Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA
Para que os objetivos deste estudo fossem alcançados, foi realizado um estudo
de revisão bibliográfica, de cunho exploratório. Foi realizada uma busca nos
principais periódicos científicos relacionados ao tema proposto. Foi criada uma
biblioteca digital com todos os trabalhos relacionados. A partir disso, foram
selecionados os melhores artigos para a elaboração deste estudo.
Visando aprofundar o conhecimento científico sobre o tema, inicialmente,
utilizou-se o procedimento bibliográfico, apresentado por Silva (2014) como a
pesquisa atrelada à inteligência do pesquisador. Considerando o fato de que,
embora vise um objetivo, durante a produção, a preocupação do criador está no
processo, pois é o momento em que realizará a construção teórica que baseará toda
a sua pesquisa para o alcance do resultado almejado.
Consequentemente, a seleção mais criteriosa e focada de artigos científicos e
livros que versassem sobre o assunto, viabilizando a análise com discussão dos
resultados em panorama com o defendido por autores e pesquisadores. Para
realização do levantamento bibliográfico, utilizaram-se as plataformas de pesquisa
científica Google Acadêmico e Scielo
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
O ensino fundamental começa aos seis anos e dura nove anos. Está dividido
em dois ciclos: Ensino fundamental I(do primeiro ao quinto ano) e ensino
fundamental II(do sexto ao nono ano). Na maioria dos estados, cada grupo de
alunos é ensinado por um único professor no primeiro ciclo, enquanto existem
diferentes professores para diferentes disciplinas no segundo ciclo. Embora a
legislação nacional exija que as escolas públicas forneçam 800 horas de instrução
por ano, as instituições privadas frequentemente complementam o currículo oficial e
oferecem 1.000 ou mais horas de instrução.
O currículo inclui português, matemática, história, geografia, ciências naturais,
artes e educação física do primeiro ao quinto ano. Desde 2016, o inglês é uma
disciplina obrigatória a partir da sexta série – uma mudança em relação aos anos
anteriores, quando os estados podiam decidir qual língua estrangeira ensinar, se
houver. Ao concluírem o nono ano, os alunos recebem um certificado de conclusão
do ensino fundamental. Não há exames finais de graduação.
O ensino secundário dura três anos(10ª a 12ª séries), embora alguns programas
vocacionais e programas para estudantes adultos possam variar em duração em
cada estado. É gratuito nas escolas públicas e é obrigatório desde 2013. A maioria
dos alunos que concluíram o ensino fundamental podem aceder ao ensino
secundário sem necessidade de exame de ingresso, embora algumas escolas
competitivas exigem exames de admissão.
A escolaridade é oferecida em instituições de ensino médio(acadêmico geral) e
instituições de ensino técnico (escolas técnicas), bem como em escolas militares e
escolas de formação de professores(discutidas mais abaixo). Muitos alunos
frequentam aulas noturnas. As escolas privadas tendem a estar mais bem equipadas
para oferecer um ensino de maior qualidade, mas desempenham apenas um papel
relativamente menor; 86 % dos estudantes estavam matriculados em instituições
públicas em 2017.
Há um número pequeno, mas crescente, de escolas internacionais de ensino de
inglês nas principais cidades, atendendo a expatriados e às elites ricas.
Normalmente ensinam currículos estrangeiros (EUA, Reino Unido, Bacharelado
Internacional). Algumas dessas instituições cobram taxas de US$1.800 a US$3.000
por mês. Mas, apesar dessas taxas astronômicas, diz-se que muitas escolas têm
longas listas de espera.
O currículo básico nacional( parte comum) inclui as seguintes disciplinas
obrigatórias: português, inglês, língua estrangeira opcional, artes, educação física,
matemática, física, química, biologia, história, geografia, filosofia e estudos sociais.
Até recentemente, um mínimo de 75% do currículo deveria conter instrução nessas
disciplinas, enquanto o restante do currículo( parte diversificada) era determinado
pelos estados ou municípios. No entanto, as reformas em curso desde 2017
aumentaram a percentagem de cursos adaptados localmente para 60 %.
A credencial final concedida pelas escolas acadêmicas gerais regulares é o
Certificado de Conclusão do Ensino Médio, às vezes também chamado de Diploma
de Nível Médio ou Diploma de Ensino Médio (diploma do ensino secundário). As
pessoas que abandonaram a escola têm a opção de adquirir a certificação de
conclusão do ensino secundário através da realização de um exame de equivalência
denominado Exame Nacional de Certificação de Competências de Jovens e Adultos
( ENCCEJA).
