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Tradução: U. Mota,
Jessica Markab, Vickye, Kla.
Formatação: Luh
Campanha
Tripp
Tentei ficar longe. Tentei me concentrar nos negócios. Mas o sorriso de Terra era
como um tiro no coração.
Terra
Vi um monte de coisas terríveis em minha vida.
Cresci rodeada por mentiras e enganos, mas consegui fugir de tudo isso. Até
que o conheci.
Deveria ter ficado longe, mas minha atração por ele, minha necessidade dele,
anulou a minha lógica.
Agora eu o amo.
Nunca quis ser a princesa da máfia, mas mia famiglia tinha outros planos. E o
que mia famiglia quer... ela consegue.
Terra
— Vá. Embora.
— Cale-se.
Ele era tão bonito que o aperto de Vincent contra mim tornou-se
secundário.
Oh meu Deus!
Tudo o que ele fez foi falar e eu já estava derretida em uma poça
de desejo.
E então aconteceu.
Depois que isso aconteceu, percebi que ele não fez isso com os
punhos fechados. Ele tinha feito com as mãos abertas.
THE GUM RUNNER
Ele ficou na frente de Vincent em uma posição de combate que
iria assustar e manter afastado qualquer homem.
Quem é você?
— Uhhm...
— Testa di cazzo2!
— Acabou?
Sem problemas?
— Você o conhece?
— Ex-irritado.
Olhei para o carro. A placa dizia TRIPP. Eu fiz uma nota mental
e sorri para mim mesma.
Meus olhos caíram para Vincent, que parecia com muita dor.
— Vou ficar por aqui e ter certeza de que ele se levante — disse
ele.
THE GUM RUNNER
— Você vem sempre aqui?
Depois que eu disse, me senti como uma tola. Parecia tão clichê.
Bem, Michael, meu lindo amigo fodão, essa não vai ser a última
vez que você me verá.
Michael
Ele não precisava saber isso, mas minha mente ainda estava na
garota do café. Sua atitude, coragem e aparência deslumbrante
tornaram difícil de descartá-la como apenas outra mulher. Sem
desviar os olhos da papelada, o saudei.
— Seria melhor fazer isso. Espero que seu dia tenha sido bom.
— O que?
THE GUM RUNNER
— Eu espero que seu dia tenha sido bom.
— Significa que espero que seu dia tenha sido bom. Porque o
meu foi uma merda.
— Mais ou menos.
Cap assentiu.
— Sim.
— Sim.
— Não sei quem era e eu não poderia dizer tudo o que ele disse,
estava muito ocupado batendo nele enquanto tentava falar.
Apertei os olhos.
— Como eu?
— Parecia que ele era de Nova York ou algo assim. Você sabe,
tinha aquele sotaque da costa leste. Talvez
Boston. Definitivamente de algum lugar no Leste.
— Ok, chefe.
— Sim.
Suspirei pesadamente.
— Porra.
— O quê?
— Quem?
Ele riu.
— Cafetões e italianos.
— E agora? — Perguntou.
— Muito? — Perguntei.
THE GUM RUNNER
— Muito mesmo. Não tinha tomado meu café ainda e fiquei
acordado até tarde assistindo Netflix, então não estava com
vontade de ter alguém falando no meu ouvido.
— Não.
Assim que ele saiu do meu escritório, minha mente não foi para
o trabalho, ou Cap bater num homem e deixá-lo no
estacionamento de um posto de gasolina. Desviou-se para onde
tinha estado quase todo o dia.
Terra.
Mas não tinha ideia do que ia ter que fazer para limpar a minha
mente de Terra.
THE GUM RUNNER
E eu não sabia se queria.
THE GUM RUNNER
Terra
Querido Deus.
— Terra?
Lancei meu cabelo sobre meu ombro e me virei para ele. — Oh,
oi. Michael, certo?
Você o quê?
— Ah, é mesmo?
— Parece bom.
— Wilson — menti.
— Até agora, tem sido muito lucrativa. Com alguma sorte, vai
continuar assim. Estou pensando em me aposentar dentro de
poucos anos e mudar para Belize.
— Sério?
— Obrigada.
— Então, além de dar chutes nas partes dos caras, o que você
faz? — Perguntou.
— Com o que?
E eu gostei.
— Sapatos, hein?
THE GUM RUNNER
Apertei os olhos. Talvez não tenha convencido Michael o
suficiente.
— Nada.
— Você notou.
— Sou observador.
4 Christian Louboutin Christian Louboutin é um designer francês de calçadosque lançou sua linha de sapatos
principalmente femininos na Feança. Sua marca registrada é a sola solas vermelhas em sapatos, exceto quando o sapato em si
é todo vermelho também.
THE GUM RUNNER
— Não sei.
— Claro.
— E ele deveria.
Puta merda.
Nervosamente cobri meu anel com a mão direita e olhei para ele
em choque. Ou talvez estivesse impressionada. O que quer que
fosse, eu estava paralisada em minha cadeira, olhando para ele
com os olhos arregalados e a boca aberta.
Uau.
Estava atrás dele por outras razões. E parecia que a lista estava
crescendo.
— Meu pai me deu o anel. Ele disse que iria manter os caras
longe. E, você estava certo sobre tudo. É loucura ter percebido
tudo isso.
— Como assim?
THE GUM RUNNER
— Desenvolvo opiniões baseadas no que penso e não
necessariamente no que sei que é verdade. Em minha opinião, se
eu acreditar, é fato. Então, quando entro em uma sala, faço um
levantamento das pessoas e a situação, e, em seguida, tomo
decisões com base no que vejo. Alguns podem chamar isso de
arrogância. Eu digo que é confiança. Existe uma linha tênue entre
os dois, sabe.
— Sério?
— Sim, realmente.
Michael sorriu.
THE GUM RUNNER
Eu relaxei e esperei que expressasse sua opinião.
Pisquei.
— Sim.
— Você quer... você quer uhhm... você quer ganhar esse direito?
— Eu quero.
Bem, Michael Tripp, temo que você está mais perto disso do que pensa.
THE GUM RUNNER
Michael
O músculo e o cérebro.
Suspirei ao telefone.
— É Sr. Agrioli.
— Seu escritório? — Ele riu. — Você acha que sei onde é o seu
escritório?
