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SAÚDE

MENTAL
ENF. ESP. VITÓRIA SANTOS DE SOUZA
2
EMENTA

Concepções de saúde mental. Classificações das doenças


mentais.

O cuidado de Enfermagem em psicopatologias nas


diferentes etapas da vida e situações de internação e não
internação.

Determinantes de alterações psíquicas. Dimensões políticas,


éticas, sociais e legais da atuação profissional em Saúde
Mental.
Fonte:http://www.ibgh.org.br/unidades/hma/janeiro-
branco-mes-da-conscientizacao-saude-mental-2/

Processo e consulta de Enfermagem em Saúde Mental.


OBJETIVOS DA DISCIPLINA:
Contextualizar a história da psiquiatria e saúde mental;
Permitir que o aluno obtenha conhecimentos historicamente acumulados, atitudes e aptidões e
sua integração e aplicação numa perspectiva global, baseado no modelo humanístico em saúde
mental;
Adquirir conhecimento sobre o processo saúde mental e doença mental;
Expressar com clareza, precisão, concisão e segurança sobre saúde e doença mental;
Identificar pré-conceitos e avaliar conceitos relativos à temática;
Permitir que o acadêmico crie condições favoráveis para uma relação social efetiva, de
confiança e de natureza terapêutica com portadores de transtornos mentais;
Orientar os conhecimentos específicos acerca da atuação do profissional em enfermagem do
cuidado frente a saúde mental e suas nuances.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
A psiquiatria e sua história: A institucionalização do doente mental; A reforma
psiquiátrica\Movimento Antimanicomial
Conceitos básicos em saúde mental
Política de Saúde Mental
Organização de Serviços de Saúde Mental
A saúde mental em diferentes etapas do ciclo vital.
Psicopatologias mais comuns em diferentes fases do ciclo vital
Depressão\Ansiedade\Transtornos do humor\Psicoses\Neuroses\Dependência Química
Farmacologia em Psiquiatria
Tratamento somático
Medidas de Segurança: contenção mecânica
ECT- Eletroconvulsoterapia Fonte:https://www.tjdft.jus.br/informacoes/programas-
projetos-e-acoes/pro-vida/dicas-de-saude/pilulas-de-

Processo de enfermagem aplicado ao paciente com transtornos mentais.


saude/e-em-saude-mental-voce-esta-saudavel

Assistência de Enfermagem em saúde mental em situações de internação e de não


internação
Propostas alternativas de cuidados de Enfermagem a pessoas com transtornos mentais
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
- Aulas expositivas e dialogadas para a fundamentação de conteúdo teórico, com mediação do professor e
participação ativa dos acadêmicos;
- Debates e discussão acerca dos temas, com leitura prévia pelos acadêmicos;
- Dinâmica de perguntas e respostas;
- Resenhas críticas;
- Estudo de casos e elaboração de planos terapêuticos em saúde mental;
- Rodas de conversas sobre trabalhabilidade em saúde mental;
- Vídeos lúdicos (sessão cinema em saúde mental);
- Sala de aula invertida;
- Mapas conceituais e Fichamento de artigos científicos sobre os temas;
- Orientação para realização de trabalhos e atividades;
- Questionamento sobre a relação do conteúdo exposto e o que se observa
- no cotidiano (questões reflexivas e situações realísticas);
- Atividades Qualitativas.
Fonte:https://www.sns.gov.pt/noticias/2021/02/04/covid-19-saude-mental-7/
CONTRATO PEDAGÓGICO

• Entrada no ambiente virtual é de total


responsabilidade e interesse do acadêmico.

• Manter-se em um ambiente tranquilo, silencioso e com


vestimenta adequada

• A resolução das atividades extraclasse proposta é de


responsabilidade do aluno, mesmo que não tenha
atribuição de nota.

• Ser assíduo e contribuir com as discussões e debates,


fazendo leitura prévia dos textos.

