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SISTEMA

GASTROINTESTINAL

CASO
CLÍNICO
GASTROENTERITE
Palestrante: Raquel Serique

Monitora da disciplina de clínica médica e cirúgica - Uninorte


CASO CLÍNICO

T C J, 48 anos, masculino, natural do


Amazonas, deu entrada às 22:00 no Serviço
de Pronto Atendimento do Coroado, foi
atendido com queixa de diarreia há 3 dias.
O paciente relata na entrevista ao
enfermeiro que iiniciou quadro de grande
volume de fezes líquido-pastosas, sem
presença de sangue de 4 a 6 evacuações
diárias de forma súbita, além de sentir
náuseas intermitentes, flatulências,
eructação, cólicas e dor na região
epigástrica.
CASO CLÍNICO

T C J, 48 anos, masculino, natural do


Amazonas, deu entrada às 22:00 no Serviço
de Pronto Atendimento do Coroado, foi
atendido com queixa de diarreia há 3 dias.
O paciente relata na entrevista ao
enfermeiro que iiniciou quadro de grande
volume de fezes líquido-pastosas, sem
presença de sangue de 4 a 6 evacuações
diárias de forma súbita, além de sentir
náuseas intermitentes, flatulências,
eructação, cólicas e dor na região
epigástrica.
INVESTIGAÇÃO
(COLETA DE
DADOS E EXAME
FÍSICO)

REAAVALIAÇÃO
DIAGNÓSTICO
ENFERMAGEM
DE
ENFERMAGEM

PLANEJAMENTO
IMPLEMENTAÇÃO DE
ENFERMAGEM
HISTÓRIA DE SAÚDE PREGRESSA,
FAMILIAR E SOCIAL:

Em relação aos seus hábitos de vida e condições sócio econômicas, a alimentação é


restrita a alimentos de baixo custo, predominantemente, macarrão, arroz, enlatados
e frango, devido as condições econômicas, mora em casa de alvenaria, porém sem
estrutura adequada em condições sanitárias insuficientes, junto com a esposa e seus
dois filhos. Seus hábitos de higiene são diminuídos devido a dificuldade de acesso a
água, pelo saneamento básico precário no bairro onde mora, relata não ter
comorbidades, não ter feitos cirurgias e fazer o uso de apenas um medicamento
com frequência, simeticona.
investigação: coleta de dados e exame físico.
SINAIS VITAIS

TEMPERATURA PULSO RESPIRAÇÃO PRESSÃO


ARTERIAL

TAX: 36,7ºC; AFEBRIL

FR: 19 IRPM; RITMO RESPIRATÓRIO NORMAL

SAT02 98%; DENTRO DOS PARÂMETROS DE NORMALIDADE

TAQUICARDIA
FC: 115 BPM; PULSO FILIFORME, EXTREMIDADES FRIAS
PREENCHIMENTO CAPILAR ≥ 3S

PA:90/58 MMHG; HIPOTENSÃO


ALTURA E PESO

ALTURA: 1,73 CM

PESO: 55 KG
TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO FÍSICA
EXAME FÍSICO

O enfermeiro realiza exame físico geral e de maneira mais


específica o sistema gastrointestinal, conforme a inspeção geral
paciente encontra-se orientado em tempo e espaço, com fala normal
e compressível, apenas com sinais de irritabilidade, odor corporal
um pouco desagradável e deambulando em marcha normal.
CABEÇA
No exame da cabeça não encontrado alterações na posição,
tamanho e forma, os olhos pouco fundos, ouvidos e nariz sem
alterações, boca e lábios hipocorados e ressecados, mucosa oral
ressecada, dentes amarelados e língua saburrosa.

PESCOÇO

Sem alterações
TÓRAX E PULMÕES
Apresenta caixa torácica simétrica, sem retrações ou abalamento,
os pulmões realizam movimentos respiratórios sem altererações,
som claro pulmonar a percussão, ausculta pulmonar com sons
vesiculares em periferia dos pulmões D/E,
CORAÇÃO
Ausculta cardíaca com precórdio calmo, sem abaulamentos,
retrações ou deformidades, ictus cordis palpável. Bulhas
cardíacas rítmicas, normofonéticas em dois tempos, sem
sopros.
PELE
Seca, com turgor diminuido.
EXAME ESPECÍFICO
DO ABDÔMEN
Inspeção: sem lesões de pele, cicatrizes, circulação colateral,
retrações, identificado distensão.Movimentos peristálticos e pulsação
aórtica não identificável à inspeção.
EXAME ESPECÍFICO
DO ABDÔMEN

