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Aula 2 - A Existã Ncia de Deus e A Natureza Do Seu Conhecimento - 2018
Aula 2 - A Existã Ncia de Deus e A Natureza Do Seu Conhecimento - 2018
Estamos cônscios de que não são esses argumentos que produzem a fé. Mas eles podem
servir como meio para levar alguém a reconhecer a credibilidade dos pressupostos
bíblicos. Para o crente, servem como meio de confirmação e fortalecimento da fé.
B. Argumento teleológico: - extraído do fato que cada coisa tem a sua finalidade, a sua
razão de ser. Há desígnio na natureza. Se há uma finalidade ou um propósito para cada
coisa criada, deve haver uma inteligência superior que determinou essa finalidade. A
existência de um projeto exige a existência de um projetista; a de um relógio, a
existência de um relojoeiro fabricante. Já se disse que a chance desse mundo ter surgido
como obra do acaso é a mesma de um dicionário surgir como resultado de uma explosão
na tipografia (as tipografias antigas usavam tipos móveis, com os quais se compunham
as palavras). (Ver vídeo “Quem fez tudo isso: Criação ou Evolução?” recomendado
nas leituras opcionais).
D. Argumento moral: - extraído do nosso senso de justiça. Dizemos que certas ações
são boas e que outras são más; que algumas devem ser feitas e outras não. Por que essa
distinção moral? Por que distinguir entre o certo e o errado? Qual o padrão desse senso
de justiça? Por que é errado atropelar, de propósito, uma pessoa na rua?
2. A Cognoscibilidade de Deus
Por cognoscibilidade de Deus queremos dizer sua capacidade de ser conhecido, ainda
que não de modo total.
ideia de filiação eterna nos é estranha e incompreensível, visto que, para nós, toda
filiação implica início ou derivação de existência. Da mesma forma, quando a Bíblia
quer descrever a beleza e sublimidade da Nova Jerusalém, apresenta-a com praça de
ouro e muralhas de jaspe (Ap 21.18), minerais belos e preciosos para nós. É o que
chamamos de linguagem analógica.
3. A Incompreensibilidade de Deus
A. Sentido metafísico: - refere-se à imensidade de Deus, ao fato que ele não tem
medida nem limites. Ele não pode ser contido por ninguém, nem por coisa alguma.
Salomão reconheceu essa qualidade quando, na dedicação do templo, orou com estas
palavras: Eis que os céus e até o céu dos céus não te podem conter, quanto menos esta
casa que eu edifiquei (1Rs 8.27).
C. Sentido teológico: - refere-se à distância que existe entre o ser de Deus, como
Criador infinito e independente (autocontido) e o ser do homem, como criatura finita e
dependente dele. Essa distância torna o Criador incompreensível à criatura. Os
propósitos e atos de Deus nem sempre podem ser compreendidos. Por que ele permitiu
que o pecado entrasse no mundo e decretou até mesmo os atos maus dos homens? (At
4.27-28; Gn 45.5-8). Como reconciliar ensinos bíblicos aparentemente conflitantes
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A incompreensibilidade de Deus pode ser vista como um dos seus atributos, mas não de
caráter essencial ou absoluto. Deus compreende a si mesmo. Somente para as suas
criaturas ele é incompreensível. Também ela é diferente da incompreensibilidade do
universo. Esta é devida à nossa incapacidade de exaurir o seu conhecimento. Já aquela é
devida à própria natureza de Deus, externa e independente do mundo criado.
Aplicação Prática:
Devemos envidar todos os esforços para conhecer a Deus, porque isto é possível e é do
seu agrado. Deus quer ser conhecido e nós precisamos conhecê-lo. Mas não devemos
tentar compreender aquilo que está fora da nossa capacidade humana ou fora da
revelação divina. Nem mesmo tudo que foi revelado pode ser compreendido. Verdades
reveladas como a triunidade de Deus (Trindade) e a encarnação de Cristo estão fora do
alcance de nossa compreensão, mas nem por isso deixam de ser verdades. Como vimos,
na revelação há aparentes paradoxos, tais como o da soberania de Deus versus a
responsabilidade do homem e o do caráter santo de Deus versus a origem do mal
(decreto do pecado). Não podemos nem precisamos compreender tudo. A fé verdadeira
fé não pede explicações para aquilo que está além da nossa capacidade racional. Só os
racionalistas querem compreender para crer. E acabam sem compreensão e sem fé.
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Leitura Obrigatória:
Leitura opcional:
Vídeo: “Quem fez tudo isso: Criação ou Evolução?”, palestra do Dr. Marcos Eberlin,
cientista e professor do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas.
(Algumas referências ao Criador podem soar desrespeitosas, mas são usadas como
recurso de comunicação e são explicadas durante a palestra e também no seu final).
Excelente vídeo sobre evidências científicas a favor da doutrina da criação.
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