Introdução aos Estudos sobre PUC Goiás. Goiânia, 2016.

Objetivos de Ensino Gerais e Específicos: 2 Professora do Curso de Pedagogia, da EFPH, da

PUC Goiás.
Eliane Silva?

Estudamos que a Didática é uma reflexão sistemática

sobre a prática
pedagógica e o planejamento de ensino é um
instrumento que oferece sustentação à
formação de qualidade do professor. Desse modo,
cotidianamente, devem ser objeto de
estudo e investigação de professores questões
importantes que se referem ao âmbito
pedagógico e aos problemas que o processo de
ensino confronta no cotidiano escolar da
sala de aula, no contexto da educação.

O planejamento de ensino, crítico e compromissado

com a aprendizagem dos
alunos, considera esta realidade na articulação de
seus elementos básicos - objetivos,
conteúdos, metodologia e avaliação. Contudo,
necessário se faz questionar: que
objetivos de ensino os professores teriam a alcançar,
junto aos alunos, visando à
aprendizagem significativa de conteúdos?

A partir destas considerações, podem ser

apresentadas as seguintes questões:
1.) como os professores podem trabalhar junto aos
alunos, objetivando a qualidade de sua
aprendizagem? ,
2.) que objetivos de ensino, gerais e específicos, os
professores podem propor,
intencionando que o processo de ensino alcance a
aprendizagem, de fato, significativa?
3.) como elaborar estes objetivos, considerando sua
abrangência ou especificidade na
aprendizagem que se almeja para os alunos
alcançarem ou junto com eles:
3.1.) os objetivos gerais são orientados às finalidades
da educação, no processo de
ensino; possuem alcance a longo prazo, em outras
palavras, alcance amplo;
3.2.) os objetivos especificos estão relacionados às
atividades de aprendizagem dos
alunos; podem ser observáveis a curto prazo, ou seja
possuem alcance mais
imediato;
4.) como situar os objetivos de ensino, gerais e
específicos, no planejamento de ensino,
distinguindo-os nos Planos de Fasino, Unidade e
Aula?

ITexto elaborado r2ra estudo na discinhra Didática

Fundamental, do Curso de Pedagogia, da EFPH, da
Reflexões Complementares sobre
Objetivos de Ensino!
Eliane Silva?
Os objetivos de ensino são elementos essenciais ao
processo de ensino c
aprendizagem e podem ser gerais e específicos. Os
objetivos gerais são formulados com
o propósito de que sejam alcançadas as finalidades
da educação. Pode-se dizer que são
ações de aprendizagem elaboradas para serem
conquistadas em longo prazo por
demandarem um trabalho pedagógico mais intenso
por parte do professor, assim como
estudos e pesquisas mais aprofundadas pelo aluno.
Os objetivos gerais serão alcançados
após a consecução de diversificados objetivos
específicos que foram pensados para
aguela finalidade. Por isso é comum o entendimento
de que os objetivos gerais são
orientados às finalidades educativas e que a sua
aprendizagem não é observável de
imediato, e que por serem processuais estes
objetivos são acompanhados.
Se a ação de aprendizagem planejada implicar
estudos mais aprofundados diz
respeito ao objetivo geral. Se esta ação corresponder
às aprendizagens organizadas
para o cotidiano da sala de aula, elas se inserem no
conjunto dos objetivos
específicos;
3. o objetivo é conceitual, requer um conteúdo a ser
aprendido pelo aluno. Não há
objetivo de ensino, geral ou específico, descolado do
conteúdo a ser ensinado. Deste
1 Texto elaborado para estudo na disciplina Didática
Fundamental, do Curso de Pedagogia, da Escola de
Formação de Professores e Humanidades - EFPH, da
PUC Goiás.
2 Professora no Curso de Pedagogia da EFPH, da
PUC Goiás.

Os objetivos específicos são elaborados para a

concretização de ações de
aprendizagem cotidianas, ou seja, no contexto da
sala de aula, relacionadas às atividades
de estudo e aprendizagem dos conteúdos de ensino,
por isso precisam ser observadas no
processo das aulas, em outras palavras, é o que se
pode afirmar como sendo alcançável
em curto prazo. Estes objetivos têm a tarefa
pedagógica de promoverem condições para
que os objetivos gerais sejam alcançados, desde que
bem formulados no sentido de
serem exequíveis em suas etapas e propostas de
aprendizagem.

É importante registrar que na Didática Fundamental

há a compreensão de que a
formulação de objetivos de ensino possui uma
dimensão que transcende a elaboração
meramente técnica. Contudo, é necessário o
entendimento de que a formulação do
objetivo orienta-se por três aspectos importantes,
qual seja:

l. o objetivo precisa ter um verbo e ser iniciado com

o verbo no infinitivo para que
apresente clareza;

2. o objetivo possui um desempenho, constituindo a

ação de aprendizagem pretendida.
modo, o objetivo de ensino visa sempre à
aprendizagem de um conteúdo e não ao
procedimento para que a aprendizagem seja
efetivada. O procedimento para a
aprendizagem pode estar contido no objetivo, mas
não é o foco do objetivo, pois este
é o conteúdo.
Objetivos de Ensino e Opções para a sua aprendizagem observável em curto prazo, em outras
Formulação Técnica: palavras, são proposições de
aprendizagens para serem desenvolvidas apenas nos
Eliane Silva” objetivos específicos.

Este estudo de objetivos diz respeito à formulação
meramente técnica de objetivos
de ensino e é aplicado em sala de aula como reforço
à aprendizagem dos acadêmicos do
Curso de Formação de Professores que ainda
apresentam dificuldades na elaboração,
acentuadamente, dos objetivos específicos.
1 Texto elaborado para estudo na disciplina Didática
Fundamental, do Curso de Pedagogia, da Escola de
Formação de Professores e Humanidades - EEPH, da
PUC Goiás.
2 Professora no Curso de Pedagogia da EFPH, da
PUC Goiás.

A formulação destes objetivos esteve em voga na

década de 1970 quando não se
elaboravam objetivos sem que fossem consideradas
certas peculiaridades de sua
formulação que hoje podem ser empregadas no
sentido de que o objetivo possa scr claro
em sua elaboração. Contudo, necessário se faz
evidenciar que não de deve tornar esta
forma técnica de elaboração de objetivos um vício,
haja vista que o texto, o conteúdo do
objetivo, assim como a sua finalidade de
aprendizagem se perde.

