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Caro(a) aluno(a),
Já na unidade II você irá saber mais sobre o que pode influenciar no processo
de recrutamento. Vamos conhecer as modalidades e tipos de recrutamento possíveis
para serem trabalhados pelas organizações, em outras palavras nos referimos aos tipos
de recrutamentos interno, externo, misto e virtual. Finalizaremos a unidade fazendo uma
abordagem às diversas técnicas e fontes de recrutamento, com o intuito de levá-lo a atra-
ção e captação de talentos nos locais e ambientes certos, para que se possa prosseguir
com a seleção destes, em outros termos, com o filtro do candidato mais adequado para o
preenchimento da vaga em aberto.
Em nossa unidade IV, vamos finalizar o conteúdo dessa disciplina expandindo nos-
so conhecimento acerca do processo de seleção, trataremos a princípio sobre o processo
de decisão sobre quem contratar. Falaremos da grande valia do programas de integração,
já que é o primeiro contato afundo do novo colaborador com histórico da instituição, suas
memórias, legado, missão, visão e valores fundamentais, bem como os procedimentos,
normas e políticas que regem a organização. Abordaremos as questões éticas no processo
de seleção, do que é e como ocorre o período de experiência. Trataremos sobre o turnover,
que é um termo utilizado para caracterizar o movimento de entradas e saídas, admissões
e desligamentos, ou seja, a relação da rotatividade dos profissionais empregados de uma
empresa, em um determinado período. Para encerrar o conteúdo, falaremos da importância
de se realizar a entrevista de desligamento.
UNIDADE I....................................................................................................... 6
O Processo de Recrutamento
UNIDADE II.................................................................................................... 26
Tipos de Recrutamento e suas Características
UNIDADE III................................................................................................... 48
O Processo de Seleção de Pessoas
UNIDADE IV................................................................................................... 69
Expandindo o Processo de Seleção de Pessoas
UNIDADE I
O Processo de Recrutamento
Professora Marilicy Maia
Objetivos de Aprendizagem:
• Analisar, entender e estabelecer os dados que precedem o processo de recrutamento
• Conceituar e contextualizar o processo de Recrutamento
• Aprender as etapas do processo de recrutamento
• Compreender o processo de terceirização do recrutamento
Plano de Estudo:
• Aspectos que antecedem a execução do Recrutamento
• Histórico do Recrutamento
• O Processo de Recrutamento
• Terceirização do Recrutamento
6
INTRODUÇÃO
Olá caro aluno, nesta unidade I, temos a pretensão de abordar o processo de re-
crutamento, que nada mais é do que o processo de identificação e atração de um grupo
de candidatos, entre os quais serão escolhidos alguns para posteriormente serem contra-
tados para o emprego. Contudo, para se dar o ponto de partida nos nossos estudos vamos
entender alguns aspectos que precedem a execução do recrutamento, como entender o
que é a Cultura Organizacional, como saber quem deve ser recrutado e de como definir o
perfil do cargo. Também, vamos relacionar os conceitos e definições acerca do processo
de recrutamento, assim como as fontes principais de recrutamento e as etapas a serem
seguidas no processo, bem como o história que o permeia. Veremos também, como deve
ser o perfil do profissional recrutador, ou seja, quais as competências que um recrutador
deve possuir. Por fim, vamos abordar a terceirização do recrutamento, sendo este utilizado
principalmente por empresas que desejam reduzir custos com pessoal para esse processo,
ou seja, contratam-se empresas que ficam responsáveis por todo o processo destinado ao
recrutamento. Vamos lá?
REFLITA
Imagine que fomos visitar os escritórios de uma grande indústria, pre-
viamente autorizados. Chegamos tão cedo que ainda não havia nin-
guém trabalhando. Caminhamos por um corredor e entramos numa
grande sala. Na parte da frente, havia uma grande mesa e uma con-
fortável cadeira giratória, com braços e espaldar. Ao fundo, observa-
mos uma estante cheia de livros e objetos de arte. Ao lado da estante,
um frigobar e, em cima deste, bebidas de primeira linha. Num canto,
uma pequena mesa com revistas importadas, entre duas confortáveis
e elegantes poltronas. Nas paredes, quadros de pintores famosos. A
sala era acarpetada e com ar-condicionado. A mobília era refinada. A
segunda sala que visitamos era do mesmo tamanho que a anterior.
Nela, havia três mesas (pouco menores que a da sala anterior); atrás
de cada mesa uma cadeira, confortável, giratória, com braços, mas
sem espaldar.
Ao fundo, uma estante com alguns livros e objetos de arte e apenas
dois quadros pendurados. Na terceira sala, do mesmo tamanho que
as anteriores, havia dez mesas, cada uma com uma cadeira, con-
fortável, giratória, mas sem braços; em cada mesa, um computador;
fundo um pequeno armário fechado e um arquivo, sem quadros ou
objetos de arte. A quarta sala, do mesmo tamanho que as anteriores,
vinte mesas, cadeiras de madeira atrás de cada mesa, ao fundo um
armário semiaberto com folhas despencando e ao lado uma copiado-
ra. Não havia placa de identificação nas salas. E nem era necessário.
Sabemos muito bem de quem é cada sala, e mais ainda, sabemos
muito bem como devemos nos comportar em relação aos ocupantes
de cada sala.
Basta a simples constatação de que uma mesma pessoa não entra
da mesma maneira na primeira e na última sala. A delimitação do es-
paço que uma pessoa ocupa pode ser um indicador de quanto poder
essa pessoa possui. (BANOV, 2012, p. 9).
#SAIBA MAIS#
Acima, vimos a grande valia de se traçar o perfil do cargo. Que tal agora vermos um
exemplo? Então vamos lá!
Descrição sumária
Comprar os materiais necessários à empresa
Descrição detalhada
● Preparar os processos de compra por meio de licitação;
● Abrir e montar processos e enviar para a comissão de licitação. Depois
de efetuada a compra arquivá-la, dar baixa no computador e arquivar a
cópia do contrato;
● Emitir ordem de compra que deverá ser assinada pela diretoria e enviada
por fax para o fornecedor
● Acompanhar o recebimento da mercadoria e a emissão do pagamento;
● Receber solicitação de serviço de compra (SC), selecionar fornecedor,
enviar fax com cotação de preços, proceder a compra e monitorá-la até
a entrega e o pedido de pagamento;
● Acompanhar o pregão até a finalização, para agilizar a compra e alcançar
melhores preços.