• Manter a pontualidade.
Fonte:https://pt.dreamstime.com/foto-de-stock-mesa-da-escola-do-
estudante-com-o-caderno-aberto-da-placa-estudando-conceito-dos-
trabalhos-de-casa-espa%C3%A7o-da-c%C3%B3pia-image57559088
Atividades Avaliativas e Provas
Cabe ao aluno gerenciar suas atividades diárias para que
sejam enviadas pontualmente.
Padronização da Prova: Apenas 1 tentativa;
O aluno pode responder e revisar a prova durante o tempo
de duração estabelecido, conforme sua liberalidade.
Disponível somente no dia/turno correspondente ao
calendário de provas.
Duração: 2 horas. Após receber a prova, o aluno terá 2
horas corridas para respondê-la.
Não haverá nova chance, não haverá reabertura das provas
no AVEF.

ATENÇÃO AO PRAZO DE ENVIO.


Fonte:https://pt.dreamstime.com/foto-de-stock-mesa-da-escola-do-
estudante-com-o-caderno-aberto-da-placa-estudando-conceito-dos-
trabalhos-de-casa-espa%C3%A7o-da-c%C3%B3pia-image57559088t
Nota 1
Atividades Avaliativas: 3,0 (pontos)
Avaliação Escrita Individual: 7,0 (pontos)

Nota 2
Atividades Avaliativas: 3,0 (pontos)
Avaliação Escrita Individual: 7,0 (pontos)

ESQUEMA AVALIATIVO
Cronograma de aulas e avaliações, caso necessário pode sofrer alterações.
Horário de Aula: Disciplina: Saúde
Mental - Período: 2022.1 Turma: A

Dia da Semana:
Segunda-Feira
Horário: 19:00hs ás
22:30hs
Sejam assíduos e pontuais!!
PRINCIPAIS REFERÊNCIAS:
Artigos Atualizados relacionados ao conteúdo programático.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 3.088, de 23 de dezembro de 2011. Institui a Rede de Atenção
Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de
crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Disponível em
www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/RAPS.pdf

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde
Mental. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica,
Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 176 p. (Cadernos
de Atenção Básica, n. 34). Disponível em:
bvsms.saude.gov.br/bvs/.../cadernos_atencao_basica_34_saude_mental.

CARVALHO, Marissol Bastos de Carvalho. Psiquiatria para a enfermagem. 2ª edição. Editora Rideel: São
Paulo, 2012.

GUEDES, A.C, KANTORSKI L.P., PEREIRA, P.M. et al. A mudança nas práticas em saúde mental e a
desinstitucionalização: uma revisão integrativa. Rev. Eletr. Enf. 2010;12(3):54753. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.5216/ree.v12i3.8198.

HOLMES, D. Psicologia dos Transtornos Mentais. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
“A enfermagem na saúde mental se diferencia pela
atenção aos sinais comportamentais que o paciente
apresenta antes de um surto ou piora do quadro, podendo
assim tomar algumas ações preventivas”.

“A saúde mental é um importante fator que


possibilita o ajuste necessário para lidar com as
emoções positivas e negativas.”

“Investir em estratégias que possibilitem o


equilíbrio das funções mentais é essencial para um
convívio social mais saudável.”
COMEÇANDO...
A PSIQUIATRIA E SUA HISTÓRIA:
A REFORMA PSIQUIÁTRICA

O início do processo de Reforma Psiquiátrica no Brasil é


contemporâneo da eclosão do “movimento sanitário”, nos anos 70, em
favor da mudança dos modelos de atenção e gestão nas práticas de
saúde, defesa da saúde coletiva, equidade na oferta dos serviços, e
protagonismo dos trabalhadores e usuários dos serviços de saúde nos
processos de gestão e produção de tecnologias de cuidado.
Fundado, ao final dos anos 70, na crise do modelo de assistência
centrado no hospital psiquiátrico, por um lado, e na eclosão, por
outro, dos esforços dos movimentos sociais pelos direitos dos
pacientes psiquiátricos, o processo da Reforma Psiquiátrica
brasileira é maior do que a sanção de novas leis e normas e maior
do que o conjunto de mudanças nas políticas governamentais e nos
serviços de saúde.