Ausculta: Ruídos hidroaéreos hiperativos nos quatros quadrantes


EXAME ESPECÍFICO
DO ABDÔMEN

Palpação superficial demonstrou desconforto na região epigástrica


com face de dor, e a palpação profunda sem alterações.
EXAME DE GENITÁLIA
MASCULINA

Sem alterações quanto a forma, apenas com sinais de má


higienização e relatando que a urina encontra-se amarelo-escura.

Região perianal: encontra-se escoriada, ruborizada e irritada


APÓS A AVALIÇÃO, PACIENTE FOI ENCAMINHADO A ENFERMARIA MASCULINA PARA
FICAR EM OBSERVAÇÃO POR 2 HORAS.

SOLICITADO EPF (EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES), EXAME DE ELETRÓLITOS


SÉRICOS E HEMOGRAMA.
HMG
RESULTADO
HB: 18 G/DL - - - - - - - - - - ----VALOR DE REFERÊNCIA ADULTO: HOMENS 14 – 18 G/DL –
MULHERES: 12 – 16 G/DL
HCT: 54% - - - - - - - - - - ----------- VALOR DE REFERÊNCIA ADULTO: HOMENS 42% – 52%
G/DL – MULHERES: 37% – 47%
HEMÁCIAS: 5,5 – 1MM3 - - - - - - - -VALOR DE REFERÊNCIA ADULTO: HOMENS 4,7 – 6,1
1MM3 – MULHERES: 4,2 – 5,4 1MM3
NEUTRÓFILOS: 6.000 MM3 - - - - - - -VALOR DE REFERÊNCIA ADULTO: 2.500 – 8.000 MM3
LINFÓCITOS: 3.500 MM3 - - - - - - - - VALOR DE REFERÊNCIA ADULTO: 1.000 – 4.000 MM3
MONÓCITOS: 750 MM3 - - - - - - - - --VALOR DE REFERÊNCIA ADULTO: 100 – 700 MM3
EOSINÓFILOS: 600 MM3 - - - - - - - - VALOR DE REFERÊNCIA ADULTO: 50 – 500 MM3
BASÓFILOS: 75 MM3 - - - - - - - - - - - VALOR DE REFERÊNCIA ADULTO: 25 – 100 MM3
HMG
RESULTADO

HB: 18 G/DL - - - - - - - - - - ----VALOR DE REFERÊNCIA ADULTO: HOMENS 14 – 18 G/DL –


MULHERES: 12 – 16NÍVEIS
G/DLELEVADOS -
HCT: 54% - - - - - - -DESIDRATAÇÃO
- - - ----------- VALOR DE REFERÊNCIA ADULTO: HOMENS 42% – 52%
G/DL – MULHERES: 37% – 47%
HEMÁCIAS: 5,5 – 1MM3 - - - - - - - -VALOR DE REFERÊNCIA ADULTO: HOMENS 4,7 – 6,1
1MM3 – MULHERES: 4,2 – 5,4 1MM3
NEUTRÓFILOS: 6.000 MM3 - - - - - - -VALOR DE REFERÊNCIA ADULTO: 2.500 – 8.000 MM3
LINFÓCITOS: 3.500 MM3 - - - - - - - - VALOR DE REFERÊNCIA ADULTO: 1.000 – 4.000 MM3
MONÓCITOS: 750 MM3 - - - - - - - EOSINOFILIA
- --VALOR DE REFERÊNCIA ADULTO: 100 – 700 MM3
EOSINÓFILOS: 600 MM3 - - - -INFECÇÃO
- - - - VALOR DE REFERÊNCIA ADULTO: 50 – 500 MM3
PARASITARIA

