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Vitoria Pereira

A infeção pode levar a desnutrição, que consequentemente pode levar ao agravo


da infecção.
A desnutrição deixa o individuo mias susceptível as infecções, pois compromete o
sistema imune (SI).

Infecção distúrbio metabólico Aumento do A síntese e o uso


energético metabolismo ocorrem de forma
energético simultanêa

Essa mudança gera um desvio maior para o catabolismo o que faz com que haja a
perda de peso.
As deficiências nutricionais afetam o SI que por sua vez pode aumentar a
susceptibilidade de contração de infecções.

CAUSALIDADE REVERSA Desnutrição Infecção

SISTEMA IMUNE

O SI deprimido aumenta a vulnerabilidade do paciente em contrair infeções


O sistema imune é especifico, possui memoria e é heterogêneo.

Especifico: reconhece o antígeno e produz uma resposta especifica.


Memoria: capaz de reconhecer o agente e agir contra.

Agente infecioso - características:


Infectividade: capacidade do AI ser transmitido e multiplicar no novo
hospedeiro, gerando a infecção.
Patogenicidade: capacidade de causar a doença.
Virulência: intensidade do agravamento; capacidade de gerar casos graves ou
fatais
Agente microbiano da
Microrganismo saprófitos matam os infecção é unicelular e o da
possíveis problemas de doenças infestação é pluricelular
hospitalares.

CAUSAS QUE PODEM GERAR DANOS AO ESTADO NUTRICIONAL

Febre. Absorção de ferro nas infecções é zero.


Aumento do catabolismo.
Redução da absorção de nutrientes.
Excreção de substâncias que não eram para ser excretadas.

O SI atua 1005 quando atinge a T de 39°C, mas isso pode favorecer o


quadro de desnutrição.
Febre
Redução brusca dessa temperatura pode levar a hipotermia, onde o SI
para de atuar e gera o risco de septicemia.
Aumento de 1°C= aumenta 15-205 o GE.
Aumento da [cortisol] vai gerar o catabolismo de ptn musculares,
para produzir produtos importantes para a infecção.
hiperglicemia
catabolismo
Oxidação reduzida de glicose e aumentada de gordura

Os hormônios contrarreguladores levam ao aumento da resistência da insulina,


gerando a hiperglicemia.

EXAMES LABORATORIAIS

Leucograma: alterações de linfócitos monócitos nas infecções.


Infecção crônica: aumenta neutrófilos jovens (bastonetes)
Infecção aguda: aumenta nuetrófilos maduros (segmentados)
Um desvio a esquerda configura-se como aumento do numero de neutrófilos
jovens.
VHS: marcador de resposta inflamatória.
> sedimentação> atividade inflamatória.
Cultura e antibiograma

EXAMES COMPLEMENTARES AO DIAGNOSTICO CLINICO

Anamnese
Exame físico
Acurácia é a capacidade de um teste dar positivo ou negativo para a doença.
Sensibilidade: capacidade do teste de identificar a doença (caso).
S: a/(a+c)
Especificidade: capacidade de identificar de forma correta se o pacinete não tem a
doença ( não caso).
E: b/(b+d)
Percentual de Resultados Falsos-Positivos
% FP: b/(b+d)x100
Percentual de Resultados Falsos-Negativos
% FN =c/(a+c)x100
Prevalência da Doença
P =a+c/(a+b+c+d) x100

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Triagem nutricional

É um inquérito realizado pela equipe que realiza a admissão hospitalar.


Usado para identificar pacientes desnutridos ou com risco nutricional e determinar se
há necessidade de uma avaliação nutricional (AN) mais detalhada.
É feita em até 24 horas após admissão.
Determina o estado nutricional do paciente.
INSTRUMENTOS DE TRIAGEM: MUST e RNS 2002 são os considerados mais adequados
pela ESPEN.
É breve, não invasiva, sem custo, identifica a necessidade de uma avaliação mais
completa.