Responsabilidades
● Responsabilizar-se pelo caixa rotativo para atender a pequenas compras;
● Zelar pelo recebimento adequado das compras por licitação.
Perfil profissional
● Requisitos
● 2º grau completo;
● Experiência de 1 ano na área;
● Conhecimento das normas e das leis de licitações.
Flippo (1961 apud FRANÇA, 2012, p. 34) conceitua recrutamento como “um pro-
cesso de procurar empregados, estimulá-los e encorajá-los a se candidatar” a determinadas
vagas. França (2012, p. 30) apresenta que “É mediante o processo de recrutamento que a
empresa expõe o grau de profissionalismo com que trata os seus colaboradores”.
Recrutamento vem de uma necessidade em ocupar uma posição que está disponí-
vel, e cuja espaço deva ser preenchido, ou que foi criado para superar um falha dentro do
sistema organizacional ou para o melhor desenvolvimento da organização. Nisto, devemos
ser muito claros, que o recrutado não é, como acontece em muitos casos na administração
pública, um empregado assalariado que vem a formar parte de uma folha de pagamento
engessada de burocratas, mas sim, é mais um trabalhador, que vem para fornecer todos os
Para promover esse encontro é que existe o recrutamento e seleção. Alguns au-
tores não separam os termos um do outro, tratando deles como R&S como faz Araújo
(2009), ou utilizando o termo “captação de pessoas”, como Dutra (2006). Apesar dos termos
estarem interligados de maneira direta, eles têm funções distintas. Por esse motivo vamos
tratá-los separadamente, como você poderá constatar nesta Unidade I quando trataremos
do processo de Recrutamento (assim como na Unidade II) e na Unidade III do processo de
Seleção.
A seleção, por sua vez, funciona como um filtro que permite que apenas algumas
dessas pessoas interessadas na vaga, possam ingressar na organização, aquelas que
realmente apresentam as características compatíveis com o cargo disponível. É o processo
de escolher o melhor candidato, assim bem o diz o autor supracitado. Como já mencionado,
trataremos desta temática com maior afinco na Unidade III.
Olá caro aluno, finalizamos a presente unidade I, fazendo uma abordagem ao pro-
cesso de recrutamento, como você pode constatar que o mesmo se refere ao procedimento
utilizado para atrair candidatos potencialmente qualificados e capazes de ocupar cargos
dentro da empresa. Nesta linha de estudo, relacionamos os conceitos e definições acerca
do processo de recrutamento, como se originou o recrutamento, ou seja, abordando seu
histórico, e aspectos que precedem ao processo de recrutamento, como entender o que é
cultura organizacional, a missão, visão e valores da empresa. Bem como determinar qual
o perfil que um recrutador deve possuir, e traçar quem deve ser recrutado, pois apenas
consegue-se recrutar a pessoa ideal ao cargo se compreendermos antecipadamente o
perfil almejado, ou seja, tanto as características pessoais, quanto as profissionais. Também,
entendemos o que é e como realizar uma análise de perfil de cargos, sendo o resultante
desse processo fornecer subsídios para o recrutador ter conhecimentos das especificações
do cargo e do perfil do candidato que é apto para a vaga. Por fim, o que é o processo de
terceirização do recrutamento. Neste sentido, finalizamos a presente unidade I, abordando
as definições, etapas, fontes de recrutamento, perfil do recrutador e o processo de ter-
ceirização do recrutamento, a fim de que se possa dar continuidade na unidade II dessa
apostila.
LIVRO
Título: Recrutamento, Seleção e Competências.
Autora: Marcia Regina Banov.
Editora: Atlas.
Sinopse: Este livro tem como objetivo oferecer, em linguagem
simples e coloquial, temas e técnicas de recrutamento, seleção
de pessoal e competências para estudantes e profissionais de
recursos humanos, como também para pessoas de vários setores
da organização que entrevistam e escolhem os membros de sua
equipe. Atende também aos profissionais que estão em busca de
uma colocação no mercado e têm dúvidas quanto ao processo
seletivo, esclarecendo-as e auxiliando-os na compreensão do seu
próprio perfil. São abordados temas como mercado de trabalho,
planejamento de pessoal, perfil do cargo, mapeamento de compe-
tências, recrutamento, seleção de pessoal (elaboração e análise
de currículo, entrevista, teste e dinâmica de grupo), seleção de
pessoas com deficiência e teletrabalhadores, o perfil do seleciona-
dor, a terceirização do recrutamento e da seleção, e as questões
éticas que envolvem o tema.
FILME
Título: O Homem que mudou o jogo (Moneyball).
Ano: 2011.
Sinopse: Baseado na biografia de Billy Beane, escrita em 2003
pelo jornalista Michael Lewis, o filme conta a história do gerente
geral do Oakland Athletics, que enfrenta uma crise. A equipe de
beisebol vem sucessivamente perdendo seus melhores atletas
que optam por clubes mais renomados e maiores salários.
Determinado a vencer a qualquer custo, Billy procura uma solução
com a ajuda do economista Peter Brand, que se baseia em teorias
e estatísticas para ajudar o treinador na formação de seu time.
Eles inovam ao utilizar um sistema que avalia as características
que cada atleta possui de melhor e exige dele apenas isso. Atle-
tas que antes eram ignorados por outros clubes entram para o
Oakland e conseguem destaque no esporte. Juntos, eles criam
um time teoricamente perfeito de jogadores subvalorizados. Com
esse método revolucionário de recrutamento, a equipe passa a ter
resultados extraordinários, tornando Beane e os Oakland Athletics
um grande sucesso inesperado, cheio de reviravoltas.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: e o novo papel dos recursos humanos nas
organizações. 3ªed. Rio de Janeiro: Campus, 2008.
