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REVELANDO OS SEGREDOS DO
EMAGRECIMENTO
PERGUNTAS E RESPOSTAS
Charles Lucena
2022
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Sobre o autor
Charles Lucena é formado em Educação Física pelo
Centro Universitário do Rio Grande do Norte (2017),
possui mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em
Educação Física na Universidade Federal do Rio Grande
do Norte (2021) e, atualmente, é doutorando pelo
Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia na
Universidade Federal de Pelotas. Charles é professor,
pesquisador e treinador, com ênfase principalmente em
emagrecimento, hipertrofia, atividade física,
comportamento sedentário e doenças cardiovasculares.
Charles Lucena
2022
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APRESENTAÇÃO DO E-BOOK
A minha maior motivação para escrever esse e-book foi quando eu comecei a postar
nas redes socias, em meados de 2015, e percebi que havia muitas informações divergentes
do exercício físico, que é o meu foco. Assim, motivado pelo meu professor de iniciação
Nesse contexto, pouco tempo depois, eu comecei a refletir sobre algumas coisas, tais
como: “bom, será mesmo que tantas informações discordantes assim ou alguém está
mentindo?”. Pouco tempo depois eu fui entendendo algumas coisas e descobri a resposta,
e vou revelar uma boa parte aqui nesse e-book, de forma gratuita, para leigos e profissionais
da saúde.
Mas, antes de iniciar, deixe-me falar uma coisa: você com certeza já deve ter visto
esta imagem abaixo, acompanhada da seguinte frase: “só porque você está certo, não
significa que eu estou errado – você apenas não viu a vida do meu lado”. Bom, será
mesmo? Sugiro uma reflexão: imaginem que isso é uma vaga de garagem de um condomínio
– então, entendo que um dos dois precisa estar certo. Obviamente, a vaga não pode ser 6 e
9 simultaneamente, concorda? Então, saiba que essa lógica é a mesma para muitas
quando essas decisões são pautadas em boas evidências, de certo modo, apenas um lado
está correto.
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Dito isso, a minha ideia, desde que comecei a me envolver com aulas e escrita
científica, era falar e/ou escrever de forma simples, objetiva e direta, de modo que uma
criança pudesse entender. A ideia desse e-book é, realmente, tornar o entendimento sobre
emagrecimento o mais didático possível, esclarecendo dúvidas que eu tinha e, agora, quero
compartilhar com vocês. Eu espero, de todo coração, que esse e-book possa ajudá-lo(a) de
com intuito de ser direto e objetivo, mas com muita ciência envolvida. Apesar de ser direto
ao ponto, sem enrolações, as respostas serão completas e mudarão a forma como você
Para fins didáticos, o e-book será dividido em 2 partes: a primeira, será sobre fisiologia
Boa leitura!
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PARTE 1
(Balanço energético, bioquímica e
fisiologia do emagrecimento)
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PERGUNTAS E RESPOSTAS (PARTE 1)
Sim. A obesidade é classificada como doença de acordo com o CID-10 E66, que é
classificação de doenças.
A obesidade, além de ser uma doença, é classificada também como um fator de risco
para diversas outras doenças crônicas não transmissíveis, como câncer, hipertensão,
palavras, não existe uma causa única para que as pessoas possam ganhar peso,
especialmente gordura.
Mas, antes, deixa eu explicar uma coisa: do ponto de vista fisiológico, as pessoas
seguinte equação:
Simplificando, essa equação nos diz que ganhamos peso quando a nossa ingestão
energética ou calórica é maior do que o nosso gasto energético total. Então, é aquela ideia
do “comer muito e gastar pouco” que muitas pessoas falam (no senso comum). Sim, do
modo físico/matemático é isso que acontece. No entanto, essa equação é influenciada por
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diversos fatores, tais como: inatividade física; consumo excessivo de álcool; tabagismo; uso
praticamente impossível definir um único, porque como eu mencionei, o que acontece quase
O balanço energético trata-se de uma equação que envolve dois componentes bases:
e ingestão energética, evitando com que as pessoas reduzam ou aumentem o peso de forma
gerar um desequilíbrio nesse balanço energético, fazendo com que você possa ganhar ou
perder peso.