Há também o Exame Nacional do Ensino Médio(ENEM) organizado pelo MOE.
Porém, a realização do ENEM não é obrigatória para a formatura e os alunos que
não desejam cursar o ensino superior não precisam realizá-lo. Realizado em
novembro de cada ano, é composto por 180 questões de múltipla escolha, o exame
foi originalmente introduzido para avaliar o desempenho dos alunos e medir a
qualidade de escolas individuais e do ensino médio no Brasil em geral.
Além disso, passou a ser utilizado para fins de ingresso em IES públicas e
diversas privadas, bem como para determinar a elegibilidade de alunos a bolsas
governamentais de ensino superior, como os programas PROUNI e FIES. O ENEM
é considerado o maior teste nacional do mundo depois do massivo exame Gaokao
da China - 5,5 milhões de alunos inscritos para fazer o ENEM em 2018. Além de
representar alunos matriculados na 12ª série, esse número inclui alunos externos
independentes e alunos mais jovens(treineiros) que fazem o exame para fins
práticos e de autoavaliação.
O total de matrículas no ensino secundário diminuiu nos últimos anos, tal como
no ensino básico, devido à diminuição das taxas de fertilidade. Havia 7,7 milhões de
estudantes do ensino secundário em 2018, em comparação com 8,3 milhões em
2009.
Apesar do progresso no aumento das taxas de participação, o Brasil ainda tem
uma das maiores parcelas de adultos sem ensino médio em comparação com
adultos nos países da OCDE. Em 2018, apenas “69% dos jovens entre os 15 e os 19
anos” estavam matriculados em qualquer nível de ensino, bem abaixo da média da
OCDE de 85% ”.
Segundo algumas estimativas, 2,8 milhões de estudantes brasileiros com idades
entre 15 e 17 anos abandonam a escola todos os anos devido a restrições
financeiras, necessidade de trabalhar, baixa preparação acadêmica, gravidez na
adolescência ou falta de interesse ou transporte. Como em todos os níveis da
educação brasileira, as taxas de participação e evasão são muito mais favoráveis
nas áreas urbanas industrializadas do que nas regiões mais rurais e periféricas.
A raça, em particular, está fortemente correlacionada com o sucesso académico
e a pobreza. Três em cada quatro pessoas que vivem em extrema pobreza no Brasil
têm pele negra ou parda. Os negros não só têm taxas de aproveitamento mais
baixas em todos os níveis de ensino, mas também taxas de homicídio e
encarceramento mais elevadas do que os brancos. Dada a prevalência do racismo
estrutural, é improvável que a matrícula universal no ensino secundário se torne uma
realidade no Brasil tão cedo.
Para reduzir as taxas de abandono escolar, o Brasil está atualmente a
implementar uma série de reformas. Uma reforma educacional de 2016 ampliou o
número de horas obrigatórias de instrução em sala de aula nas escolas públicas de
800 para 1.400 por ano para dar aos alunos mais tempo para dominar o currículo –
uma mudança que será implementada gradualmente, em duas etapas: 1.000 horas
a partir de 2017, e 1.400 horas a partir de 2022.
Além disso, os estudantes terão mais liberdade para adaptar os currículos aos
seus interesses: pelo menos 60 % dos currículos secundários serão compostos por
disciplinas especializadas e optativas, incluindo disciplinas vocacionais baseadas em
competências. Haverá maior flexibilidade para alterar o formato das aulas para
incluir estágios, laboratórios ou projetos.
A educação online é permitida se não exceder 20% das horas letivas dos
programas(30% no caso de programas oferecidos à noite). As reformas ainda estão
em fase de finalização, mas serão implementadas gradativamente em cada estado.
A esperança é que os novos currículos estimulem o pensamento crítico e sejam
mais envolventes para os alunos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CORRÊA, Adriana; MORGADO, José Carlos. Os contextos de influência política e
de produção de texto no currículo nacional brasileiro. TEXTURA-Revista de
Educação e Letras, v. 22, n. 50, 2020.
PEREIRA, Júlio Emílio Diniz; FLORES, Maria José Batista Pinto; FERNADES, Filipe
Santos. Princípios gerais para a reforma dos cursos de licenciatura no Brasil.
Interfaces da Educação, 2021.
ZOTTI, Solange. As reformas curriculares do ensino médio no Brasil nos anos 90.
Educere et Educare, 2015.