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Unidade I

ANTROPOLOGIA:
DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS

Profa. Lia Lemos


Estruturalismo de Lévi-Strauss

 Claude Lévi-Strauss (1908 – 2009), principal referência para a


Antropologia Estrutural, pesquisou tribos e mitos de diversas
sociedades sem Estado.
 Foco da abordagem: estrutura de pares binários ou opostos
como homem/mulher, campo/cidade, dia/noite, cru/cozido, etc.
 Cada cultura elabora regras diferentes para a construção da
identidade de gênero masculino e feminino, dessas regras
surgem as estruturas elementares de parentesco, que compõe
a regras como: proibição do incesto, relações de parentesco
e casamento, sociedades patrilineares ou matrilineares.
O que é uma estrutura para Lévi-Strauss

1. A estrutura funciona como um sistema, no qual a modificação


de um elemento, provoca a modificação em todos os outros.
2. Os modelos pertencem a um grupo de transformações, cada
transformação corresponde a um modelo da mesma família, o
conjunto das transformações constitui um grupo de modelos.
3. Os elementos, as transformações e os modelos permitem
prever o que acontecerá dentro do modelo caso ocorra uma
modificação de um elemento.
4. O funcionamento do modelo construído deve explicar todos
os fatos observados. Assim, é possível explicar como
pensam e agem as pessoas da cultura estudada.
O papel do mito

 Ao estudar os mitos, temos que nos ater à significação do


mito, é ali que se encontrará a organização lógica e o sentido
dos elementos fundantes da estrutura social.
 O mito está na linguagem e além dela, possui uma língua e
palavras que pertencem a um tempo passado, ou seja, possui
um sistema temporal e, ao mesmo tempo, forma uma estrutura
permanente que se relaciona ao passado, ao presente e ao
futuro que pode ser estudado e compreendido.
 Exemplo de mitos sobre os astros Sol e Lua: cada tribo atribui
gêneros e características diferentes e, nessas relações, pode-
se perceber o papel e características do homem e da mulher
em cada sociedade, ou ainda as relações incestuosas.
Exemplo sobre o gênero dos astros Sol e Lua

“Ou os astros não são distintos, ou o são. Se eles não são


distintos, o sol é um modo da lua, ou o contrário. Se eles são
distintos, a diferença é sexual, ou não sexual. Se ela é sexual, o
sol é macho e a lua fêmea, ou o inverso, e em cada caso, os
astros podem ser marido e mulher, irmão e irmã, ou as duas
coisas ao mesmo tempo. Se a diferença não afeta o sexo, eles
podem ser duas mulheres ou dois homens, que se opõem então
por seu caráter ou por seu poder. Esta última oposição se
enfraquece às vezes a tal ponto que um dos germanos perde
sua individualidade e se torna uma espécie de cópia do outro.”
(LÉVI-STRAUSS, “Antropologia Estrutural 2”, 1993, p. 225)
Críticas ao Estruturalismo

 Antony Giddens (1938 –) revela que a estrutura são regras ou


práticas sociais que orientam os comportamentos, mas que
existe também a ação do sujeito que não foi trabalhada na
teoria de Lévi-Strauss.
 Os agentes sociais escolhem seguir ou não as regras e a
estrutura social e isso traz novidades e mudanças à
sociedade, ou seja, os indivíduos legitimam, constroem e
modificam a estrutura.
 Pierre Bourdieu (1930 – 2002) chama a atenção para o
habitus, que são as estruturas e mecanismos que fazem
cada indivíduo reproduzir ou transformar a sociedade, cada
indivíduo tem competência para fazer escolhas que seguem
ou não as regras sociais.
Interatividade

Os mitos estudados por estruturalistas:


I. Trazem em si a estrutura do pensamento da linguagem e da
organização social de um povo.
II. Revelam as histórias do passado do povo estudado, mas
não tem relação com a vida presente dos mesmos.
Sobre as duas afirmativas, é correto afirmar que:
a) As duas são verdadeiras.
b) As duas são falsas.
c) A primeira é falsa e a segunda é verdadeira.
d) A primeira é verdadeira e a segunda é falsa.
e) A segunda confirma a primeira.
Resposta

Os mitos estudados por estruturalistas:


I. Trazem em si a estrutura do pensamento da linguagem e da
organização social de um povo.
II. Revelam as histórias do passado do povo estudado, mas
não tem relação com a vida presente dos mesmos.
Sobre as duas afirmativas, é correto afirmar que:
a) As duas são verdadeiras.
b) As duas são falsas.
c) A primeira é falsa e a segunda é verdadeira.
d) A primeira é verdadeira e a segunda é falsa.
e) A segunda confirma a primeira.
Antropologia interpretativa