***
Eu ri.
THE GUM RUNNER
— Você asseguraria minhas cargas?
Terra
— Sexo casual?
— Não disse isso. Falei que não tive encontros e que nunca tive
sexo casual. Eu tive relações sexuais durante esse período, porém
não sem sentido.
— Oh, desculpe.
THE GUM RUNNER
Ele estendeu a mão para o copo".
— Isso é péssimo.
— Não faço mais isso, mas já fiz. Quando era mais jovem.
— Ganhei?
— Para?
— Como?
— E você quer...
Merda.
Inclinei-me ligeiramente.
— Sim, já ouvi.
— Sério?
Ele sorriu.
Eu sabia o que ele queria. Pelo menos pensava que sim. Olhei
para a esquerda. Olhei para a direita.
— Hã?
— Sim— eu murmurei.
Com os olhos fixos nos meus, ele sorriu e enfiou a mão no bolso
direito. Um clique me fez mudar meu foco para sua mão
direita. Meus olhos se arregalaram com a visão de um canivete na
palma da sua mão.
Merda, o garçom.
— Eu estou.
Eu não estava.
— Vou-te foder com a minha língua até que não consiga andar—
ele respirou em meu ouvido.
THE GUM RUNNER
Oh Deus.
Tinha certeza que não estava pronta para a viagem sexual que
ele preparou, mas estava mais do que disposta a tentar.
***
Fechei os olhos.
Porra.
— Goze.
— Uh-huh.
Obrigada.
THE GUM RUNNER
Michael
— Só estava perguntando.
— Correto.
Parei.
— Não.
— Não.
Ele riu.
— Localização? — Perguntou.
— Exatamente.
Terra
— Sim.
— Irmãos e irmãs?
— Filho único.
— Bem, eu sinto.
— Foi interessante.
THE GUM RUNNER
— Como assim?
— Como?
— Hã?
— Por mim?
— Então, o que é isso que temos? Eu sei que faz apenas três
semanas, mas como você chama isso?
THE GUM RUNNER
Ele cruzou as pernas e me ofereceu um sorriso falso antes de
tomar um gole de mimosa.
— Chamo o quê?
Exalei bruscamente.
— Uma o quê?
— Fase de descoberta.
— Um relacionamento.
Aleluia!
Ele levantou-se.
— Uh-huh.
THE GUM RUNNER
Ele apontou para mim com seu copo.
— Bem, levante-se.
Eu franzi o nariz.
— Levantar?
— O que?
Meu Deus.
— Não.
— Está correto.
— Acho que nós vamos ver como vai ser e seguir daí.
Eu fiz. Era rígido e tão grosso quanto meu pulso. Meu rosto
ficou quente e engoli pesadamente.
— Ok— guinchei.
— Isso, Terra, é a prova de que vai dar certo. Bem aí. Sua mão
cheia de pau elimina todas as dúvidas. Posso dizer o que eu
quiser, mas um pau duro nunca mente. Meu pau gosta de
você. Esta é a porra da prova — sussurrou em meu ouvido.
E desapareceu no corredor.
— Nunca? — Perguntei.
THE GUM RUNNER
Ele alcançou a barra de elevação, segurando-a firmemente na
mão.
— Não.
Oh merda.
— Sexo é importante.
— Vinte.
Estudei seu tórax sem camisa. Seu corpo era incrível. Coberto
de músculos que era a prova de sua dedicação. Era difícil não
babar enquanto o admirava. A promessa de sexo voo para fora da
janela, mas eu ainda estava encharcada.
— Sim.
— Do que?
— Eu?
— Por quê?
— Sim, acho que você está certo. O exercício faz tudo melhor —
menti.
Ele soltou a barra, caiu no chão e apertou seu pau duro com a
palma da mão.
— OK.
Se não poderia ter relações sexuais por mais dez dias, pelo
menos poderia me divertir.
THE GUM RUNNER
Michael
Era difícil.
— Amei ele.
— Devo levá-lo?
Senti meu pau ficar rígido até que o tecido do meu jeans
impedisse qualquer progressão adicional.
— Vergonha.
Verifiquei por cima do meu ombro de novo, fiz o que pude para
me ajustar e apontei para a longa fila de provadores.
— Vá se trocar.
— Preciso de ajuda.
— Com o quê?
— Está preso...
— Qual é o problema?
THE GUM RUNNER
— Está preso. Apenas venha me ajudar.
— Apenas abra.
Terra era adorável. Não havia como negar isso. Mas foi
igualmente travessa.
Meu pau duro e latejante me fez lembrar dos seis dias que eu
ainda tinha que esperar. Acenei minha mão para ela e lutei para
me ajustar.
— Oh Deus.
THE GUM RUNNER
Sua boceta era tão apertada que quase tive um acidente
vascular cerebral. Cerrei os dentes, olhei para o meu eixo e puxei-o
para fora.
Empurrei-me de volta.
— Não tenho tempo para esperar por uma resposta, este lugar
estará fechando em cerca de dez minutos. Vou dar-lhe seis golpes,
é isso. Você os conta. Pronta?
— Oh Deus.
Eu sorri.
— Pronta?
— Uh-huh.
— Dois…
THE GUM RUNNER
— Três...
Eu ri. — O que?
— Meu caixa está fechado. A loja está fechada. São dez minutos
depois. Como é que não nos ouviram anunciar que estávamos
fechando? Nós fizemos dois anúncios.
Nunca fui de mentir e não achei que era uma boa hora para
começar.
— Os dois? — Perguntou.
— Os dois.
— Amanhã?
— O quê?
Terra
— Você está agindo como se não fosse grande coisa. Mas isso é
importante. Você precisa entender isso.
— Conheci um cara.
THE GUM RUNNER
— Oh meu Deus, isso é loucura, Tee — ela disse em um tom
sarcástico.
— Uh-huh.
— Houve este barulho. Alto. Bem alto. Vincent parou. Nós dois
olhamos por cima e lá estava esse cara. Vestido com um terno. A
porra de um terno Michelle. Então ele diz ‘deixe-a ir' e Vincent fala,
'você não sabe quem eu sou' e o cara de terno responde 'Eu não
dou a mínima pra quem é, mas você precisa saber quem sou' e
Vincent pergunta: 'Quem é você?' e o cara só sorrindo,
porra. Então explica: “Sou o cara que vai chutar a porra da sua
bunda.' E ele fez. Foi tão sexy.