Fatores de risco nutricional


Peso: insuficiente(<80% peso hab), perda Paciente que apresentou 2
involuntária (>10% nos últimos 6 meses) ou mais fatores de risco
Valores laboratoriais alterados. nutricional deve ser feito
Mudanças dietéticas: redução significativa da uma AN completa, pois
ingestão por mais de 7 dias ou mais. permite classificar a
Dietas hospitalares: monótonas, mal cozidas, desnutrição pelo grau e
insuficiente, consistência permite a coleta de dados
Presença de patologias catabólicas. para realizar o tratamento
da melhor forma.
Triagem de risco nutricional
Identificar risco nutricional e realizar a intervenção precoce.

não de risco: deve ser avaliado a cada 7 dias


Pós triagem:
é de risco: realizar avaliação nutricional mais detalhada.

Ferramentas de triagem e risco nutricional

MAN (Mini AN em idosos;


Avaliação É sensível para risco nutricional e desnutrição em estágios iniciais;
Nutricional ) Realiza-se: avaliação antropométrica, geral, dietética e auto avaliação

Baseia-se no exame físico e história clínica.


Fácil uso, não invasivo e eficaz para identificar risco nutricional (RN).
ASG (Avaliação Indicação: adequa ingestão alimentar; alteração de peso; doença que
Subjetiva aumenta a demanda metabólica; grau de perda de gordura e MM.
Global) Usado: pacientes cirúrgicos
Avalia: perda de gordura subcutânea, redução de MM ombro,
clavícula, presença de edema maleolar e sacral, ascite.
Avalia: presença de doença de alto risco nutricional, perda de MM e
STRONG KIDS adiposa, ingestão alimentar, perda nutricional e perda ou nenhum
ganho de peso(<1 ano).

Objetiva identificar obesidade.


Vantagem: não exige muito tempo, fácil reprodução, realizada em
MUST (Instituto locais diversos.
de Triagem Desvantagem: superestima IMC, não leva em consideração o motivo
Universal de da internação.
Desnutrição) 3 critérios para a evolução do paciente: perda não intencional de peso
(passado); IMC(presente); efeito da doença sobre a ingestão
alimentar(futuro).
Faz uso do peso, da ingestão alimentar, características
antropométricas(IMC) e gravidade da doença.
O risco nutricional > com a idade, sendo necessário o acréscimo de 1
ponto no escore final para paciente >70 anos.
NRS 2002 Não discrimina pacientes e abrange muitas condições patológicas.
É aplicado independente da doença e da idade.
Ajuda a identificar a desnutrição e o risco de desenvolvê-la durante a
doença.
1. Mensurar altura e peso para obter o IMC;
Primeira etapa é 2. Analisar o percentual de perda de peso;
avaliado o estado 3. Analisar o consumo alimentar recente;
nutricional em 4 4. Estabelecer a gravidade da doença.
etapas:

Segunda etapa:
É aplicada quando se identifica algum critério de risco nutricional
na primeira etapa;
Classifica a gravidade em ausente, leve, moderado e grave;
Soma-se os escores do estado nutricional e gravidade da doença
para obter o escore total.
Pontuação >3 é classificado como de risco.

Avaliação do estado nutriconal do paciente hospitalizado


Método objetivos: bioimpedância, antropometria, exames bioquímicos, consumo alimentar.
Métodos subjetivos: exame físico, ASG, MAN.

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A dieta a ser ofertada depende do estado nutricional do paciente.
É levado em consideração: hábitos alimentares, nível socioeconômico, história clínica,
estado do aparelho digestivo, sinais e sintomas da patologia.

TIPOS DE REFEIÇÕES- quente→ acelera a motilidade gástrica(MG);


Sabor
→ retarda a MG
- fria
Quando não se deseja a
Temperatura - Diminuído (<1kcal/g/ml do alimento); distensão gástrica deve-se
Volume - Normal (1kcal/g/ml do alimento); aumentar a frequência das
- Aumentado (>1kcal/g/ml do alimento). refeições e diminuir o
volume.

CONTEÚDO DE RESÍDUOS
Isenta de resíduo: repouso gastrointestinal.
Pouco resíduo: fruta ou verdura em forma de purê.
Resíduo brando: cereais triturados, frutas em compota/ sem casca .
Rica em resíduo: vegetais folhosos, cereais integrais. estimulam o trânsito intestinal.