 Clifford Geertz (1926 – 2006) entende que o antropólogo


deve interpretar os significados da cultura, essa cultura
se expressa pela linguagem e pela ação dos indivíduos
dentro de um “drama social”.
 O antropólogo é um telespectador de uma interação social
que pode ser interpretada como uma peça de teatro,
uma cena de filme, ou um livro.
 A metodologia etnográfica permite ao pesquisador vivenciar,
observar, descrever, explicar, interpretar e traduzir uma
cultura, revelando as informações implícitas, regras e
códigos introjetados no inconsciente.
Função da antropologia interpretativa

 A observação participante do antropólogo cria um relato


microscópico da realidade social do qual se pode tirar
conclusões gerais.
 Com esse conhecimento, podemos relativizar nossa
compreensão do outro e nos afastarmos de posturas e
relações etnocêntricas.
 Olhar pelo ponto de vista do outro.
 Evidenciar as particularidades culturais.
 A antropologia passa a explicar e compreender o outro, e não
apenas a descrever o outro, como na antropologia clássica.
 Exemplo da piscada de olho, a descrição densa revela as
informações implícitas da cultura estudada.
Pesquisa etnográfica

 Não torna o pesquisador em nativo.


 Dá pontos de referência sobre a cultura do outro.
 Permite conversar e compreender a cultura diferente,
ampliando o discurso humano.
 Revela o sentido da ação humana dentro do seu contexto
cultural.
 É uma interpretação do sistema simbólico do outro, não é a
realidade.
 É a compreensão do antropólogo sobre a compreensão dos
agentes sociais, ou seja, uma interpretação de segunda ou
terceira mão, mas com base e dados científicos.
 Interpretação sem julgamentos.
Síntese das abordagens antropológicas

 Estruturalista: objetivista, explica a macroestrutura, as regras


de funcionamento geral.
 Interpretativa: subjetivista, explica a microesfera, compreende
a ação particular.
 Ambas transformam a realidade em conhecimento, dão
sentido ao todo e compreendem as partes da sociedade
estudada.
 As duas abordagens são complementares.
Novidades da antropologia contemporânea

Modelo de Cardoso de Oliveira (2006, p. 105):


 Tanto Lévi-Strauss como Geertz possuem uma visão
dialética para explicar a cultura.
 Porém, em ambas, falta a voz do autor, a voz do nativo.

EXPLICAÇÃO COMPREENSÃO VISÃO EPISTEMOLÓGICA

NÃO NÃO CÉTICA

NÃO SIM ROMÂNTICA

SIM NÃO NOMOLÓGICA OU


ETNOCIENTÍFICA

SIM SIM DIALÉTICA


Interatividade

No livro-texto, temos a seguinte citação: “A vocação essencial da


antropologia interpretativa não é responder as nossas questões mais
profundas, mas colocar a nossa disposição as respostas que outros deram
(...) e assim incluí-las no registro de consultas sobre o que o homem falou.”
(GEERTZ, 2008, p. 21) Tendo essa citação como inspiração, uma das
características da Antropologia Interpretativa é:
a) Registrar o que foi dito e realizado, dar uma interpretação sobre a cultura
do outro e revelar o que está implícito.
b) Encontrar nas outras culturas respostas para as questões que não
sabemos sobre a nossa existência.
c) Levar às outras culturas o conhecimento sobre a cultura do antropólogo
para que possam se comunicar.
d) Descrever e explicar cenas do cotidiano de outras culturas para que
possam ser usadas em filmes e livros de ficção.
e) Conhecer a cultura do outro e revelar as particularidades que
fazem uma cultura ser mais avançada que outra.
Resposta

No livro-texto, temos a seguinte citação: “A vocação essencial da


antropologia interpretativa não é responder as nossas questões mais
profundas, mas colocar a nossa disposição as respostas que outros deram
(...) e assim incluí-las no registro de consultas sobre o que o homem falou.”
(GEERTZ, 2008, p. 21) Tendo essa citação como inspiração, uma das
características da Antropologia Interpretativa é:
a) Registrar o que foi dito e realizado, dar uma interpretação sobre a cultura
do outro e revelar o que está implícito.
b) Encontrar nas outras culturas respostas para as questões que não
sabemos sobre a nossa existência.
c) Levar às outras culturas o conhecimento sobre a cultura do antropólogo
para que possam se comunicar.
d) Descrever e explicar cenas do cotidiano de outras culturas para que
possam ser usadas em filmes e livros de ficção.
e) Conhecer a cultura do outro e revelar as particularidades que
fazem uma cultura ser mais avançada que outra.
Antropologia da História

 Interconexões entre história, tempo, temporalidade e cultura.


