de empreendedorismo na graduação e pós-graduação, com base na
valorização da oportunidade e da superação de obstáculos, conectando teoria com a prática, introduzindo a educação
para o empreendedorismo através do currículo e das atividades extracurriculares. É notória a atual ênfase dada ao
empreendedorismo e a inovação como temas centrais nas melhores Universidades Norte-Americanas.
Século XVII
Os primeiros indícios de relação entre assumir riscos e empreendedorismo ocorreram nessa época, em que o
empreendedor estabelecia um acordo contratual com o governo para realizar algum serviço ou fornecer produtos.
Richard Cantillon, importante escritor e economista do século XVII, é considerado por muitos como um dos
criadores do termo empreendedorismo, tendo sido um dos primeiros a diferenciar o empreendedor (aquele que
assume riscos), do capitalista (aquele que fornecia o capital).
Século XVIII
Nesse século o capitalista e o empreendedor foram finalmente diferenciados, provavelmente devido ao início da
industrialização que ocorria no mundo, através da Revolução Industrial.
Século XIX e XX
No final do século XIX e início do século XX, os empreendedores foram frequentemente confundidos com os
administradores (o que ocorre até os dias atuais), sendo analisados meramente de um ponto de vista econômico,
como aqueles que organizam a empresa, pagam empregados, planejam, dirigem e controlam as ações desenvolvidas
na organização, mas sempre a serviço do capitalista.
Empreendedorismo 66
O perfil do empreendedor
Os estudos na área do empreendedorismo mostram que as características do empreeendedor ou do espírito
empreendedor, da indústria ou da instituição, não é um traço de personalidade. Para Meredith, Nelson e Nech (apud
UFSC/LED 2000 p. 51) “ Empreendedores são pessoas que têm a habilidade de ver e avaliar oportunidades de
negócios; prover recursos necessários para pô-los em vantagens; e iniciar ação apropriada para assegurar o sucesso.
São orientadas para a ação, altamente motivados; assumem riscos para atingirem seus objetivos”.
O empreendedor tem um novo olhar sobre o mundo à medida que presencia a evolução. Valoriza suas experiências,
valoriza seu valor, tomando decisões e decisões acertadas. Abre novas trilhas, explora novos conhecimentos, define
objetivos e dá o primeiro passo. De acordo com Gerber (1996), o século XVIII foi marcado por grandes
modificações nos processos industriais. A revolução industrial teve início no século XVII, se caracterizando pela
mudança dos processos produtivos que eram feitos manualmente e passaram a ser feitos por máquinas. Essa época
modificou ou transformou os meios de produção, as relações econômicas, as relações sociais e as relações culturais.
Como conseqüência aconteceu a divisão do trabalho, a produção em série e a urbanização. O homem passou a ser
visto como uma máquina produtiva e não como gente (Leite, 2000).
Procurando cada vez mais a eficácia, surgiram os grandes pensadores aliados aos interesses dos empresários.
Cenários com novas estratégias. Falase em marketing e relações humanas. As idéias de Taylor imperam, porém o
consumidor se faz ouvir, surgindo a segmentação do mercado de Sloan: a diversidade, modelos específicos para
usuários diferentes. Ela foi colocada em cheque com o mundo da informática, com a nova visão de mundo.
Ouviu-se, então, Peter Drucker, considerado o pai da gestão. Colocou-se de lado o mecanicismo e surgiu a
preocupação com o indivíduo. Descobriu-se que, para o bom desempenho, auto-estima é vital. Com as tecnologias
de informação, o homem passa a ser o centro das atenções.
Hoje, fala-se do “Capital Intelectual” que nada mais é do que: conhecimento, experiência, especialização.
Ferramentas ou estratégias utilizadas para se ter sucesso e ser competitivo. A mão-de-obra passa a ser
cabeça-de-obra. É o conhecimento e a capacidade gerando novas idéias. O foco está nas pessoas. Assim, o perfil do
profissional de sucesso que lidera suas concepções e suas atitudes está em pessoas que conseguem harmonizar
esforços individuais ou coletivos e que criam algo novo e criativo.
Segundo Leite(2000), nas qualidades pessoais de um empreendedor, entre muitas, destacam-se:
a) iniciativa;
b) visão;
c) coragem;
d) firmeza;
e) decisão;
f) atitude de respeito humano;
g) capacidade de organização e direção.
Traçar metas, atualizar conhecimentos ser inteligente, do ponto de vista emocional, conhecer teorias de
administração, de qualidade e gestão, são mudanças decorrentes da globalização e da revolução da informação. O
empreendedor deve focalizar o aprendizado nos quatros pilares da educação: aprender a conhecer, aprender a fazer,
aprender a conviver e aprender a ser, e com isso, ser capaz de tomar a decisão certa frente à concorrência existente.
Novas habilidades vêm sendo exigidas dos profissionais para poderem enfrentar a globalização com
responsabilidade, competência e autonomia.
Buscam-se profissionais que desenvolveram novas habilidades e competências, com coragem de arriscar-se e de
aceitar novos valores, descobrindo e transpondo seus limites. O futuro é cheio de incertezas, por isso, é preciso
refletir sobre: habilidades pessoais e profissionais; criatividade; memória; comunicação; como enfrentar este século.
Diferenciar-se dos demais, revalidar seu diploma pessoal e profissional, rever convicções, incorporar outros
Empreendedorismo 67
princípios, mudar paradigmas, sobrepor idéias antigas às novas verdades, este é o perfil do profissional que, trocando
informações, dados e conhecimentos, poderá fazer parte do cenário das organizações que aprendem, das
organizações do futuro. São mudanças socioculturais e tecnológicas que fazem repensar hábitos e atitudes frente às
novas exigências do mercado.
Conquista-se a autonomia profissional quando se é perseverante, determinado, aprendiz, flexível e quando se tem:
• Positividade
• Organização
• Criatividade
• Inovação
• Foco
Essas qualidades ajudam a vencer a competitividade dos tempos modernos. Pela experiência pode-se afirmar que a
maioria das pessoas, se estimuladas, podem desenvolver habilidades empreendedoras. Ouve-se e fala-se que o
empreendedor precisa ter visão. Visão pessoal. Uma visão que vem de dentro. A maioria das pessoas tem pouca
noção da verdadeira visão, dos níveis de significado. Metas e objetivos não são visão. Ser visionário é imaginar
cenários futuros, utilizando-se de imagens mentais. Ter visão é perceber possibilidades dentro do que parece ser
impossível. É ser alguém que anda, caminha ou viaja para inspirar pensamentos inovadores.
Esse enfoque se volta à disposição de assumir riscos e nem todas as pessoas têm esta mesma disposição. Não foi
feito para ser empreendedor quem precisa de uma vida regrada, horários certos, salário garantido no fim do mês. O
empreendedor assume riscos e seu sucesso está na “capacidade de conviver com eles e sobreviver a eles” (Degen,
1989, p.11). Gerber (2004), apresenta algumas diferenças dos três personagens que correspondem a papéis
organizacionais, quais sejam:
a) o Empreendedor, que transforma a situação mais trivial em uma oportunidade excepcional, é visionário,
sonhador; o fogo que alimenta o futuro; vive no futuro, nunca no passado e raramente no presente; nos negócios é o
inovador, o grande estrategista, o criador de novos métodos para penetrar nos novos mercados;
b) o Administrador, que é pragmático, vive no passado, almeja ordem, cria esquemas extremamente organizados
para tudo;
c) o Técnico, que é o executor, adora consertar coisas, vive no presente, fica satisfeito no controle do fluxo de
trabalho e é um individualista determinado.
É importante destacar no pensamento de Gerber (2004) o fato dos três personagens estarem em eterno conflito,
sendo que ao menor descuido o técnico toma conta, matando o visionário, o sonhador, o personagem criativo que
está sempre lidando com o desconhecido. Os riscos fazem parte de qualquer atividade, sendo necessário aprender a
administrá-los, pois eles são um dos fatores mais importantes que inibem o surgimento de novos empreendedores.