A baixa aceitação das DH é devido a oferta insuficiente, falta de


escolha do paciente, tempo e horário de consumo, temperatura,
apresentação e erro na prescrição.

DIETOTERAPIA

Manutenção ou recuperação do estado nutricional.


Padronização da dieta: uniformidade; facilita a produção e distribuição, bom custo-
benefício, garantir qualidade.
Dietas normais: adequada em nutrientes, ofertadas aos que não precisam de grandes
mudanças alimentares; hipossódica, branda c/s sal.
Dietas especiais: mudança nas características sensoriais físicas e químicas, a fim de
atender o paciente; para diabetes, nefropata, hepatopata.
Modificação das dietas normais: recuperação em pouco tempo, evitar desnutrição intra-
hospitalar, manter reservas nutricionais, adequar energia, macro e micro.

QUÍMICAS: Quantidade: aumentada nutrientes (hipercal e hiperprot), redução


de nutrientes (hipocal, hipoprot), ajuste na porção e equilíbrio.
Qualidade:
Constipante: pouco resíduo, reduz o esforço gastrointestinal,
indicada para problemas no TGI e cirurgia no cólon;
Laxante: rico em resíduos, aumenta a motilidade intestinal,
menor risco de doença cardíaca, equilíbrio glicêmico;
Sem irritantes gástricos: reduz substâncias ácidas e irritantes;
pimenta, álcool e café

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Consistência: normal, branda, pastosa.
FÍSICAS: Temperatura: fria, morna(usual). Vitoria Pereira
Volume
Via de administração: oral, enteral, parenteral.

Nutrientes: restrição de sódio, lactose,potássio

Exclusão de nutrientes específicos: glúten, PLV.


Ajuste na porção e equilíbrio de ptn, lipídio e CHO: diabéticos, renais, dislipidemia.

CONSISTÊNCIA
- Manter o estado nutricional com a ausência de alterações
metabólicas ou risco nutricional.
Dietas normais ou - Pacientes capazes de mastigar e digerir.
livres ou geral: - Sem restrição no tipo de alimento e no modo de preparo.
- Distribuição dos nutrientes.
- Características: normal nos macro, com 20 a 30g de fibras.
- Evitar: ricos em gordura e açúcar, frituras, enlatados com sal e
conservas.
- Ter o mínimo possível de fibra, quantidade moderada de resíduos, e
fácil digestão.

- Transição dieta líquida normal;
- Ofertar alimentos de fácil mastigação e macios
Dieta Branda - Gastrite ou úlcera péptica, náusea, vômito, dificuldade para mastigar.
- Características: nutrientes normais, isenta de alimentos flatulentos,
alimentos bem cozidos, que haja alteração da fibra e tecido muscular.
- Evitar: pão duro, brócolis, abóbora e pepino, queijos gordurosos,
carnes cruas e crocantes, álcool, café, pimenta, condimento, mostarda,
refrigerante.

- Mastigada e deglutida com pouco ou nenhum esforço.


- Pacientes que não conseguem mastigar ou deglutir.
Dieta pastosa - Características: normais nos nutrientes, apresentados na forma de
purê ou amassados.
- Evitar os pães duros ou com sementes, cereais, hortaliças folhosas
cruas, frutas difíceis de virar purê, bacon, coco ,azeitona.
- Transformar o alimento em purê separadamente;
- Pode adicionar leite e mel ou manteiga para aumentar as calorias,
ofertar suco de ameixas e chás laxantes.
- Facilita a mastigação e deglutição.
- Usado em pacientes que não conseguem mastigar e deglutir, por
danos neurológicos, retardo mental.
Dieta líquida-
- Característica: liquidificar os alimentos, reduzido aporte nutricional.
pastosa - Evitar: cereais integrais, frutas com casco, legumes e verduras cruas,
grãos, enlatados e embutidos.
- Excluir a mastigação, facilitando a deglutição, digestão e absorção.
- Anorexia, disfagia, lesão obstrutiva do TGI, pós cirurgia.
dieta líquida - Características: alimentos líquidos, nutricionalmente inadequados,
completa permite a adição de leite, ovos, cereais refinados.
- Evitar integrais, sementes, carnes gordurosas, hortaliças cruas e
inteiras.
- Suplementação para melhorar a adequação nutricional.