Então, reitera-se que a formulação adequada de

objetivos é aquela que aprendeu-
se inicialmente e que a aprendizagem técnica da
formulação de objetivos específicos é
uma contribuição que o professor recebe para
auxiliá-lo a elaborar objetivos ospecíficos
caso ainda encontre dificuldades nesta formulação.

Para a formulação técnica dos objetivos de ensino, é

importante considerar suas
caracteristicas:
- o desempenho
- a condição e
- o critério

O desempenho é indicado pelo verbo e a sua

formulação suscita a ação de
aprender intencionada pelo objetivo. O desempenho
encontra-se tanto no objetivo
geral quanto no objetivo específico, pois está nele a
ação de aprender e esta é indicada
pelo verbo. Todo objetivo possui um verbo que
indica a ação que deverá ser
empreendida para a aprendizagem. Então todo
objetivo possuirá desempenho, pois todo
objetivo visa ações ou o desempenho de ações
voltadas à aprendizagem.

As condições são trabalhadas e propostas pelo

professor, visando ao alcance da
Os critérios, igualmente, são estipulados apenas para
o alcance dos objetivos - por escrito, no caderno;
específicos, avaliando a qualidade da aprendizagem. - por meio da aula de laboratório, outras.

Retomando a ideia discutida acima argumenta-se 2. Critérios que podem ser utilizados em Objetivos
que: Específicos
- os objetivos gerais só apresentam desempenho, Os critérios em um objetivo específico pretendem
indicado pelo verbo na ação de que o objetivo a ser alcançado
aprendizagem pretendida em longo prazo, pois eles
são de alcance amplo. tenha um nível de exigência para a sua consecução.
Podem ser de qualidade e de
- os objetivos específicos apresentam as três quantidade, contudo, ambos visam a gualidade da
características para a sua formulação, ou aprendizagem.
seja, além do desempenho, cles podem conter as
condições e os critérios, especificando
o que se pretende que o aluno aprenda em uma aula
ou em mais de uma. Assim, os
objetivos específicos se constituem de: desempenho,
condições e critérios.

Como se poderiam trabalhar as condições e os

critérios na formulação dos
objetivos específicos de ensino? As condições e os
critérios são elaborados pelo
professor na intenção de que o objetivo específico
tenha clareza e revele a proposta de
estudo e aprendizagem que o aluno deverá
desenvolver.

1. Condições que podem ser empregadas em

Objetivos Específicos

As condições são estabelecidas pelo professor, a fim

de que a aprendizagem seja
propiciada ao aluno, elas podem ser:
- após a aula ministrada;
- após a explicação do professor;
- pós a pesquisa realizada na biblioteca;
- após pesquisa realizada na internet;
- após a visita técnica;
- após estudos realizados no livro ou texto;
- após estudo realizado em grupos;
- com base no material de referência;
- com base nos estudos realizados em sala de aula e
em outros espaços escolares;
- com base em estudos realizados em espaços não
escolares;
- com base nas pesquisas apresentadas em sala de
aula;
- com base em autores estudados;
- com base na explicação do professor;
- dada uma lista de exercícios;
- dadas exemplificações com imagens e fatos reais;
- dado um texto sobre o tema em estudo;
- a partir dos estudos realizados por escrito;
- a partir de dados científicos advindos de pesquisa;
2.1.Critérios de qualidade: .
- corretamente (ou com correção; ou de forma
correta);
- acertadamente (ou com acerto);
- coerentemente (ou com coerência);
condições e critérios, que podem ser de qualidade e
de quantidade, simultancamente:
- realizar, corretamente, todos os exercícios
propostos para o alcance da aprendizagem
dos objetivos de ensino gerais e específicos, após a
explicação do professor;

- organizadamente (ou com organização); - elaborar, coerentemente, um parágrafo,

- claramente (ou com clareza);
- ordenadamente (ou com ordem).
2.2.Critérios de quantidade:
- número arábico (1, 2, 3...,10...);
evidenciando o que você aprendeu sobre
objetivos de ensino, gerais c específicos, com base
nos estudos realizados;
- escrever, com clareza, dez (10) frases que
expressam o seu aprendizado em Didática
Fundamental, a partir de estudos realizados em
textos da apostila;

- número escrito por extenso quatro (4) ou por meio
de artigo indefinido significando o
numeral: um (1) ou uma (1);
- porcentagem (100%);
- redigir, de forma correta, um texto sobre a sua
compreensão acerca do objeto de
estudo da didática em suas dimensões humana,
técnica e político-social, com base nas
aulas expositivas e na pesquisa realizada;

- emprego da palavra todos ou todas, indicando que

o aluno deve realizar toda a
atividade com 100% de acerto.

As condições e os critérios de qualidade ou de

quantidade são inseridos nos
objetivos específicos pretendendo-se que sua
execução tenha clareza no processo de
ensino e aprendizagem. Os alunos precisam
compreender qual é a ação de
aprendizagem que o objetivo específico está
propondo para ser desenvolvida por eles.
Contudo, a sua inserção nos objetivos não é
obrigatória. Assim, devem ser incluidos
apenas se o seu desempenho exigir nitidez na
especificidade da ação de aprendizagem.
Permanece o desempenho que é imprescindível, pois
é indicado pelo verbo, tanto nos
objetivos gerais quanto nos específicos.

Ressalta-se, então, que o professor deve lançar mão

de condições e critérios com a
finalidade de que, no objetivo específico, a ação de
estudo e aprendizagem por parte do
atuno seja proposta com inteligibilidade.

Neste contexto, é interessante que sejam

exemplificados alguns objetivos em sua
formulação técnica. Serão utilizados como exemplo
os conteúdos estudados em
Didática Fundamental. Desta forma, os objetivos
específicos abaixo elencados contêm
- enumerar e conceituar, com 100% de acerto, as
dimensões do processo de ensino que
visa a aprendizagem, dando exemplos, por escrito no
caderno, após estudo do texto
de referência; º

- conceituar, adequadamente, os conteúdos de

aprendizagem propostos por Zabala,
dando dois (2) exemplos de cada um deles no
exercício proposto na Coletânea de
Textos de Didática Fundamental, após estudo
realizado no texto básico;

- discernir, coerentemente, no depoimento dos

acadêmicos da graduação em Pedagogia
as considerações feitas acerca da “Didática pensada”
e da “Didática vivida” conforme
os estudos realizados, considerando a área de
conhecimento em didática como
imprescindível à formação de professores. Pode
consultar a Apostila.