 A etnografia estuda as particularidades de uma sociedade no
tempo presente e não é possível relacionar essas
particularidades com culturas antigas.
 Já a etnologia é capaz de reconstruir a história de povos
antigos, mas não de deduzir um evolucionismo entre tribos.
Categorias de Lévi-Strauss (1993):
1. sociedades arcaicas, culturas que viveram em outro tempo e
espaço;
2. sociedades primitivas, culturas que nos antecedem no tempo,
mas se manifestam no mesmo espaço;
3. sociedades contemporâneas, culturas que vivem no
mesmo tempo, mas em outro espaço.
Antropologia X História

 diversidade cultural;  transformações temporais;


 leitura de um único  critica documento de
observador; diversos observadores;
 observa condições  observa expressões
inconscientes da conscientes;
vida social;  apoia-se em documentos
 apoia-se na tradição oral, originais e reconhecidos;
na memória social;  estuda uma linha contínua
 compara diversidades no tempo.
culturais, dispensando
o tempo.
Similaridades entre Antropologia e História

 Objeto de estudo: estudam sociedades que não a que se vive,


havendo um afastamento temporal ou espacial.
 Objetivo: querem reconstruir o que se passa ou se passou na
sociedade estudada.
 Método: a reconstrução é parcial, trazendo experiências
individuais vividas para o conhecimento geral.
 As diferenças das leituras e perspectivas tornam as
disciplinas uma complementar à outra.
Noção de História e temporalidade

 Sociedades arcaicas e primitivas não documentaram ou


escreveram suas história, por isso, nos são desconhecidas,
mas possuem histórias e se transformaram.
 Diversas sociedades arcaicas, primitivas e contemporâneas
coexistiram e coexistem com tecnologias diferentes e não é
possível traçar uma linha evolucionista entre elas.
 A noção de tempo é uma referência etnocêntrica e subjetiva,
a velocidade do tempo para quem está inserido na globalização
parece mais rápida do que para aqueles que não estão,
apesar de viverem contemporaneamente no mesmo território.
 História são blocos de tempo construídos na ideologia
ocidental, outras culturas percebem a temporalidade
de modos diferentes.
Ideias ocidentais e pontos de vista etnocêntricos

 história progressiva e blocos históricos;


 história estacionária ou cumulativa;
 tempo lento ou rápido;
 evolução entre sociedades arcaicas e primitivas;
 noção de progresso e civilização nas colonizações europeias;
 pensamento de sistema pré e pós-político.
Conclusão:
 O progresso cultural é uma coligação entre culturas, no
contato com a diferença ocorre a troca de conhecimento
e a criação do novo.
Visão dos nativos

 A Antropologia trouxe para a discussão da História o


ponto de vista dos nativos, dos índios e dos negros
que foram trazidos para o Brasil.
 Antes, a História oficial contava a partir do ponto de vista
dos portugueses.
 Índios criaram mitos sobre o contato com os brancos, isso faz
parte da história desses povos e da história do Brasil.
 Os mitos, antes do contato com os brancos, possuem
noção de temporalidade, como na origem dos astros. Porém, o
pensamento mítico está entrelaçado ao processo histórico,
pois a consciência temporal, nesse caso, privilegia a
continuidade.
Lógica temporal

 As sociedades possuem a lógica totêmica e a lógica


historicista, porém, cada sociedade privilegia uma em
detrimento da outra, que fica no inconsciente.
 Nossa sociedade ocidental, por exemplo, apresenta a lógica
totêmica nas torcidas de futebol, que possuem seus símbolos
e mascotes (às vezes, são animais) e as diversidades entre os
times, símbolos, ritos, músicas mostra a lógica totêmica de
pertencimento a um grupo e não ao outro.
 Outro exemplo, metáforas que assemelham o comportamento
humano a de animais como “brigar como gato e rato”.
 Os mitos sobre a chegada do homem branco marca a lógica
historicista entre as culturas indígenas que
privilegiam a lógica totêmica.
Interatividade

“Tudo que é humano é do homem e o homem está realizado


em todas as manifestações sociais encontradas em todas as
sociedades, de todos os tempos e lugares. Do mesmo modo
que não existem formas sociais perfeitas, pois em cada uma
delas está relacionada a outras formas, formando configurações
específicas, também não existe uma sociedade mais
acabada que a outra.”
Essa citação de DaMatta contradiz a visão:
a) Antropológica.
b) Histórica.
c) Etnocêntrica.
d) Indígena.
e) Humanista.
Resposta

“Tudo que é humano é do homem e o homem está realizado


em todas as manifestações sociais encontradas em todas as
sociedades, de todos os tempos e lugares. Do mesmo modo
que não existem formas sociais perfeitas, pois em cada uma
delas está relacionada a outras formas, formando configurações
específicas, também não existe uma sociedade mais
acabada que a outra.”
Essa citação de DaMatta contradiz a visão:
a) Antropológica.
b) Histórica.
c) Etnocêntrica.
d) Indígena.
e) Humanista.
Ética da Antropologia