Um outro fator inibidor é o” capital social” que são valores e idéias que sublimemente nos foram incutidos por
nossos pais, professores, amigos e outros que influenciaram na nossa formação intelectual e que, inconscientemente,
orientam nossas vidas.
Dessa forma, um pai engenheiro desperta no filho o ideal de seguir a mesma carreira, militares, pilotos, esportistas,
até pessoas que raramente vão vislumbrar ou ter interesse numa carreira de empreendedor exercem sua influência na
formação das pessoas. É de se considerar, porém, que a avaliação mais objetiva do preparo para empreender é a
percepção que a pessoa tem de si própria, refletindo na sua autoconfiança. Com o potencial empreendedor também
isso acontece. O que se aprende na escola, nas pesquisas, nas observações, vai se acumulando. O preparar-se para ser
empreendedor, portanto, inicia-se com o domínio que se tem sobre tarefas que se fazem necessárias, o próprio
desenvolvimento da capacidade de gerenciamento. O que falta, na verdade, é motivação para uma tomada de decisão
para se tornar um empreendedor.
Decisões tomadas no cotidiano são inúmeras. Os processos de decisão nem sempre são simples, objetivos e
eficientes como deveriam ser pois, se a intuição está de um lado; a análise racional está do outro.
Empreendedorismo 68
Teorias do Empreendedorismo
A teoria econômica, também conhecida como schumpeteriana, demonstra que os primeiros a perceberem a
importância do empreendedorismo foram os economistas. Estes estavam primordialmente interessados em
compreender o papel do empreendedor e o impacto da sua atuação na economia. Três nomes destacam-se nessa
teoria: Richard Cantillon, Jean Baptiste Say e Joseph Schumpeter.
Cantillon era um banqueiro que hoje poderia ser descrito como um capitalista de risco, cujo seus escritos revelam um
homem em busca de oportunidades de negócios, preocupado com o gerenciamento inteligente de negócios e a
obtenção de rendimentos otimizados para o capital investido.
Say distinguiu entre empreendedores e capitalistas e os lucros de cada um. Say considerava o desenvolvimento
econômico como resultado da criação de novos empreendimentos e ansiava pela expansão da Revolução Industrial
inglesa na França. Cantillon e Say consideravam os empreendedores como pessoas que corriam riscos, basicamente
porque investiam seu próprio dinheiro. Na visão de Cantillon, os empreendedores compravam matéria prima, por
certo preço com o objetivo de processá-la e revendê-la por um preço ainda não definido. Os empreendedores eram,
portanto, pessoas que aproveitavam as oportunidades com a perspectiva de obterem lucros, assumindo riscos
Empreendedorismo 69
inerentes. Say fazia distinção entre empreendedores e capitalistas e entre os lucros de cada um. Ao fazê-lo, associou
os empreendedores à inovação e via-os como os agentes da mudança.
Porém, Schumpeter foi quem realmente lançou o campo do empreendedorismo, associando-o claramente à essência
da inovação.
A essência do empreendedorismo está na percepção e no aproveitamento das novas oportunidades no âmbito dos
negócios, sempre tem a ver com criar uma nova forma de uso dos recursos nacionais, em que eles seja deslocados de
seu emprego tradicional e sujeitos a novas combinações. Uma das principais críticas destinadas a esses economistas
é que eles não foram capazes de criar uma ciência comportamentalista.
A segunda teoria, dos comportamentalistas, refere-se a especialistas do comportamento humano: psicólogos,
psicanalistas, sociólogos, entre outros. O objetivo desta abordagem do empreendedorismo foi de ampliar o
conhecimento sobre motivação e o comportamento humano.
Um dos primeiros autores desse grupo a demonstrar interesse foi Max Weber (1930). Ele identificou o sistema de
valores como um elemento fundamental para a explicação do comportamento empreendedor. Via os empreendedores
como inovadores, pessoas independentes cujo papel de liderança nos negócios inferia uma fonte de autoridade
formal. Toda via, o autor que realmente deu início à contribuição das ciências do comportamento foi David C.
McClelland.
Nessa linha, McClelland (1972) foi um dos primeiros autores a estudar e destacar o papel dos homens de negócios na
sociedade e suas contribuições para o desenvolvimento econômico. Esse autor concentra sua atenção sobre o desejo,
como uma forca realizadora controlada pela razão. Para McClelland, um empreendedor é alguém que exerce controle
sobre uma produção que não seja só para o seu consumo pessoal. De acordo com a sua definição, um executivo em
uma unidade produtora de aço na União Soviética é um empreendedor.
De fato o trabalho de McClelland (1971) está concentrado em gerentes de grandes organizações e, apesar de estar
fortemente ligado ao empreendedorismo, uma leitura cuidadosa de seus escritos mostra que ele nunca fez qualquer
elo entre a necessidade de auto realização e a decisão de lançar, possuir ou até mesmo gerenciar um negócio.
Outros pesquisadores têm estudado a necessidade de realização, porém nenhum deles parece ter chegado a
conclusões definitivas sobre qualquer tipo de conexão com o sucesso dos empreendedores. Alguns autores acham
que a necessidade de realização é insuficiente para a explicação de novos empreendimentos; enquanto outros acham
que ela não é suficiente o bastante para explicar o sucesso dos empreendedores.
É importante observar que os autores da teoria comportamentalista não se opuseram às teorias dos economistas, e
sim ampliaram as características dos empreendedores.
Empreendedorismo no Brasil
No Brasil, o empreendedorismo começou a ganhar força na década de 1990, durante a abertura da economia. A
entrada de produtos importados ajudou a controlar os preços, uma condição importante para o país voltar a crescer,
mas trouxe problemas para alguns setores que não conseguiam competir com os importados, como foi o caso dos
setores de brinquedos e de confecções, por exemplo. Para ajustar o passo com o resto do mundo, o país precisou
mudar. Empresas de todos os tamanhos e setores tiveram que se modernizar para poder competir e voltar a crescer. O
governo deu início a uma série de reformas, controlando a inflação e ajustando a economia, em poucos anos o País
ganhou estabilidade, planejamento e respeito. A economia voltou a crescer. Só no ano 2000, surgiu um milhão de
novos postos de trabalho. Investidores de outros países voltaram a aplicar seu dinheiro no Brasil e as exportações
aumentaram. Juntas essas empresas empregam cerca de 40 milhões de trabalhadores.
As habilidades requeridas de um empreendedor podem ser classificadas em 3 áreas:
• Técnicas:
Envolve saber escrever, ouvir as pessoas e captar informações, ser organizado, saber liderar e trabalhar em equipe.
Empreendedorismo 70
• Gerenciais:
Incluem as áreas envolvidas na criação e gerenciamento da empresa (marketing, administração, finanças,
operacional, produção, tomada de decisão, planejamento e controle).
• Características pessoais:
Ser disciplinado, assumir riscos, ser inovador, ter ousadia, persistente, visionário, ter iniciativa, coragem, humildade
e principalmente ter paixão pelo que faz.
Pesquisas recentes realizadas nos Estados Unidos mostram que o sucesso nos negócios depende principalmente de
nossos próprios comportamentos, características e atitudes, e não tanto do conhecimento técnico de gestão quanto se
imaginava até pouco tempo atrás. No Brasil, apenas 14% dos empreendedores têm formação superior e 30% sequer
concluíram o ensino fundamental, enquanto que nos países desenvolvidos, 58% dos empreendedores possuem
formação superior. Quanto mais alto for o nível de escolaridade de um país, maior será a proporção de
empreendedorismo por oportunidade.[carece de fontes?]
Definição da palavra
• Robert Menezes - professor de Empreendedorismo da UFCG - comenta:"Empreendedorismo é aprendizado
pessoal, que impulsionado pela motivação, criatividade e iniciativa, busca a descoberta vocacional, a percepção
de oportunidades e a construção de um projeto de vida ideal." (MTC - Metodologia para Gestão do Processo de
Formação Empreendedora em Universidades - Locus Científico, Vol I,IV, 2007. pp.72-78))
• Eder Luiz Bolson disse que "empreendedorismo é um movimento educacional que visa desenvolver pessoas
dotadas de atitudes empreendedoras e mentes planejadoras".