mas o modo como as pessoas ganham peso é dependente desse balanço energético. Vem
energética (consumo de alimentos) igual ao seu gasto energético (que é influenciado por
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vários componentes – e vou explicar isso em seguida). Portanto, esse estado NEUTRO faz
com que os indivíduos mantenham o peso. Em outras palavras, é como se uma mulher
adulta, de 35 anos, consumisse 3000 kcal por dia e gastasse a mesma quantidade (incluindo
todos os componentes do gasto energético) ou próximo disso. Então, 3000 kcal de ingestão
= 3000 kcal de gasto, o balanço energético é neutro e, portanto, na maioria das vezes, não
indivíduo está consumindo mais calorias do que o seu gasto – em outras palavras, é o que
chamamos de comer mais e gastar menos. Então, esse é um cenário que gera um
cerca de 4500 kcal por dia e gastasse apenas 3000 kcal, então, ele ficaria com um “saldo”
O nosso corpo não obedece a um modelo matemático exato, então esses números
O excesso de calorias advindas do balanço energético positivo não vai ser acumulado
massa magra (que envolve líquido, músculos, etc.; embora a sua forma primária de
armazenamento é a gordura.
calorias do que o ingerido, e isso é que faz com que ele reduza o peso, promovendo o
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Quando um nutricionista ou profissional de educação física fala que o paciente precisa
emagrecer, é basicamente isto que ele(a) está falando: “olhe só, você precisa se exercitar
mais para aumentar seu gasto calórico diário e, simultaneamente, reduzir o seu consumo
calórico”.
dia e gastasse 2500 kcal, promovendo um déficit calórico de 500 kcal por dia. Mas, é
importante frisar novamente: apesar de ser uma simples equação, os valores numéricos são
apenas para tentar ilustrar e deixar a explicação mais fácil – nosso corpo não funciona de
O gasto energético total (GET) tem tudo a ver com o balanço energético que eu citei
na pergunta anterior, e você vai descobrir o porquê. Basicamente, o GET é a energia que o
entendemos que é justamente a partir desse fornecimento de energia que o nosso corpo,
O GET não é uma unidade por si só, ele é, além disso, um conjunto dos seguintes
componentes: gasto energético de repouso (GER); efeito térmico dos alimentos (ETA) e
gasto energético da atividade física (GAF) – Então ele pode ser representado pela seguinte
equação:
Dito isso, é muito intuitivo pensar que embora a equação do balanço energético seja
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para, então, construirmos um planejamento dietético, bem como um programa de exercício
Gasto energético de repouso: pensando pelo conceito bioquímico mais ortodoxo (fiel) dos
entanto, medir a TMB é difícil, sobretudo porque é feita apenas em condições laboratoriais.
Portanto, o que medimos no dia a dia é o gasto energético de repouso (GER), que pode ser
um pouco superior a TMB (3-5%). Basicamente podemos obter esse dado através de duas
formas: (1) calorimetria indireta (que mede o gasto energético através de trocadas gasosas
de oxigênio (O2) e dióxido de carbono (CO2); ou (2) fazer uma estimativa através de
60-70% do GET – com uma variação entre os indivíduos, que é dependente da composição
Efeito término dos alimentos: alguns autores consideram o ETA como termogênese
induzida pela dieta (TID), que no final das contas é apenas um outro termo para explicarmos
no organismo. Ficou mais fácil de entender, né?! É simples, olha só: toda vez que ingerimos
etc., e como nos alimentamos várias vezes ao dia, esse componente também faz parte do
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Gasto energético da atividade física: o último componente do GET, que é o GAF,
exercício físico (que são aquelas atividades programadas, do tipo musculação, corrida,
natação, ciclismo, etc.); e (2) gasto relacionado com a atividade física diária, que são aquelas
atividades “não planejadas” que fazemos durante o dia. Alguns exemplos: caminhada até o
energético total (GER, ETA e GAF) possuem uma variabilidade entre os indivíduos. Então,
esses números que eu citei podem ter variações, considerando o peso, sexo, idade, nível de
(lembre-se que é uma medida parecida com o GER), porque exige que tenhamos uma
calorimetria indireta disponível, o que é bem difícil para a maioria dos casos. Dessa forma,
nutricionistas e profissionais de educação física (na maioria das vezes) estimam o GER
entanto, é provável que para obesos e/ou fisiculturistas ocorra uma superestimativa ou
Na próxima edição do e-book que será ainda mais completa, eu darei informações
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8- Então se eu quero emagrecer é só comer menos e gastar mais?