Objetivos de Aprendizagem:
• Contextualizar as influências no processo de Recrutamento
• Compreender os tipos de recrutamento
• Abordar as técnicas de recrutamento
• Avaliar os resultados do recrutamento
Plano de Estudo:
• As influencias sobre o recrutamento
• Modalidades e tipos de recrutamento
• Técnicas e Fontes de recrutamento externo
• Avaliando os resultados do recrutamento
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INTRODUÇÃO
Olá caro aluno, nesta unidade II, temos a pretensão de abordar o que pode in-
fluenciar no processo de recrutamento, lembrando o recrutamento nada mais é do que
o processo de identificação e atração de um grupo de candidatos, entre os quais serão
escolhidos alguns para posteriormente serem contratados para o emprego. Contudo, como
já estudamos os conceitos, agora vamos relacionar os conceitos e definições acerca do pro-
cesso de recrutamento, apresentando as modalidades e tipos de recrutamentos possíveis
para serem trabalhados pelas organizações, em outras palavras nos referimos aos tipos de
recrutamentos interno, externo, misto e virtual. Para sua melhor compreensão sobre os tipos
de recrutamento ora pesquisados, faremos uma apresentação das vantagens e desvanta-
gens, de ambas modalidades de recrutamento, com o intuito de levá-lo, a reconhecer os
benefícios e as limitações apresentadas por estas fontes de captação de talentos. O intuito
de apresentarmos as formas de recrutamento e bem como suas vantagens e desvantagens
é de que estas possam lhe proporcionar a análise crítica e julgamento para distinguir as
condições ideais para se utilizar fonte internas e fontes externas de recrutamento. Neste
sentido finalizaremos a presente unidade II, fazendo uma abordagem às diversas técnicas
e fontes de recrutamento, com o intuito de levá-lo a atração e captação de talentos nos
locais e ambientes certos, para que se possa prosseguir com a seleção destes, em outros
termos, com o filtro do candidato mais adequado para o preenchimento da vaga em aberto.
Lacombe (2005) apresenta que os líderes exercem uma influência nos colaborado-
res por meio do poder. Desta forma, o autor apresenta duas definições de poder, em que a
primeira definição seria que o poder tem a capacidade de controlar as pessoas, e segundo
Lacombe (2005, p. 203) seria a “capacidade para influenciar decisões, pessoas e o uso de
recursos”.
O autor supracitado acima ainda apresenta a existência de três poderes:
Poder legítimo: esse poder é obtido pelo cargo ocupado na empresa. Podendo ter
junto dele, segundo o autor, mais dois poderes: “o poder de recompensa e o coercitivo ou
de punição, instrumentos para o exercício do poder legítimo.” (LACOMBE, 2005, p.203).
Poder referente: acontece quando o líder por conta da “afeição e do respeito que
as pessoas tem por ele, em função de suas qualidades, como seu caráter, a força da sua
personalidade, sua coragem, capacidade de agir e sua ousadia” (LACOMBE, 2005, p.203).
É como se o líder fosse um modelo para os demais colaboradores.
Poder do saber: esse poder acontece por conta dos saberes e conhecimento que
o líder tem, sejam conhecimentos obtidos por experiências, obtenção de informação ou
conhecimento técnicos. “Algumas pessoas não cedem informações para reter esse tipo de
poder” (LACOMBE, 2005, p.203).
Sendo assim, Zaccarelli e Teixeira (2007, p.115) explicam que em qualquer orga-
Dutra (2006, p.17) define gestão de pessoas como sendo, “um conjunto de políticas
e práticas que permitem a conciliação de expectativas entre a organização e as pessoas
para que ambas possam realizá-las ao longo do tempo.” O autor ainda complementa que
essas políticas são princípios e diretrizes que conduzem as decisões e comportamentos da
empresa e por sua vez as práticas dizem respeito aos procedimentos, métodos e técnicas
empregadas para a realização das decisões e para direcionar os comportamentos organi-
zacionais.
As pessoas tem papel importante na gestão de pessoas. Se pensássemos
a pessoa com consciência de um projeto profissional e, portanto, mais exi-
gente em sua relação com a organização e com seu trabalho, a gestão deve-
ria atender às expectativas e necessidades das pessoas para fazer sentido.
Desse modo, caso as políticas e práticas de gestão estabelecidas pela em-
presa não agreguem valor para as pessoas, não terão efetividade no tempo.
(DUTRA, 2006 p.19).
Por sua vez, Zaccarelli e Teixeira (2007) apresentam que o processo de recruta-
mento ou captação de pessoas, está ligado a gestão de pessoas. Pois segundo o autor, é
essencial que a organização consiga oferecer condições e circunstâncias, interessantes ou
atraentes que possam conseguir chamar atenção dos candidatos para que eles possam ter
interesse de trabalhar na empresa.
Zaccarelli e Teixeira (2007, p.116) apresentam que “O orçamento disponível para
treinamentos futuros, a política de remuneração e o plano de carreira podem constituir
trunfos de atratividade e oferecerem margem de negociação de salários.” Dessa forma, os
autores apontam que deve se cuidar com os benefícios, pois quando estes não estimulam,
pode se tornar difícil conseguir achar um colaborador qualificado para a vaga desejada.
“A interdependência entre as diversas políticas de recursos humanos impacta a atra-
tividade de candidatos, e pode impactar estrategicamente, a organização, tanto favorável
quanto desfavorável.” (ZACCARELLI e TEIXEIRA, 2007, p.116). Os autores supracitados
anteriormente explicam que o impacto favorável acontece quando, a empresa consegue
Bohlander e Snell (2010) complementam que muitas empresas optam por realizar
a promoção de colaboradores ou a transferências de cargos, para preenchimento de vaga
em cargos com nível mais elevado.
SAIBA MAIS
Henry Ford, presidente da Ford Motors Company, apregoava o seguinte: “...na Ford
quando sai um diretor entra um Office boy”. Ao analisarmos tal premissa, podemos
constatar a evidência da prática do recrutamento interno, ou seja, ao sair um diretor,
um dos gerentes imediatamente abaixo é recrutado e promovido a diretor; um dos
chefes abaixo deste gerente promovido é promovido a gerente; um dos supervisores
abaixo deste chefe é promovido a chefe; um dos líderes abaixo do supervisor é
promovido a supervisor; um dos empregados sênior é promovido a líder; um dos
empregados pleno é promovido a sênior etc.; até que o office-boy é promovido ao
cargo imediatamente superior e o recrutamento aciona o mercado (recrutamento
externo) em busca de um novo Office-boy; completando-se o ciclo, sai um diretor,
entra um Office-boy.
Fonte: Marras, 2009, p. 72.
Esse processo acaba por gerar uma perspectiva de crescimento na empresa. Um au-
mento de oportunidades.
Era uma vez um rei, que também era um excelente jardineiro. Em determi-
nada ocasião, semeou um jardim com uma diversidade imensa de plantas, arbustos,
árvores e flores. Seu propósito era um lindo jardim, cheio de cores e frutos. Nesse
meio-tempo, precisou viajar demorando algum tempo para voltar. Enquanto voltava,
seu coração palpitava radiante, afinal seu jardim deveria estar lindo, com diversas
espécies coexistindo em um mesmo espaço.