- Redigir, coerentemente, três (3) comentários sobre

seu aprendizado acerca do
entendimento dos autores Masetto (1997) e Libâneo
(2013) sobre Didática,
empregando as anotações de aula e o estudo do
texto.

Referência Bibliográfica

SILVA, Eliane. Objetivos de ensino e opções para a

sua formulação técnica. Goiânia,
2018.
A Tipologia de Conteúdos'de Ensino e de
Aprendizagem na Compreensão de
Antoni Zabala”
Eliane Silva?
Conforme ZABALLA (1998), os conteúdos de
ensino se relacionam com o
conhecimento. Existem formas de trabalhar os
conteúdos que não sejam as tradicionais
em que eles são classificados em disciplinas. Para
tanto, o autor apresenta a Tipologia
de Conteúdos composta por quatro tipos de
conteúdos que se articulam na
aprendizagem: factuais, conceituais e de princípios,
procedimentais e atitudinais. Para
serem aprendidos, estes conteúdos precisam
apresentar uma finalidade, assim como
consistência e serem exercitados, em outras palavras,
necessitam explicitar objetivos de
aprendizagem em uma proposta educacional.
Na Tipologia estudada por Antoni Zabala (1998), os
conteúdos não são ensinados
e aprendidos de forma fragmentada e hierárquica,
contudo, para que eles sejam
compreendidos com clareza, sua classificação ocorre
separadamente. Desse modo, Os
conteúdos da Tipologia têm a sua peculiaridade, mas
são assimilados simultaneamente,
pois a formação do aluno ocorre de forma integral.
Sobre os conteúdos que compõem a
Tipologia tratar-se-á a seguir. São eles: factuais,
conceituais e de princípios,
procedimentais e atitudinais.
compreensão que, por sua vez, requer a elaboração
pessoal. O significado do conteúdo
conceitual precisa ser entendido para se afirmar que
ele foi aprendido. Os conceitos são
constituídos pelas teorias, pelo conhecimento
científico, filosófico. Abordar os temas:
“Buscando o Significado da Didática”, “Prática
Educativa, Pedagogia e Didática” é um
exemplo de conteúdo conceitual. Quando se faz
referência aos princípios neste tipo de
conhecimento está-se abordando leis como as da
Física: gravidade, atração, repulsão,
1 Texto escrito para estudo em sala de aula, na
disciplina Didática Fundamental, do Curso de
Pedagogia,
da EFPH, da PUC Goiás, tendo como referência o
estudo de ZABALA, Antoni. A função social do
ensino e a concepção sobre os processos ds
aprendizagem: instrumentos de análise. In: A prática
educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed,
1998. (Capítulo 2) p. 27-51.
? Professora do Curso de Pedagogia, da Escola de
Formação de Professores € Humanidades, da PUC
Goiás.

Os conteúdos factuais são os fatos, fenômenos,

ocorrências, dados que podem
advir da vida dos indivíduosou de seus registros,
descobertas e investigações. No
contexto escolar, os conteúdos factuais são
estudados de forma inter-relacionada aos
conteúdos conceituais. O conhecimento em História
da Educação, por exemplo, é
conceitual, todavia as demarcações no tempo e
espaço determinadas pela historicidade
do homem na sociedade são conteúdos factuais. Vale
ressaltar que, se dados como data,
nomes, símbolos podem ser aprendidos literalmente,
pela memorização, quando os
conteúdos factuais dizem respeito aos
acontecimentos, necessário se faz contextualizá-
los.

Os Conteúdos conceituais envolvem conceitos &

princípios. Ambos exigem a
magnetismo, dentre outras ou regras como as de e A exercitação múltipla: para o domínio competente
topografia, demografia, demarcação de do conteúdo procedimental,
territórios. Conteúdos de princípios são é preciso exercitar a ação de aprendizagem quantas
generalizáveis em todos os âmbitos do vezes forem necessárias.
conhecimento.
e A reflexão sobre a própria atividade: os conteúdos
Os Conteúdos procedimentais envolvem ações teóricos contribuem para que
ordenadas que possuam uma se faça a reflexão sobre as finalidades e a elaboração
finalidade. Estes conteúdos incluem regras, técnicas, do conteúdo
métodos, destrezas, habilidades e procedimental, “É preciso ter um conhecimento
procedimentos dirigidos para a realização de um significativo dos conteúdos
objetivo. São conteúdos conceituais associados ao conteúdo procedimental
procedimentais: ler, desenhar, observar, calcular, que se exercita ou se aplica”
classificar, traduzir, escrever, Todos (LABALA, 1998, p. 46).
envolvem ações, mas a aprendizagem de cada um
deles tem características diferentes. - A aplicação em contextos diferenciados: quando se
Zabala (1998) os classifica em três parâmeiros que aprende com competência
exigem um continuum, ou seja, um conteúdo procedimental e sabe-se refletir sobre
ordenamento, sequência, continuidade: ele a partir dos
motox/cognitivo; poucas ações/muitas ações; conhecimentos teóricos que O subsidiam, adquire-se
algoritmo/heurístico: a capacidade de aplicá-lo
em situações imprevistas que, a exemplo, a realidade
- motot/cognitivo: as ações de aprendizagem serão do trabalho ou o cotidiano
motoras ou cognitivas. Às da sata de aula nos impõem.
ações de saltar, pular, correr, recortar seriam motoras
e as ações de ler, traduzir,
inferir, escrever estariam situadas no parâmetro
cognitivo;

» poucas ações/muitas ações: para serem aprendidos,

alguns conteúdos exigem
poucas ações como, por exemplo, fazer um nó de
marinheiro. Outros conteúdos
exigem muitas ações como é o caso da elaboração de
uma monografia;

« algoritmo/heurístico: relacionado com o grau de

ordenamento das sequências. O
contimuum algoritmo é aquele conteúdo em que a
ordem das ações é sempre a
mesma & o contimum hcurístico (descoberta) é
aquele conteúdo em que a ordem
das ações depende de cada situação de aplicação do
conteúdo.

