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NR 17 ERGONOMIA: AVALIAÇÃO
ERGONÔMICA PRELIMINAR
NR 17: ERGONOMIA
A NR 17 é uma norma de aplicação geral nos termos da Portaria n. 672, arts. 117 e
seguintes, e regulamenta vários artigos da CLT (como os arts. 198 e 199 do texto conso-
lidado, dentre outros).
Para as provas, é recomendável ler a Portaria n. 672, principalmente os arts. 117 e seguintes,
que tratam da classificação das Normas Regulamentadoras.
• Agentes Físicos
Riscos ambientais • Agentes Químicos
• Agentes Biológicos
RISCOS OCUPACIONAIS
• Queda de altura
• Choque elétrico
Riscos de Acidentes ou Mecânicos
• Soterramento
• Corte
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SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
NR 17 Ergonomia: Avaliação Ergonômica Preliminar
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Outras aulas já abordaram os riscos ambientais (NR 01, NR 1.5 e NR 09) e os riscos de
acidentes ou mecânicos (várias normas regulamentadoras, especialmente as setoriais,
como a NR 18, sobre construção civil; a NR 22, sobre mineração; a NR 36, sobre frigorífi-
cos; a NR 32, sobre saúde etc.). Por essa razão, esta aula irá focar apenas nos riscos ergo-
nômicos, abordando em detalhes a NR 17.
PARTE GERAL
SUMÁRIO
17.1 Objetivo
17.2 Campo de Aplicação
17.3 Avaliação das situações de trabalho
17.4 Organização do trabalho
17.5 Levantamento, transporte e descarga individual de cargas
17.6 Mobiliário dos postos de trabalho
17.7 Trabalho com máquinas, equipamentos e ferramentas manuais
17.8 Condições de conforto no ambiente de trabalho
Anexo I – Trabalho dos Operadores de Checkout
Anexo II – Trabalho em Teleatendimento/Telemarketing
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17.2.2 Nos termos previstos em lei, aplica-se o disposto nesta NR a outras relações
jurídicas.
Este texto não é nenhuma novidade, uma vez que todas as normas (novamente, com
exceção da NR 31) se aplicam aos locais em que existam trabalhadores regidos pela CLT,
seja em uma empresa privada, uma pública, ou um órgão público.
No caso de órgãos públicos, em particular, trata-se necessariamente de uma empresa
que preste serviços dentro desses órgãos. Se os trabalhadores dessa empresa forem
celetistas, eles estarão regidos pelo disposto nas normas regulamentadoras, embora
exerçam suas atividades dentro de órgãos públicos.
17.1 Objetivo
Em resumo, esse artigo traz que a NR 17 visa estabelecer diretrizes (ou condições
gerais, ou requisitos mínimos) para que as condições de trabalho sejam adaptadas aos
trabalhadores e não o contrário; ou seja, não são os trabalhadores que devem se adap-
tar às condições de trabalho, mas as condições que devem se adaptar às características
psicofisiológicas dos trabalhadores.
Assim, o trabalho que exige esforço físico intenso não é uma justificativa para se
contratar apenas pessoas que estão adaptadas a esforço físico intenso, por exemplo. O
que a NR 17 traz é que a empresa deve buscar soluções, de maneira a evitar que as pes-
soas sejam submetidas a esforço físico intenso e, então, a atividade possa ser realizada
por qualquer trabalhador. Por exemplo, uma loja não pode decidir contratar apenas tra-
balhadores de 2,20 metros de altura por conta da necessidade de colocar uma caixa de
sapato em uma prateleira que tem 2,20 m de altura. São as características, as condições
do trabalho que se devem se adaptar aos trabalhadores.
Obviamente, não é possível adaptar um trabalho de maneira a abranger 100% das
pessoas, pois sempre haverá alguém que não se encaixe, mesmo com as adaptações; isso
é normal, é natural. O que não se pode fazer é estabelecer uma atividade que não é ade-
quada para a maioria das pessoas.
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Nas provas, as bancas usualmente trazem o contrário, dizendo que a norma busca estabelecer
condições gerais e requisitos mínimos para adaptar os trabalhadores às condições de
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trabalho. O correto, como dito acima, é adaptar as condições de trabalho aos trabalhadores.