• Robert Menezes disse que "Empreendedorismo é a arte de fazer acontecer com motivação e criatividade."(Locus
Científico, Vol I, IV, 2007. pp. 72-78))
• Robert Menezes disse que "Ser empreendedor é preparar-se emocionalmente para o cultivo de atitudes positivas
no planejamento da vida. É buscar o equilíbrio nas realizações considerando as possibilidades de erros como um
processo de aprendizado e melhoramento. Ser empreendedor é criar ambientes mentais criativos, transformando
sonhos em riqueza."
• Louis Jacques Fillion disse que o empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões.
• Jeffry Timmons disse que o empreendedor é alguém capaz de identificar, agarrar e aproveitar oportunidade,
buscando e gerenciando recursos para transformar a oportunidade em negócio de sucesso.
• Hélio Nascimento define o empreendedor como capaz de formar outro profissional melhor que ele.
• Marcelo Benvenuto define o empreendedor como sendo aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio
para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados.
• George Bernard Shaw disse que "Alguns homens vêem as coisas como são, e perguntam: Por quê?. Eu sonho com
as coisas que nunca existiram e pergunto: "Por que não?".
Empreendedorismo 71
Síndrome do Empregado
O termo síndrome do empregado nasceu com o personagem "Seu André" do livro O Segredo de Luísa do autor
brasileiro Fernando Dolabela. "Seu André" preocupado em explicar a ineficácia de grande parte dos empregados da
sua indústria, disse: "eles estão contaminados com a síndrome do empregado".
A síndrome do empregado designa um empregado:
• Desajustado e infeliz, com visão limitada;
• Dificuldade para identificar oportunidades;
• É dependente, no sentido que necessita de alguém para se tornar produtivo;
• Sem criatividade;
• Sem habilidade para transformar conhecimento em riqueza, descuida de outros conhecimentos que não sejam
voltados à tecnologia do produto ou a sua especialidade;
• Dificuldade de auto-aprendizagem, não é auto-suficiente, exige supervisão e espera que alguém lhe forneça o
caminho;
• Domina somente parte do processo, não busca conhecer o negócio como um todo: a cadeia produtiva, a dinâmica
dos mercados, a evolução do setor;
• Não se preocupa com o que não existe ou não é feito: tenta entender, especializar-se a melhorar somente no que já
existe;
• Mais faz do que aprende;
• Não se preocupa em formar sua rede de relações, estabelece baixo nível de comunicações;
• Tem medo do erro, não trata como uma aprendizagem;
• Não se preocupa em transformar as necessidades dos clientes em produtos/serviços;
• Não sabe ler o ambiente externo: ameaças;
• Não é pró-ativo (expressão que indica iniciativa, vontade própria e espírito empreendedor).
Razões do empreendedorismo
O empreendedorismo busca a auto-realização que quem utiliza este método de trabalho, estimular o desenvolvimento
como um todo e o desenvolvimento local, apoiando a pequena empresa, ampliando a base tecnológica, criar
empregos, evitar armadilhas no mercado que está incindido.
Partes envolvidas
Características Gerente Empreendedor Intra-empreendedor
Atividades Delega a sua autoridade Arregaça as mangas, Colabora com os Delega mas colabora
outros
Competência Administração, Política Negócios, Gerência e Política Empreendedor com mais habilidade Política
Erros Evitar erros Aprendizagem com erros Erros são evitados, mas aprende-se com eles
Decisões Interage do assunto para depois Visão e decisão própria, Acção versus Fundamentação
delegar Discussão
Sistema Burocracia o satisfaz Se o sistema não o satisfaz, constrói o seu Acomoda-se ou provoca curto-circuito
Caminhos do empreendedor
• Caminho 1 (Auto-conhecimento):
Espaço de sí estreito (Teoria X) versus. Espaço de sí amplo (Teoria Y).
• Caminho 2 (Perfil do empreendedor):
Comparação das características do empreendedor e da pessoa.
• Caminho 3 (Aumento da criatividade):
Dominar os processos internos para gerar inovação e criatividade.
• Caminho 4 (Processo visionário):
Desenvolver uma visão e aprender a identificar oportunidades.
• Caminho 5 (Rede de relações):
Estabelecer relações que possam servir de suporte ao desenvolvimento e aprimoramento da idéia do negócio e sua
sustentação.
• Caminho 6 (Avaliação das condições para iniciar um plano):
Avaliar as suas condiçoes até então e separar o utilizável do descartável para inicializar seu plano.
• Caminho 7 (Plano de negócio):
Metas mensuráveis, flexibilidade no plano, indicadores de evolução, compromisso coletivo, revisão de metas,
aprender com a experiência.
• Caminho 8 (Capacidade de negociar e apresentar uma idéia):
Cooperação entre pessoas, parceiros ou empresas para alcançar objetivos de tal forma que todos saiam ganhando.
Características
Uma pessoa empreendedora precisa ter características diferenciadas como originalidade, ter flexibilidade e facilidade
nas negociações, tolerar erros, ter iniciativa, ser otimista, ter auto-confiança e ter intuição e ser visionário para
negócios futuros. Um empreendedor é um administrador, necessita ter conhecimentos administrativos, ter uma
política para a empresa, ter diligência, prudência e comprometimento.
• Abrir a primeira empresa é como ganhar asas!
Ser empreendedor é voar, quando uma pessoa se lança ao desafio de criar um negócio próprio ela está literalmente
ganhando asas. A metáfora de voar pela primeira vez e abrir a primeira empresa foi descrita no livro "O Vôo do
Camaleão" e ilustra os desafios pelos quais irão passar os empreendedores, bem como suas recompensas pelos riscos
assumidos.
• As coisas podem ficar melhores
Um empreendedor deve acreditar que o modelo atual pode ser melhorado. Ele compreende que não será nada fácil
traduzir esta frase em resultados e por isso, é a primeira pessoa a aceitar o desafio de mudar. É a primeira pessoa a se
responsabilizar caso algo falhe em toda a trajetória do empreendimento. Empreendedores gostam de mudanças.
• A arte de ver mais longe e evoluir com erros
Através de mudanças, se obtém experiências e estas, traduzem-se em ciência, que por sua vez é utilizada para fins
evolutivos. Logo não parece ser apenas um golpe de sorte, quando observamos elevado know-how de
empreendedores em ambientes de negócios.
Quando há evolução, há melhora. Definitivamente, empreendedores são pessoas que não apreciam situações de
normalidade ou mediocridade.
Empreendedores são antes de tudo, pessoas que tem a capacidade de enxergar o invisível. A isso, aplica-se a
máxima: Empreendedores possuem visão.
Empreendedorismo 73
Características Empreendedoras
O termo empreendedor — do francês entrepreneur — significa aquele que assume riscos e começa algo novo. O
empreendedor é a pessoa que consegue fazer os planos acontecerem, pois é dotado de sensibilidade para os negócios,
tem desenvoltura para a área financeira e além de uma capacidade de identificar as oportunidades. Com esse arsenal,
transforma idéias em realidade não é dificil. Os empreendedores possuem uma criatividade aguçada e um alto nível
de energia, estes demonstram imaginação e perseverança, aspectos que, combinados adequadamente o habilitam a
transformar uma idéia simples e mal-estruturada em algo concreto e bem-sucedido no mercado.
Não existem o verdadeiro perfil empresarial, o que existe é empreendedores que provêem de experiêrcias
profissionais, educacionais e situações familiares e vivendias profissionais variadas. Portanto, o empreendedor pode
ser, médico, secretária, trabalhador da linha de montagem, representante comercial, gerente, engenheiro, professor,
não há uma profissão que diga que este é o perfil do empreendedor. Apesar da literatura mostrar vários aspectos
sobre as características empreendedoras, as mais fáceis de perceber são:
• Necessidade de reconhecimento; • Necessidade de poder e status; • Necessidade de segurança; • Necessidade de
auto realização e inovação; • Capacidade de persuasão; • Auto-confiança; • Disposição ao risco; • Perseverança.