A aprendizagem dos conteúdos procedimentais

apresenta quatro exigências: a
realização das ações; a exercitação múltipla; a
reflexão sobre a própria atividade e a
aplicação em contextos diferenciados.

* A realização das ações: aprende-se a fazer,

fazendo. Não é suficiente conhecer, é
necessário por em prática.
Conteúdos atitudinais: são constituídos por valores,
normas e atitudes. As atitudes
demonstram o respeito aos valores e às normas.
Zabala entende que “a aprendizagem
dos conteúdos atitudinais supõe um conhecimento e
uma reflexão sobre os possíveis
modelos” que intervêm em nossas atitudes. O autor
reconhece que é necessário
estabelecer “uma análise e uma avaliação das
normas”. E importante, ainda, apropriar-
se e elaborar o conteúdo, “que implica a análise dos
fatores positivos e negativos, uma
tomada de posição, um envolvimento afetivo e uma
revisão e avaliação da própria
atuação ” (ZLABALA, 1998, p. 48).

Com esta compreensão, como conceituar valores,

normas e atitudes? Os valores
são os princípios ou ideias éticas que permitem à
pessoa emitir um juízo sobre as
condutas e o sentido que elas têm. A solidariedade,
as relações de urbanidade, a
responsabilidade são valores. As atitudes são
manifestadas pelas ações que, comumente,
a pessoa pratica frente a determinadas situações
como colaborar com o grupo, assistir as
pessoas, respeitar o meio ambiente, comprometer-se
com as atividades escolares. As
normas são padrões e regras de comportamentos
estabelecidas para a convivência
respeitosa em coletividade.

Reitera-se que apesar de os conteúdos da Tipologia

ser classificados em grupos
distintos, não podem ser trabalhados
compartimentados, pois um mesmo conteúdo pode
provir de uma natureza conceitual, procedimental e
atitudinal. O aluno deverá, deste
modo, desenvolver o conteúdo procedimental
alicerçado nas bases dos outros tipos de
conteúdos. Portanto, para que a Tipologia de
Conteúdos favoreça e subsidie a
aprendizagem, precisa constituir-se de conteúdos que
educam e formam o aluno de
maneira integral.

Referência Bibliográfica
SILVA, Eliane. A tipologia de conteúdos de ensino e
de aprendizagem na compreensão
de Antoni Zabala. Goiânia, 2018.
o diversidade cognitiva, afetiva e social que eles
apresentam, a natureza do saber
Procedimentos de Ensino e ensinado: as determinações institucionais € os
Recursos Didáticos recursos disponíveis. Esta realidade, do
mesmo modo, determina os procedimentos de ensino
Eliane Silva” e os recursos didáticos a serem
selecionados com o propósito de se promover a
Ensino e aprendizagem são processos didáticos aprendizagem.
básicos que se realizam na
escola por intermédio da metodologia de ensino. A ! Texto elaborado pura estudo na disciplina Didática
metodologia de ensino, por sua vez, Fundamental, do Curso de Pedagogia, da Escola de
ocorre por meio dos procedimentos de ensino que o Formação de Professores e Humanidades - BFPH, da
professor seleciona para O PUC Goiás.
desenvolvimento da aula. A aula decorre da ? Professora no Curso de Pedagogia da REPH, da
aplicação de procedimentos de ensino € PUC Goiás.
recursos didáticos. A metodologia não pode ser
empreendida de forma desarticulada da
realidade. O professor deve plansjá-la,
adequadamente, considerando as condições reais
dos alunos, os objetivos propostos, o conteúdo em
estudo, o contexto sociopolítico no
qual a escola está inseria. A metodologia de ensino
reflete a concepção epistemológica e
política que o professor construiu a partir de seu
campo de conhecimento, estudos, suas
crenças, valores e experiências.

Existe uma grande variedade dc metodologias para

atingir o mesmo objetivo,
Os professores são livres para escolher a
metodologia de ensino que mais se adéqua ao
processo de ensino que visa à aprendizagem.
Nenhuma metodologia pode ser vista
como sendo mais eficaz em relação à outra, sem que
seja analisada a situação de
aprendizagem, haja vista que os fatores que
configuram o êxito da aprendizagem são
inúmeros e complexos. Desse modo, a metodologia é
um dos elementos constitutivos da
prática pedagógica do professor preocupado com à
aprendizagem significativa dos
alunos.

Não é possível planejar uma metodologia de ensino

geral, independente dos
objetivos, dos conteúdos e da avaliação, uma vez
que estes elementos orientam a
escolha da metodologia de ensino mais adequada.

Assim, a prática pedagógica do professor é, pois,

resultante de variáveis
diversas: seu modo de agir comprometido com a
aprendizagem, ou não; a concepção
epistemológica e de mundo que possui; os alunos
com os quais estiver trabalhando; a
Na metodologia, os procedimentos de ensino são as
ações planejadas pelo
professor, com a intenção de que a aula atinja os
objetivos de ensino, gerais c
específicos, que promovam a aprendizagem dos
conteúdos didáticos por parte dos
alunos, com a sua participação ativa. Os
procedimentos de ensino, deste modo,
organizam a aula, intentando o estudo e a
aprendizagem por parte dos alunos.

Os recursos didáticos que, de igual modo, são

intencionalmente pensados para 0
ensino, estabelecem-se como meios, objetos, coisas
(recursos materiais) de que o
professor e também os alunos dispõem, a fim de
viabilizarem o processo de ensino €
aprendizagem. Os recursos de ensino também se
constituem de locais em que se podem
adentrar como escolas bibliotecas museus,
memoriais, quadras, clubes, pátios, parques,
outros.

A metodologia de ensino empreendida pelos

procedimentos e recursos didáticos
envida esforços com a intenção de que os objetivos
elaborados possibilitem a
aprendizagem qualitativa por mcio da participação
ativa dos alunos em contextos
institucionais e não institucionais. Dessa maneira,
reitera-se que o processo
metodológico não se desvincula dos objetivos, do
conteúdo a ser ensinado e,
igualmente, articula-se à avaliação da aprendizagem.