THE GUM RUNNER
Michelle pegou sua bebida.
Queria que ele o atingisse mais forte, mas não lhe disse
isso. Simplesmente assenti.
— Forte.
— Eu também.
Eu ri.
— Sabia que ele não iria fazer nada com esse cara lá.
— E?
— Eu juro. E adivinha?
— O que?
— Com certeza.
— Super legal.
— Mimosa — eu disse.
— Não, obrigada.
— Eu sei que ele vai. Você também sabe disso, Tee. Oh meu
Deus.
Eu estava tentando não pensar sobre isso, mas quando fiz, disse
a mim mesma que meu pai iria entender se for lhe dado tempo
suficiente. Olhando para a expressão no rosto de Michelle, tive a
certeza do contrário. Entre nós duas, ela era a mais sensata.
— Eu não sei.
THE GUM RUNNER
Ela inclinou-se para o centro da mesa e encontrou meu
olhar. Seu rosto estava cheio de preocupação.
— Você não pode ter nada sério com ele, isso é certo.
— Não.
— Não. — E não vou dizer. Ainda não. Eu não quero, você sabe,
afetar seu julgamento.
— Muito gostoso.
— E ele é um investidor?
— Uh-huh.
— Em quê?
Dei de ombros.
— Então, você confia nele só porque tem uma BMW e uma casa
limpa?
— Bem — disse ela. — Mais cedo ou mais tarde o seu pai vai
descobrir. E quando o fizer, você vai estar em uma confusão
enorme. Então, se realmente gosta deste cara — Ela levantou
uma sobrancelha e a bebida. — Descubra como você vai lidar com
isso antes que seu pai descubra.
— Talvez fale com meu pai sobre Michael e defina alguma coisa
para eles se encontrarem. Não imediatamente, mas muito em
breve — eu disse, sabendo que iria esperar o máximo de tempo
possível.
THE GUM RUNNER
— Você precisa falar com ele primeiro— disse ela. — Michael
vai ficar na merda quando descobrir quem você é.
— Eu sei.
Meu pai podia ser capaz de descartar Michael, porque ele não
era italiano, mas tenho certeza que eu não poderia. Até onde sei,
ele era perfeito para mim.
Michael
— Certo, chefe.
— Você acha que esses búlgaros vão nos dar algum problema?
— Faz sentido.
— É só que ...
Uma vaga do outro lado da rua era perfeita para um dos meus
funcionários pararem e observar a transação. Nunca é demais ser
cuidadoso quando se está fazendo um negócio deste valor em
THE GUM RUNNER
um estacionamento de um armazém abandonado, especialmente à
noite.
— Entendido.
Eu acenei. — Svetli.
Porra.
— Temos companhia.
THE GUM RUNNER
O rosto de Svetli se contorceu e seus olhos se estreitaram.
— Ok.
Amadores do caralho.
— Consigo.
— Entendido.
— Cinco.
— Atire na coxa.
— Certo.
Eu não ousava dizer para ele dos problemas que estava tendo
com Agrioli.
— Agrioli?
Dei de ombros.
— O quê?
— Perfeito.
— Certo.
— Afirmativo.
— Entendido.
— Cinco minutos.
Terra
Ele olhou para mim e falou com uma voz que era quase
arrogante.
— Eu esqueci.
Ele riu.
— Essa última parte era uma piada. O quê? Você não tem
senso de humor?
— Acho ótimo que você consiga olhar para a vida do jeito que
você faz.
— Por quê?
Assenti.
THE GUM RUNNER
— Tudo bem?
— O quê?
— Verdade.
— Obrigada.
— Eu não vou.
— Aqui.
— O que é isso?
— Um cartão.
Terra,
THE GUM RUNNER
Quando eu estou com você, nada mais importa.
Michael
Michael
— Você acha que esses idiotas vão desistir? Estou certo que
não. Nós ainda encontraremos com eles, tenho certeza disso.
— Mais uma?
THE GUM RUNNER
Ergui minha garrafa ainda cheia e agitei a cabeça. — Ainda não.
— De acordo.
— Qual?
THE GUM RUNNER
— A garota. Você esteve quieto sobre ela por algumas semanas,
talvez por mais tempo. O que está acontecendo entre vocês?
— O quê? — Perguntei.
— Nada.
THE GUM RUNNER
— Você ia dizer alguma coisa.
— Policiais fazem.
— Quero conhecê-la.
Não eram bem palavras de apoio, mas era tudo que poderia
esperar de Cap.
— Bom senso faz parte de quem sou. Não vou perder isso —
afirmei.
— As estrelas do mar.
— Concordo.
— Eu também — assegurei.
— Te vejo de manhã.
Depois que ele saiu, limpei a cozinha, tirei o lixo e fui para
cama. Passei alguns minutos tentando adormecer, mas algo
parecia errado. Procurei meu telefone, tirei-o da mesa de cabeceira
e digitei para Terra uma mensagem.
Então estou fazendo algo certo pela primeira vez. Boa noite.
Então adormeci.
THE GUM RUNNER
Terra
— Eu também.
— Eu...
Ele enfiou dois dedos dentro de mim, o que me fez dar uma
respiração forçada e fechei os olhos novamente. Fazendo cócegas
no meu ponto G com seus dedos, uma sensação de formigamento
agitou o meu núcleo.
Ele estava diante de mim com seu pau na mão. Sua bochecha
roçou contra a minha quando puxou a boca da minha
orelha. Nossos olhos se encontraram. Queria dizer algo, mas
percebi que muitas vezes com Michael eu era incapaz de dizer uma
única palavra.
Meus olhos caíram para a sua mão cheia com seu pau.
— Foda-me.
Gritei. Sua boca abafou meus gritos até que ele se afastou e
gemeu. Meus ombros batendo contra a porta com cada impulso
lembrara-me de que ele não havia terminado completamente. O
som do seu gemido se intensificou. Sua respiração tornou-se
irregular. Seu pênis inchou.
Gritei novamente.
THE GUM RUNNER
A mãe de todos os orgasmos estava se formando dentro de
mim. Daqueles de prazer indescritível.