Código de Ética do Antropólogo e da Antropologia, criado na


gestão de 1986/1988 e alterado na gestão 2011/2012:
 Direitos dos pesquisadores, direitos dos pesquisados e
responsabilidades dos pesquisadores.
 Resolução 196/96 da Comissão Nacional de Ética em
Pesquisa, aprovado pelo Conselho Nacional de Saúde,
do Ministério da Saúde.
 Em 2012, a ABA conseguiu uma resolução complementar à
196, específica para as pesquisas em Ciências Sociais, mas
continua vinculada ao Ministério da Saúde.
Desafios do pesquisador

 Observar com neutralidade e imparcialidade apesar das


relações de proximidade com o interlocutor.
 A proximidade não pode ultrapassar o limite da intimidade,
ou ser uma relação de poder.
 Comissão Nacional de Ética em pesquisa possui uma visão
biocêntrica: pesquisa em seres humanos, como cobaias;
enquanto que a metodologia de pesquisa antropológica
trata-se de pesquisa com seres humanos, eles são atores.
 Questiona-se o termo de consentimento informado do
Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), que torna impossível a
pesquisa antropológica.
Papel atual do antropólogo

 Mediador imparcial entre a sociedade nacional e comunidades


étnicas, respeitando as diversidades e em busca da
autonomia dos grupos.
 Manter-se como “cordão umbilical” entre os grupos: manter o
vínculo com a sociedade nacional e o conhecimento que tem
sobre as culturas diversas (Roberto Oliveira).
 Dar voz e autonomia aos povos estudados, permitir que eles
sejam autores e coautores das interpretações sobre suas
culturas.
Antropologia urbana

 Estudo da cultura em sociedades urbanizadas, das


diversidades locais.
 Anos 60, estudo das favelas de Gilberto Velho.
 Posteriormente, estudo das diversidades de classe, das
culturas populares, das minorias, de grupos marginalizados,
dos uso da tecnologia, dos lazer, dos bairros, etc.
 Criar a possibilidade de comunicação e interação entre os
grupos sociais coexistentes nas sociedades urbanas.
 Superar os estereótipos que mapeiam e hierarquizam a
cidade.
Visão relativista

 Importância de manter um distanciamento e manter a


imparcialidade na pesquisa.
 Na cidade, existe o multipertencimento e a fragmentação.
 Muitos estudos vão revelar as relações de poderes desde
a família até o Estado, cada qual com sistemas simbólicos
diferentes do que vivem os indivíduos.
 Antropologia urbana usa de diversas abordagens
antropológicas para compreender as diversas identidades.
 Violência urbana e jogo de poderes são também estudos
em que devem se manter a visão relativista, sem assumir a
visão de uma das partes.
O distanciamento

 Existe o distanciamento social e psicológico, estamos


próximos de nossos vizinhos, mas não necessariamente
nos identificamos com eles.
 Os estereótipos que mapeiam bairros, grupos urbanos,
espaços parecem o suficiente para trazer familiaridade,
mas, ao mesmo tempo, possuem preconceitos.
 O antropólogo urbano tem de vencer essas fronteiras
simbólicas e participar desse “outro” ambiente social,
revelando suas crenças, mitos, regras, jogos de poderes.
 Potencial de confrontar estudos sobre mesmos grupos
sociais.
 Desconstruir estereótipos e encontrar suas
origens históricas.
Interatividade

Visto que a Antropologia se difere da ética da Biologia e


traz novidades nos estudos urbanos, qual o papel do
antropólogo contemporâneo?
a) Proteger as minorias a fim de preservar sua identidade e
mantê-los afastados das sociedades globalizadas.
b) Evidenciar para as autoridades os grupos que violam os
direitos das minorias.
c) Explicar para as minorias quais as políticas públicas que
serão oferecidas a elas.
d) Levar às minorias a lógica ocidental para que eles possam
se inserir na sociedade nacional ou global.
e) Mediar a relação entre grupos culturais, respeitando
as diversidades e buscando suas autonomias.
Resposta

Visto que a Antropologia se difere da ética da Biologia e


traz novidades nos estudos urbanos, qual o papel do
antropólogo contemporâneo?
a) Proteger as minorias a fim de preservar sua identidade e
mantê-los afastados das sociedades globalizadas.
b) Evidenciar para as autoridades os grupos que violam os
direitos das minorias.
c) Explicar para as minorias quais as políticas públicas que
serão oferecidas a elas.
d) Levar às minorias a lógica ocidental para que eles possam
se inserir na sociedade nacional ou global.
e) Mediar a relação entre grupos culturais, respeitando
as diversidades e buscando suas autonomias.
ATÉ A PRÓXIMA!
Unidade II