Pensando de forma simplista, sim. No entanto, sabemos que na prática não funciona
dessa forma. O segredo não está só em comer menos e gastar mais, mas sim, em: O QUE
COMER, QUANDO COMER e COMO GASTAR. O que eu quero dizer com isso é o seguinte:
você pode atingir um déficit calórico comendo alimentos mais palatáveis – “alimentos tidos
péssima qualidade. Sim, em termos práticos, é um déficit calórico – RUIM, mas não deixa
de ser um déficit calórico. Imagine que você pode comer apenas 1 hambúrguer no café da
manhã e uma fatia de pizza à noite. Provavelmente, você vai entrar em déficit calórico, mas,
sem dúvidas vai ser um emagrecimento de péssima qualidade, sem nenhuma adesão
pensando no longo prazo, e logo seu corpo vai dar sinais de má nutrição.
Em outras palavras, o que eu quero dizer é que o segredo de tudo está em COMO
você vai promover esse déficit calórico. A indicação é sempre procurar um bom nutricionista
para inserir alimentos que sejam adequados para cumprir as recomendações nutricionais, e
Essa é uma dúvida bastante comum. Inclusive, durante muito tempo alguns
Vejam só: aumentar 1 kg de músculo (o que é bastante difícil) aumenta a sua taxa
metabólica em 13 kcal. Sim! Apenas 13 kcal! O que eu costumo dizer é: ter músculos é uma
condição EXCELENTE por diversos motivos, mas não em função do gasto calórico, porque
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é um valor irrisório. Pensem assim: eu quero construir músculos! No entanto, NÃO PELO
GASTO CALÓRICO, mas sim por diversos outros benefícios que também irei abordar no
próximo e-book.
medicamentos, etc);
Essa resposta vai ser um complemento da pergunta 8. Aqui, vamos estabelecer uma
regrinha, tudo bem? É o seguinte: vou falar apenas de uma dieta e exercício em condições
baseado em dietas da moda ou exercícios que prometem milagres. Tudo bem? – No próximo
e-book, que será ainda mais completo, escreverei sobre isso, junto com um nutricionista,
Dito isto, o que temos na literatura é que existem diversas formas para promover o
emagrecimento, isto é, colocar o paciente em déficit calórico. Existem algumas formas que
são mais agressivas e promovem uma perda de peso mais rápida, porém, não são
dietas muito restritivas, tipo com 500 kcal. É óbvio que as pessoas vão emagrecer, porque
em tese isso estará até abaixo da TMB, mas, é uma dieta que tem pouca adesão, e o
Existem também alguns medicamentos que de fato são úteis para o emagrecimento,
e aqui eu não estou falando de ioimbina, l-carnitina ou qualquer outro termogênico que vende
em qualquer loja de suplemento. Aqui eu enfatizo remédios que são baseados em evidência,
e que devem ser utilizados apenas com prescrição médica, dados os diversos riscos. Ainda,
há processos cirúrgicos, como a cirurgia bariátrica, que é indicada para paciente com
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obesidade, mas que devem cumprir alguns critérios para a cirurgia.
uma dieta bem planejada + exercício físico, incluindo musculação e treinamento aeróbio.