E me senti diferente.
THE GUM RUNNER
Olhei em seus olhos.
— Puta. Merda.
Dei de ombros.
Você é tudo o que importa e acho que você pode ter-me fodido
até que me apaixonasse por você.
— Eu acho que...
Michael
Eu.
— Sozinho.
— Certo.
Viver sem noções preconcebidas foi fácil para mim. Dei respeito
e esperei obtê-lo em troca. Se alguém
THE GUM RUNNER
fosse desrespeitoso, iria rebater independentemente da idade,
raça, cor ou credo.
— Sim.
— Sim. — Muitos.
— Sinto muito.
— Ele disse.
Ele riu. — Você acabou com ele, isso foi o que fez.
— Não sei.
— Você achou que eu não ia esperar por você? Seu fodido idiota.
— Disse ele.
— Na verdade. — Eu Sou.
Prostituta?
Encarei-o.
Enquanto falava, ficava mais irritado por ele ter sido tão
desrespeitoso. A raiva logo aumentou e eu apertei seu braço com
mais força.
— Desculpa.
THE GUM RUNNER
Levantei seu pulso, colocando mais pressão sobre seu ombro. —
Vou arrancar seu braço e jogá-lo no estacionamento. Eu lhe disse
para se desculpar. Tente novamente.
— Você nunca mais vai falar com uma mulher desse jeito de
novo, entendeu?
Empurrei contra seu pulso até que ouvi o estalo no ombro, sem
dúvida havia deslocado. Com ele enrolado em uma bola na entrada
de concreto chorando por uma ambulância, me virei para Terra e
vesti minha camisa.
— Sinto muito por agir como idiota. Aquele cara... quero dizer, a
coisa toda... só me deixou chateada. Muito. — Ela se inclinou para
mim e franziu os lábios.
Beijei-a e me afastei.
— Sinto muito, mas vou fazer o que tiver que fazer para protegê-
la. Sempre. Não posso ligar e desligar disso.
— Não. — Disse Terra com uma risada. — Não ele, o outro cara.
Aquele que ficou olhando para mim e dizendo que me conhecia.
— Não tenho uma escolha. Não posso mudar isso. Aceitar isso é
tudo o que resta.
Eu ri.
— Sabe o quê?
— O quê?
Olhei para ela por um longo tempo. Tenho certeza que alguém
poderia encontrar falhas nela, mas eu não podia. Eu gostava de
tudo nela.
Terra
— Não.
Michael suspirou.
— Vá em frente.
Cap levantou a mão. — Pare aí. Mal posso esperar para ouvir
quantos dentes esse cara perdeu, mas não diga outra palavra até
que eu consiga algo para beber. Vocês não querem nenhuma
bebida? — Ele perguntou, apontando para nós.
Eu sorri.
— Branco?
THE GUM RUNNER
Olhei para Michael.
— Já gosto dele.
Ele riu.
— Dê-lhe um tempo.
— Eu gosto dele.
— Isso mesmo.
— Certo, vá em frente.
Eu ri.
— Sobre a cabeça.
— Ele o fez pedir desculpas, mas quando o cara não fez isso
direito, Michael decidiu quebrar o braço dele.
Fiquei intrigada.
— Sério?
— Não foi o que lhe perguntei. Você tem estado com Tripp há
um tempo, você está fugindo da pergunta
THE GUM RUNNER
original. Vocês dois estão fazendo coisas feias juntos, não é?
Não sabia o que dizer. Queria dizer que sim, porque eu era
orgulhosa do que tínhamos, mas não queria dizer nada que
Michael já não tivesse dito a ele. Sem expressar emoção, ele se
sentou e observou, esperando a resposta.
— Boa resposta.
— Certo.
Mistério da amêndoa?
Eu sorri.
— Certo.
Ele balançou a cabeça. — Receio que sim. Então, fui atrás desse
cara e Tripp fez o mesmo. Antes que percebêssemos, tínhamos os
dois caras no chão amarrados e estávamos esperando os policias.
Os policiais chegaram fazendo barulho alguns minutos mais tarde
e levaram os dois merdas para longe. Uma ambulância levou a
menina e um par de policiais ficou para tomar nossas declarações.
Quando tudo acabou, eu só queria o que restava do meu saco de
amêndoas. Sabe quando você sente vontade de comer alguma
coisa e nada irá satisfazê-lo que não seja a coisa que está
desejando?
Eu sorri.
THE GUM RUNNER
— Sim.
— Você as encontrou?
— Isso é engraçado.
Era fácil para mim ver Michael como sendo um homem passivo,
porque tudo o que ele fazia era reagir contra alguém de fora da lei
ou imoral. Em alguns aspectos, era um vigilante, tomando a lei em
suas próprias mãos, agindo quando ninguém mais o faria ou
poderia. No final, tudo o que fez foi para o bem, o que era mais do
que eu poderia dizer do meu pai.
Pelo que pude ver, Cap era do mesmo jeito. Em vez de detestar
as ações deles como detestei as do meu pai, admirava-os.
— Como assim?
Michael riu. — Gosto dela, também. Acho que vou ficar com ela.
Michael
— Essas novas 4K são fodas. Parecem com 3D, mas você não
tem que usar os óculos. Você já foi a um filme 3D e olhou em torno
da sala de cinema? É como se estivesse em um filme com um
monte de doidos de quatro-olhos. Nem morto vou ser pego usando
essa merda em casa, isso é certo.
— Vou ter que concordar. Eu sou uma bagunça, mas sou assim
desde sempre. Você? Você está diferente do que costumava ser. —
Disse ele.
— Como assim?
— Concordo.
Porra.
Preocupação genuína.
Ele sentou.
— Estou ouvindo.
Ele olhou para Cap, cruzou as pernas e depois olhou para mim.
— Vou perguntar mais uma vez. Direto ao ponto. Por que você
está aqui?
— Esta é a terceira vez que eu digo isso desde que você chegou
aqui. Estou ouvindo.
— Quatrocentos.
— Isso mesmo.
— O Iraque? Afeganistão?
— Ambos.
— Não.
— Não.
Olhei para Cap. Ele acenou com a cabeça uma vez. Era a
maneira dele de transmitir a aprovação, sem balançar a cabeça
como um garoto de dez anos de idade.