Fonte:https://averdade.org.br/2019/05/para-alem-de-setembro/
A Reforma Psiquiátrica é processo político e social complexo,
composto de atores, instituições e forças de diferentes origens, e
que incide em territórios diversos, nos governos federal, estadual e
municipal, nas universidades, no mercado dos serviços de saúde,
nos conselhos profissionais, nas associações de pessoas com
transtornos mentais e de seus familiares, nos movimentos sociais, e
nos territórios do imaginário social e da opinião pública.
Compreendida como um conjunto de transformações de práticas,
saberes, valores culturais e sociais, é no cotidiano da vida das
instituições, dos serviços e das relações interpessoais que o
processo da Reforma Psiquiátrica avança, marcado por impasses,
tensões, conflitos e desafios.

Processo de delineamento progressivo da política de saúde mental


do Ministério da Saúde.
MOVIMENTO ANTIMANICOMIAL:
A INSTITUCIONALIZAÇÃO DO
DOENTE MENTAL
O ano de 1978 costuma ser identificado como o
de início efetivo do movimento social pelos
direitos dos pacientes psiquiátricos em nosso país.

O Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental


(MTSM), movimento plural formado por
trabalhadores integrantes do movimento sanitário,
associações de familiares, sindicalistas, membros
de associações de profissionais e pessoas com
longo histórico de internações psiquiátricas, surge
neste ano.
É sobretudo este Movimento, através de
variados campos de luta, que passa a
protagonizar e a construir a partir deste
período a denúncia da violência dos https://madinbrasil.org/2019/02/nota-do-ministerio-da-
manicômios, da mercantilização da loucura, saude-e-um-ataque-a-lei-da-reforma-psiquiatrica/

da hegemonia de uma rede privada de


assistência e a construir coletivamente uma
crítica ao chamado saber psiquiátrico e ao
modelo hospitalocêntrico na assistência às
pessoas com transtornos mentais.

Fonte:https://www.abrasco.org.br/site/noticias/institucional/
nota-em-defesa-da-reforma-psiquiatrica-e-de-uma-politica-
de-saude-mental-digna-e-contemporanea/30550/
https://cebi.org.br/noticias/movimentos-sociais-defendem-reforma-psiquiatrica-
brasileira/
 A desinstitucionalização consiste no processo de desconstrução
de práticas manicomiais e construção de novos saberes, os quais
sejam capazes de privilegiar a subjetividade e autonomia do
indivíduo, bem como o livre exercício de sua cidadania.

 Em 1990, o Brasil torna-se signatário da Declaração de Caracas a


qual propõe a reestruturação da assistência psiquiátrica, e, em
2001, é aprovada a Lei Federal 10.216 que dispõe sobre a
proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos
mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.
A experiência italiana de desinstitucionalização em psiquiatria e sua
crítica radical ao manicômio é inspiradora, e revela a possibilidade de
ruptura com os antigos paradigmas, como, por exemplo, na Colônia Juliano
Moreira, enorme asilo com mais de 2.000 internos no início dos anos 80,
no Rio de Janeiro.

Passam a surgir as primeiras propostas e ações para a reorientação da


assistência:

O II Congresso Nacional do MTSM (Bauru, SP), em 1987, adota o lema


“Por uma sociedade sem manicômios”.
Neste mesmo ano, é realizada a I Conferência Nacional de Saúde Mental
(Rio de Janeiro).
É esta intervenção, com repercussão
nacional, que demonstrou de forma
inequívoca a possibilidade de construção
de uma rede de cuidados efetivamente
substitutiva ao hospital psiquiátrico.

Neste período, são implantados no


município de Santos, Núcleos de
Atenção Psicossocial (NAPS) que
funcionam 24 horas, são criadas
cooperativas, residências para os
egressos do hospital e associações.
Fonte:https://machacalis.mg.gov.br/noticias/neste-dia-18-
de-maio-tambem-e-celebrado-o-dia-de-luta-antimanicomial
Neste período, são de especial importância o
surgimento do primeiro CAPS no Brasil, na cidade
de São Paulo, em 1987, e o início de um processo
de intervenção, em 1989, da Secretaria Municipal
de Saúde de Santos (SP) em um hospital
psiquiátrico, a Casa de Saúde Anchieta, local de
maus-tratos e mortes de pacientes.
 É esta intervenção, com repercussão nacional, que
demonstrou de forma inequívoca a possibilidade de
construção de uma rede de cuidados efetivamente
substitutiva ao hospital psiquiátrico. Fonte:https://pt.slideshare.net/adrianaemidio/apresentao-do-caps