Referência Bibliográfica deste texto:

SILVA, Eliane. Metodologia: procedimentos de

ensino e recursos didáticos. Goiânia.
2018.
”e
Reflexão e Prática - técnica de
observação e instrumentos de verificação
Í operacionalizada por meio de técnicas e
..2
Eliane Silva
A escolaridade deve proporcionar aos alunos
formação educacional a que todo
cidadão tem direito. Assim, os processos didáticos
precisam ser orientados à
aprendizagem significativa dos conteúdos por parte
dos alunos. Esses conteúdos, em
vista disso, necessitam ser avaliados de modo a
verificar se os objetivos de
aprendizagem previstos no planejamento do
professor, no contexto escolar, foram
alcançados.
Nesse sentido, a avaliação assume uma natureza
pedagógica e didática por ser
diagnóstica, desempenhando a função de valorizar
socialmente o aluno e oferecer à
escola e aos professores mecanismos de controle
sobre a aprendizagem dos educandos.
planejadas, conforme os objetivos e os fins
pretendidos para a aprendizagem, baja vista
elas serem intencionais. A avaliação, neste sentido,
possui uma dimensão formativa
instrumentos de verificação que viabilizam
estas atividades. As técnicas são diversificadas:
entrevista, questionário, autoavaliação,
heteroavaliação e observação. Neste estudo, será
destacada a observação como
dimensão formativa da avaliação,
A observação é utilizada, didaticamente, pelo
professor no sentido de
acompanhar » desenvolvimento do educando no
processo de ensino e aprendizagem,
por isso pode-se dizer que possui aspecto formativo
na aprendizagem do aluno. Quando
“Texto elaborado para estudo na disciplina Didática
Fundamental, do Curso de Pedagogia, da EFPH, da
PUC Goiás. Goiânia, 2018.
? Professora do Curso de Pedagogia, da ERPH, da
PUC Gojás.

Desta maneira, novas formas de avaliação devem ser

introduzidas, permitindo
que se tome como referência o desempenho
qualificado dos alunos, com a finalidade de
atender os diferentes segmentos sociais que, hoje,
frequentam a escola.

Por isso mesmo é que o professor necessita verificar

até que ponto os
resultados da mediação e transmissão dos
conhecimentos foram efetivamente atingidos
e identificar problemas e dificuldades do processo de
ensino e aprendizagem, a fim de
reelaborar sua intervenção, com a intenção de
promover a assimilação ativa dos
conteúdos pelos alunos.

O processo de avaliação é, pois, uma reflexão

sistemática e uma prática
docente e discente, qualitativa e quantitativa, do
processo de ensino e de aprendizagem
e da produção advinda desse processo. Ocorre por
meio de técnicas e instrumentos de
verificação, considerando o sistema de avaliação da
instituição.

As atividades avaliativas, antes de serem aplicadas,

precisam ser pensadas,
se faz referência ao acompanhamento da
aprendizagem do aluno, por intermédio da
observação, há controvérsias: alguns professores são
favoráveis à emissão de notas, ou
atribuição de pontuação por intermédio deste
processo. Outros professores argumentam
que a observação é insuficiente como critério que
favorecesse ao professor atribuir nota
ao alimo. Desse modo, é correto afirmar que a
observação é uma técnica de avaliação
processual auxiliar à aplicação dos instrumentos de
verificação. É, então, coadjuvante
da avaliação que promove outro aspecto importante
da avaliação que se denomina
dimensão somativa.
Porém, ainda tratando da dimensão formativa,
podem-se encontrar alguns
exemplos de atitudes a serem observadas pelos
professores, que evidenciam a
aprendizagem, envolvimento, e comprometimento
dos alunos com o processo de ensino
e aprendizagem, o que enseja a afirmação de que a
técnica de observação na avaliação é
auxiliar ao processo de avaliação em seu aspecto
somativo. Estas atitudes podem ser,
dentre outras:
* pontualidade; compromisso com a proposta da
disciplina;
* assiduidade; responsabilidade; tomada de decisão;
« envolvimento com colegas e disciplina;
socialização;
* participação ativa nas aulas; proposição e alcance
de metas;
* interesse; atitude de investigação;
* criatividade; contribuições pessoais relativas ao
objeto em estudo;
* capacidade de análise e de síntese nas expressões
verbais em sala de aula;
« autonomia nos estudos; iniciativas;
estabelecimento de prioridades;
* desempenho de habilidades e competências no
cotidiano do processo didático, em
contextos institucionais e não institucionais;
* capacidade de se esforçar para desenvolver a
aprendizagem da expressão verbal oral.
Na avaliação somativa, os instrumentos de
verificação, por sua vez, trabalham
com os resultados coneretos da aprendizagem e
contribuem para que O professor, e
igualmente o aluno, mediante a produção acadêmica,
acompanhe o processo de
aprendizagem. Os diversificados instrumentos de
verificação possibilitam que o aluno
escreva, elabore, reflita, pesquise, enfim sistematize
o pensamento, produza
conhecimentos que o levem à aquisição dos
conhecimentos científicos básicos aos quais
ele se propôs em sua formação na Universidade. Em
outras palavras, os instrumentos de
verificação favorecem aos alunos a aquisição da
leitura, reflexão e escrita, necessárias à
formação acadêmica e profissional,
Alguns instrumentos de verificação, que podem ser
aplicados individualmente
ou em grupos, com consulta ou sem consulta,
dependendo do objetivo e da orientação
pedagógica e didática, são elencados a seguir:
* provas discursivas/dissertativas, objetivas, orais,
individuais, em grupos, sem
consulta, com consulta; provas mistas (contendo
questões dissertativas, objetivas de
várias formas);
« testes; simulados; maratonas; competições,
gincanas (com atribuições de nota);
« trabalhos acadêmicos diversificados; propostas de
trabalhos diferenciadas: produções
textuais na área em estudo;
- exercícios diversificados por escrito, individual, em
grupos;
Referência Bibliografia
SILVA, Fliane. Processo de Avaliação: reflexão e
prática - técnica de observação e
instrumentos de verificação. Goiânia. 2018,

e estudos de caso com solicitação de relatório;

* pesquisa bibliográfica com solicitação de relatório;

* pesquisa de campo com solicitação de relatório;

« pesquisa de laboratório com solicitação de

relatório;

- estudos escritos: resumos; fichamentos; resenhas,

sínteses, esquemas;

- produções textuais: relatórios; artigos, ensaios;

projetos, monografias; dissertações,
teses;

* claboração de programas;

* planos de ensino, de unidade e de aula; outros.