Terra
— OK.
Um colar de diamantes.
Ele riu.
— Vá.
Dois meses. Fazia apenas dois meses, mas eu sabia. Cada vez
que o via era como a primeira vez. Ele me fez sentir bonita, com
tudo o que disse e fez. Eu tinha visto comédias românticas, lido
livros e ouvido muitas histórias sobre
THE GUM RUNNER
homens que eram perfeitos, mas nunca acreditei que realmente
existia.
Até agora.
— Amei — eu gritei.
Michael riu.
— Obrigado.
Bobby Cardone não tinha uma namorada. Então, logo antes das
férias de verão eu disse que o amava. Eu estava desesperada.
Eu estava errada.
THE GUM RUNNER
Embora devesse tê-lo deixado por causa de seu comportamento
abusivo, a sua incapacidade para expressar que me amava, foi o
que lhe custou o nosso relacionamento.
— Sobre o que?
Amar você.
— Ensino médio?
— Eu sei — disse.
Peguei a mão dele, sem saber o que estava fazendo ou por que
tinha se levantado do sofá. Era tarde, mas não achava que era tão
tarde a ponto de ele considerar sair. Michael me puxou para si
assim que eu estava de pé e me beijou suavemente.
Eu queria mais.
Ele levantou meu vestido sobre minha cabeça, mas tudo parecia
estar acontecendo em câmera lenta. Talvez fosse porque o queria
tanto. Talvez eu estivesse observando todos os detalhes que me
tinham escapado no início. Talvez fosse porque sabia que lá no
fundo o amava e meu amor me permitiu desfrutar de todas as
pequenas coisas que tinha dado como garantidas anteriormente.
Não importava.
Fechei os olhos.
Senti seu pau inchar dentro de mim. Estendi a mão para suas
bolas e segurei-as na minha mão. Quase instantaneamente, atingi
o auge de minha felicidade sexual e me senti como se estivesse
explodindo na sala. Meus olhos se abriram e fecharam
repetidamente enquanto ele empurrava mais algumas vezes.
— Precisamente.
THE GUM RUNNER
— Eu pensava que foder era áspero, profundo, forte e fazer amor
era suave, lento e doce.
Ele riu.
— Sim.
Porra eu te amo.
— Michael?
— Sim?
— Eu te amo.
Michael
Cap concordou.
— Eles vão perceber que é uma distração, então vão deixar pelo
menos um homem com o refém. Se nós cronometrarmos certo,
podemos ter Trace fazendo uma imagem térmica com um drone ao
mesmo tempo. Nós saberíamos se houvesse um ou dez homens
com o refém.
Terminei o meu scotch e fui até o fim da minha mesa. Ele estava
certo. Quem fosse capaz de nos identificar teria que ser
eliminado. Os ocupantes restantes do edifício deveriam imaginar
que a extração do refém foi feita por Agrioli.
Terra
Eu ri.
— Vou falar com Michael e ver o que ele pensa — disse com
uma risada iluminada. — Seria incrível se vocês dois se dessem
bem. Poderíamos fazer coisas juntos.
THE GUM RUNNER
Meu relacionamento com Michael era segredo. Ser capaz de falar
com Michelle sobre o quanto gostava dele e o que fazíamos juntos,
me fez sentir melhor sobre tudo, mas não dissolvia minhas
preocupações completamente. Cheguei à conclusão de que Michael
era um elemento permanente em minha vida e não havia nada que
pudesse mudar isso.
— Cap.
Não era abreviação para nada, o que tornava ele ainda mais
fofo.
THE GUM RUNNER
— Nada. Ele disse que é o seu nome. Cap.
— Eu também.
— Sim.
— Ainda na Argentina.
— Positivo — disse ela. — Se seu pai te ver vestindo isso, ele vai
surtar.
THE GUM RUNNER
— Eu sei. — levantei e coloquei a carteira na bolsa. — OK. Vou
falar com Cap e te aviso.
— OK.
TRIPP.
Eu freei rapidamente.
THE GUM RUNNER
Parecia uma localização estranha para os investidores
trabalharem, mas Michael disse que ele trabalharia até tarde e eu
não tinha dúvidas de que o carro era dele. Virei e puxei para
dentro do estacionamento. Estacionando ao lado do carro de
Michael estava à caminhonete de Cap, um SUV, um Mercedes-
Benz e uma Suburban preta.
Há alguns pés da porta pude ver que ela estava aberta, então
enfiei a cabeça para dentro.
THE GUM RUNNER
Suspirei. Michael, Cap e dois cavalheiros que não reconheci
estavam na sala. Eles pareciam que tinham acabado de voltar da
guerra. Vestidos todos de preto, com os rostos pintados com
maquiagem verde, cinza e preta, eles ficaram em estado de
choque. Cada um deles estava ou segurando uma arma ou a tinha
amarrada ao seu ombro.
— Você disse que tinha que trabalhar até tarde. O que está
acontecendo, Michael?
— Bem, com certeza não parece bom. Por que você tem
armas? E por que está usando essa roupa? Você parece como se
você estivesse indo roubar um banco. Sinto que vou vomitar por
ter vindo aqui.
Ele assentiu.
O tapete era azul escuro, olhei para ele por algum tempo. Senti
como se fosse vomitar. — Você é um investidor de quê?
Ele assentiu.
— Eu vou vomitar.
THE GUM RUNNER
— Terra, não é...
Ele assentiu.
— Terra...
— Terra, é...
Virei-me.
— Terra...
E, por mais difícil que era acreditar, eu quis dizer cada palavra.
THE GUM RUNNER
Michael
— Um.
— Dois.
— Três.
Perdoe-me, Senhor...
— M1 a M3.
— M3, vá M1.
— M1 a M4.
Terra
— Mãe!
— Aqui.
— Oh, ele é bonito. Ele se veste tão bem. Tem certeza que ele
não é italiano?
— Pergunte.
— Seus pais morreram quando ele era pequeno. Seu nome não é
italiano. Não é italiano e ele não importa. E mesmo se
estivéssemos juntos, ainda não importaria.
— Não, é um luterano.