- Fornece líquidos e eletrólitos para prevenir desidratação, reduzir


trabalho do trato gastrointestinal e a presença de resíduos no cólon.
- Pós-operatórios do TGI, antes e depois de exames diagnósticos.
dieta líquida claros - Características: líquidos claros e coados sem fibras, redução de
resíduos, que se transforme em líquido a temperatura ambiente.
ou mínimos - Muito restritiva e inadequada em nutrientes e não deve ser usada por
resíduos mais de 3 dias.
- Evitar leite e derivados, ovos, pães, arroz, massas e leguminosas..
- Realizar a suplementação com baixa concentração de resíduos.

- Usado em pré e pós-operatórios ou em exames.


dieta zero (jejum): - Características zero em calorias, ausência de ingestão de alimento.

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IMPORTANTE
Procedimentos para manutenção ou
-Melhora a resposta imune.
recuperação do Estado Nutricional.
-Previne atrofia intestinal.
Método que provê nutrientes ao TGI por
-Evita translocação de bactérias.
meio de sondas ou suplementos via oral.
-Diminui a resposta inflamatória

Indicações

É usado quando houver ingestão inadequada, para prover ⅔ a ¾ das necessidades


nutricionais.
TGI deve estar total ou parcialmente funcionante.
Usado em pós-operatório do TGI, repleção nutricional no pré operatório, em casos de
anorexia, má absorção, câncer, fístula digestiva.
Usado de 10-14 dias antes de cirurgias de grande porte, em pacientes com risco
nutricional:
perda de peso ,10-155 em 6 meses;
IMC<18,5.
ASG grau C ou NRS >5.
Albumina sérica <30.
Via oral: suplemento nutricional quando a ingestão alimentar é < 70% do VET em 3 dias.
Via sonda: fórmula enteral quando a ingestão for <60% do VET em 3 dias.

Contraindicações
Disfunção do TGI, Obstrução do TGI, refluxo, vômitos e diarreia graves, enterocolite.

Terapia nutricional enteral precoce


Oferta de NE de 24-48 horas em pacientes estável e com TGI funcionando.
É usada para evitar que a ausência de nutrientes no TGI favoreçam a hipertrofia das
vilosidades intestinais.
Evita a produção excessiva de hormônios catabólicos, como cortisol e glucagon.
Evita perda de peso e massa muscular.

Vias de acesso
Estômago, duodeno e jejuno.
Sonda nasoenteral: curto período de tempo, fácil colocação e baixo custo.
nasogástrica, nasoduodenal, nasojejunal.
Ostomia: faringostomia, gastrostomia, jejunostomia.
Gastrostomia e a jejunostomia são usadas na TN superior a 4 semanas.

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Observar o local de
administração da sonda, para
diminuir o risco de aspiração
Intragástrica ou pós-
pilórica.
Maior risco de aspiração:
pacientes com problemas
mentais graves, histórico de
aspiração, refluxo,
gastroparesia.
Sondas: escolhidas pelo tipo
de dieta, pela densidade
calórica, flexibilidade,
facilidade de
posicionamento.