BASÓFILOS: 75 MM3 - - - - - - - - - - - VALOR DE REFERÊNCIA ADULTO: 25 – 100 MM3


NÍVEIS DE ELETRÓLITOS
SÉRICOS
RESULTADO

Sódio (Na+): 130 mEq/L -------- Valor de referência 136 – 145 mEq/L

Potássio (K+) 3,5 mEq/L------- Valor de referência 3,5 – 5,0 mEq/L

Cálcio total (Ca2+) 9,0 mg/dL ----- Valor de referência 9,0-10,5 mg/Dl

Magnésio ( Mg2+) 2,0 mEq/L----- Valor de referência 1,3 – 2,1 mEq/L

Fosfato (PO3-) 2,8 5 mg/Dl ------- Valor de referência 3,0 – 4,5 mg/dL
NÍVEIS DE ELETRÓLITOS
SÉRICOS
RESULTADO
RISCO DE DISTÚRBIO
ELETROLÍTICO
Sódio (Na+): 130 mEq/L -------- Valor de referência 136 – 145 mEq/L
(HIPONATREMIA)

Potássio (K+) 3,5 mEq/L------- RISCO


Valor DE de referência
DISTÚRBIO
ELETROLÍTICO
3,5 – 5,0 mEq/L
(HIPOCALCEMIA)
Cálcio total (Ca2+) 9,0 mg/dL ----- Valor de referência 9,0-10,5 mg/Dl

Magnésio ( Mg2+) 2,0 mEq/L----- Valor de referência 1,3 – 2,1 mEq/L

Fosfato (PO3-) 2,8 5 mg/Dl ------- Valor de referência 3,0 – 4,5 mg/dL
COPROCULTURA/EXAME
PARASITOLÓGICO DE FEZES

Técnica para Coleta de Amostras É responsabilidade do


Enfermeiro garantir que as
amostras sejam corretamente
obtidas, apropriadamente
Oferecer uma etiquetadas e acondicionada
em recipientes e
transportadas a tempo para o
laboratório.

(POTTER, P. ) Fundamentos de Enfermagem- pg 1124


GIARDIA LAMBLIA
RESULTADO

Neste exame foi constatado o encontro


dos trofozoítos de Giardia lamblia.
As Giardias são protozoários flagelados
que causam uma expressão diminuída
de enzimas da borda em escova,
incluindo a lactase; danos às
microvilosidades; e apoptose das células
epiteliais do intestino delgado
NOME DO PACIENTE: TCJ

IDADE: 48

SEXO: MASCULINO
DIAG. MÉDICO: GASTROENTERITE- CAUSADA
POR PROTOZOÁRIO FLAGELADO GIARDIA
LAMBLIA

OBSERVAÇÃO: ENFERMARIA MASCULINA

DURAÇÃO: 3 HORAS
E SE FOSSE VOCÊ

O ENFERMEIRO DESSE
PLANTÃO QUAIS OS
DIAGNÓSTICOS DE
ENFERMAGEM VOCÊ
FARIA?
NANDA FÍSICA: pg
NANDA PDF: pg

1) Volume de líquidos deficiente relacionado a síndrome diarreica,


evidenciado por membranas da mucosa oral ressecadas, turgor
diminuído, irritabilidade, perda súbita de peso, hipotensão (87/65
mmHg) e taquicardia (115 bpm).
INTERVENÇÕES

• Iniciar imediatamente, a infusão periférica prescrita pelo médico por via


intravenosa, administrar 1.000 ml de NaCl a 0,9%, com 10 mEp de KCl. –
Téc. De Enfermagem

• Oferecer líquidos em pequenas quantidades, sempre que possível e após


episódios diarreicos, por via oral na temperatura preferida e conforme
tolerado, para estabilizar densidade da urina – Téc De Enfermagem

• Fornecer imediatamente antieméticos conforme prescrição médica. – Téc


de Enfermagem

• Discutir diferentes formas de prevenir e tratar a desidratação em casa


fornecendo folheto com informações. – Enfermeiro
NANDA FÍSICA: pg
NANDA PDF: pg

2) Diarreia relacionada a inflamação gastrointestinal evidenciada por


evaquações líquidas > 3 em 24 horas, ruídos intestinais hiperativos,
cólicas e dor abdominal.
INTERVENÇÕES
• Ofertar o antidiarreico, imediatamente, Loperamida, VO 4 mg, seguida por 2
mg VO para cada nova evacuação (máximo de 6 doses/dia ou 16 mg/dia)–
Enfermeiro

• Monitorar através de inspeção geral as eliminações intestinais, sempre que


houver episódios, quanto frequência, consistência, formato, volume e cor -
Enfermeiro