ANTROPOLOGIA:
DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS

Profa. Lia Lemos


Arte, cultura e patrimônio

 IPHAN – Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional:


expressões, modo de fazer, criar e viver são considerados
patrimônios culturais.
 No seu início, o IPHAN defendia a visão de elites que
privilegiavam aspectos materiais e uma visão hegemônica.
 Para a Antropologia Social: patrimônio são heranças dos
antepassados que nos ligam de modo subjetivo.
 Patrimônios portam mensagens, constroem a memória e a
consciência e identidade de um povo.
 Museus: posse de uma coleção de objetos que definem
a identidade de um grupo.
 Identidade construída e criada por agentes específicos.
Patrimônio nacional e patrimônio cultural

 Nacionalidade é uma ideia moderna, construída a partir do


patrimônio e da História oficial.
 Autenticidade são objetos selecionados, considerados por um
grupo determinado como únicos e representativos, ajudam a
construir a ideia de nação e de etnia como uma unidade real e
autônoma.
 O patrimônio nacional foi selecionado por uma elite:
casa-grande, sobrados, fortes militares, igrejas católicas.
 Já o que consideramos patrimônio cultural deve ter uma
seleção mais democrática: cultura popular, folclores,
expressões étnicas, diversidade religiosa, etc.
 Anos 70, criação da Pró-Memória e valorização do patrimônio
cultural imaterial.
Antropologia e museu

 Participação de antropólogos em museus, na UNESCO e no


IPHAN renova a visão de bens culturais a partir dos anos 70.
 Abertura para particularidades e diversidades culturais,
valorização do conhecimento, arte, culturas tradicionais e
populares e a criação de patrimônio cultural imaterial (PCI).
 UNESCO com visão protecionista.
 Criação de nova metodologia para inventário das
manifestações culturais, antropólogo Antônio Augusto
Arantes.
 Bens materiais são dinâmicos, não cabe o conceito de
autenticidade.
Dificuldades encontradas

 A modernidade e o progresso se sobressaem na memória


cultural do brasileiro, se esquece do passado e das
populações não urbanas.
 Destruição de patrimônios para construção do “progresso”,
nas cidades e também no interior: cidade de São Paulo,
Museu do Índio.
 Destruição de patrimônios de populações tradicionais para
a construção de nova infraestrutura: transposição do Rio São
Francisco, descoberta do Quilombo dos Palmares.
 Resistência de autoridades e da mídia para se abrirem para
uma ideia de sociedade multiétnica e plural: reconhecimento
do Terrero Casa Branca.
Casos inovadores

 Museu do Índio, voz das etnias em primeira pessoa.


 Terrero Casa Branca: patrimônio religioso não católico, abriu
espaço para outros tombamentos de expressões
afro-brasileiras.
 Museu Magüta, participação direta dos índios Ticuna
no contexto virtual.
 Instrumento de mediação entre povos, troca de experiências,
contato com a diversidade.
 Noção de patrimônio, museu e arte se atualizaram e passaram
a respeitar a diversidade de modo mais democrático.
Interatividade

Das afirmativas abaixo, qual representa uma visão


antropológica sobre bens culturais:
a) A identidade nacional deve ser hegemônica, por isso o
patrimônio nacional deve ser preservado e conservado.
b) Nacionalidade e etnicidade são conceitos universais e os
bens materiais reforçam suas identidades reais.
c) As elites e autoridades são os grupos adequados para a
construção da identidade nacional, pois possuem
conhecimento para tal realização.
d) Todos os povos possuem bens culturais que constroem
suas identidades e devem ser respeitados.
e) O progresso não pode parar por causa de tradições
antigas e de povos que não existem mais.
Resposta

Das afirmativas abaixo, qual representa uma visão


antropológica sobre bens culturais:
a) A identidade nacional deve ser hegemônica, por isso o
patrimônio nacional deve ser preservado e conservado.
b) Nacionalidade e etnicidade são conceitos universais e os
bens materiais reforçam suas identidades reais.
c) As elites e autoridades são os grupos adequados para a
construção da identidade nacional, pois possuem
conhecimento para tal realização.
d) Todos os povos possuem bens culturais que constroem
suas identidades e devem ser respeitados.
e) O progresso não pode parar por causa de tradições
antigas e de povos que não existem mais.
Antropologia e consumo

 Sistema de trocas das sociedades tradicionais, como a Dádiva


de Mauss, se opunha ao sistema de mercadoria das
sociedades capitalistas.
 Resistência das Ciências Sociais a estudarem o consumo
se rompe no 3º milênio.
 Consumo hoje é visto como parte da interação social,
construção da identidade, jogo de organização coletiva.
 Tabu ao se estudar o que não era a produção, o progresso
devido à influência do marxismo sobre a luta de classes. O
produto garante o lucro e a mais-valia para o capitalista.
 Criou-se um preconceito antimaterial
Estudos e visões fora das Ciências Sociais
(Rocha, 2005)