Métodos de administração
Administração em bolo: seringa de 100-350 ml de dieta no estômago, a cada 3-4 horas ,
seguida por irrigação da sonda (20-30 ml de água).
recomenda-se que cada 50 mL de dieta seja administrada.
Administração intermitente: força da gravidade (50 a 500 ml), de 3 a 4 horas.
Gotejamento por gravidade: gotas por minuto.
Volume total de dieta por dia ÷ Número de vezes
É iniciada com 100 ml e o volume aumentado de 24 a 48 horas a cada 3-4 horas.
Administração continua: bomba de infusão (BI) (25 a 150 ml/hora) por 24hr,
interrompida a cada 6-8 hrs para irrigação.
Continua em 24h: oferta da dieta enteral ao longo do dia, ou seja, por 24h.
Continua com período de pausa: período de tempo inferior ( 16- 20h) a 24h.
Vantagem: impedir retenção gástrica, reduzindo o risco de aspiração.
Volume total de dieta por dia ÷ Horas de infusão
Inicia-se com 25 a 30 ml por hora, aumentando gradualmente até a volume de 100
a 150 ml por hora.
Administração intermitente da dieta enteral usando BI
Volume total de dieta por frasco ÷ Horas de infusão
Equipamentos de administração: Frasco da dieta integral (300 a 500 ml); bolsa de
dieta, bomba, sonda.
Nutrição enteral em sistema aberto: manipular antes da administração. É uma dieta
artesanal, ou industrial, líquida semipronto.
Nutrição enteral em um sistema fechado: Industrializada, estéril.
Alimentação intragástrica: estômago tolera mais facilmente uma variedade de formas,
aceitando grande sobrecarga sem provocar cólicas, distensão, vômitos e diarréias.
CLASSIFICAÇÃO DA DIETA ENTERAL SEGUNDO SUA OSMOLARIDADE
Baixa osmolaridade – dieta hipotônica (280-300 mOsmol/L).
Osmolaridade normal – dieta isotônica (300-350 mOsm/L).
Osmolaridade alta – dieta hipertônica (550-750 mOsm/L) .
Osmolaridade muito alta – dieta acentuadamente hipertônica (>750 mOsm/L).

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Fatores que afetam a osmolaridade:
Proteínas hidrolisadas tem maior efeito osmótico;
Minerais/eletrólitos pois se dissociam em partículas menores;
Carboidratos hidrolisados tem maior efeito osmótico que os de peso molecular
maior.
Quanto maior a osmolaridade no intestino vai causar a diarreia e no estomago o
esvaziamento gástrico retardado.

Vantagens e desvantagens relacionadas ao tipo de infusão


Infusão continua: maior tolerãncia a dietas hiposmolares; progressão rápida da terapia;
indicada para os que tem esvaziamento retardado; nutrição noturna; desvantagem:
dificulta deambulação; exige bomba infusora.
Infusão intermitente: vantagem: livre deambulação; tratamento de regime domiciliar;
não usa bomba; desvantagem: maior risco de refluxo gastresofágico e aspiração
pulmonar.

Desmame da NE:
TNE via oral: ingestão convencional > 705 do VET por 3 dias consecutivos.
TNE via sonda: ingestão oral permanecer > ou = a 60% do VET por 3 dias consecutivos.

Fórmulas enterais
A seleção da fórmula adequada depende da capacidade digestiva e absortiva do
paciente.
Fórmula padrão: segue as recomendações de macro e micronutrientes de uma
população saudável; contém ptn, lipídeos, cho, vitaminas e minerais.
Fórmula modificada: alterações das recomendações da fórmula padrão, aumentando
ou diminuindo os nutrientes.
Módulo: composto por um desses nutrientes: cho, lipídeos, ptn, fibras alimentares ou
micronutrientes.

Dietas enterais
Industrializadas: possuem composição química definida, alto custo e fácil preparo.
em pó para constituição: porções (60-96g) ou em latas(400g).
líquidas semi prontas: latas ou frascos de vidro (230-260 ml), suficiente para um
horário da dieta.
Prontas: envasadas em frascos de vidro ou bolsas (500-1000 ml)
Dietas naturais: preparadas com alimento in natura ou mesclas com os
industrializados, liquidificadas e preparadas artesanalmente;
Vantagens: individualização da fórmula, custo menor em comparação a industrializada.
Desvantagens: instabilidade bromatologia, microbiologia e organoléptica, sem
composição nutricional definida, fornecimento dos nutrientes é prejudicada.