Quando chegou ao jardim, seus olhos assistiram ao mais triste cenário: tudo
estava definhando, morrendo. O rei perguntou ao carvalho (naquela época até ho-
mens e plantas se comunicavam) por que estava morrendo e este lhe respondeu que
estava imensamente infeliz por não ser tão alto como o pinheiro. Voltando-se para
o pinheiro, descobriu que ele estava murchando porque era incapaz de dar belas
maçãs como a macieira. A macieira estava morrendo por não poder desabrochar
como a roseira.
De repente, em meio à desolação, ele encontrou uma planta viçosa e florida
como nunca: o amor-perfeito. Indagando o porquê de sua beleza, recebeu a seguinte
resposta:
“Compreendi que, quando você me plantou, queria uma amor-perfeito, pois
se quisesse outro tipo de planta, você teria plantado. Então, pensei que como não
posso ser aquilo que não sou, posso ser o que sou da melhor maneira possível, e
assim tenho feito.”
Fonte: MACARENCO, (2011, p. 139-140)
As empresas que optarem pelo recrutamento externo deverão verificar qual fonte
externa de recrutamento mais se adapta aos requisitos da vaga a ser preenchida. As prin-
cipais fontes de recrutamento externo são: anúncios, candidatos e currículos espontâneos,
internet, indicação de funcionários, empresas de recrutamento, instituições educacionais,
associações de profissionais, sindicatos trabalhistas, agências de emprego públicas, agên-
cias de emprego privadas, agências de trabalho temporário e empresas de mão-de-obra
(BOHLANDER; SNELL; SHERMAN, 2003). A estas fontes de recrutamento, acrescenta
Recrutamento misto
Araujo (2006) apresenta que o recrutamento misto engloba o recrutamento interno
e externo. Marques (2018) apresenta que trata-se de um método onde acontece o recruta-
mento interno e externo, isto é, “dar oportunidade de concorrer à vaga em aberto aos cola-
boradores que já fazem parte da empresa e também a candidatos que estão no mercado” e
também dar a chance para aqueles que ainda não fazem parte da organização. De acordo
Marques (2018) o objetivo “é aproveitar as vantagens destes dois tipos de recrutamento e
minimizar, ou até mesmo eliminar, suas desvantagens no processo de seleção.”
O autor supracitado apresenta três formas de realizar este recrutamento, de acordo
ele, são:
Por sua vez Araujo (2006) apresenta as desvantagens desse processo de recruta-
mento:
Recrutamento Virtual
Como a internet está disponível à maioria das pessoas, este método de recruta-
mento se tornou mais rápido de divulgar uma vaga e de atrair pessoas. E as empresas
podem cadastrar essas vagas em sites gratuitos ou em sites pagos.
Em sites especializados, geralmente as vagas são apresentadas de forma
mais completa, incluindo inclusive a faixa de valores dos salários pagos, ho-
rários de trabalho, exigência ou não de disponibilidade para viagens, mu-
danças de cidade ou país e hierarquia. Já em grupos nas redes sociais, as
oportunidades são descritas de forma bem mais objetiva, o que muitas vezes
pode atrair candidatos menos aptos à vaga. (MARQUES, 2018).
Moura (2014) apresenta três formas de realizar o recrutamento virtual ou como ela
chama, e-recrutamento. Primeiro você pode criar uma página na web, onde os candidatos
interessados possa colocar ou preencher seus dados. Uma segunda forma é realização a
divulgação da vaga pelo próprio site da empresa. E por último, a autora apresenta que pode
ser feito a divulgação em sites especializados em divulgação de vagas de emprego.
SAIBA MAIS
As empresas de Headhunter (Caçadores de talentos) mantêm, em geral, um
cadastro muito selecionado de pessoas de alto gabarito. Fazem questão de dizer que
não são agência de emprego, pois não se atêm à colocação de desempregados; ao
contrário, preferem buscar seus candidatos entre os que estão empregados, partindo
do princípio de que um bom executivo está entre os que estão empregados.
Fonte: Lacombe (2005, p. 74).
Referências Resultado
Vaga para:
Número de vaga:
Meio de divulgação:
Total de candidatos:
Zaccarelli e Teixeira (2007, p.138) aponta que o processo de recrutamento pode ser
analisado e avaliado pelo custo percapita. As autoras ainda destacam que o processo de
Além disso, as autoras apontam que o processo pode ser avaliado a partir do re-
sultado do desempenho da área da empresa depois que foi inserido o novo candidato ao
trabalho.
A avaliação dos resultados do recrutamento se faz importante para que se possa
aferir se o recrutamento está realmente cumprindo a sua função e que custo o mesmo
está gerando para a organização. Em outras palavras, o recrutamento influência conside-
rável parcela no Mercado de Recursos Humanos. Quantitativamente falando, quanto mais
candidatos influenciar, tanto melhor será o recrutamento, uma vez que se espera obter
considerável atração e captação de recursos humanos. Já qualitativamente falando, o mais
importante é trazer candidatos que sejam selecionados, entrevistados e encaminhados ao
processo seletivo da empresa. (CHIAVENATO, 2008).
Neste sentido há três critérios de medidas para se avaliar o recrutamento em uma
organização, sendo estas apresentadas no quadro 2, de acordo com o autor supracitado:
Olá caro aluno, finalizamos a presente unidade II, fazendo uma abordagem ao
processo de recrutamento, quando você pôde constatar que o mesmo se refere ao proce-
dimento utilizado para atrair candidatos potencialmente qualificados e capazes de ocupar
cargos dentro da empresa. Nesta linha de estudo, apresentamos as modalidades e tipos
de recrutamentos possíveis para serem trabalhados pelas organizações, em outras pala-
vras fizemos uma abordagem aos tipos de recrutamentos interno, externo, misto e virtual.
Visando-lhe proporcionar maior compreensão, enfatizamos os tipos de recrutamento ora
estudados, destacando as vantagens e desvantagens, destes, levando-o, a reconhecer os
benefícios e as limitações apresentadas por estas fontes de captação de talentos. Todavia,
a intenção de apresentarmos as formas de recrutamento e bem como suas vantagens e
desvantagens é de que estas possam lhe proporcionar a análise crítica e julgamento para
distinguir as condições ideais para se utilizar fonte internas e fontes externas de recruta-
mento. Neste sentido finalizamos a presente unidade II, abordando as diversas técnicas e
fontes de recrutamento, com a intenção de conduzi-lo à atração e captação de talentos nos
locais e ambientes certos, a fim de que se possa dar continuidade ao processo de seleção
de pessoal, assunto este, que será tratado na unidade III.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: e o novo papel dos recursos humanos nas
organizações. 3ªed. Rio de Janeiro: Campus, 2008.