Empreendedor artesão: em um extremo do continuum, é básicamente que tem conhecimento técnico do trabalho,
possui conhecimento basico de gestão de negócios e das habilidades técnicas. A formação educacional limita-se ao
treinamneto técnico, portanto tem experiencia técnica do trabalho. Mas não tem capacidade intelectual para se
comunicar bem, para avaliar o mercado, gerir os negócios. A tomada de decisões se caracteriza por ser tomada em
curto espaço de tempo (orientação de tempo de curto prazo), não havendo planejamento para o futuro, crescimento
ou mudança.
A abordagem quanto ao processo decisório é caracterizado por: • orientação de tempo de curto prazo, com pouco ,
com pouco planejamento para o futuro crescimento ou mudança; • ser partenalista (conduzir o negócios de forma
como conduziria a própria família); • centralizador, não delegando autoridade • utilizar de uma ou mais fontes de
capital para abrir a empresa; • definir a estratégia de marketing, finanças em termo do preço tracional, da qualidade e
da reputação da empresa; • esforçar-se nas vendas por exclusivamente motivos pessoais;
O empreendedor artesão é em geral aquele profissional (mecânico, cabeleireira) que abre um négocio
independente, para aproveitar a sua experiência profissional, ampliando horizontes. Se não puder crescer
profissionalmente ou culturalmente e financeiramente sempre será um fonrcedor de mão-de-obra ou de trabalho
especializado.
Empreendedor oportunista: compõe o outro extremo do continnum, é o empreendedor que possui educação técnica
suplententada po estudo de assuntos mais amplos, como administração, econômia, legislação ou línguas. Busca estar
sempre atualizado e procura estudar e aprender. Identifica-se por evitar o partenalismo na condução da equipe de
trabalho, além de delegar autoridade às pessoas necessárias para o crescimento, foca estratégias de marketing e
desenvolve os mais variados esforços de venda. Consegue capital original de mais de duas fontes de dinheiro,
planeja e organiza o crescimento do empreendimento, além de utilizar software ou ferramentas para controle, e para
o gerenciamento operacional. Ambos estilos de empreendedores compõem extremos de aboragem gerencial.
Empreendedorismo 74
De um lado o artesão que conhece o produto e dá asas à imaginação, no outro o oportunista que possui boa instrução
e se utiliza de procedimentos gerenciais sistemáticos. Um bom negócio é aquele que tem o seu feitio pessoal, a sua
cara, o seu jeito. O negócio deve ajustar-se a você como se fosse feito sob medida. Mas você tem de conhecer suas
medidas para saber se o negócio lhe cabe.
Ver também
• Empreendedorismo social
• Plano de negócios
• Administração participativa
Referências
Português
• Vôo do Camaleão, O (2006), Scortecci Editora, J.Caetano M. N.
• VENTURA, Gregorio Borges. Projeto empresa junior : inserindo o universitario no mercado de trabalho.
Montes Claros, MG: Unimontes, 2000.
• Segredo de Luisa, O (2008) - GMT - Dolabela, Fernando
• Boa idéia! E agora? Plano de negócio (2000) - Editora de Cultura - Dolabela, Fernando
• Empreender fazendo a diferença (2004) - Fundamento - Gerber, Michael E.
• Mito do empreendedor - Revisitado (1996) - Saraiva - Gerber, Michael E.
• Espirito empreendedor nas organizaçoes (2005) - Saraiva - Hashimoto, Marcos
• Empreendedorismo: empreendedores e proprietários-gerentes de pequenos negócios (1999)- Revista de
Administração, São Paulo v.34, nº2, p.05-28 Filion, Louis Jacques
• CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. São Paulo: Atlas, 1994.
• DEGEN, Ronald Jean. O empreendedor: fundamentos da iniciativa empresarial. São Paulo: McGraw-Hill, 1989.
• EMPINOTTI, Moacir. Os valores e serviços da pessoa humana. PortoAlegre: EDIPUCRS, 1994.
• GERBER, Michael E. O mito do empreendedor: como fazer de seu empreendimento um negócio bem sucedido.
São Paulo: Saraiva, 1996.
• GERBER, Michael E. Empreender fazendo a diferença. São Paulo: Fundamento Educacional, 2004.
• LEITE, Emanuel. O fenômeno do empreendedorismo: criando riquezas. Recife: Bagaço, 2000.
• LEZANA, A. G.R. & TONELLI, A. Novos empreendedores nas escolas técnicas. Módulo 1 – O empreendedor.
São Paulo: Instituto Uniemp, 1995.
Outras línguas'
• Cantillon, R. Essai sur la Nature du Commerce in Général. 1759
• Drucker, P. (1970) "Entrepreneurship in Business Enterprise", Journal of Business Policy, vol 1, 1970.
• Knight, K. (1967) "A descriptive model of the intra-firm innovation process", Journal of Business of the
University of Chicago, vol 40, 1967.
• Pinchot, G. (1985) Intrapreneuring, Harper and Row, New York, 1985.
• 'Schumpeter, J. (1950) Capitalism, Socialism, and Democracy, 3rd edition, Harper and Row, New York, 1950.
Empreendedorismo 75
Ligações externas
• Identificação do Perfil Intra-Empreendedor [1]
• Intra-Empreendedor se destaca no mercado [2]
• O intra-empreendedor nasce e se expande em função da natureza da cultura das organizações [3]
• Empresa criada no ambito do projecto Aprender a Empreender [4]
Referências
[1] http:/ / teses. eps. ufsc. br/ defesa/ pdf/ 3802. pdf
[2] http:/ / www. universia. com. br/ html/ materia/ materia_gcee. html
[3] http:/ / www. dcc. ufla. br/ ~olinda/ arquivos/ emp%20aula%205. pdf
[4] http:/ / pt. wikipedia. org/ wiki/ bioself
Empreendedorismo social
O empreendedorismo social se refere aos trabalhos realizados pelo empreendedor social, pessoa que reconhece
problemas sociais e tenta utilizar ferramentas empreendedoras para resolvê-los. Difere do empreendedorismo
tradicional, pois tenta maximizar retornos sociais ao invés de maximizar o lucro.
De maneira mais ampla, o termo pode se referir a qualquer iniciativa empreendedora feita com o intuito de avançar
causas sociais e ambientais. Essa iniciativa pode ser com ou sem fins lucrativos, englobando tanto a criação de um
centro de saúde com fins lucrativos em uma aldeia onde não exista nenhuma assistência à saúde, como a distribuição
de remedios gratuitos para a população pobre.
Origem
Os termos empreendedor social e empreendedorismo social são traduções de termos originários da língua francesa
(social entrepreneur e social entrepreneurship), sendo utilizados pela primeira vez em inglês entre as décadas de 60
e 70.[1] Entretanto, o termo foi de fato difundido durante as décadas de 80 e 90 por Bill Drayton, o fundador da
Ashoka Empreendedores Sociais,[2] e por Charles Leadbeater, escritor inglês.[3]
Embora o termo seja relativamente recente, o empreendedorismo social é uma atividade antiga com vários exemplos
ao longo da história. Durante os séculos XIX e XX, os empreendedores sociais mais bem sucedidos promovendo
avanços quanto à serviços públicos como saúde e educação junto à sociedade civil, ao governo e ao mundo de
negócios.
Descrição
O empreendedor social visa a maximização do capital social (relações de confiança e respeito) existente para realizar
mais iniciativas, programas e ações que permitam para uma comunidade, cidade ou região se desenvolverem de
maneira sustentável. Ele faz esses avanços disseminando tecnologias produtivas, aumentando a articulação de grupos
produtivos e estimulando a participação da população na esfera política, ampliando o "espaço público" dos cidadãos
em situação de exclusão e risco.
Para tanto utiliza técnicas de gestão, inovações produtivas, técnicas de manejo sustentável de recursos naturais e
criatividade para fornecer produtos e serviços que possibilitem a melhoria da condição de vida das pessoas
envolvidas e beneficiadas, através da ação dos empreendedores sociais externos e internos a comunidade.
[1] Exemplo, o termo foi utilizado para descrever Robert Owen por J. Banks no livro The Sociology of Social Movements, Londres: MacMillan,
1972 (em inglês)
[2] The Social Entrepreneur Bill Drayton (http:/ / www. usnews. com/ usnews/ news/ articles/ 051031/ 31drayton. htm) (em inglês). US News &
World Report (2005-10-31). Página visitada em 2006-11-03.