No processo de avaliação, a técnica de observação c

os instrumentos de
verificação buscam realizar um processo avaliativo
diversificado com o propósito de
que o aluno apreenda, com profundidade, os
conteúdos de ensino e evidencis este
aprendizado mediante produção acadêmica e, por
que não dizer, científica, de alto nível.

Ressalta-se que o processo de avaliação - por

intermédio da observação e dos
instrumentos de verificação - pretende promover a
aprendizagem significativa dos
conteúdos pelos alunos. Assim, necessariamente,
deverá estar articulado aos objetivos
gerais e específicos e à metodologia de ensino com
seus procedimentos e recursos. Na
concepção da Didática, são estes os elementos
básicos do ensino que visa À
aprendizagem.

Os elementos básicos do ensino são desenvolvidos,

da mesma forma, no
planejamento de ensino em sua tipologia: Plano de
Ensino, Plano de Unidade e Plano de
Aula, considerando a multidimensionalidade do
processo de ensino: humana, político-
social e técnica, ou instrumental, em que
professores, alunos e escola estão Inserxidos.
Eliane Silva?
Resumo
Breve exposição do Planejamento de ensino com
enfoque na articulação de seus
elementos básicos que são os objetivos: gerais e
específicos; conteúdos; metodologia:
procedimentos de ensino e recursos didáticos, e
avaliação: técnica da observação e
instrumentos de verificação, tratando-se também da
tipologia de Planos de: ensino,
unidade e aula.
Goiás e demais professores dos cursos de graduação
nesta Instituição que se interessam pelo
conhecimento pedagógico-didático na formação
docente e na prática pedagógica. O cstudo é
empregado,
da mesma forma, na disciplina Didática
Fundamental, do Curso de Pedagogia, da EEFPH, da
PUC Goiás.
2 Professora do Curso de Pedagogia, da Escola de
Formação de Professores - EFPH, da PUC Goiás.

Palavras-chave
Planejamento, objetivos, conteúdos, metodologia,
avaliação; planos de ensino, unidade
e aula.

INTRODUÇÃO

Os professores sabem da importância de planejar as

disciplinas que ministram,
porém ressalta-se que é necessário, constantemente,
suscitar o processo de discussão
sobre o planejamento de ensino com a finalidade de,
ao estabelecer maior coerência na
sequência de seus elementos e na dinâmica ds sua
elaboração, possa-se aprimorar a
prática pedagógica, haja vista que o planejamento do
ensino somente tem sentido se
estiver compromissado com o processo do ensino
que leva à aprendizagem significativa
dos acadêmicos.

O planejamento de ensino é a sistematização, é a

documentação, do complexo
processo de ensino que visa à aprendizagem de
conteúdos e, por isso, envolve a
metodologia, com os seus procedimentos de ensino e
recursos didáticos, e a avaliação
que, por sua vez, demanda a capacidade de o
professor observar o desenvolvimento da
aprendizagem dos alunos e de aplicar instrumentos
que afiram csta aprendizagem.

Este estudo trata do Planejamento em três tipos de

Planos, abordando seus
elementos básicos, para tanto se subdivide em dois
itens, a saber: Tipologia de Planos e
Elementos Básicos do Ensino.

Texto elaborado para estudo e discussão com

docentes dos Cursos de Formação de Professores da
PUC
TIPOLOGIA DE PLANOS - Ementa

O planejamento é a sistematização, organização, - Objetivos: Gerais e Específicos

elaboração de ações
intencionais que pretendem a consecução de uma - Conteúdo Programático/Cronograma - Unidades e
tipologia de Planos, quais sejam: Temas
Plano de Ensino, Plano de Unidade e Plano de Aula.
- Metodologia: Procedimentos de Ensino e Recursos
O Plano de Ensino é, muitas vezes, denominado Didáticos
programa da disciplina, plano
da disciplina ou plano de curso. Plano de Ensino é - Avaliação: Observação e Instrumentos de
uma terminologia empregada pelo Verificação
Ministério da Educação - MEC. Neste estudo, Plano
de Ensino será utilizado para - Bibliografia: Básica e Complementar - ou
indicar o Plano que engloba a carga horária de todo o Referências Bibliográficas
curso, ou seja, o Plano que
contém toda a duração de um curso. Na Fducação 1. Ementa
Básica, refere-se ao Plano elaborado
para o ano escolar inteiro ou, em outras palavras, É a descrição/síntese do conteúdo básico, referente à
para todo o ano letivo. Se a referência determinada disciplina,
estiver sendo feita a uma disciplina em curso na constante do Projeto Pedagógico do Curso. A
Universidade, por exemplo, o Plano de ementa da disciplina, inserida no Plano de
Ensino corresponderá à carga horária de toda a Ensino, para ser alterada, necessariamente,
disciplina. constituir-se-á em objeto de estudo e
discussão por parte dos professores e de aprovação
No Plano de Ensino, o Conteúdo a ser estudado do órgão competente da Instituição.
subdivide-se em Unidades e
estas em Temas. Desta forma, o Plano de Unidades
diz respeito à elaboração de parte do
Plano de Ensino, ou seja, no Plano de Unidade,
trabalha-se parte do Plano de Ensino.
Na Educação Básica, pode-se trabalhar o Plano de
Unidades não somente a partir das
Unidades temáticas dos conteúdos do Plano de
Ensino, mas tendo como base os
conteúdos determinados para serem trabalhados
semanal ou quinzenalmente.