 Neste período, são implantados no município de


Santos, Núcleos de Atenção Psicossocial (NAPS) que
funcionam 24 horas, são criadas cooperativas,
residências para os egressos do hospital e
associações.
 A experiência do município de Santos passa a ser um
marco no processo de Reforma Psiquiátrica brasileira.
https://pt.slideshare.net/agavio/saude-mental-aula-3
No ano de 1989, dá entrada no Congresso Nacional o Projeto de Lei do
deputado Paulo Delgado (PT/MG), que propõe a regulamentação dos
direitos da pessoa com transtornos mentais e a extinção progressiva dos
manicômios no país.

 O projeto apresentado por Paulo Delgado estava fundamentado em três artigos


estruturantes: "o primeiro impedia a construção ou a contratação de novos hospitais
psiquiátricos pelo poder público; o segundo previa o direcionamento dos recursos públicos
para a criação de “recursos não-manicomiais de atendimento”; e o terceiro obrigava a
comunicação das internações compulsórias à autoridade judiciária".

 Depois de aprovado na Câmara dos Deputados, o projeto completou onze anos de


substitutivos e postergações no Senado para de lá sair em 1999, numa articulação do
parlamentar proponente, do Ministério da Saúde e do movimento antimanicomial. Voltou à
Câmara já como projeto substitutivo para nova rodada de negociações, aprovação final e
homologação pelo Presidente da República somente em abril de 2001".

 "Grandes, polêmicos, apaixonados e frutíferos debates em todo o país em torno de uma lei,
talvez tenha sido o maior subproduto nessa longa quarentena. ".
É o início das lutas do movimento da Reforma Psiquiátrica nos
campos legislativo e normativo.

Com a Constituição de 1988, é criado o SUS – Sistema Único de


Saúde, formado pela articulação entre as gestões federal,
estadual e municipal, sob o poder de controle social, exercido
através dos “Conselhos Comunitários de Saúde”.

Fonte: https://www.deviante.com.br/noticias/voce-conhece-o-sus/
A partir do ano de 1992, os movimentos sociais, inspirados pelo Projeto de Lei
Paulo Delgado, conseguem aprovar em vários estados brasileiros as primeiras leis
que determinam a substituição progressiva dos leitos psiquiátricos por uma rede
integrada de atenção à saúde mental.

É a partir deste período que a política do Ministério da Saúde para a saúde


mental, acompanhando as diretrizes em construção da Reforma Psiquiátrica, começa
a ganhar contornos mais definidos.

É na década de 90, marcada pelo compromisso firmado pelo Brasil na assinatura da


Declaração de Caracas e pela realização da II Conferência Nacional de Saúde
Mental, que passam a entrar em vigor no país as primeiras normas federais
regulamentando a implantação de serviços de atenção diária, fundadas nas
experiências dos primeiros CAPS, NAPS e Hospitais-dia, e as primeiras normas
para fiscalização e classificação dos hospitais psiquiátricos.
Do mesmo modo, as normas para fiscalização e classificação dos
hospitais psiquiátricos não previam mecanismos sistemáticos para a
redução de leitos.

Ao final deste período, o país tem em funcionamento 208 CAPS,


mas cerca de 93% dos recursos do Ministério da Saúde para a
Saúde Mental ainda são destinados aos hospitais psiquiátricos.
Ao final do ano de 2001, em Brasília, da III Conferência Nacional de Saúde Mental.

Dispositivo fundamental de participação e de controle social, a III Conferência Nacional


de Saúde Mental é convocada logo após a promulgação da lei 10.216, e sua etapa
nacional é realizada no mesmo ano, em dezembro de 2001.

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/3_conf_mental.pdf
A Lei Federal 10.216 (2001) redireciona a assistência em saúde mental,
privilegiando o oferecimento de tratamento em serviços de base comunitária,
dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais,
mas não institui mecanismos claros para a progressiva extinção dos
manicômios.