1. hedonista: sistema publicitário – consumir é ser feliz; o


consumidor é passivo, legitima os mapas sociais e as
distinções;
2. moralista: consumo é negativo, o sujeito é consumista;
consumo se opõe ao trabalho, é alienante e estimula o
pecado da luxúria;
3. naturalista ou determinista: outros usos para consumo –
consumo de água, energia, oxigênio como parte da natureza,
diferente de consumir algo desejável como churrasco,
celular, etc.; existe a necessidade e o desejo de consumir;
4. utilitária: estudos de marketing para vender mais e aumentar
a rentabilidade e o lucro.
Visão antropológica

 Consumo é um fenômeno-chave para compreender a


sociedade contemporânea.
 Existe um sistema de significação e necessidade simbólica.
 É um código que transmite mensagens e é também um
construtor de identidades.
 Faz parte da cultura de massa que é, atualmente, uma
instância importante na sociedade, uma forma de se
relacionar, de se integrar.
 Consumo como uma forma de distinção social se opondo ao
naturalismo e utilitarismo (Sahlins, Douglas e Isherwoods).
 Práticas de consumo e manifestação de gosto criam e mantêm
relações de dominação, reforça divisão de classes e do
habitus adquirido (Bourdieu).
Novas fase da Antropologia do Consumo – anos 90

 Sem oposição às dádivas e sem a visão marxista, moralista ou


utilitarista começam a surgir diversas leituras.
 Explicar e compreender a prática do consumo como um
processo dinâmico de reapropriação da cultura material
(Miller).
 Cultura de massa cria novos mitos, regras e identidades para
os jogadores, e novos espaços para os rituais.
 Estudar as motivações para buscar determinados produtos,
lojas e marcas e como elas criam um sistema simbólico,
identidade e estilo de vida (Rocha).
 Objeto de consumo tem serventia vendida pela mídia e tem
também a utilização particular explorada pelo consumidor,
conferindo uma objetificação do objeto (McCracken).
Objetivo dos estudos

 buscar a relação entre consumo e a construção de


subjetividades;
 reconhecer os modelos mais locais e particulares do uso das
mercadorias;
 demonstrar as diversas possibilidades de consumo;
 compreender o ritual de trocas de presentes e sua
personificação, o ritual de posse e de ressignificação, o ato de
“ir às compras”, a diversidade das compras na construção da
identidade de gênero, sexualidade, etc;
 desvendar a interferência dos relacionamentos afetivos.
Interatividade

A compreensão da visão moralista sobre consumo é


fundamental para o crescimento da Antropologia do Consumo,
qual das alternativas abaixo expressa a visão moralista:
a) Consumir faz o sujeito feliz como revela a música
“o que faz você feliz” de uma rede de supermercados.
b) Consumir é uma necessidade natural do capitalismo, por
isso, o consumidor compra determinados produtos e marcas.
c) Slogans como “Leve mais e pague menos”, “vende mais
porque é fresquinho”.
d) O habitus de consumir está introjetado no inconsciente,
fazendo o consumidor ser um sujeito passivo.
e) Consumir é um ato alienante, fútil, e de pouco valor, além
de aumentar a violência urbana e conflito entre as classes.
Resposta

A compreensão da visão moralista sobre consumo é


fundamental para o crescimento da Antropologia do Consumo,
qual das alternativas abaixo expressa a visão moralista:
a) Consumir faz o sujeito feliz como revela a música
“o que faz você feliz” de uma rede de supermercados.
b) Consumir é uma necessidade natural do capitalismo, por
isso, o consumidor compra determinados produtos e marcas.
c) Slogans como “Leve mais e pague menos”, “vende mais
porque é fresquinho”.
d) O habitus de consumir está introjetado no inconsciente,
fazendo o consumidor ser um sujeito passivo.
e) Consumir é um ato alienante, fútil, e de pouco valor, além
de aumentar a violência urbana e conflito entre as classes.
Antropologia Política

 Estuda o papel dos agentes sociais, as relações de poder, os


sistemas políticos.
 Novos rumos no período pós-guerra com a existência dos
sistemas capitalista, socialista e comunista, além da
existência do colonialismo, movimentos sociais feministas e
anticolonialistas.
 Nos anos 90, o foco estava nos agentes sociais da sociedade
civil, lutando por seus direitos vinculados à noção de
cidadania, cidadão e Estado.
 Conceito de cidadania é histórico e moderno e pretendia uma
sociedade integrada na noção de Estado-nação.
Resultados de estudos da Antropologia Política

 Variações do conceito de cidadania e as diversas


interpretações por parte de quem as vive.
 Ser cidadão exige a noção de indivíduo e a relação com o
Estado nacional e a presença de documentos autênticos,
como carteira profissional ou título de eleitor.
 A experimentação política também é vivenciada de formas
variadas: ser político, fazer política e fazer politicagem.
 Estudar o clientelismo é compreendê-lo como uma expressão
de valores culturais entre pessoas motivadas por outras
subjetividades, diferentemente de julgá-lo como corrupção
atrasado ou antidemocrático.
Objetivos da Antropologia da Política