O Plano de Aula, por sua vez, concerne ao processo

de ensino e aprendizagem
a ser desenvolvido na aula. É necessário registrar
que a Tipologia de Planos contêm os
elementos básicos do ensino: objetivos: gerais e
específicos, conteúdos, metodologia:
procedimentos de ensino e recursos didáticos, e
avaliação: técnica da observação e
instrumentos de verificação. No Plano de Aula, é
facultativa a presença do objetivo
geral,

ELEMENTOS BÁSICOS DO ENSINO

Para a elaboração, especificamente do Plano de

Ensino, propõe-se a seguinte
sequência de seus elementos constitutivos:
No caso da Pontifícia Universidade Católica de
Goiás - PUC Goiás, a competência é da
Pró-Reitoria de Graduação - Prograd.
2. Objetivos
Compreende-se que os objetivos de ensino possuem
uma dimensão que
ultrapassa a sua formulação meramente técnica.
Desta forma, no planejamento, os
objetivos pretendem empreender o processo de
ensino e de aprendizagem e subdividem
se, basicamente, em dois níveis: gerais e específicos.
Os Objetivos Gerais relacionam-se
às finalidades da educação. Os objetivos específicos
são orientados ao desenvolvimento
das propostas de estudo c aprendizagem que devem
ser empreendidas por parte do
Os objetivos específicos apresentam desempenho
observável e alcançável em
curto prazo; relacionam-se aos conteúdos que o
aluno deve aprender. Desse modo, os
objetivos específicos devem ser elaborados, visando
ao processo de estudo e de
aprendizagem do aluno. Exemplo de verbos que se
adéquam a estes objetivos:
caracterizar, identificar, reconhecer, relacionar;
outros.
2.2.1. Exemplo de objetivo específico: identificar
três aspectos em que o planejamento
de ensino se caracteriza como um estudo
sistematizado, que tanto referenda a prática
pedagógica do professor quanto orienta o processo
de aprendizagem do aluno.

acadêmico.

2.1. Objetivos Gerais

Os objetivos gerais possuem dimensão ampla, são

alcançáveis em longo prazo.

Podem ser formulados tanto como proposta de

estudo e aprendizagem a ser

desenvolvida por parte dos alunos quanto como

proposta de ensino a ser empreendida

pelo professor, ou a disciplina, junto ao aluno.

Exemplos de verbos que se adéquam aos
objetivos gerais: conceber, aprender, conhecer,
compreender, outros.

2.1.1. Exemplos de Objetivos Gerais

* Como proposta de estudo e aprendizagem por

parte do aluno: compreender, com
profundidade, a importância e necessidade de
atualização do planejamento de ensino,
como prática pedagógica imprescindível à
consecução do processo de ensino e de
aprendizagem significativo.

* Como proposta de ensino por parte do professor ou

da disciplina: propiciar, aos
alunos, a compreensão aprofundada da importância e
necessidade de atualização do
planejamento de ensino, como prática pedagógica
imprescindível à consecução do
processo de ensino e de aprendizagem significativo.

2.2. Objetivos Específicos

2.3. Localização do Verbo no texto do objetivo
Para maior clareza do texto, constituído pelo
desempenho a ser alcançado pelo
acadêmico no objetivo, configurando-se na ação de
aprendizagem, é interessante que o
verbo esteja no início e seja redigido no infinitivo.
Exemplo: projetar, fazer, corrigir;
expor.
“Englobam [...] conceitos, ideias, fatos, processos,
princípios, leis científicas, regras,
habilidades cognoscitivas, modos de atividade,
métodos de compreensão e aplicação,
hábitos de estudo, de trabalho e de convivência
social; valores, convicções, atitudes.”
(LIBÂNEO, 2013, p. 142).
4. Metodologia

2.3.1. Exemplo de objetivo específico, iniciando A metodologia é um elemento básico do processo «

com o verbo no infinitivo: elaborar
um Plano de Aula, articulando seus elementos
constitutivos, de forma crítica: objetivos,
conteúdos, metodologia e avaliação.
2.4. Sobre os objetivos gerais e especificos serem
formulados com o mesmo verbo
É importante registrar que, conforme o desempenho
a ser alcançado pelo
acadêmico na ação de aprendizagem, o mesmo verbo
poderá ser utilizado para a
formulação tanto do objetivo geral quanto do
objetivo específico. Por isso não se pode
afirmar que há uma regra rígida que determina a
existência de verbos que se adéquam
tão somente ao objetivo específico ou ao objetivo
geral.
ensino e constitui a prática
pedagógica do professor. É responsável pelo
processo de ensino e de aprendizagem
significativo do aluno. Fundamenta-se em uma
concepção política, social e
epistemológica de mundo, educação, escola, ensino,
aprendizagem e formação
profissional, que se desenvolve por intermédio do
emprego de procedimentos de ensino
e a utilização de recursos didáticos. Os
procedimentos de ensino são a forma como a
aula se organiza e os recursos didáticos são os
meios, os objetos utilizados para o
desenvolvimento dos procedimentos de ensino,
enfim das atividades que
consubstanciam a aula.

2.4.1 Exemplo de um mesmo verbo usado para a

formulação de ambos os

objetivos, desde que considerada a diferença do

desempenho a ser alcançado:

e Objetivo específico: elaborar um Plano de Aula

contendo dois objetivos específicos,
um tema básico, dois procedimentos de ensino e o
emprego de um recurso didático,
articulados a um instrumento de avaliação.

e Objetivo geral: elaborar um Plano de Ensino,

mediando a articulação de seus
elementos básicos.

3. Conteúdo Programático/Cronograma - Unidades e

Temas

O conteúdo programático constitui-se dos

conhecimentos científicos
trabalhados teórico- metodologicamente pela
disciplina a partir da ementa. Os
conteúdos são organizados em unidades didáticas
que se subdividem em temas.
O empreendimento dos procedimentos de ensino
pode ocorrer individualmente * painel integrado;
e em grupos de forma oral ou por escrito na sala dc
aula ou fora dela. Os procedimentos * estudo dirigido; orientação da leitura;
de ensino necessariamente precisam estar
relacionados aos objetivos propostos e aos *- estudo de caso;
conteúdos que se pretende ensinar, desta forma não
podem estar desvinculados de uma * tempestade cerebral;
proposta determinada de ensino e dos conteúdos de
aprendizagem, assim como da * Jogral;
avaliação da aprendizagem.
* dramatização;
Em seguida, para exemplificação, serão dispostos
diversificados * completação de ideias (pesquisar o que significa o
procedimentos de ensino c recursos didáticos que, ao termo completação e a que se
serem aplicados ao processo de refere esta técnica);
ensino, precisam ser relacionados aos conteúdos de
aprendizagem, a despeito de se * pesquisa bibliográfica com solicitação de relatório;
tornarem destituídos de seu significado didático.
* pesquisa de campo com solicitação de relatório;
4.1. Exemplos de Procedimentos de Ensino - devem
ser relacionados aos conteúdos - emprego de filmes; documentários; coreografias;
estudados e aos objetivos de ensino a serem músicas; apresentações
alcançados e, dependendo de sua artísticas; atividades científico-culturais; eventos;
especificidade, podem ser aplicados individualmente shows;
ou em grupos:
* visita técnica: canteiros de obras; clínicas; centros
* aula expositiva e dialogada ou exposição didática e de saúde; museus; memorial;
dialogada; escritórios modelo; escola;

