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SUCESSÕES
PROF. CARLOS ROBERTO FERNANDES
Nem sempre as disposições testamentárias são feitas de forma clara e objetiva, muitas vezes
suscitando dúvidas sobre qual foi a real intenção do testador. Sendo assim, a doutrina e a
jurisprudência estabeleceram um conjunto de regras para que a interpretação possa
corresponder, da melhor forma, à verdadeira vontade do testador.
O art. 1899 é literal neste sentido, ao prever que “quando a cláusula testamentária for
suscetível de interpretações diferentes, prevalecerá a que melhor assegure a observância da
vontade do testador”.
Alguma regras:
- O vocábulo bens designa tudo o que tem valor: móveis, imóveis, semoventes, dinheiro, títulos, créditos
- Quando o testador diz que deixa a determinado herdeiro o automóvel que possui, ou o dinheiro que tem em
casa, compreendem-se os bens possuídos pelo estipulante ao tempo de sua morte;
- Quando o testador contempla indeterminadamente certas categorias de pessoas, como por exemplo,
empregados e domésticos, entende-se que deseja beneficiar, tão somente, aqueles que às suas ordens se
encontravam ao se abrir a sucessão.
- A disposição geral em favor dos pobres ou de entidades particulares de caridade, entender-se-á relativa aos
pobres do lugar do domicílio do testador (art. 1902 CC)
Se o testador nomear dois ou mais herdeiros, sem determinar a parte que caiba a cada um, a
porção disponível do testador será partilhada igualmente entre todos (art. 1904 CC).
Dispondo o testador que não caiba ao herdeiro instituído certo e determinado objeto, dentre
os da herança, tocará ele aos herdeiros legítimos (art. 1908 CC)
REGRAS PROIBITIVAS:
É NULA a disposição testamentária:
- Nomeação sob condição: se refere a evento futuro e incerto. A condição pode ser
suspensiva ou resolutiva.
- Nomeação com encargo (para certo fim ou modo): quando o testador impõe um ônus ou
obrigação ao beneficiário, de cuidar de uma pessoa, por exemplo.