 Compreender os ritos, rituais, agentes sociais e visões que os


nativos têm da relação entre indivíduo e política, conceito de
cidadania, papel do Estado e dos políticos.
 Revelar a pluralidade da sociedade nas formas de fazer
política por meio de identidades e movimentos sociais.
 Estudar sobre os tempos da política, eleições e a relação
candidato-eleitor.
 Revelar ideais diversos de democracia.
 Estudar os movimentos sociais em busca de direitos
de cidadania.
Movimentos sociais políticos

 Movimento dos Sem Terra – MST: Luta por reforma agrária,


direito ao emprego, combate à violência contra trabalhadores
rurais na disputa de terras, direito à terra.
 Identidade dos “sem terra” na busca por ideais políticos
democráticos.
 Formador de opiniões com diferentes atores sociais.
 Mobiliza uma grande massa e possui capital simbólico de
suas lutas e conquistas na reivindicação de direitos coletivos.
Ideias ocidentais modernas

 A defesa de Direitos Humanos é um valor ocidental moderno


que se busca universalizar, principalmente após a Declaração
Universal de Direitos Humanos, 1948, pela ONU.
 As minorias podem buscar a defesa do direito à diversidade
e da democracia.
 A modernidade cria, na noção de indivíduo dotado de direitos
no âmbito político, a necessidade de um Estado-nação para
garantir tais direitos.
 Igualdade é um princípio de justiça da sociedade moderna e
deve ser vista como igualdade de direitos e de acesso a
direitos, por isso o direito à diferença é parte da justiça social.
 Preservar as diversas identidades dos povos é garantir
a igualdade de direitos culturais de autodeterminação.
Contribuições da Antropologia

 Quebra da noção de universalidade dos direitos para a defesa


dos direitos da diversidade.
 Movimentos sociais feministas e multiculturais trouxeram a
visão antropológica da reivindicação de direitos por parte das
minorias.
 As minorias não possuíam a mesma cidadania dos demais
sujeitos historicamente dominantes.
 Necessidade de uma política com visão plural de alteridade
e de autonomia dos povos e de autodeterminação.
 Luta por direitos coletivos e não mais de grupos ou classes.
 Luta por identidade positiva com critérios valorativos próprios.
Movimentos culturais

 Esses novos movimentos sociais vão se diferenciar em


movimentos culturais, na busca por direitos coletivos.
 Necessidade de um grupo ter direitos específicos.
 Os movimentos ampliam a noção e a prática da democracia e
de cidadania.
 Os movimentos são também formas de sociabilidade e meio
de mobilização de participantes na defesa de políticas de
identidade.
 Uma política que vai além dos Estados, junto com ONGs e
movimentos culturais diversos.
 Novos usos para o conceito de “cultura”, “identidade”
e “política” entre os nativos ativistas e militantes.
Interatividade

“A política cultural representa um importante meio encontrado


pelas minorias socioculturais para ressignificar o que é
cidadania e democracia. Da interpretação conflitante destes
conceitos depende o reconhecimento da legitimidade de suas
reivindicações.” (SOUZA, 2001) Dessa citação, conclui-se que:
a) Cidadania e democracia são conceitos conflitantes.
b) Cidadania e democracia legitimam as reivindicações dos
movimentos das minorias.
c) As minorias, nas suas reivindicações, conseguiram
ressignificar e legitimar os conceitos de cidadania e
democracia.
d) As minorias socioculturais entram em conflito com os
conceitos de cidadania e democracia.
e) As minorias criaram os conceitos de cidadania e democracia.
Resposta

“A política cultural representa um importante meio encontrado


pelas minorias socioculturais para ressignificar o que é
cidadania e democracia. Da interpretação conflitante destes
conceitos depende o reconhecimento da legitimidade de suas
reivindicações.” (SOUZA, 2001) Dessa citação, conclui-se que:
a) Cidadania e democracia são conceitos conflitantes.
b) Cidadania e democracia legitimam as reivindicações dos
movimentos das minorias.
c) As minorias, nas suas reivindicações, conseguiram
ressignificar e legitimar os conceitos de cidadania e
democracia.
d) As minorias socioculturais entram em conflito com os
conceitos de cidadania e democracia.
e) As minorias criaram os conceitos de cidadania e democracia.
Interseccionalidades

 Até os anos 70, movimentos culturais feministas e raciais


lutavam pelos mesmos direitos à diferença em paralelo.
 Existe uma relação de poder de gênero e de raças e a
conjunção das desigualdades e falta de direitos recai,
principalmente, sobre mulheres negras e de classe baixa.
 Essa intersecção entre gênero, raça e classe social passa a ser
foco de novos movimentos como o feminismo negro.
 Até os anos 80, se entendia que as distinções entre gênero
e sexo eram universais e se considerava apenas a opressão
dos homens sobre as mulheres.
 Mulheres negras não encontravam apoio nem no movimento
feminista, nem nos movimentos negros.
Subcategorias da interseccionalidade