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Uso fisiológico de TGI para realizar a TN.
Prevenir atrofia da mucosa intestinal e reduzir riscos de complicações infecciosas.
INDICAÇÃO:
TGI funcionante, com perda de peso >2,5%;
Ingestão vira oral insuficiente; Risco de bro
ncoaspiração
Prematuridade; a sonda da T
NE deve ser
Redução de peso por doença crônica; nasog ástrica ou pó
s-
Fístula, anomalias congênitas. pilórica
Comprometimento das funções neurológicas.
CONTRA INDICAÇÕES:
vômitos e diarreia grave, fístula de Alto débito, obstrução intestinal.

vias de administração
NASOENTÉRICA OU OROENTÉRICA: GASTROSTOMIA:
< 4 a 6 semanas; > de 4 a 6 semanas.
Vantagens: menor risco de aspiração, difícil Vantagens: menos complicações, maior
saída. tolerância.
NASOGÁSTRICA OU OROGÁSTRICA: Desvantagens: risco de aspiração, saída
Trato gastrointestinal funcionante; acidental, infecção/irritação, vazamento e
necessidade de alimentação noturna; obstrução.
anorexia. JEJUNOSTOMIA:
< de 4 a 6 semanas, >de 4 a 6 semanas.
Vantagem: + fisiológica, fácil posicionar, Vantagens: < risco de complicações,
maior tolerância na progressão da dieta progressão da dieta cautelosa.
Desvantagens: maior risco de aspiração, Desvantagem: deslocamento acidental,
maior risco de sair acidental. infecção/irritação, vazamento, obstrução.

VIA INTRAGÁSTRICA:
Reflexo protetor das vias aéreas preservado, esfíncter esofágico e motilidade gástrica
funcionante;

VIA PÓS-PILÓRICA:
Reflexos protetores estão prejudicados, retardo no esvaziamento gástrico, riscos de
broncoaspiração.
Administração de > volume da dieta com < risco de aspiração.
> oferta de nutrientes.
Volume inicial= 10 ml por hora, controle do V e do tempo de infusão.
Indicação: insuficiência respiratória, estase gástrica, redução da motilidade, refluxo
esofágico.

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técnicas de administração
Posição de decúbito lateral direito ou elevado a 30 a 45 ⁰ .
Considerar: menor risco de aspiração do conteúdo gástrico e a influência da caixa
torácica.
O volume total da dieta é dividido por n vezes ao dia de duas em duas horas.
Quanto > o tempo de contato nutriente-mucosa, > absorção.
Método de administração intermitente e continuo

Resíduo gástrico(rg) Medido antes de administrar a próxima dieta.

> 20% de RG: devolver o conteúdo e infundir a diferença.


> 50% de RG: interromper a próxima infusão.
Em pacientes graves: RG > 20% interrompe-se a próxima infusão.
Repetições de RG elevados, suspende a alimentação e analisa sinais de intolerância ou
complicações digestivas.

Nutrição enteral mínima (nem)


Restrição temporária ou permanente do uso da Via digestiva

Jejum prolongado lesão e > a permeabilidade da mucosa intestinal.
Neonatal: usa-se a NEM quando há restrição do uso da via digestiva, para gerar o
tropismo intestinal.
0,5 a 1 ml por hora até 20 ml/kg/ dia;
Lactentes (BI: 2 a 3 ml/hora
Contra-indicação: enterocolite necrosante ou anomalias congênitas.

Síndrome de realimentação
Oferta em excesso de energia ou nutrientes específicos, nocivos aos pacientes
hipermetabólicos.
É quando o paciente está em jejum e se alimenta, causando danos como a redução de
potássio, fósforo e magnésio.
aumenta a
A oferta de
insulina aumenta o carregamento para dentro da
glicose
célula de potássio, fósforo e magnésio.

complicações

posicionamento inadequado da sonda obstrução da sonda,
MECÂNICAS aspiração, deslocamento, remoção acidental.


osmolaridade e velocidade de infusão diarreia, distensão
abdominal, náuseas e vômitos, obstipação.
GASTROINTESTINAIS

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uso de fórmulas inadequadas e/ou modo de infusão
METABÓLICAS

inadequada hiperglicemia, hiperpotassemia, desidratação.

velocidade esvaziamento gástrico



Redução desenvolvimento gástrico dor, sepse, úlcera, diabetes mellitus, desnutrição;

Aumenta dois esvaziamento gástrico úlcera gástrica, alimento líquido, distensão.