As Condições de Trabalho
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ERGONOMIA
Adaptação das CONDIÇÕES DE TRABALHO às
características psicofisiológicas do trabalhador
Considerando
POSTO DE ORGANIZAÇÃO
MATERIAIS
TRABALHO DO TRABALHO
Levantamento, Transporte, Descarga
Homem Mulher Jovem Mobiliário Equipamentos Condições
Ambientais
Adaptar o mobiliário seria, por exemplo, comprar mesas de acordo com a altura dos
trabalhadores, e não contratar pessoas com mais de 2 metros de altura para trabalhar
em uma mesa de 2 metros.
Compreender esse conceito é essencial para entender a NR 17, que está baseada
na ideia de adaptar as condições de trabalho aos trabalhadores. Isso se resume a três
caixas, como no esquema acima: adaptação dos materiais, adaptação do posto de tra-
balho, e adaptação da organização do trabalho.
Para fazer essa adaptação, primeiro, é preciso estudar o ambiente de trabalho, ava-
liando suas características. Deve-se checar o local; os materiais que serão levantados,
transportados e depositados; a temperatura ambiental, a iluminação natural e suple-
mentar; a forma como a atividade está organizada, verificando se ela não está provo-
cando danos à saúde do trabalhador; dentre vários outros aspectos. A norma também
trata dessa avaliação, que é denominada Avaliação Ergonômica Preliminar, e estabe-
lece uma obrigatoriedade; portanto, toda empresa deve realizá-la. E, caso a Avaliação
Ergonômica Preliminar não seja o suficiente para identificar o problema e propor solu-
ções, a NR 17 sugere utilizar outra ferramenta: a Análise Ergonômica do Trabalho (AET),
que exige um estudo um pouco mais aprofundado das questões ergonômicas para ser
realizada.
Digamos que determinada empresa realizou uma avaliação ergonômica preliminar
(ou uma análise ergonômica do trabalho) de seu local de trabalho, e conseguiu identifi-
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car o problema e propor soluções. A identificação de problemas irá constar no inventário
de riscos do PGR, e as soluções (que seriam as adaptações a serem realizadas) constarão
no Plano de Ação, como estudado na NR 01.
Lembrando que, conforme a NR 01, o PGR é composto pelo inventário de riscos e pelo
plano de ação.
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• Agentes Físicos
Riscos ambientais • Agentes Químicos
• Agentes Biológicos
RISCOS OCUPACIONAIS
• Queda de altura
• Choque elétrico
Riscos de Acidentes ou Mecânicos
• Soterramento
• Corte
Obs.: o professor Flávio Nunes acredita que, a partir da entrada em vigor do PGR na NR
01, não há necessidade de existir nem a NR 09, nem a NR 17. Isso porque o PGR
é uma metodologia para identificar, avaliar e classificar todos os perigos e riscos
ocupacionais, inclusive os ergonômicos e os ambientais.
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As situações de que trata o artigo são aquelas em que o trabalhador faz levanta-
mento, transporte e depósito de material, ou em que trabalha com uma máquina (ou
seja, em um posto de trabalho que tem uma ferramenta). Também entram aqui as ques-
tões de temperatura, umidade e iluminação, por exemplo. É isso o que a norma está
dizendo: a avaliação ergonômica preliminar é das situações reais de trabalho.
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Isso quer dizer o seguinte: uma empresa que faz uma avaliação econômica preliminar
de seu ambiente de trabalho e descobre, por exemplo, que a temperatura está muito
alta, a solução não é apenas contratar pessoas acostumadas com temperaturas altas.
É preciso, na realidade, deixar o ambiente com uma temperatura adequada às caracte-
rísticas psicofisiológicas da maioria das pessoas (que seria em torno de 23ºC, ou de 18
a 25ºC). Deve-se realizar adaptações de acordo com as características das pessoas que
estão naquele local de trabalho.
A avaliação ergonômica preliminar, portanto, é utilizada para verificar as condições
de trabalho a que aquele trabalhador ou trabalhadora está submetido. O resultado dessa
avaliação vai ser incorporado no item 1.5.4 da NR 01 (que é o inventário dos riscos),
enquanto as soluções vão ser incorporadas ao controle dos riscos (no caso, controle dos
riscos ergonômicos).