Empreendedorismo social 76
[3] 'The Rise of the Social Entrepreneur, Londres: Demos, 1996 (em inglês)
Bibliografia
• Bornstein, David. Como mudar o mundo: empreendedorismo social e o poder de novas idéias. Record, 2005.
• Wood, John. Saí da Microsoft para mudar o mundo. GMT, 2007.
• Yunus, Muhammad. Um mundo sem pobreza: A empresa social e o futuro de capitalismo. Ática, 2006.
Ver também
• Kiva
Ligações externas
• O empreendedor social (http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG74847-6009,00-O+
EMPREENDEDOR+SOCIAL.html), reportagem da Revista Época
• A nova face da filantropia (http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI10031-15245-2,00-A+
NOVA+FACE+DA+FILANTROPIA.html), reportagem da Revista Época
• Rede Brasileira de Entidades Assistenciais Filantrópicas (http://www.terceirosetor.org.br/)
• Fundação AVINA (http://www.avina.net/)
• Artemísia Empreendedores de Negócios Sociais (http://www.artemisia.org.br/)
• Aliança Empreendedora (http://www.aliancaempreendedora.org.br/)
Empreendedorismo cultural
Empreendedorismo Cultural é o gerenciamento de empresas culturais. É a transformação de companhias de teatro,
circo, dança, bandas de música, artistas plasticos em empreendimentos gerenciados no formato de empresas,
buscando mercado, fornecedores e preços competitivos.
Audiovisual 77
Audiovisual
Audiovisual é um termo genérico que pode se referir a formas de comunicação que combinam som e imagem, bem
como a cada produto gerado por estas formas do comunicação, ou ainda à tecnologia empregada para o registro,
tratamento e exibição de som e imagem sincronizados.
Origens do termo
Segundo o Dicionário Houaiss, audiovisual é "qualquer comunicação, mensagem, recurso, material etc. que se
destina a ou visa estimular os sentidos da audição e da visão simultaneamente".[1]
No Brasil, até os anos 1980, a palavra audiovisual designava um tipo específico de apresentação pública, hoje mais
conhecida como diaporama, e que combinava a projeção de uma sequência de diapositivos (slides) com o som
(constituído de narração, música, ruídos, etc.) gravado em fita magnética e exibido em sincronia.[2]
A partir dos anos 1970, o mercado publicitário passou a chamar de audiovisual um subgênero de vídeos de
propaganda que não se destinavam à exibição em televisão nem tinham como objetivo vender um determinado
produto, mas sim estabelecer uma imagem favorável para uma marca, empresa ou instituição — o que mais tarde
veio a se chamar de vídeo institucional.[3]
Em Portugal, o antigo Instituto Português do Cinema, criado em 1971, passou por várias denominações
intermediárias até vir a chamar-se Instituto do Cinema e Audiovisual em 2007. No Brasil, o recente (2004) projeto de
transformação da Agência Nacional de Cinema em Agência Nacional do Cinema e do Audiovisual [4] esbarrou em
uma série de oposições, especialmente das emissoras de televisão,[5] e acabou não sendo apresentado ao Congresso.
[1] Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, Editora Objectiva, Rio de Janeiro, 2001, p. 343.
[2] "Como inserir música em um diaporama" (http:/ / pt. kioskea. net/ faq/ 20-como-inserir-musica-em-um-diaporama). Página visitada em 1 de
março de 2010.
[3] Nota sobre vídeos institucionais no sítio "Roteiros online" (http:/ / www. roteirosonline. com. br/ roteiroinstitucional. htm). Página visitada
em 1 de março de 2010.
[4] Resumo do Projeto Ancinav, segundo o Jornal Brasileiro de Ciências da Comunicação, agosto de 2004 (http:/ / www2. metodista. br/
unesco/ jbcc/ jbcc_mensal/ jbcc261/ estado_acinav. htm). Página visitada em 1 de março de 2010.
[5] Coletânea de artigos sobre a Ancinav, organizada pelo Observatório de Imprensa, setembro de 2004 (http:/ / www. observatoriodaimprensa.
com. br/ artigos. asp?cod=295ASP008). Página visitada em 1 de março de 2010.
Editoração 79
Editoração
Comunicação
Editoração é o gerenciamento da produção de publicações de caráter periódico e não periódico, como livros,
revistas, boletins, prospectos, álbuns, cadernos, almanaques etc. Mais recentemente, a produção editorial foi elevada
a todo tipo de material de comunicação impresso ou eletrônico, reproduzido em gráfica ou em série, como CDs, fitas
e até websites e CD-Roms.
A editoração de um livro é o processo de transformar as idéias de um determinado autor em informação acessível e
útil para um certo grupo que compreende as etapas de: seleção de originais, preparação dos originais, projeto gráfico,
diagramação e produção gráfica para a impressão. Porém não se deve confundir editoração de qualquer tipo de
conteúdo com design visual (especialização da carreira de desenho industrial). Também não se deve confundir o
conceito de Editoração com o de Editoração eletrônica, uma das fases do processo de produção editorial que
compreende a diagramação/composição e a pré-impressão.
No Brasil
Embora ainda escassos, existem cursos de graduação em editoração no Brasil, entre os quais o de Editoração da
Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e da Escola Superior de Estudos Empresariais e
Informática (Paraná) e os de Produção Editorial da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade
Anhembi Morumbi. Devido à desproporção entre a baixa quantidade de alunos formados por esses cursos e a oferta
de trabalho no mercado editorial, somada ao quase nulo conhecimento dos cursos existentes por boa parte dos
empreendimentos da área, muitos trabalhos editoriais acabam sendo feitos por profissionais graduados em outros
cursos, como jornalismo, biblioteconomia, design gráfico, publicidade, letras, história e filosofia. Cada vez mais
editoras, no entanto, têm dado preferência a profissionais formados em Editoração e Produção Editorial, cuja
formação é direcionada ao desempenho das funções exigidas.
Ligações externas
• Editoração busca dar a forma adequada à apresentação do texto [1] (Folha Online)
• Fórum de Editoração [2] (página a ser atualizada)
Referências
[1] http:/ / www1. folha. uol. com. br/ folha/ educacao/ ult305u13651. shtml
[2] http:/ / www. eca. usp. br/ forum/
Cinema 80
Cinema
Tópicos
de
Cinema
Portal Cinema
Cinema (do grego: κίνημα - kinema "movimento") inclui a técnica de projetar imagens para criar a impressão de
movimento, bem como uma arte e a indústria cinematográfica. As obras cinematográficas (mais conhecidas como
filmes) são produzidas através da gravação de imagens do mundo com câmeras, ou pela criação de imagens
utilizando técnicas de animação ou efeitos visuais.
Os filmes são feitos de uma série de imagens individuais chamadas fotogramas. Quando essas imagens são
projetadas de forma rápida e sucessiva, o espectador tem a ilusão de que está ocorrendo movimento. A cintilação
entre os fotogramas não é percebida devido a um efeito conhecido como persistência da visão, pelo qual o olho
humano retém uma imagem durante uma fração de segundo após a fonte ter sido removida. Os espectadores têm a
ilusão de movimento devido a um efeito psicológico chamado movimento beta.
O cinema é um artefato cultural criado por determinadas culturas, que refletem as mesmas e, por sua vez, as afetam.
O cinema é considerado uma importante forma de arte, uma fonte de entretenimento popular e um método poderoso
para educar - ou doutrinar - os cidadãos. Os elementos visuais dão aos filmes um poder de comunicação universal.
Alguns filmes se tornaram mundialmente populares ao usarem técnicas de dublagem ou legendas, que traduzem o
diálogo.
A origem do nome "cinema" vem do fato de que o cinematógrafo, historicamente, foi o primeiro equipamento
utilizado para o registro e exibição de filmes. Por metonímia, a palavra também pode se referir à sala de espetáculos
onde são projetadas obras cinematográficas.