— Pare com isso, mãe. Fico feliz que terminamos. Isto é o que eu
esperava de você. Mas o que o pai teria dito? Hã? Se ele soubesse?
— Seu pai.
Eu poderia ter sido filha de minha mãe, mas não partilhava das
suas maneiras subservientes.
THE GUM RUNNER
— Preciso ir para casa e dormir.
— Fique.
— O que?
— O que?
— Mãe?
Ela se virou.
— Negócios.
Não na Argentina?
— Mãe?
Tinha sido exposta a muito mal na terra por meu pai e minha
família. Eu não escolhi minha família, no entanto, não poderia me
afastar deles, eles eram sangue.
Era difícil ver muito bem através dos ramos de árvore da minha
janela no segundo andar, mas quando o carro se afastou, parecia
que a placa do carro dizia TRIPP.
Eu podia ouvir meu pai falar com a minha mãe. O som fraco de
uma terceira voz interrompeu ocasionalmente. Parecia que minha
mãe estava chateada. Certa de que meu pai estava no meio de
uma de suas transações comerciais e que o carro era
simplesmente um de seus associados, me arrastei de volta para a
cama e fui dormir.
THE GUM RUNNER
Michael
— Bem? — Perguntei.
— Aqui e aqui.
— Ok, após contar até três, vamos cortar os fios. Eu tenho dois
para cortar e você tem dois. Não arranque, não esprema.
Corte . Não é lento. Não é rápido. Apenas corte o fio.
— OK.
— Vou contar desta forma. Um. Dois. Três. — Sua contagem foi
afiada e rápida.
— Um, dois, três, corta — disse ele, contando assim como fez da
primeira vez. — Você está confortável com isso?
— Entendi.
— Eu ... eu acredito.
— Pronto— eu disse.
— Pronto?
Suspirei. — Pronto.
— É isso?
— Porra!
— O quê? — Gritei.
THE GUM RUNNER
Ele deixou cair o medidor e apertou as palmas contra suas
têmporas.
— Você, seja qual for o seu nome com essa coisa em seu
pescoço. Não. Se. Mova. Não respire, não faça merda. Nem sequer
me responda.
— Sim — respirei.
Assenti.
— Sim.
— Vê isso?
— Verde e amarelo.
— Peter— eu disse.
THE GUM RUNNER
— Reze, Peter— ele exigiu.
— Está pronto?
— Pronto.
— Pronto.
— Está desarmada?
— Está.
— Grazie a Dio.
***
Sentia-me doente.
Droga.
THE GUM RUNNER
Durante seu periodo em cativeiro, parece que perdeu vinte
quilos, seu rosto tinha uma aparência bastante magra. De banho
tomado, barbeado e vestido com um dos meus ternos, ele parecia
muito melhor.
Apresentável.
— Por que?
— Tenho certeza.
— Beber?
O Amor.
THE GUM RUNNER
Terra
— O que?
— Sim.
Inalei uma respiração superficial. Não foi tão fácil falar sobre
isso, como esperava. Meu lábio começou a tremer. Ela pegou
minha mão e segurou-a até que comecei a falar novamente.
THE GUM RUNNER
— Michael é um traficante de armas. Vende armas
pesadas. Como a que aquele cara usou quando Paul foi morto. Ele
disse que tem grandes carregamentos e é difícil de explicar . Esses
foram os tipos de coisas que ele me disse. Esse é o seu
investimento, armas. Perguntei-lhe que tipos e ele respondeu que
são metralhadoras, armas militares. Esses tipos de armas.
— Bem?
— Sim.
— Não sei o que estavam fazendo. Ele disse que não era ruim.
— Sim.
THE GUM RUNNER
— E aquele o amigo dele? Cap?
— Sim.
— Sim.
— E diga-me outra vez, por que você terminou com ele? A razão
exata.
— Sim.
— Huh?
— Elas são ruins. Será que você não me ouviu? São como as
armas que aquelas duas crianças usaram quando atiraram na
escola. Quando Paul morreu. Lembra?
Ela suspirou.
Forcei um suspiro.
— Você diz isso. Mas pare para pensar que dirige uma Mercedes
Benz. Usa esse anel. Vive em um condomínio fechado. Fundo de
investimento, amor. Pode falar o que quiser, mas você não tem um
emprego. De onde o dinheiro vem, Tee? Você é uma princesa da
máfia.
E isso me matava.
THE GUM RUNNER
Michael
— Estes homens são minha família. Minha força. Para mim, eles
tomam decisões. Boas decisões. Mio Capos. Meus capitães.
— Jimmy Cupcake.
Cupcake assentiu.
— Gino.
— Mad Sal.
— Cavalheiros.
Limpou a garganta.
Cinco.
— Saúde!
— Saúde!
Todos bebemos.
Agrioli sentou-se.
***
— Sim e daí?
— Sim, exceto pela menina. Agora o que diabos você vai fazer
sobre isso?
— Ir vê-la?
— E dizer o quê?
— O quê? — Perguntei.
— Você a ama?
— Amo.
Terra
Por mais que soubesse que sua mentira nos levou para os
problemas que causaram a nossa separação, ainda sentia uma
tremenda culpa por não lhe dizer quem eu realmente era. Embora
dissesse a mim mesma que o segredo que estava escondendo de
Michael era minúsculo em comparação ao dele, me perguntava
qual parte da dor que sentia era um resultado da minha culpa por
não ter sido completamente verdadeira.
THE GUM RUNNER
Mais e mais eu desejei que tivesse lhe dito quem realmente era
antes de descobrir sobre seus negócios com armas. Agora eu
nunca teria a chance e a culpa estava me matando lentamente. Se
aprendi alguma coisa através de toda a dor, foi o valor de ser
honesta com a pessoa que se ama.
E eu o amava profundamente.
Não havia nada que ele pudesse dizer. Eu queria que a dor
chegasse ao fim e vê-lo não estava ajudando. Falar com ele só iria
piorar as coisas.
THE GUM RUNNER
— Eu não estou disposta a ouvir.
— Terra ...
Limpei as lágrimas.
Michael
— Com certeza.
— De maneira alguma.
— Eu que o diga.
— Perguntei.
— Legal.
— Sobre o quê?
— Faculdade?
— Não mais.
— Se importa se eu perguntar?
— Voce fuma?
— Não.