Você até pode emagrecer fazendo apenas dieta, mas pensando em manutenção da
manutenção. O emagrecimento apenas com o exercício físico de forma isolada é bem mais
difícil, dado que precisaríamos de um volume e intensidade elevados, o que é difícil para a
O modelo estático considera que o indivíduo vai perder peso de uma maneira
processo de emagrecimento que impedem que isso aconteça. Por outro lado, o modelo
considera que o indivíduo vai fugir da dieta, reduzir atividade física, etc.
matemático, trata-se de uma equação que considera a redução de peso de uma forma
você estivesse descendo uma ladeira totalmente íngreme, sem variações. Esse é um
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Imagine se reduzirmos cerca de 500 kcal por dia, ao final de 7 dias teríamos uma
redução de 3500 kcal (o somatório), o que daria cerca de 500 g de gordura, considerando
que Max Wishnofsky (um cientista da década de 50) verificou que para reduzir 1 kg de
gordura, precisaríamos perder 7700 kcal. Vou mostrar um exemplo para ficar mais claro o
Um paciente que pesa 110 kg, com déficit calórico de 700 kcal por dia durante 3 meses
Em tese, o peso final do indivíduo após os 3 meses (90 dias) de déficit calórico seria
adaptativa, fazendo com que a redução de peso passe por flutuações – e isso já é
bem esperado.
(2) Outro ponto importante é que durante a redução de peso, essa equação considera
Em outras palavras, o que quero dizer é que não dá pra resumir esse fenômeno que é
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13- O que é modelo de emagrecimento dinâmico?
considera todas essas adaptações ao longo do processo (aumento da fome, fugas da dieta
termogênese adaptativa, redução da atividade física, etc.) e, portanto, é o que deve ser
educação física entendem isso perfeitamente. Uma equação que pode ser utilizada para
estimarmos a redução de peso no modelo dinâmico durante um ano é: DÉFICIT / 24. Então,
como exemplo, se temos um déficit calórico de 600 kcal por dia, teríamos o seguinte: 600 /
Mas, claro, né, gente: entendam que as pessoas perdem peso de maneira diferente
e que há uma variabilidade muito grande entre vários indivíduos. Eu sempre utilizo um
uma dieta 100% igual, com mesmo déficit e fazendo a mesma quantidade de exercício por
dia, durante 3 meses. Ao final, você vai ver que há pessoas que PERDERAM PESO, outras
quando o indivíduo para de perder peso, ou seja, passa por um período de estagnação. Em
outras palavras, ele começa perdendo 2kg por semana, e depois de 4 meses, por exemplo,
estaciona, e não sai mais daquele peso – a partir daí, começa a alegar que o metabolismo
é lento e que não está vendo mais resultados. A grande verdade é que precisamos pensar
sempre naquele balanço energético que eu citei lá em cima: se o indivíduo está de fato em
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déficit calórico, ele vai continuar perdendo peso, embora em uma menor magnitude depois
de um tempo. Qualquer coisa fora disso está violando o princípio da conservação de energia.
Muitos alegam o seguinte: “professor, eu estou em déficit calórico, mas não consigo
perder peso.” Automaticamente eu penso que ele não está em déficit calórico, porque essa
Subestimando a ingestão calórica (achar que consome 2000 kcal, mas está
Superestimar o gasto energético do exercício físico (achar que gasta 600 kcal em um
treino, mas está gastando 300 kcal na verdade) – especialmente para quem usa
iludam.
sempre acha que porque treinou pesado, pode chegar em casa e comer uma pizza, batata
As pessoas passam a se exercitar mais (treinar mais musculação, por exemplo), mas
durante o resto do dia aumenta o comportamento sedentário (fica muito tempo sentado);
calórica diária.