História
A invenção da fotografia, e sobretudo a da fotografia animada, foram momentos cruciais para o desenvolvimento
não só das artes como da ciência, em particular no campo da antropologia visual.
O cinema é possível, graças à invenção do cinematógrafo pelos Irmãos Lumière no fim do século XIX. Em 28 de
dezembro de 1895, no subterrâneo do Grand Café, em Paris, eles realizaram a primeira exibição pública e paga de
cinema: uma série de dez filmes, com duração de 40 a 50 segundos cada, já que os rolos de película tinham quinze
metros de comprimento. Os filmes até hoje mais conhecidos desta primeira sessão chamavam-se "A saída dos
operários da Fábrica Lumière" e "A chegada do trem à Estação Ciotat", cujos títulos exprimem bem o conteúdo.
Apesar de também existirem registros de projeções um pouco anteriores a outros inventores (como os irmãos Max
Skladanowsky [1] [2] e Emil Skladanowsky na Alemanha), a sessão dos Lumiére é aceita pela maciça maioria da
literatura cinematográfica como o marco inicial da nova arte. O cinema expandiu-se, a partir de então, por toda a
Cinema 81
França, Europa e Estados Unidos, através de cinegrafistas enviados pelos irmãos Lumière, para captar imagens de
vários países.
Nesta mesma época, um mágico ilusionista chamado Georges Méliès, que comandava um teatro nas vizinhanças do
local da primeira exibição mencionada, quis comprar um cinematógrafo, para utilizá-lo em seus números de mágica.
No entanto, os Lumière não quiseram vender-lhe, e o pai dos irmãos inventores chegou a dizer a Meliès que o
aparelho tinha finalidade científica e que o mágico teria prejuízo, se gastasse dinheiro com a máquina, para fazer
entretenimento. Meliès conseguiu um aparelho semelhante, depois, na Inglaterra, e foi o primeiro grande produtor de
filmes de ficção, com narrativas, voltados para o entretenimento. Em suas experimentações, o mágico descobriu
vários truques que resultaram nos primeiros efeitos especiais da história do cinema. Foi o responsável, portanto, pela
inserção da fantasia na realização de filmes.
Logo depois, nas duas primeiras décadas do século XX, o diretor estadunidense David W. Griffith, um dos pioneiros
de Hollywood, realizou filmes que fizeram com que ele fosse considerado pela historiografia cinematográfica o
grande responsável pelo desenvolvimento e pela consolidação da linguagem do cinema, como arte independente,
apesar das polêmicas ideológicas em que se envolveu. Ele foi o primeiro a criar filmes em que a montagem e os
movimentos de câmera eram empregados com maestria e, com isso, estabeleceu os parâmetros do fazer
cinematográfico dali em diante. Destaque para "Intolerância", admirado até hoje entre cineastas e cinéfilos.
Como forma de registrar acontecimentos ou de narrar histórias, o Cinema é uma arte que geralmente se denomina a
sétima arte, desde a publicação do Manifesto das Sete Artes pelo teórico italiano Ricciotto Canudo em 1911. Dentro
do Cinema existem duas grandes correntes: o cinema de ficção e o cinema documental.
Como registro de imagens e som em comunicação, o Cinema também é uma mídia. A indústria cinematográfica se
transformou em um negócio importante em países como a Índia e os Estados Unidos, respectivamente o maior
produtor em número de filmes por ano e o que possui a maior economia cinematográfica, tanto em seu mercado
interno quanto no volume de exportações.
A projeção de imagens estáticas em sequência para criar a ilusão de movimento deve ser de no minimo 16
fotogramas (quadros) por segundo, para que o cérebro humano não detecte que são, na verdade, imagens isoladas.
Desde 1929, juntamente com a universalização do cinema sonoro, as projeções cinematográficas no mundo inteiro
foram padronizadas em 24 quadros por segundo.
Filmes
• Lista de filmes
• Lista de Estreias
História
• História do cinema
• Expressionismo alemão
• Cinema clássico norte-americano
• Realismo poético francês
• Neorrealismo
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• Cinema alemão dos anos 70
• Lista de filmes históricos
Cinema 82
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Cinema 83
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• curta-metragem
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• Cinema de animação
Períodos do cinema
• Cinema da década de 1980
• Cinema da década de 1990
Roteiro de cinema
• Formato Master Scenes
• Roteiro de cinema
Música de cinema
• Lista de compositores de trilha sonora
Tecnologia cinematográfica
• Técnica cinematográfica
• Película cinematográfica
• Bitola cinematográfica
• Formato cinematográfico
Salas de cinema
• Lista de salas de cinema do Brasil
Museus do cinema
• Museu do Cinema de Melgaço
[1] http:/ / www. chambel. net/ ?cat=9
[2] http:/ / en. wikipedia. org/ wiki/ Max_Skladanowsky
Ligações externas
• The Internet Movie Database (IMDb) Informação sobre filmes actuais e clássicos, incluindo elencos (http://
www.imdb.com/) (em inglês)
Produção cultural 85
Produção cultural
Para se pensar no conceito de produção cultural necessitamos fazer uma primeira distinção, pois a expressão
remete a dois significados fundamentais. Segundo o dicionário Michaellis, a palavra produção pode significar "coisa
produzida naturalmente ou pelo trabalho", "obra literária ou artística" e "ato ou efeito de produzir". Logo, podemos
falar de produção cultural como um conjunto de obras artísticas realizadas determinados grupos ou indivíduos, num
determinado espaço de tempo, num determinado espaço da geografia. E também podemos falar de produção cultural
e estarmos nos referindo ao ato de produzir. Nesta situação, produção cultural está relacionada ao ato de se produzir
uma ação cultural.
Sendo o conhecimento de produção cultural novo no mundo e no Brasil, é comum que diferentes autores e
universidades adotem diferentes conceitos para denominar esta nova disciplina.
Do ponto de vista prático, a produção cultural, enquanto ato de produzir, é um conjunto de conhecimentos que
agregam valor a formação de um profissional para que possa criar e/ou administrar ações, eventos e projetos
culturais.
Muitas atividades de produção cultural são realizadas por profissionais da administração, engenharia, gestão,
finanças, marketing, comunicação, sociologia, filosofia, antropologia, história, artes, letras e psicologia.
Exemplos de atividades de produção cultural: organização de shows, exposições de arte, montagens teatrais,
espetáculos de dança, exibição de filmes, programas de TV, programas de rádio, criação de blogs, gestão de carreiras
artísticas e projetos de gestão de acervos de patrimônio histórico.
Campos de atuação da produção cultural: artes, cultura, comunicação, entretenimento, eventos e lazer.
[Conceito atualizado em 12 de abril de 2010. Fontes consultadas: Dicionário Michaelis da editora Melhoramentos,
Dicionário Crítico de Política Cultural de Teixeira Coelho, blog Produtor Cultural Independente
(www.produtorindependente.com) de Alê Barreto e livro "O Avesso da Cena - Notas sobre produção e gestão
cultural" de Romulo Avelar]
Ver também
• Produtor cultural
Mídia Alternativa 86
Mídia Alternativa
Comunicação
Os diversos núcleos de produção de mídia alternativa são uma força relevante na nova forma de comunicação que
vem se constituindo. Partindo da insatisfação com as mídias corporativas, que segundo alguns seriam comprometidas
com os "interesses do capital", esses movimentos de esquerda visam a oferecer uma outra maneira de pensar a
função transgressiva da comunicação, sendo tudo isso feito com um aparato técnico mínimo e custos irrisórios. Seus
principais veículos de comunicação são a Internet, as rádios comunitárias, jornais de baixa circulação e fanzines.
Com várias denominações diferentes, como mídia tática, mídia independente ou mídia sob demanda, essas mídias
muitas vezes têm ligações com movimentos sociais de fora da rede. Apesar de já ter havido várias manifestações, o
movimento das "mídias alternativas" tomou um novo vulto com o surgimento do Centro de Mídia Independente.
Outro tipo de mídia alternativa são os veículos geridos pelas próprias fontes, como a institucional, ligadas a
organizações públicas ou privadas, e a legislativa,[1] ligadas aos parlamentos. Alguns dos objetivos destas são
justamente a busca de alternativas ao corte editorial da mídia tradicional e o estabelecimento de uma ligação direta
entre a fonte e o seu público.
