ULTRA-SOM

DEFINIÇÃO

◼ Ultra-som: Ondas sonoras (mecânicas) com

freqüência acima de 20.000 Hz.

◼ Som audível: 16 a 20.000 Hz

◼ Infra-som: freqüências inferiores a 16 Hz

Mc DIARMID et al., 1996

PRODUÇÃO DO ULTRA-SOM

◼ TRANSDUTORES PIEZOELÉTRICOS
– São cristais que mudam o formato sob a
influência de uma carga elétrica
– Quartzo, titanato de bário e titanato
zirconato de chumbo (PZT)
– Cristal → placa de metal → superfície
oposta
EFEITO PIEZOELÉTRICO
EFEITO PIEZOELÉTRICO
TRANSMISSÃO DO ULTRA-SOM

◼ A transmissão ocorre a partir da

vibração molecular
◼ O Us não se propaga no vácuo nem
com eficiência no ar, sendo necessário
um meio de contato
 NATUREZA DAS ONDAS
SONORAS

◼ São séries de compressões e

rarefações no trajeto da onda
◼ Ondas longitudinais
FREQUÊNCIA DO TRANSDUTOR
FREQUÊNCIA DO TRANSDUTOR
ÁREA DE RADIAÇÃO EFETIVA

◼ “ ERA”
◼ Área real do campo sonoro
◼ Menor que a área geométrica do
transdutor

ÁREA TRATADA / ERA =

TEMPO DE TRATAMENTO
“ERA”
UNIFORMIDADE DO FEIXE
ULTRA-SÔNICO

◼ Zona de Fresnel: padrão muito

irregular de ondas sonoras na região
próxima do transdutor
◼ Zona de Fraunhofer: região além do
campo próximo em que o padrão das
ondas sonoras se torna bem mais
regular
FEIXE ULTRA-SÔNICO
 EXTENSÃO DA ZONA DE
FRESNEL

◼ r²/ λ
◼ Ex:

– transdutor de 3 cm de diâmetro
– 1 MHz (1,5 mm)
– 225 = 150 mm = 15 cm
1,5
FEIXE ULTRA-SÔNICO
 EFEITOS BIOFÍSICOS

◼ TÉRMICOS
– Efeito terapêutico: 40 e 45° C (5 minutos)
→ Aumento do fluxo sanguíneo
→ Alívio da dor
→ Redução da rigidez articular
 EFEITOS BIOFÍSICOS

◼ NÃO – TÉRMICOS
– Cavitação
◼ estável
◼ instável

– Correntes acústicas
– Ondas estacionárias
CAVITAÇÃO E CORRENTES
ACÚSTICAS
 CAVITAÇÃO E CORRENTES
ACÚSTICAS

◼ Cavitação estável + correntes

acústicas:
– aumentam a permeabilidade da
membrana celular e a difusão de
substâncias (cálcio) para o interior
da célula
ONDAS ESTACIONÁRIAS
 EFEITO NA REPARAÇÃO
TECIDUAL

◼ Fase inflamatória:
– ↑ influxo de cálcio
– Liberação de mediadores químicos
– “ Pró-inflamatório”
– ↑ fagocitose
 EFEITO NA REPARAÇÃO
TECIDUAL

◼ Fase proliferativa:
– ↑ Síntese de colágeno
– ↑ Regeneração vascular
 EFEITO NA REPARAÇÃO
TECIDUAL

◼ Fase de remodelamento:
– Colágeno tipo III → I

– Reorientação
– ↑ Resistência e extensibilidade
 EFEITOS TERAPÊUTICOS

◼ Reduzir a dor e espasmo

◼ Acelerar a reparação tecidual
◼ Melhorar a qualidade do tecido
cicatricial
◼ Consolidação óssea
MODOS DE ULTRA-SOM
 MODO CONTÍNUO

◼ Efeito térmico
◼ Fase crônica
◼ Diferentes padrões de aquecimento
para 1 MHz e 3 MHz
PROFUNDIDADE
 VELOCIDADE DE
AQUECIMENTO POR MINUTO

Intensidade (W/cm2) 1 MHz 3 MHz

0,5 0,04 0C 0,3 0C

1,0 0,2 0C 0,6 0C
1,5 0,3 0C 0,9 0C
2,0 0,4 0C 1,4 0C

DRAPER et al., (1995)

AQUECIMENTO EM ÁREAS
DIFERENTES – 1 MHz
 MODO PULSADO

◼ Efeito não-térmico
◼ Fase aguda e sub-aguda
◼ Regimes de pulso:
–5%
– 10 %
– 20 %
– 50 %
PRINCÍPIOS DA APLICAÇÃO

◼ Frequência do transdutor
◼ Modo
◼ Meio de acoplamento
◼ Tempo
◼ Intensidade
◼ Técnica
 MEIO DE ACOPLAMENTO

◼ Contato direto
◼ Sub-aquática
◼ Interposição de bolsa
 TEMPO DE APLICAÇÃO

ÁREA TRATADA / ERA = TEMPO

DE TRATAMENTO

◼ Tempo máximo de 15 minutos

 INTENSIDADE

◼ Não pode ser estabelecida com

precisão mas existem valores
clinicamente eficientes e seguros
◼ Realizar calibração periodicamente
◼ W/cm²
Profundidade para meio-valor para o ultra-som em
Meios Diferentes (D/2)

Meio 1MHz (mm) 3MHz

(mm)
Água 15.500,0 3.833,0
Tecido adiposo 50,0 16,5
Músculo esquelético (fibras paralelas ao feixe sonoro) 24,6 8,0
Tendão 6,2 2,0
Pele 11,1 4,0
Músculo esquelético (fibras em ângulo reto com o feixe 9,0 3,0
sonoro)
Cartilagem 6,0 2,0
Ar 2,5 0,8
Osso compacto 2,1 -
HOOGLAND, 1986
 Intensidades orientativas de acordo com a
taxa metabólica tecidual

Divisão de Técnicas Médicas da Siemens – Erlangen - Germany

Recomendações de intensidades para
efeito térmico segundo CAMERON

◼ 1 MHz: 1,5 a 2,0

W/cm2

◼ 3 MHz: 0,5 W/cm2

CAMERON, 1999
 TÉCNICA

◼ Só ligar em contato c/ o paciente

◼ Testar o aparelho
◼ Movimento contínuo do cabeçote
◼ Transdutor sempre paralelo à pele
◼ Pressão suficiente para excluir ar
◼ Movimentos lentos
 FONOFORESE

◼ É a administração de drogas através

da pele sob a influência do ultra-som
◼ Agente farmacológico + US
 CONTRA-INDICAÇÕES

◼ Marcapassos
◼ Tumores malígnos
◼ Útero gravídico
◼ SNC
◼ TVP e tromboflebites
◼ Olhos, ovários e testículos
 CONTRA-INDICAÇÕES

◼ Área com alteração de sensibilidade

◼ Cautela em implantes metálicos e
endopróteses
◼ Cautela em epífise de crescimento