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15- Não consigo emagrecer, será que o meu metabolismo é lento?
maioria das vezes é realmente a falta de adesão a dieta e exercício e a estimativa errada do
gasto energético – exemplo: você acha que está gastando 500 kcal com exercício, mas está
gastando 200 kcal na verdade. Você acha que está comendo 2000 kcal por dia, mas na
verdade está comendo 3500 kcal – ou seja, essas estimativas erradas criam a falsa
sensação de que o seu metabolismo é lento, o que é um grande equívoco. Então, sempre
sugiro prestar atenção aos comportamentos no dia a dia e observar se está fazendo algo
Para finalizar esse capítulo, vamos falar sobre sono e emagrecimento. Quando
redução de peso, porque é durante ele que ocorrem algumas regulações hormonais
importantes. Mas, pode influenciar? Sim. Apesar de ser uma literatura recente, e que ainda
carece de evidências mais sólidas, existem estudos que demonstram que a privação do sono
está relacionada com recompensas alimentares, ou seja, pessoas que dormem de forma
insuficiente (<6 horas/dia) possuem menor saciedade e, por consequência, passam a comer
mais.
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Nota: muito obrigado pela leitura desse capítulo, eu espero muito que você tenha gostado.
Mas, deixa eu te contar um segredo: vem muito mais nos próximos meses.
Essa sequência de perguntas e respostas não é nem 1% do material que vou lançar no final
de outubro, ainda mais completo, com perguntas e respostas ainda mais detalhadas,
utilizando figuras, tabelas e muitos exemplos práticos. O e-book “REVELANDO OS
SEGREDOS DO EMAGRECIMENTO 2.0” vem com tudo, aguardem!
Mas, calma, não acabou ainda. Desce mais um pouco que agora vou abordar sobre a
fisiologia do exercício no emagrecimento.
REFERÊNCIAS
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adaptive thermogenesis. The American of Clinical Nutrition, v. 97, n. 5, p. 990-994, 2013.
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GREENWAY, F. L. Physiological adaptations to weight loss and factors favouring weight regain. International
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HILL, James O.; WYATT, Holly R.; PETERS, John C. Energy balance and obesity. Circulation, v. 126, n. 1, p.
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JAMES, Philip T. et al. The worldwide obesity epidemic. Obesity research, v. 9, n. S11, p. 228S-233S, 2001.
MÜLLER, Manfred J.; ENDERLE, Janna; BOSY-WESTPHAL, Anja. Changes in energy expenditure with weight
20
gain and weight loss in humans. Current obesity reports, v. 5, n. 4, p. 413-423, 2016.
ROSENBAUM, Michael et al. Long-term persistence of adaptive thermogenesis in subjects who have
maintained a reduced body weight. The American journal of clinical nutrition, v. 88, n. 4, p. 906-912, 2008.
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PARTE 2
(Fisiologia do exercício e
emagrecimento)
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PERGUNTAS E RESPOSTAS (PARTE 2)
O que a literatura mostra hoje, é que o exercício físico tem um papel discreto/modesto
apenas o gasto calórico, porque ele é facilmente compensado pelo aumento da ingestão
calórica e redução da atividade física diária. Em outras palavras, deixe-me tentar explicar:
no primeiro ponto, eu quero dizer que as pessoas treinam e acham que vestiram uma “capa”
antiobesidade, logo, podem sair do treino e comerem o que quiserem, o que não é verdade.
Não existe esse crédito/bônus que as pessoas acham que existem. Pessoal, é simples:
treine pesado e continue seguindo a dieta. Não se iludam achando que estão imunes ao
ganho de peso.
Outro ponto importante é que muita gente treina pesado, mas, durante todo o dia fica
seja, as pessoas, automaticamente reduzem a quantidade de atividade física diária (que são
as atividades como limpar a casa, o jardim, lavar louça, etc.), e isso tem uma boa contribuição
18- Então você está dizendo que o exercício não é importante para o
emagrecimento?