A mídia alternativa é também caracterizada no âmbito publicitário como um espaço para veiculação de anúncios de
publicidade e propaganda em locais inusitados e ou fora do habitual. Esses anúncios podem, também, interagir com
o público.
São exemplos de mídia alternativa:
• Impressos em Papel Higiênico
• Motomídia
• Busdoor
• Bikedoor
• Motodoor
• Mídia em Metrô
• Anúncios feitos com tatuagens
• Anúncios em novas tecnologias
• E quaisquer outros que venham a estar fora do quadro comum de meios e veículos de comunicação
Mídia tática
"Embora as mídias táticas incluam mídias alternativas, não estamos restritos a esta categoria. De fato, nós
introduzimos o termo tático para romper e ir além das rígidas dicotomias que têm restringido o pensamento nesta
área por tanto tempo." (GARCIA & LOVINK, 2003)
Com sua sede em Amsterdã, na Holanda, onde ocorre a conferência Next Five Minutes (Próximos Cinco Minutos), as
mídias táticas não se constituem como uma organização de produções alternativas, mas sim como um conceito que
abarca uma série de manifestações independentes, de qualquer categoria (intelectuais, jornalísticas, estéticas etc) até
mesmo offline, como teatro de rua. Vários sítios são considerados mídia tática, inclusive o CMI. A manifestação
prática do Mídia Tática são os laboratórios de mídia, os Tactical Media Labs, que pretendem fomentar a formação de
mídias independentes.
Mídia Alternativa 87
História
O projeto Indymedia nasceu no final de 1999, para coordenar uma cobertura jornalística alternativa dos protestos
ocorridos em Seattle contra o encontro da Organização Mundial do Comércio (OMC) [4] . O projeto original
consistia em um site para a publicação livre, no qual diferentes órgãos de imprensa alternativa publicariam relatos,
entrevistas, análises e imagens em copyleft, promovendo o intercâmbio de informações e a cooperação mútua.
Durante os protestos, no entanto, não apenas jornalistas independentes, mas os próprios ativistas se manifestaram,
publicando seus pontos de vista, fotos e depoimentos. A junção da cobertura dos meios jornalísticos independentes e
com os relatos diretos dos participantes provocou um crescimento do site, com mais de um milhão de acessos.
Em seqüência disso, o projeto que era temporário transformou-se numa iniciativa permanente. Depois de Seattle, em
2002, já existiam 89 sites do Indymedia em 31 países e em Janeiro de 2006 já eram 150 sites. O país com mais site
do Indymedia são os Estados Unidos com 62 sites e depois vem a Itália com 15 sites. Além dos sites os CMIs atuam
em diversos outros projetos de democratização da produção de mídia.
Os sites do Indymedia funcionam em diversas plataformas de software livre, muitos desenvolvidos pelos próprios
participantes do CMI como os softwares DadaIMC, Mir [5], Oscait, Active, SF-Active [6] e outros softwares
distribuidos livremente como Drupal e Plone.
Centro de Mídia Independente 89
Em 2007, o CMI apoiou a decisão do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de fechar a rede de televisão RCTV,
considerando-a como mais uma etapa na democratização da informação[7] .
Principais projetos
Os coletivos do CMI oferecem em várias
cidades oficinas de capacitação a indivíduos
e movimentos sociais buscando ajudar a
produção independente de mídia. Há
oficinas de redação, repórteres populares,
fotografia, informática, vídeo e rádio.
• Rádio: Coletivos do CMI frequentemente produzem programas de rádio, no Brasil é chamado de "CMI no Ar",
oferecendo um panorama do que acontece no país e no mundo de uma perspectiva alternativa àquela que
consideram mídia empresarial.
O programa é disponibilizado no site em formato digital (MP3) e em copyleft para a reprodução por rádios livres e
comunitárias. Em Porto Alegre, é produzido semanalmente um boletim de notícias que é distribuído para dezenas de
rádios comunitárias na região metropolitana. O CMI também colabora diretamente com as rádios Bicuda, no Rio de
Janeiro; Grilo [8], em Goiânia; Ralacoco, em Brasília e a rádio Restinga em Porto Alegre.
O CMI já oferece um canal que transmite por internet a rádio Muda de Campinas e pretende colocar mais rádios
livres e comunitárias na internet capacitando-as a funcionar em rede e intercambiar programação.
• Vídeo: O CMI tem coletivos trabalhando com vídeo, produzindo documentários e video-reportagens. Tudo o que
é produzido é disponibilizado gratuitamente no site para download em regime de copyleft e as fitas são
distribuídas a baixo custo. O CMI também promove periodicamente exibições públicas gratuitas dos vídeos, como
aconteceu com o CMI de São Paulo na seção de vídeo em frente a TV Globo apresentando o filme Muito além do
Cidadão Kane.
• Informática: O CMI também tem projetos de democratização do acesso à internet com ênfase na produção de
mídia.
Centro de Mídia Independente 90
Indymedia no mundo
A rede do Indymedia é descentralizada e todos os coletivos funcionam de forma independente, administrando seus
próprios sites, mas respeitando os princípios do CMI. O processo de inclusão de um novo coletivo do CMI é
centralizado, um processo transparente coordenado por listas de discussões.
Em maio de 2004, depois de receber vários histórias sobre o militarismo em Israel como "Zionazi forces" (uma
referência ao sionismo nazista das forças de Israel)[9] , site de busca pela internet, Google News da empresa Google
temporariamente parou de incluir as notícias do Indymedia em suas buscas. A partir de outubro de 2004, os artigos
do Indymedia voltaram a ser indexados pelas buscas do Google News.
Sequestro de servidores
Indymedia já sofreu vários tipos de ataques de
autoridades em vários países, por exemplo, em 7 de
outubro de 2004, vários servidores do CMI baseados na
empresa Rackspace de Londres, Inglaterra foram
temporariamente levados por policiais locais,
desativando 20 sites do CMI no mundo. A Electronic
Frontier Foundation (EFF) publicou uma nota dizendo
que ações deste tipo são inconstitucionais.[10] .
Ataques a jornalistas
Em julho de 2001 durante os protestos contra a reunião do G8 em
Genova (Itália), jornalistas do Indymedia foram seriamente atacados
pelos policiais italianos e policiais infiltrados como protestantes dentro
da "Escola Diaz", um espaço reservado a jornalistas do Indymedia
fazerem suas reportagens durante o evento. Este ataque e invasão
foram filmados por outros jornalistas, como também os ataques de
policiais durante os protestos nas ruas de Genova[12] .
Prêmios e Homenagens
• Em 6 de dezembro de 2006, o Club de Periodistas de México A.C. - organização mexicana de jornalistas -
outorgou ao CMI o Prêmio Nacional de Jornalismo na categoria Jornalismo na Internet. Na mesma cerimônia foi
feita uma homenagem a Brad Will [14] .
• Em 1º de abril de 2008, Brad Will e o CMI foram homenageados pelo grupo de Direitos Humanos brasileiro
Tortura Nunca Mais com a Medalha Chico Mendes de Resistência. Essa premiação é dada a pessoas ou grupos
que lutam em defesa dos Direitos Humanos e por uma sociedade mais justa[15] [16] .
Ver também
• Batalha de Seattle
• William Bradley Roland, ativista do Indymedia morto em Oaxaca, México
• Indymix, distribuição Linux feita pelo CMI.