Ainda assim, a promulgação da lei 10.216 impõe novo impulso e novo ritmo
para o processo de Reforma Psiquiátrica no Brasil.

É no contexto da promulgação da lei 10.216 e da realização da III


Conferência Nacional de Saúde Mental, que a política de saúde mental do
governo federal, alinhada com as diretrizes da Reforma Psiquiátrica, passa
a consolidar-se, ganhando maior sustentação e visibilidade.
A III Conferência consolida a Reforma Psiquiátrica como
política de governo, confere aos CAPS o valor
estratégico para a mudança do modelo de assistência,
defende a construção de uma política de saúde mental
para os usuários de álcool e outras drogas, e estabelece
o controle social como a garantia do avanço da Reforma
Psiquiátrica no Brasil.

É a III Conferência Nacional de Saúde Mental, com


ampla participação dos movimentos sociais, de usuários
e de seus familiares, que fornece os substratos políticos
e teóricos para a política de saúde mental no Brasil.
https://pt.slideshare.net/agavio/saude-mental-aula-3
 O PROCESSO DE DESINSTITUCIONALIZAÇÃO CARACTERIZA-SE POR IMPLICAR
N O V O S C O N T E X TO S D E V I D A PA R A A S P E S S O A S C O M T R A N S TO R N O M E N TA L , B E M
C O M O PA R A S E U S FA M I L I A R E S E “ P R E T E N D E M O B I L I Z A R C O M O ATO R E S O S
S UJ E I TO S S O C I A I S E N V O LV I D O S , M O D I F I C A R A S R E L A Ç Õ E S D E P O D E R E N T R E O S
U S U Á R I O S E A S I N S T I T U I Ç Õ E S E P R O D U Z I R D I V E RS A S A Ç Õ E S D E S A Ú D E M E N TA L
S U B S T I T U T I VA S À I N T E R N A Ç Ã O N O H O S P I TA L P S I Q U I ÁT R I C O ” ( O L I V E I R A ;
M A RT I N H A G O ; M O R A E S , 2 0 0 9 , P. 3 3 ) .

 O PA R A D I G M A D A AT E N Ç Ã O P S I C O S S O C I A L É O B A L I Z A D O R D A S M U D A N Ç A S E M
C U RS O, C O M P R E E N D I D O C O M O S I N Ô N I M O D E C I D A D A N I A ( S A R A C E N O, 1 9 9 6 ) ,
T E N D O T R Ê S E I XO S E S T R U T U R A N T E S : A ) O M O R A R , O U S E J A , H A B I TA R
C O N Q U I S TA N D O T E R R I TÓ R I O S N O V O S N A C I D A D E ; B ) O T R O C A R I D E N T I D A D E ,
M U LT I P L I C A N D O - A , C O M B AT E N D O E D E S C O N S T R U I N D O E S T I G M A S E M I TO S ; E C )
O P RO D U Z I R VA LO R E S D E T RO C A S S O C I A I S , O Q U E I M P L I C A E M A M P L I A Ç Ã O D E
L A Ç O S S O C I A I S , A U M E N TA N D O A C O N T R AT U A L I D A D E , A PA R T I R D O S VA LO R E S
D E S TA C A D O S P E L A S O C I E D A D E , A S S E G U R A N D O P R O C E S S O S D E G E R A Ç Ã O D E
E M P R E G O E R E N D A , P OT E N C I A L I Z A N D O A S C A PA C I D A D E S D A S P E S S O A S C O M
T R A N S TO R N O M E N TA L .
Fonte:https://www.revistahsm.
com.br/post/nao-ha-saude-
sem-saude-mental
 N E S S E N O V O C O N T E X TO, F O I P R O P O S TA A O RG A N I Z A Ç Ã O D A R E D E D E AT E N Ç Ã O À
S A Ú D E M E N TA L , S E N D O E S TA C O N C E I T U A D A C O M O “ U M A T E I A Q U E E N G LO B A
TO D O S O S S E RV I Ç O S D E S AÚ D E , M E C A N I S M O Q U E P O D E P R O M O V E R AU TO N O M I A
E C I D A D A N I A D A S P E S S O A S C O M T R A N S TO R N O S M E N TA I S ” ( O L I V E I R A ;
M A RT I N H A G O ; M O R A E S , 2 0 0 9 , P. 3 9 ) .
PROCESSO DE DESINSTITUCIONALIZAÇÃO
O PROCESSO DE
DESINSTITUCIONALIZAÇÃO
O processo de redução de leitos em hospitais
psiquiátricos e de desinstitucionalização de
pessoas com longo histórico de internação
passa a tornar-se política pública no Brasil a
partir dos anos 90, e ganha grande impulso em
2002 com uma série de normatizações do
Ministério da Saúde, que instituem mecanismos
claros, eficazes e seguros para a redução de
leitos psiquiátricos a partir os macro-
hospitais. Fonte:https://www.riodeserto.com.br/blog/cor
onavirus-atencao-com-a-sua-saude-mental/
O processo de desinstitucionalização de pessoas com
longo histórico de internação psiquiátrica avançou
significativamente, sobretudo através da instituição
pelo Ministério da Saúde de mecanismos seguros para a
redução de leitos no país e a expansão de serviços
substitutivos aos hospital psiquiátrico.