pessoas estão fazendo DIETA + EXERCICIO (o combo perfeito), elas se sentem mais
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motivadas e, portanto, conseguem seguir por mais tempo. Tenho percebido que quando as
pessoas perdem o controle de algo (chutam o balde) – tipo de dieta, também costuma chutar
Percebam que o que eu falei sobre um efeito discreto, foi apenas para o gasto
calórico, porque de fato é, exceto quando as pessoas treinam sempre com um alto volume
Aproveitando a oportunidade, eu queria deixar claro que você deve começar a treinar
Durante muito tempo, algumas pessoas com muitos conflitos de interesse envolvidos
(vendiam livros, cursos, etc.), estavam fazendo comparações, gerando uma “guerra” entre
como HIIT versus o aeróbio moderado contínuo. A verdade é que, no mundo, cerca de 27%
não gerar essa guerra de qual exercício é melhor. Mas, vamos à resposta:
cardíaca máxima – João poderá dar estímulos alternados, ou seja, tiros intensos,
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Pedro vai percorrer 5 km em uma intensidade moderada, em cerca de 60-70% da
Pessoal, isso é volume equalizado. Nesse caso, a distância é a mesma. Ambos vão
fazer 5 km, mas João vai chegar mais rápido. Pedro está indo de forma moderada, mas fará
energético, quando o volume é equalizado (distância), não muda muito. Então, sempre foque
processo de emagrecimento, mas, não pensando apenas no gasto calórico, porque como
intensidade. Como profissional cético, não vejo sentido em fazer comparações desse tipo.
Se puder, faça ambos, porque você vai ter a possibilidade de aumentar o gasto energético.
Se você gasta 300 kcal na musculação e 200 kcal no aeróbio, então já somamos um gasto
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energético de 500 kcal, sem contar os diversos benefícios fisiológicos que você irá obter em
ambas as modalidades.
Durante muito tempo as pessoas pensaram que fazer aeróbio em jejum (AEJ) era
melhor do que o aeróbio em estado alimentado para a redução de peso, principalmente por
aumentar a lipólise, devido aos baixos níveis de insulina. No entanto, os grandes estudos
Então, o principal ensinamento é: escolha a modalidade que você gosta e que você
Antes de tudo, vou conceituar o EPOC. Basicamente, é a sigla em inglês para excess
consumindo oxigênio após uma sessão de exercício. Muitas pessoas vendem alguns
modelos de treinamento, alegando que ele vai promover um maior EPOC, e, portanto,
(e parece óbvio), é DURANTE o exercício. Depois, em termos simples, o seu corpo precisa
deve ser essencialmente no que você gasta durante o exercício, com diferentes substratos
ponto não é apenas esse, mas sim, o contexto geral, ou seja, como você se comporta
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durante o dia em termos de alimentação, sono e atividade física diária, fazendo com que
Segundo ponto, e pra finalizar essa parte do e-book, é importante deixar claro que o
EPOC é irrelevante, porque basicamente ele vai aumentar em cerca de 75 kcal (exercício
mais intenso) e cerca de 20-30 kcal em exercícios moderados. Então, a pergunta que fica é:
Então, o EPOC de fato existe (e isso é inegável), mas promove alterações irrelevantes
tratando-se de emagrecimento. Lembre-se que tudo depende do contexto e o que você fará
no resto do dia. Não foque unicamente no contexto específico, mas sim no GLOBAL.
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Com isso, pessoal, chegamos ao fim da primeira parte desse e-book, onde quis trazer (e
espero que com sucesso) alguns pontos importantes sobre o emagrecimento, que é onde
muita gente tem dúvida. Espero que coração que vocês tenham gostado.
Eu reforço, inclusive, que esse e-book de perguntas e respostas não é nem 1% do material
que vou lançar no final de outubro, ainda mais completo, com perguntas e respostas ainda
mais detalhadas, utilizando figuras, tabelas e muito mais. O e-book “REVELANDO OS
SEGREDOS DO EMAGRECIMENTO 2.0” vem com tudo, aguardem!
REFERÊNCIAS
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Clinical Gastroenterology, v. 18, n. 6, p. 1009-1029, 2004.
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Metabolism and Cardiovascular Diseases, v. 23, n. 11, p. 1037-1042, 2013.
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in cardiovascular diseases, v. 61, n. 2, p. 206-213, 2018.
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