 Estudos vão revelar diversas subcategorias: gênero, raça,


classe social, sexualidade, religião, nacionalidade, etnicidade,
idade, deficiências, etc.
 O termo cresce nos anos 2000, principalmente com estudos
que revelaram que a mulher negra sofre mais com a violência
e com a construção de uma identidade negativa (Crenshaw).
 Refere-se a uma dupla, tripla ou múltipla discriminação, sendo
dois ou mais eixos que se entrecruzam nas relações sociais,
gerando preconceito, discriminação e racismo.
 Busca-se os sistemas de opressões e de desempoderamento
existentes na sociedade.
 Não há uma hierarquia das subcategorias.
A mulher negra

 Historicamente, a mulher negra é quem mais sofre com


violência, salários inferiores, informalidade no mercado de
trabalho, falta de direitos e instabilidade no emprego.
 No Brasil, a noção de mucamas, mulata, mãe preta
e doméstica revelam a interseccionalidade entre gênero e sexo.
 A voz da negra e do negro pouco aparece nos estudos sobre
o racismo até o terceiro milênio, isso os deixou historicamente
como membros infantilizados e dominados.
 O discurso dominante tenta apagar a memória e a história
dos negros.
 O destaque à mulher negra se dá apenas no carnaval e acaba
na quarta-feira de cinzas.
Estudos sobre interseccionalidade

 É importante mostrar que as relações são dinâmicas e estão


dentro de um contexto histórico, não há categorias fixas.
 Estudar a “diferença que faz diferença”, nem sempre religião
ou classe social estão no jogo social.
 Busca-se os grupos vulneráveis à discriminação e à negação
de acesso aos direitos humanos.
 Os problemas sociais afetam desproporcionalmente os
subgrupos: jovens negros são maioria entre vítimas de
violência policial, imigrantes latino-americanos e africanos
são maioria entre trabalhadores em situação análoga
à escravidão, etc.
 Saber quais as subcategorias existentes é fundamental
para as medidas de reparação terem eficácia.
Marcadores sociais da diferença

 Os estudos iniciais percebiam as intersecções como


um sistema de repressão e os sujeitos eram passivos.
 Estudos recentes trazem os marcadores sociais da diferença
como uma forma dos sujeitos construírem suas identidades
de modo positivo e ativo – abordagem construcionista.
 Diferença e desigualdade são conceitos distintos e nem
sempre a diferença leva à desigualdade no contexto histórico,
cultural e social. A diferença pode remeter a igualitarismo,
diversidade e democracia, gerando oportunidades.
 “Raça” remete à diferença, “racismo” à desigualdade.
Pertencer à raça negra pode ser uma oportunidade de
construção de identidade, depende da experiência vivida.
Abordagem construcionista

 Exemplos: brasileiras migrantes na Europa; homossexualidade


e transgêneros (corporalidade); ascensão social; oportunidade
de estudos.
 Os sujeitos discriminados percebem a diferença de formas
variadas e existe um jogo de negação, negociação, desejo,
oportunidade.
 A diferença é um instrumento de atuação na construção da
identidade e na luta pela cidadania.
 Empoderamento da identidade do sujeito, luta contra a
heteronormatividade.
 Marcadores sociais da diferença são dinâmicos e mutáveis no
processo constante de construção da identidade.
Interatividade

I. Interseccionalidade revela o encontro de duas ou mais


categorias de discriminação recaindo sobre um subgrupo
social, mostra uma estrutura social repressiva.
II. Marcadores sociais da diferença mostram que as diferenças
sociais são oportunidade dos agentes de construírem
uma identidade dentro de uma estrutura historicamente
repressiva.
Avalie as assertivas acima:
a) Ambas são verdadeiras.
b) Ambas são falsas.
c) A primeira é verdadeira e a segunda é falsa.
d) A primeira é falsa e a segunda é verdadeira.
e) O conteúdo é verdadeiro, mas os conceitos estão invertidos.
Resposta

I. Interseccionalidade revela o encontro de duas ou mais


categorias de discriminação recaindo sobre um subgrupo
social, mostra uma estrutura social repressiva.
II. Marcadores sociais da diferença mostram que as diferenças
sociais são oportunidade dos agentes de construírem
uma identidade dentro de uma estrutura historicamente
repressiva.
Avalie as assertivas acima:
a) Ambas são verdadeiras.
b) Ambas são falsas.
c) A primeira é verdadeira e a segunda é falsa.
d) A primeira é falsa e a segunda é verdadeira.
e) O conteúdo é verdadeiro, mas os conceitos estão invertidos.
ATÉ A PRÓXIMA!

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