• Orientar, quando o paciente estiver em estado melhorado, a importância de


mantar uma dieta normoproteica, normossódica, hipocalórica e constipante com
baixo teor de fibras até que os sintomas cessem. - Enfermeiro
INTERVENÇÕES

• Orientar ainda quando tolerar a ingestão alimentar, é necessário


evitar a cafeína, bebidas alcoólicas, laticínios e alimentos gordurosos
por no mínimo 2 semanas. - Enfermeiro

• Estimular a ingestão de líquido logo após episódio diarreico– Téc de


Enfermagem

• Orientar para tomar em casa SRO, diluir um envelope para 1L de


água, após o preparo da solução o que não for consumido em 24
horas deve ser desprezado.- Enfermeiro
NANDA FÍSICA: pg
NANDA PDF: pg

3) Dor aguda relacionada a infecção por protozoário Giardia lamblia


evidenciada por desconforto na região epigástrica desconforto na
região epigástrica e face de dor.
INTERVENÇÕES

• Realizar um levantamento abrangente com os dados coletados


durante a avalição e exame físico da dor de modo a incluir o local, as
características, o início/duração, a frequência e a intensidade. –
Enfermeiro

• Reduzir ou eliminar fatores que precipitam ou aumentam a


experiência de dor (p. ex., medo, cansaço e falta de informação)
através do dialogo com paciente durante os cuidados de enfermagem.
- Enfermeiro

• Administrar analgésico, Butilbrometo de Escopolamina, conforme a


PM, tendo atenção para ser lentamente por via intravenosa.Téc de
Enfermagem
Promover conforto ao posicionar o paciente de maneira que
reduza a dor na região abdominal, enquanto estiver em
observação. – Enfermeiro

Ensinar o uso de técnicas não farmacológicas (p. ex. acupressão)


durante a dor aguda conforme habilidade do Enfemeiro, ponto
Zusanli (E36) (Três Milhas da Perna) é o ponto He (mar) e ponto
terra do canal terra do Estômago. - Enfermeiro
NANDA FÍSICA: pg
NANDA PDF: pg

4) Risco de desequilíbrio eletrolítico evidenciado a quadro de diarreia


aquosa há 3 dias e discreta diminuição nos níveis séricos de Potássio
(K+).
INTERVENÇÕES

• Estar alerta para alterações dos níveis de eletrólitos séricos atentando,


principalmente, e a baixos níveis séricos de Potássio (K+); - Enfermeiro

• Controlar a a diarreia com as terapias indicadas conforme a prescrição


médica, avaliando atentamente as eliminações fecais; - Enfermeiro

• Realizar reposição hidroeletrolítica através da infusão do Soro Ringer


Lactato conforme a PM; - Enfermeiro
NANDA FÍSICA: pg
NANDA PDF: pg

5) Integridade da pele prejudicada relacionada a secreções intestinais


agudas evidenciada por região perianal escoriada, ruborizada e irritada
INTERVENÇÕES

•Orientar ao paciente quanto ao autocuidado que sempre após uma


evacuação lavar, preferivelmente, utilizar sabonete neutro e sem lipídeos, a
área deve ser totalmente lavada e seca com um tecido macio, aplicando
pequenas pressões.- Enfermeiro

• Orientar quando não for possível lavar com água e sabão, não utilizar
papel higiênico, utilizar lenço umedecido sem fragrância. - Enfermeiro

• Sugerir ao paciente que se necessário para aliviar o desconforto perianal,


aplicar creme de barreira na região. - Enfermeiro

• Enfatizar ao paciente a importância do cuidado perianal para prevenção da


ruptura e infecção da pele.- Enfermeiro
NANDA FÍSICA: pg
NANDA PDF: pg

6) Disposição melhorada para o autocuidado relacionado a infecção


causada por condições não higiênicas.
INTERVENÇÕES

• Orientar paciente sobre manter hábitos de higiene pessoal, como a


correta higiene das mãos e cuidado com a higiene oral; - Enfermeiro

• Orientar sobre de hábitos de limpeza de alimentos antes de consumi-


los explicando que da Giardíase é por via aquática, incluindo riachos de
montanhas em que a água parece limpa e filtragem insuficiente do
abastecimento municipal de água.; - Enfermeiro

• Orientar quanto ao consumo de água somente filtrada ou fervida; -


Enfermeiro

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