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CARLOS ... , menor impúbere, representada por sua mãe ..., nos
autos do processo em epígrafe, inconformada com a r. sentença de fls. ____, vem
respeitosamente à presença de V. Exa., com fundamento nos artigos 1009 do Novo
Código de Processo Civil, interpor a presente
APELAÇÃO
Diante do exposto:
a) Requer que seja intimada a parte contrária para interpor contra- razões,
b) Requer a remessa dos autos para o exame do do Egrégio Tribunal de Justiça de (...),
Nestes termos,
Pedem deferimento.
Processo: N° ...
Apelantes: CARLOS...
Apelados: ESTADO DE MINAS GERAIS...
Origem: (...)ª Vara Cível de (...)
Eméritos Julgadores,
Colenda Turma,
Eméritos Desembargadores,
O MM. Juízo a quo, a despeito dos atos probatórios que atestaram a ocorrência
do dano e do nexo de causalidade, proferiu decisão que acolheu a alegação de
prescrição, e eximindo de culpa o Apelado, julgando o processo extinto com resolução
de mérito nos termos do art. 487, II, do Novo Código de Processo Civil.
II- DO DIREITO
O presente recuso a preenche os requistos de admissibilidade,
TEMPETIVIDADE
PREPARO
Por meio de silogismo com o posto no artigo 936° CC, pode-se associar a
existência de nexo de causalidade entre o serviço prestado no hospital, representante do
Estado, e o dano verificado ao Apelante, para que surja o dever de indenizar, fato este
que amolda-se perfeitamente para a caracterização da responsabilidade objetiva do
Estado, uma vez que condiciona ao preenchimento de três requisitos: conduta estatal,
dano e nexo de causalidade entre a conduta e o dano, gerando o direito a
indenização .Conforme decisão proferida pelo TRF- CE:
CONSTITUCIONAL, CIVIL E ADMINISTRATIVO.
RESPONSABILIDADE DO ESTADO POR ERRO MÉDICO.
DANOS MATERIAL E MORAL. RAZOABILIDADE DA
REPARAÇÃO FIXADA NA SENTENÇA. APELAÇÕES E
REMESSA OFICIAL IMPROVIDAS. 1. Em face da responsabilidade
objetiva do Estado, de assento constitucional, cabe à vítima de erro
médico em hospital público, não havendo culpa sua, concorrente ou
exclusive, indenização pelos danos materiais e morais que sofrer. 2. A
reparação dos danos físicos há de buscar, o quanto possível, o retorno
à situação anterior ao evento, e basear-se na efetiva extensão e
repercussão das lesões e seqüelas, conforme apurado em perícia, não
na simples afirmação de uma gravidade não de todo comprovada. 3. É
inviável indenizar alegados traumas psíquicos cuja demonstração não
foi feita, muito menos uma perda de função ¾ ainda mais de caráter
íntimo ¾ não constatada, mas apenas aduzida, sem suporte probatório.
4. A indenização dos danos materiais há de incidir sobre as lesões
patrimoniais efetivamente demonstradas, não se podendo perseguir
valores, ainda mais de elevadíssimo valor, com base em especulações
sem qualquer base concreta, muito menos no tocante a supostos lucros
cessantes de uma carreira profissional inteiramente ainda em projeto.
5. A indenização do puro dano moral não pode constituir-se em
enriquecimento ilícito; conquanto imensurável, há de conter-se nos
limites da razoabilidade, que se têm exteriorizado, na melhor, mais
fundamentada e prevalente jurisprudência, por montantes que se
ajustam à realidade do caso concreto. 6. Tendo fixado reparação
coerente com essas características, impondo ao estado a obrigação de
reparar o dano causado por imposição, de um lado, de obrigação de
fazer (dar tratamento, cirúrgico e clínico, recuperar), e, de outro, de
pagar (os danos materiais efetivamente apurados, e, em padrão
aceitável, o dano moral) a sentença é de ser mantida. 7. Apelações e
remessa oficial às quais se nega provimento.
- à pagar de R$40.000,00, pelos danos morais sofridos, com correção monetária desde a
data dos fatos e juros de mora;
- à pagar R$50.000,00, pelos danos materiais sofridos, com correção monetária desde o
desembolso dos valores e juros de mora;
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
CIDADE, ANO
Advogado
OAB/MG xxx
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