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Zuneid H. Osman, MD
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CONTEÚDO
1. Definição;
2. Objetivo;
3. Causas;
4. A família Bcl-2;
5. Mecanismo;
6. Morfologia;
7. Resumo.
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2. DEFINIÇÃO
Apo - fora
Ptose - cair
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2. DEFINIÇÃO
Apo - fora
Ptose - cair
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2. DEFINIÇÃO
Via de morte celular estritamente regulada e programada, na
qual as céIulas destinadas a morrer, ativam mecanismos
enzimáticos intrínsecos que degradam as suas próprias proteínas
e o próprio DNA, sem produzir reação do hospedeiro, evitando,
assim, lesão tecidual.
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• Dependente de energia (ATP);
• Irreversível;
• Geneticamente programada;
• Envolve uma célula ou pequeno grupo de células.
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3. OBJETIVO
• Eliminar células desnecessárias/indesejadas;
• Eliminar células envelhecidas;
• Eliminar células doentes/infectadas por vírus (limitar a
infecção);
• Eliminar células potencialmente perigosas ou danificadas além
do reparo (mecanismo de defesa contra neoplasias).
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4. CAUSAS
• Em condições fisiológicas;
• Em condições patológicas.
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4.1. Em Condições Fisiológicas
A morte por apoptose é um fenómeno normal que serve para
eliminar células não necessárias, garantindo um equilíbrio entre
a proliferação e apoptose, mantendo, assim, um número
constante de células nos tecidos.
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4.1. Em Condições Fisiológicas
• Destruição programada de células durante a
embriogênese.
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Sindactilia
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4.1. Em Condições Fisiológicas
• Involução de tecidos hormônios-dependentes sob privação de
hormônio;
• Perda celular em populações celulares proliferativas;
• Eliminação de linfócitos autorreativos potencialmente nocivos;
• Morte de células que já tenham cumprido seu papel.
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4.2. Em Condições Patológicas
A apoptose elimina células mutantes, potencialmente perigosas
que são lesadas de modo irreversível, tais células, devem ser
eliminadas para previnir um insulto maior, como por exemplo:
desenvolvimento de uma neoplasia.
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4.2. Em Condições Patológicas
• Lesão de DNA;
• Acúmulo de proteínas anormalmente dobradas (estresse do
Retículo Endoplasmático);
• Morte celular em certas infeções;
• Atrofia patológica no parênquima de órgãos após obstrução de
ducto.
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5. A FAMÍLIA BCL-2
Constituída por:
• Antiapoptóticos
Reguladores – Bcl-2, Bcl-XL, Mcl-1.
• Pró-apoptóticos
Sensores – proteínas apenas-BH3 (Bim, Bid, Bad,
Puma, Noxa);
Efetores – Bax, Bak.
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BH3 - Bcl-2 homology domain
Gene Ação Função
Bid (BH3
interacting
domain Promove Insere o Bax na MME
death
agonist) 17
Bcl-2 (B-cell lymphoma 2)
Impede a activação da(s)
proteína(s) Bax/Bak, evitando
formação de poros (oligômeros)
na MME, evitando, assim, o
extravasamento do Citocromo c
e outras proteínas
mitocondriais (Smac/Diablo e
Omi), para fora das
Mitocôndrias (citosol).
Fonte: Kumar V. et al, Robbins & Cotran Bases
Patológicas das Doenças, Elsevier Saunders, 8a ed, 18
6. MECANISMO
Estímulo apoptótico
Estímulo apoptótico Início (FasL, TNF-)
(lesão de DNA)
Ativação do
Liberação do
Citocromo c Via Intrínseca Via extrínseca Receptor
Formação
Ativação das Caspases de DISC
desencadeadoras (9) Ativação das Caspases
desencadeadoras (8, 10)
Ativação das Caspases Ativação das Caspases
Executoras (3, 6, 7)
Execução
executoras (3, 6, 7)
Fagocitose dos corpos Fagocitose dos corpos
apoptóticos por Fagocitose apoptóticos por
macrófagos macrófagos 19
6.1. Via Intrínseca (Intracelular ou
Mitocondrial)
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Início
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Estímulo apoptótico Início
(lesão de DNA)
Liberação do
Citocromo c Via Intrínseca
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6.1.1. Liberação de Citocromo c
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Radiação ionizante, infeção viral, hipóxia,
radicais livres, toxinas, drogas citotóxicas
Antagonização dos
reguladores (Bcl-2/Bcl-XL)
Activação de efetores
(Bax/Bak), formação
de oligômeros (poros)
na MME 26
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Fonte: Kumar V. et al, Robbins &
Cotran Bases Patológicas das
Doenças, Elsevier Saunders, 8a ed,
2010, p29.
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6.1.2. Ativação das Caspases
Desencadeadoras/Iniciadoras
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Caspases
• Família de enzimas
que contém cisteína
no sítio ativo;
• Tem habilidade de clivar proteínas-alvo em
resíduos de ácido aspártico ;
• Tem ação protease;
• Estão presentes como pró-enzimas inativas
(zimogênios) e devem sofrer clivagem
enzimática para tornarem-se ativas.
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Caspases
Desencadeadora/iniciadora Executora
Caspase-8 Caspase-3
Caspase-9 Caspase-6
Caspase-10 Caspase-7
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Ativação das Caspases Desencadeadoras/Iniciadoras
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Apaf1 e Apoptossona
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CARD – caspase recruitment domain
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6.2. Via Extrínseca (Receptor de Morte)
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Início
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Estímulo apoptótico
Início (FasL, TNF-)
Ativação do
Via extrínseca Receptor
Formação
de DISC
Ativação das Caspases
desencadeadoras (8, 10)
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6.2.1 Ativação do Receptor de Morte
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Os Receptores de Morte
• Petencem à família dos receptores do TNF:
– Receptor de morte Fas (CD95);
– Receptor TNF.
• São proteínas transmembrana;
• Cotém 3 domínios:
– Domínio extracelular de ligação ao ligante;
– Domínio transmembrana;
– Domínio intracelular (domínio de morte).
• Os receptores formam homotrímeros; 39
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Fonte: Kumar V. et al, Robbins
& Cotran Bases Patológicas
das Doenças, Elsevier
Saunders, 8a ed, 2010, p29.
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Os Ligantes
• Proteínas sinalizadoras que ativam os receptores;
• São homotrímeros;
• Ligante Fas (FasL), TNF-;
• Pertencem à família TNF de proteínas sinalizadoras.
• O receptor é ativado pela interação
entre ligante-receptor.
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6.2.2 Formação de DISC
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DISC – death-inducting signaling complex 48
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6.2.3 Ativação das Caspases
Desencadeadoras/Iniciadoras
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Execução
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Estímulo apoptótico
Estímulo apoptótico Início (FasL, TNF-)
(lesão de DNA)
Ativação do
Liberação do
Citocromo c Via Intrínseca Via extrínseca Receptor
Formação
Ativação das Caspases de DISC
desencadeadoras (9) Ativação das Caspases
desencadeadoras (8, 10)
Ativação das Caspases Ativação das Caspases
executoras
Execução
executoras
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