Então, no primeiro esquema (item 1.5.4), deve-se fazer uma avaliação econômica
preliminar para identificar o problema e, depois, avaliá-lo e classificá-lo – ou seja, dar um
“tamanho” para o problema, dependendo da ferramenta que a empresa utiliza (como
ocorre na NR 03, por exemplo: “risco extremo”, “substancial”, “moderado”, “pequeno” ou
“nenhum”). Uma vez identificado o risco, pode-se buscar a solução, que estará dentro do
controle de riscos.
A primeira parte é o inventário de riscos, e a segunda, o plano de ação; juntas, elas
compõem o chamado PGR.
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17.3.1.1 A avaliação ergonômica preliminar das situações de trabalho pode ser rea-
lizada por meio de abordagens qualitativas, semiquantitativas, quantitativas ou
combinação dessas, dependendo do risco e dos requisitos legais, a fim de identi-
ficar os perigos e produzir informações para o planejamento das medidas de pre-
venção necessárias.
Isso significa que, dependendo dos riscos ergonômicos a que estão submetidos seus
funcionários, e de seus requisitos legais, a empresa pode utilizar ferramentas de avalia-
ção meramente qualitativa, semiquantitativa, quantitativa, ou uma combinação dessas
para identificar, avaliar e classificar os riscos. Após essa avaliação, a empresa pode deci-
dir o que é considerado trivial (e, portanto, não urgente) e o que é um risco substancial,
que demanda atenção imediata.
Dessa forma, essas ferramentas permitem que as empresas deem um tamanho, um
valor dos riscos e problemas enfrentados, o que facilita a tomada de decisão.
Sobre esse tema, as informações mais relevantes e que devem ser lembradas são
a obrigatoriedade de as empresas elaborarem essa avaliação ergonômica preliminar; e
que a avaliação ergonômica preliminar pode ser feita através de abordagens meramente
qualitativa, semiquantitativa, quantitativa, ou uma combinação dessas, por escolha
da empresa.
Há casos em que a avaliação ergonômica preliminar (que é uma avaliação mais sim-
ples das condições de trabalho, sem muitas técnicas envolvidas) não consegue identi-
ficar de fato o problema. É possível, por exemplo, que essa avaliação faz uma identifi-
cação e propõe uma solução, mas o problema continua, os trabalhadores ainda estão
adoecendo. Para esses casos, a norma oferece outra técnica: a Análise Ergonômica do
Trabalho (AET):
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Importante observar que a AET não é obrigatória para todas as organizações. A norma
define quais as situações em que se deve, necessariamente, utilizar a AET; nas demais, seu
uso é facultativo.
Reforçando que temos, aqui, dois documentos distintos, duas técnicas: a avalia-
ção ergonômica preliminar, que é mais simples e obrigatória, e a análise ergonômica
do trabalho, que exige um pouco mais de técnica para ser realizada, mas não é sempre
necessária.
As condições em que o uso da AET é obrigatório, conforme o item 17.3.2, são as
seguintes:
a. quando é observada a necessidade de uma avaliação mais aprofundada da situação;
Obs.: Ou seja, quando a avaliação ergonômica preliminar não foi suficiente para resolver
o problema.
Obs.: Ou seja, quando as soluções propostas foram adotadas, mas o problema persiste.
Obs.: Essa sugestão pode ser feita porque o médico percebeu um adoecimento dos
trabalhadores em suas avaliações periódicas, por exemplo.
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Obs.: Seria, por exemplo, quando vários trabalhadores apresentam a mesma doença,
ou quando há um acidente de trabalho.
Nessas quatro situações, então, deve-se deixar de fazer a avaliação ergonômica, que
é uma técnica mais simples, e aplicar a análise ergonômica do trabalho.
O esquema abaixo traz um resumo do que o professor Nunes denominou como gati-
lho da análise ergonômica do trabalho:
Gatilhos da AET
Avaliação mais Inadequação Agravamento Nexo de Causalidade
aprofundada ou insuficiência da saúde dos entre Acidente ou
das condições das medidas já trabalhadores - Doenças e as condições
de situação adotadas PCMSO de trabalho - PGR
Há grandes chances de a banca cobrar os gatilhos para dar início a uma análise ergonômica
do trabalho!
��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Flávio de Oliveira Nunes.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela
leitura exclusiva deste material.
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