RATTO, Luiz. Comercio: um mundo de negócios. 2ª ed. Rio de Janeiro: Senac Nacional,
2008.
Objetivos de Aprendizagem:
• Conceituar e caracterizar o perfil do profissional de Seleção de Pessoas
• Compreender o processo de Seleção de Pessoas, além de seus métodos e técnicas
• Avaliar os resultados do processo de Seleção de Pessoas
• Como preparar e fornecer subsídios para elaborar um Currículo Direcionado
Plano de Estudo:
• Conceitos e Definições de Seleção
• Processo de Seleção de Pessoas, métodos e técnicas
• Avaliando o Processo de Seleção de Pessoas
• Currículo Direcionado
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INTRODUÇÃO
Prezado(a) aluno(a) é com grande satisfação que o acolho para a Unidade III do
livro de Recrutamento e Seleção. Este material possui o intuito de promover um maior
conhecimento acerca do processo de seleção de pessoas, no que diz respeito a conceitos
e definições sobre o mesmo, a fim de que você possa compreender e aplicar na prática
profissional os pontos e aspectos importantes acerca da seleção de pessoal, uma vez que
a mesma tem por finalidade escolher candidatos a emprego recebidos pelo processo de
recrutamento. Nesta linha de raciocínio, entenda que o recrutamento municiará a seleção
de informações para que seja possível a escolha de um candidato através de metodo-
logias específicas utilizadas no processo seletivo. Além dos conceitos e definições que
serão apresentados e abordados nesta unidade, faremos uma abordagem a respeito das
etapas da seleção de pessoas nas organizações, lembrando que estas compreendem as
entrevistas e testes que serão aplicados com os candidatos. Além das entrevistas e testes
necessários, a empresa poderá optar por aplicar a dinâmica de grupo, com o intuito de se
aproximar do perfil desejado do candidato para o cargo em questão. De posse de todas as
informações obtidas até então, a área solicitante pela contratação, fará a entrevista final
com o candidato, para que se possa decidir entre os candidatos finalistas, aquele que irá
preencher a vaga em questão. Nesta sequência do processo, o candidato finalista realizará
exames médicos admissionais, que deverão passar pela avaliação do médico do trabalho,
para que nesta ordem a empresa possa partir para o registro em carteira profissional do
mesmo, integrando-o ao ambiente de trabalho. Apresentadas as etapas do processo de se-
leção, partiremos para as técnicas de seleção que em suma, compreende quatro técnicas
principais utilizadas no processo de seleção de pessoas. A primeira técnica corresponde
a entrevista, que se refere a um instrumento importante para o processo de seleção, já
que por intermédio desta o selecionador poderá colher informações relevantes a respeito
dos candidatos participantes do processo seletivo. Ainda como técnicas de seleção, o
selecionador poderá contar e optar pelas provas de conhecimentos, testes psicológicos e
as técnicas vivenciais, considerando o cargo em questão e as especificações do mesmo.
Para finalizar a respectiva unidade III prezado aluno, faremos uma avaliação do processo
de seleção quando você poderá constatar que este utiliza geralmente a combinação de
diversas técnicas de seleção e procedimentos múltiplos que variam de acordo com o perfil
e a complexidade do cargo a ser preenchido. Dessa maneira, você poderá conceber que o
presente processo de seleção em pauta, traz importantes resultados para as organizações
e respectivamente para as pessoas, que dele fazem parte.
Por meio da Técnica dos Incidentes Críticos que implica na anotação siste-
mática e criteriosa que os gerentes devem fazer sobre todos os fatos e com-
portamentos dos ocupantes do cargo considerado que produziram um bom
ou mau desempenho no trabalho.
1. Conhecimentos
Banov (2012) aponta que o profissional precisa ter o conhecimento teórico das
teorias da administração, assim como o conhecimento de tudo que integra a organização,
seus departamentos, seu organograma, a cultura organizacional, todos os aspectos da
empresa como missão e valores é necessário esse profissional ter conhecimento, pois com
base nisso ele irá conseguir associar essas informações a vaga em aberto e a um perfil a
ser procurado.
Além desses aspectos a autora salienta para a necessidade de conhecer o mer-
cado de trabalho. “Deve pesquisar e estudar constantemente o mercado de trabalho e as
vantagens que os concorrentes oferecem. Identificar suas características e suas tendências
e analisar como elas impactam as atividades de captação e seleção” (Almeida, 2004, apud,
BANOV, 2012, p.90).
2. Habilidades
Banov (2012) apresenta que o selecionador precisa ter algumas habilidades sendo
essas:
• Ouvir, em especial o candidato e o requisitante do cargo.
• Observar com atenção concentrada focada no perfil do cargo tanto a fala
quanto o comportamento e verificar se há coerência entre eles.
• Escolher os instrumentos adequados ao cargo, disponíveis no mercado
para o recrutamento e a seleção de pessoal.
• Elaboração e aplicação de entrevistas, testes e dinâmicas de grupo.
• De síntese para elaboração de laudos.
• De trabalhar em conjunto com o requisitante do cargo. Quando o selecio-
nador tem esta competência desenvolvida consegue fazer o mapeamen-
to antecipado de demandas. (BANOV, 2012, p.91).
3. Atitudes
Banov (2012) aponta para a necessidade do profissional de seleção ter algumas
atitudes, são essas:
• Adaptar práticas conforme as necessidades da organização.
Este é o CHA, que a autora Banov (2012), retrata sobre o perfil do profissional
de seleção, porém a autora destaca um tópico muito importante, as “armadilhas” que o
selecionar pode encontrar durante o processo, essas armadilhas são:
Subjetividade: Isto acontece quando o profissional se mistura com a subjetividade
do candidato e opta por escolher aquele que ele teve mais afinidade, do que aquele que
realmente está mais preparado e que tem mais suporte para preencher a vaga.
Efeito halo: Acontece quando o profissional diminui o candidato a alguma caracte-
rística que ele apresenta, sem considerar as demais características do candidato. “Geral-
mente o efeito halo ocorre em decorrência das opiniões, crenças e valores do selecionador.”
(BANOV, 2012, p.93).
Por exemplo, quando o selecionador desprezar um candidato simplesmente
porque ele usa brinco, que o selecionador tanto abomina e que tanto para a
empresa quanto para o requisitante do cargo é um detalhe sem importância.
Ao se apegar ao brinco para avaliar o candidato, o selecionador despreza o
fato de que o candidato apresenta excelentes competências para o cargo.
(BANOV, 2012, p.93).