— Oh sim.
— Cara...
Terra
Cap.
— Para dentro.
— Noite passada.
Ele riu.
— Não parece.
— Suba.
— Hum?
— Bela casa.
— Obrigada.
Eu ri.
— Vou comer.
— OK.
THE GUM RUNNER
— O homem que você conheceu naquele dia no estacionamento
no Starbucks, aquele que chutou a merda daquele cara sem você
pedir por ajuda. Você se lembra daquele cara, certo?
Suspirei.
— Sim.
— Bem, isso é Tripp. Ele entra na briga onde outros homens vão
virar e fugir. É apenas quem é.
— Tripp sempre faz o que acha que é certo e nunca faz nada que
acha que é errado. O mundo inteiro pode estar contra, mas ele não
se importa. Ele vai se levantar contra qualquer um ou todos, se
achar que é o certo. Agora, acho que precisamos conversar sobre
algumas coisas que eu realmente não deveria falar. Mas vou. Quer
THE GUM RUNNER
saber por quê?
Limpei o que restava das minhas lágrimas. Ele olhou para mim
e esperou. Encontrei seu olhar e assenti.
— Sim.
— Vi vocês dois juntos e isso me faz sentir bem. Tripp não tem
família e realmente nunca teve uma namorada. Pessoas assim não
precisam disso, pois são uma distração. Mas ele se apaixonou por
você e eu nunca o vi mais feliz. Agora? Quando olho em seus olhos
vejo um buraco. Ele está oco por dentro. Como se alguém tivesse
roubado sua alma. Deixa-me louco pensar que vocês dois são
perfeitos um para o outro, mas são muito teimosos ou muito
burros para tentar resolver as coisas.
— Mas...
Ele riu.
— Mas nada.
Cap não tinha dito nada que mudasse minha mente, mas me
sentia um pouco melhor sobre o que Michael estava envolvido. Na
minha opinião, armas de fogo e metralhadoras ainda eram do mal
e eu duvidava que qualquer pessoa pudesse me convencer do
contrário.
— OK. Prometo.
— Bem.
Fiquei chocada que Cap era italiano, ainda mais por ele pedir
para não contar a Michael.
— Por quê?
THE GUM RUNNER
— É uma longa história— disse ele. — Você está pronta para a
verdade?
— Por favor.
— Mas...
— Eu ... o amo.
THE GUM RUNNER
— Vá dizer a ele — disse. E se afastou.
— Cap! — Gritei.
Ele estava na porta da frente, pronto para sair. Ele olhou por
cima do ombro.
— Sim?
Michael
Para todos os efeitos, não tinha feito uma maldita coisa desde a
noite. Estava começando a me perguntar se algum dia chegaria a
ponto de me importar o suficiente para trabalhar novamente. A
minha mesa parecia uma zona de combate e tinham clientes que
estavam ameaçando ir para outro lugar se eu pelo menos não
retornasse suas ligações.
— Puta merda.
— Pode.
Terra.
— Posso entrar?
Cap levantou-se.
— Sente-se.
Ela se sentou.
— Obrigada.
— Já estive melhor.
— Então?
— Não.
— Quem é você?
— Si, señor.
— Compre na rua.
— Não entendo.
— Isso mesmo.
— Talvez. Mas as armas serão usadas para algo que vai tornar o
mundo um lugar melhor.
— Em sua opinião.
— Isso mesmo.
— Que noite?
— Isso mesmo.
— É a verdade?
— É.
— Você jura?
— Não juro. Eu lhe disse quando você entrou aqui que não iria
mentir para você. Fazendo as perguntas certas, sempre vai ter as
respostas certas. Estou falando a verdade. Estava indo resgatar
THE GUM RUNNER
um homem que foi sequestrado e sendo mantido como refém.
— Sirva-nos um copo.
Eu servi outro.
— Estou ouvindo.
— Mortos?
— Isso mesmo.
— Você os matou?
— Deu a ordem?
— Isso mesmo.
— Eu acho.
— Michael, eu te amo.
***
— Eu disse isso?
— Por favor.
— Nunca.
— Duvide.
— De mim.
— Eu te amo.
— Nunca te deixarei.
— Obrigada.
THE GUM RUNNER
Terra
— Estou dirigindo.
Bom.
Puta merda.
Vou chupar seu pênis até que você me perdoe. Para sempre.
Sim!
— O que?
— No carro? Mesmo?
— Não.
— Sexo em um carro?
— Não.
Eu sorri. — Hum.
Eu simplesmente o adorava.
— Para quê?
THE GUM RUNNER
Ele deve ter visto a adoração nos meus olhos. Apontei para o
cinto.
— Há pessoas lá fora.
— Por quê?
Michael
— Gosto disso.
— Verdade.
— Puta merda.
— Você gostou?
— Amei.
THE GUM RUNNER
— Olhe só. Vocês dois não são adoráveis? — Perguntou uma voz
estridente.
— Meses?
— Uhum.
— Bem. Não sei. Odiaria tentar definir o que sinto. Não nos faria
justiça.
— Sobre o quê?
— Não sou?
— Você quer?
— Realmente gostei.
Sorri e assenti.
— Amei.
— Eu só... Apenas, quero que você esteja feliz. Com tudo. Estou
cansado de nós indo e voltando e passando o tempo em ambos os
lugares. Quero que minha casa seja confortável para você.
Pronto, eu disse.
— Acabou o quê?
THE GUM RUNNER
— De pensar.
— E?
— Sério?
— Que palavra?
— Saks.
— Disse.
— Velas?
Continuei a olhar.
THE GUM RUNNER
— Não sabia que precisava de alguma.
Terra
Eu sorri.
— A qualquer minuto.
— Essa menina é legal, né? Quero dizer, posso apenas agir como
eu mesmo?
— Ela é muito legal. Você verá. Depois que nós dermos algumas
bebidas, ela vai se soltar.
Eu ri.
— Não. Mas ela vai se abrir depois que tomar algumas bebidas.
A campainha tocou.
— Tenho um e sessenta.
— Tamanho perfeito.
— Para quê?
Oh senhor.
— Jogar?
THE GUM RUNNER
— Sim. — Ele disse com um aceno.
— Durante o sexo.
Oh senhor. Sério?