* perguntas problematizações; * utilização de quadras para apresentações

esportivas; treinos;
- conversa informal: exercício da ética, das relações
de urbanidade e do * excursão ao memorial, parque, clube, pecuária,
compromisso humano e político-social; museu;

* convite a palestrantes;

* estudos escritos: resumos; fichamentos; resenhas;

sínteses; esquemas;

* atendimento a alunos: individualizado e cm

grupos;

- produção de textos: relatórios; artigos; ensaios;

projetos; monografias;
dissertações; teses; planos de ensino, unidade, aula;

* trabalhos diversificados por escrito;

* exercícios diversificados por escrito;

* seminários; debates; discussão circular orientada;

plenária; roda de conversa;

* GV GO (Grupos de Verbalização/Observação);
* uso de desenhos; pinturas; ilustrações, mapas; * clubes, piscinas;

* utilização de atelier; laboratório; oficina; * clínicas;

biblioteca; Internet;
* centros de saúde;
* indicação de leituras e solicitação à participação
em eventos afins aos estudos; * museus;

*» exposição de habilidades e competências * memorial;

individuais relacionadas aos estudos,
* canteiros de obras;
* retomada, no início da aula, de questões centrais
do conteúdo estudado na aula * escritórios modelo;
anterior;
* instrumental específico à área em questão; dentre
* registro, no quadro, da metodologia de cada aula e outros.
outros;
5. Avaliação
*- emprego de Atividade Externa da Disciplina -
AED, outros. 4

4.2. Exemplos de Recursos Didáticos - precisam ser A avaliação é um processo e, da mesma forma,
articulados aos procedimentos de pode-se afirmar que é uma
ensino e são empregados no sentido de enriquecer as constante reflexão pedagógico-didática e diagnóstica
atividades em (LIBÂNEO, 2013), sistemática,
desenvolvimento na aula: qualitativa e quantitativa, do processo de ensino e de
aprendizagem e da produção
* audiovisuais: computadores; data show; DVD; acadêmica advinda desse processo. Ocorre por meio
CD; retroprojetor, rádio; MP4, de técnicas e instrumentos de
outros; verificação, considerando o sistema de avaliação da
instituição escolar.
«livros; textos: documentos; manuais; revistas;
jornais; Internet; impressos; 5.1. Exemplos de Técnicas de avaliação:
*- observação;
* cartazes; figuras; ilustrações; desenhos; * entrevista e questionário;
fotografias; slides;

* quadros; mapas; modelos; desenhos; ilustrações;

figuras;

* fichas didáticas; quadro-giz e giz; quadro de

fórmica, pincéis,

* maquetes;

e bibliotecas;

* laboratórios;

* atelier;

*- oficinas;

* escolas;
* pátios;
autoavaliação e heteroavaliação.
desempenho de habilidades e competências no
5.2. Exemplos de Instrumentos de Verificação: envolvimento com a
aprendizagem;
aplicação de atividades de produção textual:
individual e em grupos; verbal: oral capacidade de se empenhar na aprendizagem e
e escrita; desenvolvimento da expressão
verbal oral.
provas com e sem consulta: dissertativa/discursiva,
objetiva e oral; 5.3. As Técnicas de Entrevista e Questionário podem
avaliar a:
testes; simulados;
postura acadêmica e formação profissional do aluno;
Trabalhos; propostas de trabalhos diversificados por aprendizagem de conteúdos específicos em estudo.
escrito e oral;
5.5. As Técnicas de Autoavaliação e
exercicios diversificados por escrito; Heteroavaliação podem aferir a:

estudos de caso com solicitação de relatório; o

pesquisa bibliográfica com solicitação de relatório; aprendizagem dos conhecimentos conceituais,

pesquisa de campo com solicitação de relatório;
pesquisa de laboratório com solicitação de relatório;
estudos escritos: resumos; fichamentos; resenhas;
sínteses; esquemas;
produções textuais: relatórios; artigos; ensaios;
projetos; | monografias;
dissertações; teses; planos de ensino, unidade e aula.
aplicação de Avaliação Interdisciplinar - AI; outros.
5.3. A Técnica de Observação pode avaliar as
seguintes atitudes do aluno frente ao
estudo e à aprendizagem:
procedimentais e atitudinais;
aprendizagem e rigor científico nas produções
escritas;
aprendizagem e capacidade de relacionar teoria e
prática;
aprendizagem c formação de professores;
aprendizagem e profissionalismo na relação com o
campo de trabalho;
qualidade e relevância do conhecimento nas
produções escritas;
relação profissional entre professor e aluno.

>

pontualidade; compromisso com a proposta da

disciplina;
assiduidade; responsabilidade; tomada de decisão;
envolvimento com colegas e disciplina; socialização;
participação ativa nas aulas; proposição e alcance de
metas;

interesse; atitude de investigação;

criatividade; contribuições pessoais relativas ao

objeto em estudo;

autonomia nos estudos; iniciativas; estabelecimento

de prioridades;
5.6. Acompanhamento do Sistema de Avaliação:
* todo processo de avaliação deve ser compatível às
normas do Sistema de
Avaliação da instituição de ensino em que o
professor estiver atuando.

6. Bibliografia: Básica e Complementar - ou

Referências Bibliográficas

Na PUC Goiás, a orientação para o registro da

bibliografia empregada como
fonte de pesquisa e construção do Plano de Ensino,
assim como a concretização dos
cstudos na disciplina é a de três livros que constam
da Bibliografia Básica e cinco que
devem compor a Bibliografia Complementar.

Nas pesquisas realizadas para a elaboração dos

Planos de Ensino, Unidade ou
Aula, de um modo geral, empregamos o termo
Referências Bibliográficas.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 2 ed. São Paulo:
Cortez, 2013.

REFERÊNCIA DESTE ESTUDO

SILVA, Eliane. Planejamento de ensino e seus
elementos básicos. Goiânia, 2018.