Orientação para os lu- Não é muito fácil obter sinais desse aspecto. Todavia, pela
cros e melhoria de de- maneira como o candidato descreve as atividades desenvolvi-
sempenho: das, responsabilidades e expectativas, pode-se obter alguns
indicadores de sua orientação profissional e pessoal.
Banov (2012) por sua vez, apresenta que a analise de um currículo, pode
prosseguir pelos seguintes aspectos: dados pessoais, qualificação profissional, histórico
profissional, formação acadêmica e outras informações.
Os critérios para análise variam muito de acordo com a vaga, mas em ge-
ral os selecionadores “batem o olho” primeiro no objetivo e no resumo das
qualificações. Se o candidato passar por esse crivo inicial e o selecionador
continuar lendo, é recomendável que faça anotações (muitos softwares per-
mitem isso, se a pessoa estiver lendo na tela) para usar durante a entrevista,
marcando, por exemplo, pontos de duvida ou de maior interesse. (VIZIOLI,
2010, p.104).
Boa e Andrade (2009) ainda sugere que o profissional que ficar responsável pela
análise de currículo deve ter cuidado e analisar em pequenas quantidades para não deixar
passar algumas informações importantes. Os autores ainda dão a sugestão de triar os cur-
rículos por três grupos: Candidatos com alto potencial, candidatos prováveis e candidatos
sem possibilidade no momento. Boa e Andrade (2009, p.51).
A seleção começa com a análise dos currículos dos candidatos, segundo França,
(2008) existem quatro técnicas principais utilizadas no processo de seleção de pessoas. A
primeira é a entrevista é um instrumento importante para o processo de seleção. Exatamente
por esta razão, ela deve ser conduzida por um profissional experiente e capaz de identificar
quando fatores de ordem pessoal podem estar interferindo no processo (antipatia, atração,
rejeição etc.). É recomendável que vários entrevistadores avaliem o mesmo candidato,
para minimizar esse problema. O entrevistador deve ter sempre presentes às expectativas
da área.
SAIBA MAIS
OS DEZ MANDAMENTOS
Com o intuito de completar as etapas do processo de seleção, é importante enfatizar
os dez mandamentos da entrevista, tendo em vista que a não observação destes, por
parte do entrevistado e do entrevistador, poderá colocar em risco a posição aberta
pela empresa. Desta forma, apresentam-se os seguintes aspectos a serem observa-
dos para este momento:
1. Nem muito cedo nem muito tarde.
2. Vestuário, perfumes e maquiagem.
3. A importância da internet.
4. Evite a “troca de olhares”.
5. Problemas pessoais só interessam a você.
6. Dizer que é fluente em idiomas e não ser.
7. Desligue o celular.
8. Conheça o seu curriculum vitae.
9. A experiência anterior é importante, mas fique atento, falar de forma pouco elegan-
te da empresa anterior (ou do chefe) pode significar a porta de saída e
10. Olhe firme, seja objetivo, mantenha um gestual simples e de poucos movimentos.
Dados pessoais:
A autora apresenta que primeiro você deve escrever no alto da pagina seus dados
pessoais como: “nome, endereço, telefone, celular, e-mail, nacionalidade, idade, estado
civil, e numero de filhos.” (FRANÇA, 2012, p.36).
França (2012) salienta que apenas essas informações já são suficientes.
Seus objetivos:
A autora afirma que após os dados pessoais, você deve colocar qual cargo deseja
trabalhar. “Se você ainda não é um profissional experiente, o ideal é explicar como você
pretende direcionar sua carreira e por que resolveu escolher essa profissão”. (FRANÇA,
2012, p.36).
Currículo x Biografia:
França (2012), destaca que deve ter cuidado para não estender muito o currículo,
duas páginas são o ideal, além disso, é importante não diminuir as letras para caber mais
informações. Deve-se ter cuidado com a gramática, não cometa erros de português. A
autora ainda aconselha que se você for uma pessoa com anos de experiência, ela aponta
para o cuidado em fazer dois currículos, onde o segundo currículo seja mais detalhado e
apresentado somente se você forma selecionado para a entrevista.
Experiências:
Neste momento segundo a autora, é a hora de falar das suas experiências, porém
deve ter muito cuidado neste momento. “Você deve falar de maneira sucinta todos os luga-
res por que passou, e quais foram as suas experiências dentro de cada empresa. Ou seja,
vai falar do que é capaz.”
(França, 2012) ainda destaca para falar das empresas mais recentes que passou, e
de preferência as cinco últimas. Porém a autora ainda destaca que se você estiver ingres-
sando agora no mercado de trabalho, vá direto para a formação acadêmica.
Idiomas:
França (2012) pede para tomar cuidado neste momento, e ser sincero, se você não
é fluente no idioma, coloque apenas que tem conhecimentos básicos. Para que você não
seja surpreendido com algum teste. Porém se você teve alguma experiência no exterior
vale a pena contar, pois isso pode qualificar você.
LIVRO
ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS
Miguel Vizioli
Editora: Pearson Education do Brasil
Sinopse: Gerenciar e coordenar o trabalho de outras pessoas
são tarefas consideradas por muitos as mais difíceis e espinhosas
em qualquer organização. Afinal, o gestor tem a responsabilida-
de de conduzir de maneira adequada seu pessoal para extrair o
que eles têm de melhor, trazendo à empresa uma produtividade
excepcional. Este livro trata desses e de outros assuntos de uma
maneira diferenciada que facilita o aprendizado – ele tem início
com uma visão geral da área e vai até a avaliação de pessoas
(e de suas competências), passando por temas tradicionais como
recrutamento, seleção, treinamento e remuneração. Além disso,
seu conteúdo é complementado com dados atuais, apresentados
por meio de textos extraídos de jornais e revistas, perguntas para
discussão, que ampliam seu escopo, e resumo dos principais
pontos abordados.
FILME
EM BUSCA DA FELICIDADE
Ano: 2006
Sinopse: Chris Gardner (Will Smith) é um pai de família que
enfrenta sérios problemas financeiros. Apesar de todas as ten-
tativas em manter a família unida, Linda (Thandie Newton), sua
esposa, decide partir. Chris agora é pai solteiro e precisa cuidar de
Christopher (Jaden Smith), seu filho de apenas 5 anos. Ele tenta
usar sua habilidade como vendedor para conseguir um emprego
melhor, que lhe dê um salário mais digno. Chris consegue uma
vaga de estagiário numa importante corretora de ações, mas não
recebe salário pelos serviços prestados. Sua esperança é que, ao
fim do programa de estágio, ele seja contratado e assim tenha um
futuro promissor na empresa. Porém seus problemas financeiros
não podem esperar que isto aconteça, o que faz com que sejam
despejados. Chris e Christopher passam a dormir em abrigos, es-
tações de trem, banheiros e onde quer que consigam um refúgio à
noite, mantendo a esperança de que dias melhores virão.