CÁLCULO DE GOTEJAMENTO DA DIETA HIGIENIZAÇÃO DA SONDA

Recém-nascidos: 1 a 3mL
Crianças menores: 5-10 mL
Crianças maiores/adolescentes: 20-40mL

Recuperar ou manter o estado nutricional e promover crescimento.


Trato gastrointestinal não funcionante, doença, terapia nutricional enteral for insuficiente.
Desnutrido grave e neonatos = nutrição parenteral em até 48 horas.

vias de acesso:
Periférica: < 2 semanas; osmolaridade < do que 600mosm/L
Central: ligada a veia cava ou átrio direito; >2 semanas, hiperosmolaridade.
Contribui para osmolaridade: aminoácidos e eletrólitos.
Considerar o tempo de infusão, pois quanto maior a osmolaridade menor deve ser o
tempo.
Soluções com alta osmolaridade devem ser administradas por veia central.

OFERTA DE ELETRÔNICOS:
Perdas consequentes da alterações hidroelétricas; sepse, desnutrição, realimentação →
perda de fósforo, magnésio, sódio e água.
GLICOSE:
oferta excessiva de calorias na forma de glicose pode aumentar a taxa metabólica,
causando hiperglicemia e alterações hepáticas.

Neonato: 18 g/kg/ dia < aproveitamento energético e aumenta a lipogênese.
Recém-nascido a termo: evitar hipoglicemia; taxa de infusão: 3 A 4mg/kg/min.

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Nutrição parenteral
Nutrição parenteral é a administração de uma solução de nutrientes por via venosa
periférica ou central.
Na nutrição parenteral total é administrado toso os nutrientes por via venosa, mas na
nutrição parenteral suplementar é administrado parte dos nutrientes por via venosa e
parte pelo uso do TGI.
BRASPEN/18: após 5-7 dias, quando não se atinge >60%
de aporte calórico.
ASPEN/16: após 7-10 dias, quando não se atinge >60%
de aporte calórico e proteico, por via enteral.

Nutrição parenteral periférica


Solução adm em veia calibrosa ( mão e antebraço).
Indicada para períodos curtos (7-10 dias).
Contraindicada: pacientes com restrição hídrica.
Pode ser usada com a enteral para complementar o aporte energético e proteico.
Vantagens: barato, < risco de complicações, minimiza déficit em desnutridos.
Desvantagem: não supre as necessidades nutricionais (hipocalóricas), sendo necessário
administrar um volume maior da dieta.
Hipocalórica = glicose+ AA+ LIPI (mistura 3 em 1).

Nutrição parenteral central


Administração de solução em veias de alto fluxo sanguíneo.
Indicada para longos períodos (>14 dias).
Permite administração de soluções hiperosmolares e administrar todos os nutrientes.
Glicose é a fonte de calorias.
Usa soluções 2 em 1 ou de um único frasco.

Indicações
Via digestiva não pode ser usada.
Fistula de alto debito, doenças inflamatórias do intestino, câncer, queimaduras.
Indicada em casos de DEP.

Contra-indicações
Pacientes hemodinamicamente estáveis, TGI funcionante, distúrbios metabólicos e
eletrolíticos, pc terminal.

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Componentes da solução
Glicose: monoidratada, exerce efeito poupador de nitrogênio
A concentração de glicose administrada pelo acesso periférico é de 10% e por acesso
central é de 35%.
Aminoácidos.
Emulsão lipídica: usada na NP periférica, prevenir deficiência de AG essenciais.

Manejo das complicações


Mecânicas: relacionadas ao cateter venoso.
Pneumotórax, hemotórax, trombose venosa, embolia gasosa.
Infecciosas: uso do cateter venoso central com 3 lumens tem uma taxa elevada de infecções.
Metabólicas: deficiência ou excesso de eletrólitos, minerais, glicose, AG e vitaminas.
Hiperglicemia: ocorre o aumento dos hiperglicemiantes, redução da produção de insulina
e resistência a insulina.
Hipoglicemia: pode se evitada pela redução da velocidade de infusão; ocorre quando se
suspende abruptamente a oferta de glicose.

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