— Sei que poderia. Inferno, levanto cento e dez quilos três dias
por semana. Não acho que te levantar seria um problema.
— Faça.
Caralho.
— Michelle!
— O que?
— Ah, temos é?
Michelle concordou.
— Não posso acreditar que ela usou aquele top. Parece uma
prostituta. Queria que ela conversasse com você. Pensei que nós
comeríamos e tomaríamos algumas bebidas e depois sentaríamos
no sofá novo para conversar.
— Parece que ela tem outra coisa em mente. Ele não está
THE GUM RUNNER
exatamente discordando, no entanto.
O que?
— O que?
Michelle sorriu.
— E agora? — Eu bufei.
— Pode ser.
Ter relações sexuais com Michael era mágico, mas amei não ter
que fazer sexo para desfrutar da companhia um do outro. Nosso
relacionamento estava florescendo em muito mais do que sexo e
nesse fim de semana, percebi como era fácil me perder em quem
Michael era realmente.
Ele era meu e eu não podia esperar até que pudesse dizer isso
ao mundo.
THE GUM RUNNER
Michael
Sua boceta estava apertada por estar preenchida com dois dos
meus dedos e meu pau ao mesmo tempo e isso fez essa
experiência muito mais agradável. Ela me agarrava como um
punho, tornando cada golpe mais perto do clímax.
Ela se virou para mim, me enchendo com seu calor. Nós nos
abraçamos e beijamos apaixonadamente, o que me fez esquecer
tudo o que me rodeava. Terra tornava-se tudo o que existia a cada
vez que nos beijavamos.
— Eu te amo— eu disse.
— O que? Montanha-russa?
Eu ri.
— Sério?
— Como assim?
THE GUM RUNNER
Ela passou os dedos pelos cabelos.
— Não posso acreditar que você me fará chupar seu pau pelas
velas de novo. — Ela fechou os olhos e deu um longo suspiro. —
Mas, mesmo assim vale a pena.
Terra
— Ele era apenas um cara que conheci. Não foi nada sério. Nós
conversamos no café algumas vezes — menti.
Tinha ido ver meu pai com toda a intenção de contar sobre
Michael. Assim que cheguei lá, era evidente que minha mãe
contou-lhe sobre o Americano- Luterano que conheci e ele não
estava feliz. Apesar de querer ser honesta sobre tudo, meu pai me
deixou extremamente desconfortável.
— Nós terminamos.
— Eu sei.
— Conversei com a mãe, ela disse que ele estava magro. Que
perdeu muito peso.
Aprendi mais sobre o que meu pai estava envolvido lendo sobre
ele na internet, assistindo ao noticiário e ouvindo conversas
quando tinha a chance. Tive que decidir no que acreditava ser
verdade e o que esperava que fossem mentiras.
— Desde agora.
— Você não sabe por que ele estava doente? O que o levou a
perder peso? Você não tem idéia? — Coloquei metade do
presunto em minha boca e esperei a resposta dele.
— Cannoli?
— Você não precisa saber. Ele estava doente e está bem agora.
— Compreendo.
Ele olhou.
Puta merda!
— Sim. Obrigada.
— Eu sei.
— Trabalho duro.
— Tem certeza.
Forcei um sorriso.
— Bom.
— Não diga nada a sua mãe. Nem para Peter. — Ele apontou
para mim e depois para si mesmo. — Você e eu. Nosso segredo.
Eu sorri.
— Nosso segredo.
— Nosso segredo.
THE GUM RUNNER
— Essa é minha garota.
De jeito nenhum.
Merda.
Um terno azul-marinho.
Brioni. 44R .
Não sabia que tamanho Michael vestia, mas ele era menor do
que Peter. Meu irmão era como meu tio Sal, grande e um pouco
gordinho, mas realmente alto. Corri para o armário, tirei uma das
jaquetas e olhei para dentro.
Michael
— Bem sucedido?
— Lucro.
Agrioli assentiu.
Agrioli suspirou.
Agrioli assentiu.
— Quatro? Seis?
Dez minutos.
Fquei de pé.
— Pensando.
— É um bom negócio?
— Algo assim.
— Isso é legal?
THE GUM RUNNER
Dei de ombros.
— Depende.
— Deixe-me trancar.
— Parece divertido.
THE GUM RUNNER
Ela estava certa. Seria divertido. E muito mais.
THE GUM RUNNER
Terra
Ela sorriu.
Ela assentiu.
— Woof!
Michael
— Terra?
Silêncio.
Limpei a garganta.
— Terra!
THE GUM RUNNER
Woof!
— Terra! — gritei.
THE GUM RUNNER
Ela se sentou, olhou para mim sobre o encosto do sofá e
esfregou os olhos.
— O quê?
— Onde está?
— Sério?
— Sim, eu tenho.
Terra
Engasguei.
— Eu também te amo.
— Onde estamos?
— Perfeito?
— Eu posso.
***
— Tacos?
— Para beber?
Ele riu.
Suspirei.
Mais do que tudo, queria que a minha vida com Michael fosse
livre de qualquer drama, segredos ou surpresas.
— A praia? — Perguntei.
Suspirei.
— O quê?
— Aqui foi aonde vim ontem, enquanto você estava tirando uma
soneca. Assinei tudo e o dinheiro já foi transferido. Está tudo
definido. Bem, falta assinar alguns documentos.
Senti o doce aroma da praia. Amo esse lugar. Vai ser impossível
ir embora daqui amanhã.
Michael sorriu.
— Parece um sonho.
— Porra, eu te amo!
A ilha que nós estávamos ficava entre São Pedro, Belize e Cidade
de Belize.
— Hank? — Eu perguntei.
— Deixe-o aqui.
Olhei para ele como se ele fosse tolo por não virar e apreciar o
que eu acreditava ser a mais bonita vista da terra.
— Eu te amo, Terra.
— Terra?
— Terra Wilson.
— Sim?
— Uma vida com você é tão bonita quanto esse pôr do sol
perfeito. Antes que ele vá embora, me responda isso.
— OK.
Meu Deus.
THE GUM RUNNER
— Você quer se casar comigo?
— Terra?
- Eu tenho algo para lhe dizer, mas não até chegarmos a casa.
Continua.....
THE GUM RUNNER
***