Fonte:https://www.riodeserto.com.br/blog/cor
onavirus-atencao-com-a-sua-saude-mental/
https://pt.slideshare.net/agavio/saude-mental-aula-3
CONCEITOS BÁSICOS EM SÁÚDE
MENTAL
O que é uma pessoa?

Toda pessoa tem uma vida passada e as memórias de uma pessoa com
tudo o que ela viveu, aprendeu e experimentou fazem parte da sua vida
presente e de como ela enxerga o mundo. “Roubar das pessoas seu
passado, negar a verdade de suas memórias, ou zombar de seus medos
e preocupações fere as pessoas.

Toda pessoa tem uma “vida futura” em que deposita seus sonhos,
expectativas e crenças quanto ao futuro que influenciam muito a vida
presente.
Toda pessoa tem uma vida familiar repleta de papeis,
identidades constituídas a partir da história familiar,
propiciando sentimento de pertencimento.

Toda pessoa tem um mundo cultural.

Toda pessoa tem diversos papéis: pai, mãe, filho,


profissional, namorado, amante, amigo, irmã, tio etc.

Toda pessoa tem uma vida de trabalho, que está relacionada


a seu sustento e, possivelmente, de sua família.

Toda pessoa tem um corpo com uma organicidade e anatomia


singular composto por processos físicos, fisiológicos,
bioquímicos e genéticos que o caracterizam.
CONCEITO DE SAÚDE MENTAL

Para se ter saúde não basta o sujeito sozinho, mas é preciso uma
série de fatores externos que vão contribuir para o seu bem estar
geral.

É preciso olhar para o sujeito como um todo: seu corpo, sua mente
e o contexto onde vive e considerar suas necessidades integrais.
Ao olharmos um sujeito em sofrimento mental, não destacamos
nele somente suas fragilidades e limitações, procuramos destacar
também seu lado saudável, suas potencialidades e capacidades.
Atividade

Elaborem um texto

Tema: Saúde Mental antes e após a Reforma Psiquiátrica no Brasil, destacando os


principais aspectos observados (deve ter título e no mínimo 20 linhas e máximo 30
linhas).

49
referências
BRASIL, Ministério da Saúde. Caderno de Atenção Básica: Saúde Mental. Nº 35. Distrito Federal. 2013.

BRASIL, Ministério da Saúde. II Conferência Nacional de Saúde mental/ relatório Final, Brasília, 1992.

______________________III Conferência Nacional de Saúde mental /relatório final, Brasília, 2002.

BRASIL, Ministério da Saúde. Reforma Psiquiátrica e política de Saúde Mental no Brasil. Brasília, 2005.

______________________ Legislação em saúde mental 1990-2004, 5ª ed. ampliada, Brasília, 2004.

SILVA, Wellington Antônio da. Cartilha de Orientação em Saúde Mental. Brasília, 2009.

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