Ligações externas
• Indymedia Global [17] (em inglês)
• Centro de Mídia Independente do Brasil [18] (em português)
• Centro de Media Independente de Portugal [19] (em português)
• Centro de Media Independente da Galiza [20] (em português)
• Indymedia Global [17] (em inglês)
• Documentação do Projeto Indymedia [21] (em inglês)
• Portal de Rádios livres do Brasil [22] (em português)
• Análise crítica do CMI [23] (em português)
• Vídeo da cerimônia de entrega da Medalha Chico Mendes de Resistência de 2008 com destaque para o CMI [24]
(em português)
Referências
[1] CMI Brasil - "A diferença com relação aos veículos tradicionais é que o CMI abertamente afirma sua parcialidade.." (http:/ / docs. indymedia.
org/ view/ Local/ CmiBrasilOqueEh#Independ_ncia)
[2] CMI Brasil - Política Editorial do CMI Brasil (http:/ / www. midiaindependente. org/ pt/ blue/ static/ policy. shtml)
[3] "Princípios de união" do CMI (em inglês) (http:/ / docs. indymedia. org/ view/ Global/ PrinciplesOfUnity)
[4] Primeira notícia publicada no site do Indymedia, em 24 de Novembro de 1999 (http:/ / seattle. indymedia. org/ en/ 1999/ 11/ 2. shtml)
[5] http:/ / mir. indymedia. org/
[6] http:/ / sfactive. indymedia. org/
[7] Venezuela diz: até nunca mais RCTV! (http:/ / www. midiaindependente. org/ pt/ blue/ 2007/ 05/ 383680. shtml)
[8] http:/ / grilo. radiolivre. org/ Main/ HomePage
[9] Exemplo de notícia sobre "Zionazi forces" (http:/ / chicago. indymedia. org/ newswire/ display/ 11403/ index. php)
[10] Nota da EFF sobre o sequestro de servidores do Indymedia (http:/ / www. eff. org/ Censorship/ Indymedia)
[11] John Leyden, Legal row after police seize Bristol Indymedia server (http:/ / www. theregister. co. uk/ 2005/ 06/ 28/
indymedia_server_seizure_bristol/ ), The Register, 28 de Junho de 2005.
[12] Vídeo das manifestações contra a reunião do G-8, em Gênova (http:/ / www. midiaindependente. org/ pt/ red/ 2004/ 08/ 288279. shtml)
[13] CJFE demands invstigation into attacks on Argentinean journalists (http:/ / www. cjfe. org/ protestlets/ 2003/ argent-jun13. html), open
letter to Argentina's amabassador in Canada, June 13th 2003, accessed 25th August 2007
[14] http:/ / www. vocesdelperiodista. com. mx/ 152/ 13. htm
[15] http:/ / www. midiaindependente. org/ pt/ blue/ 2008/ 04/ 416728. shtml
Centro de Mídia Independente 92
[16] http:/ / www. midiaindependente. org/ pt/ blue/ 2008/ 04/ 416039. shtml
[17] http:/ / www. indymedia. org
[18] http:/ / www. midiaindependente. org
[19] http:/ / pt. indymedia. org
[20] http:/ / galiza. indymedia. org
[21] http:/ / docs. indymedia. org
[22] http:/ / www. radiolivre. org
[23] http:/ / www. midiasemmascara. org/ artigo. php?sid=1253
[24] http:/ / brasil. indymedia. org/ media/ 2008/ 04/ / 416621. mov
Mídia tática
Mídia tática pode ser definida como a apropriação dos meios de comunicação a fim de se opor ou criticar um alvo
que freqüentemente ocupa determinada posição de poder. Esta forma moderna de ativismo pode ser reconhecida pelo
uso da tecnologia moderna e suas campanhas de mídia no estilo "bater e correr", as quais são geralmente de curta
duração. O propósito da mídia tática jaz no tipo de informação que ela distribui e nos alertas que pode às vezes
produzir. Ao gerar essa informação e criar essa reação, a mídia tática tenta reverter o fluxo de mão-única da
comunicação e poder, e retornar algum grau de controle ao público.
Conceituação
Discute-se que a mídia tática lembra mais uma estratégia do que uma tática. Logo, é importante observar que
enquanto a estratégia usa o espaço para se desdobrar, a tática usa o tempo[1] . A mídia tática não é disputada em um
espaço, visto que ocupa o espaço ao qual se opõe. Em vez disso, é disputada no tempo, aproveitando a oportunidade
quando brechas ou fraquezas são detectadas, dentro do espaço ocupado.
Tem sido freqüentemente comparada ao culture jamming, visto que ambos usam as mesmas técnicas na tentativa de
tomar o espaço público ocupado pelos meios de comunicação. Onde as suas práticas diferem é no modo de obter este
espaço público; enquanto o culture jamming consiste de uma resposta interna às práticas dominantes, a mídia tática
usa as práticas dominantes para penetrar e tornar-se parte delas. Não odeie a mídia, torne-se a mídia é um slogan
freqüentemente utilizado por ativistas táticos e reflete esta importante distinção. A mídia tática tem sido também
comparada à mídia alternativa, mas difere desta última por sua maneira de lidar com os meios de comunicação. A
mídia alternativa não visa se infiltrar no meio dominante por uma ação rápida, mas tenta se opor à mesma propondo
o que seu nome sugere: uma alternativa à mídia dominante[2] .
Embora tão bem sucedida quanto uma campanha ou grupo em particular possa ser, seu objetivo final não é substituir
um determinado canal de mídia pois a mídia tática desencoraja a difamação[3] por conta de que isto provavelmente
resultaria num novo ciclo, com a recriação do alvo dos ataques. Logo, deve ser entendido que a mídia tática nunca
alcança um estágio de perfeição; ela está constantemente mudando porque precisa questionar constantemente o
sistema sob o qual opera[4] .
Embora seja possível para a mídia tática ser representativa do ponto de vista local de uma região específica, ela
geralmente está presente num nível global. Existem muitos projetos de mídia tática que funcionam num espaço físico
mas ela usa mais freqüentemente espaço em rede e na internet, fazendo com que sua extensão cubra todo o planeta.
A natureza virtual do espaço que ocupa também permite-lhe criar novos canais quanto às hierarquias de poder contra
as quais luta. Uma determinada tática não necessita atacar pessoalmente ou num nível físico, mas pode atacar no
espaço livre e virtual sobre o qual o dominante possui pouco controle. Este importante elemento faz de um projeto de
mídia tática não a obra de determinados indivíduos identificáveis mas uma entidade em si, a qual ajuda a transmitir
com maior credibilidade a mensagem que tenta comunicar[5] .
Projetos de mídia tática são freqüentemente uma mistura entre arte e ativismo, o que explica que muitas de suas
raízes possam ser traçadas até vários movimentos artísticos. Tem sido sugerido pelo teórico da mídia tática Geert
Mídia tática 93
Lovink, que o "discurso mais arte igual espetáculo"[6] , refletindo sua natureza impactante e memorável. Embora não
existam meios estritos através do qual ela opere, a mídia tática pode freqüentemente ter valores altamente estéticos,
acrescentando a isto espetáculo e reforçando algumas de suas raízes artísticas.
Ligações externas
Organizações
• (em inglês)- Critical Art Ensemble (http://www.critical-art.net/)
• (em inglês)- Hactivist (http://www.hactivist.com/)
• (em inglês)- Next 5 Minutes (http://www.next5minutes.org/)
• (em português)- Mídia Tática Brasil (http://mtb.midiatatica.info)
• (em português)- Fragmentos das taticas da cultura : técnica e politica dos usos de mídia (http://libdigi.unicamp.
br/document/?code=000468151) dissertação de mestrado defendida na UNICAMP, por Paulo José Lara.
Acessado em 01 de Abril de 2010
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Empreendedorismo social Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=21233586 Contribuidores: Bisbis, Editor br, Frajolex, GOE2, HenriqueHachmann, Leyvson, Lijealso, Mário
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Audiovisual Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=20639183 Contribuidores: Faustino.F, Gjpab, Pedro Aguiar, 3 edições anónimas
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Editoração Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=15229735 Contribuidores: Aleph73, Beatrizberto, Bruno Tenan, BrunoSR, GRS73, Gaf.arq, Kolegica, Lgrave, Lijealso, Marcelo
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RafaAzevedo, Renatofrota, Sternit, 35 edições anónimas
Mídia Alternativa Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=8288650 Contribuidores: Abu, Al Lemos, Dantadd, Djrafaelf, Eduardoferreira, Fernando S. Aldado, GRS73, GoEThe,
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Centro de Mídia Independente Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=16760516 Contribuidores: Adailton, Alinefr, AltCtrlDel, Anarchos, Baliu, Bamzin, Dantadd, Franklin Kerber,
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