VILAS BOAS, A.A.; ANDRADE, R.O.B. Gestão Estratégica de Pessoas. 1ª ed. Campus,
2009.
Plano de Estudo:
• Quem devo contratar
• Programas de Integração
• Análise do Turnover nas organizações
• Entrevista de Desligamento
Objetivos de Aprendizagem:
• Apresentar o processo de decisão sobre quem contratar e expor quais são as ques-
tões éticas no processo de seleção
• Conceituar o que são programas de integração, os tipos existentes e as ferramentas
essenciais, assim como apresentar o que é o período de experiência
• Conceituar Turnover e as razões atreladas a ele
• Conceituar desligamento e como proceder uma entrevista de desligamento
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INTRODUÇÃO
Olá caro aluno, nesta unidade IV vamos expandir o processo de seleção de pessoas, tra-
taremos primeiramente acerca do processo de decisão sobre quem contratar, em que de-
ve-se ter grande cautela. Esse processo de escolher o candidato é o mais importante, já
que tem-se um custo na contratação de um novo funcionário. Assim como no processo
de recrutamento, o de seleção também requer que sejam tomadas medidas éticas, como
por exemplo, cuidado com a imagem que se transmite a respeito da empresa, atender o
candidato na hora acertada, não fazer perguntas indiscretas e nem fazer piadas, deve-se
oferecer igualdade de oportunidade a todos os candidatos, dentre outros. Os programas
de integração são de grande valia para as empresas, já que é nele em que ocorrerá a fa-
miliarização do novo funcionário com a cultura organizacional, apresentando o histórico da
instituição, suas memórias, legado, missão, visão e valores fundamentais, bem como os
procedimentos, normas e políticas que regem a organização. Uma empresa pode contratar
um funcionário por até dois períodos de experiência, porém, o prazo não pode ultrapassar
de 90 dias corridos. Após o término do contrato de experiência, deve ser feita uma avalia-
ção do colaborador. A aprovação do colaborador no período de experiência fecha o ciclo
do processo que se iniciou no recrutamento. O turnover é um termo utilizado para caracte-
rizar o movimento de entradas e saídas, admissões e desligamentos, ou seja, a relação da
rotatividade dos profissionais empregados de uma empresa, em um determinado período,
alguns elementos podem ser atrelados a ele, como desmotivação, dificuldade de relaciona-
mento com a chefia, dentre outros. Por fim, da mesma forma em que é essencial contratar
uma pessoa certa no momento certo, é necessário também demiti-la no momento adequa-
do, logo, a entrevista de desligamento é demasiadamente importante. Essa entrevista é
realizada por um psicólogo de recrutamento e seleção de pessoas, podendo ser realizada
a partir de um formulário ou de uma entrevista semiestruturada. Vamos dar início a mais
uma unidade?
Zaccarelli e Teixeira (2007) apontam que o processo de decisão sobre quem contra-
tar está entre as últimas etapas do processo de seleção de pessoas, as autoras destacam a
importância do cuidado para o processo de seleção e para o processo de contratação. “Se
soubéssemos as consequências de uma má decisão em seleção, talvez muito mais ênfase
fosse dada às políticas que a orientam e às práticas que a levam a efeito” (ZACCARELLI e
TEIXEIRA, 2007, p.137).
Bohlander e Snell (2010) apresentam que o processo de escolher o candidato é
o mais importante, pois segundo os autores, existe um custo na contratação de um novo
funcionário. “É comum usar formulários resumidos e listas de verificação para garantir
que todas as informações pertinentes tenham sido incluídas na avaliação do candidato”.
(BOHLANDER e SNELL, 2010, p.239).
Os autores supracitados acima apresentam dois fatores que podem auxiliar no
momento de decisão de qual candidato escolher para a vaga, esses fatores são: “Posso
fazer” e “Quero fazer”, pois segundo Bohlander e Snell (2010) as empresas têm interesse
sobre aquilo que o candidato pode fazer ou fará. Para os autores, o fator “posso fazer” está
relacionado aos conhecimentos e habilidades, e na capacidade do candidato em aprender
novos conhecimentos. O fator “quero fazer” está ligado a motivação, interesses e outras
características da personalidade. “O funcionário que tiver a habilidade (puder fazer), mas
não estiver motivado a utilizá-la (não quiser fazer) é um pouco melhor do que o funcionário
As autoras supracitadas apontam que a escolha não é unilateral, ela deve acontecer
de ambas as partes, a empresa deve escolher o candidato e o candidato deve escolher a
empresa. Desta forma, a empresa deve garantir que o candidato tenha acesso as infor-
mações básicas e necessárias a respeito da empresa, informações como: “políticas de
Por fim, as autoras destacam que se o candidato for submetido a alguma ativida-
de, é importante que ele saiba o que será analisado e avaliado naquela atividade, e dar
possíveis feedback caso o mesmo solicite. “Não é justo que se obtenha informações sobre
as pessoas e que sejam utilizadas sem que elas conheçam quais são” (ZACCARELLI e
TEXEIRA 2007, p. 137).
SAIBA MAIS
Passo a passo, dicas para acertar na hora da Integração!
I. Envie a confirmação do programa de integração, agenda e horários definidos
para todos os envolvidos, com, no mínimo, 48 horas de antecedência.
II. Reserve com antecedência a sala ou o auditório onde será realizado o pro-
grama.
III. Solicite o coffee break com antecedência e de acordo com o número de par-
ticipantes.
IV. Imprima uma lista de presença com os nomes, cargos e áreas dos participan-
tes.
V. Crie um formulário de avaliação (do tipo reação satisfação) para avaliar a sa-
tisfação dos participantes com relação ao programa.
VI. Forneça materiais de apoio adequados, como bloco para anotações, caneta/
lápis e pasta para guardar os materiais do programa.
VII. Confirme a presença dos palestrantes com antecedência.
VIII. Tenha certeza de que todos os detalhes estão coordenados e orquestrados
para que a experiência de acolhimento seja a mais verdadeira e bem estrutu-
rada possível.
De acordo com Lacombe (2011) uma empresa pode contratar os empregados por
dois períodos de experiência, sendo que esse prazo não pode ultrapassar 90 dias corridos.
Após esse período de experiência, o contrato vigora por tempo indeterminado.
Uma avaliação do colaborador deve ser realizada logo após o término de cada
contrato de experiência. Normalmente são efetuadas duas avaliações nesse período de 90
dias, já que são dois contratos. As organizações possuem seus próprios formulários, em
que o RH envia com antecedência para os chefes imediatos.
REFLITA
“temendo a hostilidade grupal aos seus objetivos, a administração
muitas vezes procura controlar e dirigir os esforços humanos em di-
reções compatíveis com a sociabilidade e com a tendência grupal
dos seres humanos. Quando as necessidades sociais do homem são
assim contrariadas, ele comporta-se de maneira a impedir que sejam
alcançados os objetivos da organização. Torna-se resistente, anta-
gônico, não cooperativo. Mas este comportamento é uma consequên-
cia, não causa” (FRANÇA, 2012).
Porém, é importante que a empresa não fique com uma imagem negativa após
demitir um funcionário, logo, “A maneira como as demissões são decididas e comunicadas
afeta a moral e a motivação dos que ficam, tanto quanto as decisões e a forma de comuni-
cação sobre os admitidos. Não se deve mentir na hora da comunicação da demissão (...)”
(LACOMBE, 2011, p. 119). Portanto, torna-se muito importante que se faça uma entrevista
de desligamento.
Uma atividade que complementa o desligamento é a entrevista de desliga-
mento ou a entrevista de saída. Poucas empresas a realizaram de forma
sistemática, mas elas podem trazer contribuições importantes. São raras as
empresas que entrevistam todos os que saem. Algumas selecionam casos
específicos, por exemplo: pessoas de determinado nível para cima; ou em-
Olá caro aluno, finalizamos a presente unidade IV, onde conseguimos expandir o
processo de seleção de pessoas, partindo primeiramente do processo de decisão sobre
quem contratar, em que deve-se ter grande cautela. Vimos também que esse processo de
escolher o candidato é o mais importante, já que tem-se um custo na contratação de um
novo funcionário. Assim como estudamos nas unidades anteriores sobre o recrutamento,
no processo de seleção aprendemos que também deve-se ter medidas éticas, é importante
você ter um cuidado com a imagem que se transmite a respeito da empresa. Com os
programas de integração você aprendeu que é a partir dele que acontece a familiarização
do novo funcionário com a cultura organizacional, apresentando o histórico da instituição,
suas memórias, legado, missão, visão e valores fundamentais, bem como os procedi-
mentos, normas e políticas que regem a organização. Uma empresa pode contratar um
funcionário por até dois períodos de experiência, porém, o prazo não pode ultrapassar de
90 dias corridos. Após o término do contrato de experiência, deve ser feita uma avaliação
do colaborador. A aprovação do colaborador no período de experiência fecha o ciclo do
processo que se iniciou no recrutamento. Caro aluno você aprendeu também que turnover
é um termo utilizado para caracterizar o movimento de entradas e saídas, admissões e
desligamentos, ou seja, a relação da rotatividade dos profissionais empregados de uma
empresa, em um determinado período, alguns elementos podem ser atrelados a ele,
como desmotivação, dificuldade de relacionamento com a chefia, dentre outros. Por fim,
da mesma forma em que é essencial contratar uma pessoa certa no momento certo, é
necessário também demiti-la no momento adequado, logo, a entrevista de desligamento é
demasiadamente importante. Essa entrevista é realizada por um psicólogo de recrutamento
e seleção de pessoas, podendo ser realizada a partir de um formulário ou de uma entrevista
semiestruturada. Desta forma, com o fim desta unidade espero que você tenha conseguido
expandir seus conhecimentos sobre recrutamento e seleção.
LIVRO
Título: Recursos Humanos - Princípios e Tendências.
Autor: Francisco Lacombe.
Editora: Saraiva.
Sinopse: Idealizado para ser uma introdução aos recursos huma-
nos, esta obra aborda o assunto de forma fácil, evitando termos
técnicos muito específicos. O objetivo é atender às necessidades
não só dos estudantes do tema, mas de todos aqueles que ocupam
ou pretendem ocupar a chefia de uma unidade organizacional.
O renomado autor Francisco Lacombe acredita que o profissional
administrador de empresas é o responsável, perante sua empre-
sa, pela motivação, lealdade, comprometimento e resultados de
seu pessoal. Por isso, os planos e as atividades de RH devem
estar sempre em perfeita sintonia aos planos estratégicos da or-
ganização. Após uma introdução sobre a importância dos recursos
humanos, o livro é dividido em três partes: a formação, a condução
e o aperfeiçoamento da equipe, seguidas de considerações finais
sobre as tendências atuais da administração de pessoas e de
alguns tópicos especiais.
FILME
Título: Um senhor estagiário.
Ano: 2015.
Sinopse: Jules Ostin (Anne Hathaway) é a criadora de um bem-
-sucedido site de venda de roupas que, apesar de ter apenas 18
meses, já tem mais de duas centenas de funcionários. Ela leva uma
vida bastante atarefada, devido às exigências do cargo e ao fato
de gostar de manter contato com o público. Quando sua empresa
inicia um projeto de contratar idosos como estagiários, em uma
tentativa de colocá-los de volta à ativa, cabe a ela trabalhar com
o viúvo Ben Whittaker (Robert De Niro). Aos 70 anos, Ben leva
uma vida monótona e vê o estágio como uma oportunidade de se
reinventar. Por mais que enfrente o inevitável choque de gerações,
logo ele conquista os colegas de trabalho e se aproxima cada vez
mais de Jules, que passa a vê-lo como um amigo.
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. 6. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2000.
FLEURY, Maria Tereza Leme. Cultura e poder nas organizações. Atlas, 1996, São Paulo.
FRANÇA, Ana Cristina Limongi. Práticas de Recursos Humanos – PRH: conceitos, ferra-
mentas e procedimentos. 1. Ed. – 7. reimpr. São Paulo: Editora Atlas S.A, 2012.
ROBBINS, Stephen Paul. Comportamento organizacional. São Paulo, São Paulo: Pear-
son Prentice Hall, 2002.
ROBBINS, Stephen Paul. Comportamento organizacional. São Paulo, São Paulo: Pear-
son Prentice Hall, 2005.
BANOV, Márcia Regina Recrutamento, seleção e competências. 4 ed. São Paulo: Atlas,
2015. Disponível em:< https://integrada.minhabiblioteca.com.br>
Prezado(a) aluno(a),