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Elias Alberto

Douglas Daud Matias

Sameul Dan Francisco

3º grupo

A antropologia na África colonial e pós-colonial

Curso de Licenciatura em Ensino de Matemática com Habilitações em Ensino de Física

Universidade Rovuma

Extensão de Cabo Delgado

2023
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Elias Alberto

Douglas Daud Matias

Sameul Dan Francisco

3º Grupo

A antropologia na África colonial e pós-colonial

Trabalho da cadeira de Antropologia Cultural de


Moçambique, a ser apresentado no Departamento
de Ciências, Tecnologia, Engenharia e
Matemática, no curso de Licenciatura em Ensino
de Matemática com Habilitações em Ensino de
Física, 2º ano, IIo Semestre, Sob orientação de
docente da cadeira:

Msc. Samuel Antonio Sousa

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2023
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Indice
1.Introdução ................................................................................................................................ 4
1.Objetivos geral e específicos ................................................................................................... 4
1.1.1. Objetivo Geral .................................................................................................................. 4
1.1.2. Objetivos Específicos ....................................................................................................... 4
1.2. Metodologia ......................................................................................................................... 4
2. Antropologia na África Colonial ............................................................................................ 5
2.1.. Antropologia na África Pós-Colonial ................................................................................. 5
3.A antropologia em Moçambique: desenvolvimento histórico e Principais áreas de interesse
contemporâneas .......................................................................................................................... 6
3.1.Desenvolvimento Histórico .................................................................................................. 6
3.2.Principais Áreas de Interesse Contemporâneas .................................................................... 6
4. Correntes Antropologicas ....................................................................................................... 7
4.1. Evolucionismo ..................................................................................................................... 7
4.1.1. Conceito ............................................................................................................................ 7
4.1.2. Representantes .................................................................................................................. 8
4.1.3. Exemplos .......................................................................................................................... 8
4.2.Difusionismo e Culturalismo ................................................................................................ 9
4.2.1. Difusionismo .................................................................................................................... 9
4.2.2. Culturalismo ..................................................................................................................... 9
4.3.Funcionalismo .................................................................................................................... 10
4.3.1. Conceito .......................................................................................................................... 10
4.3.2. Representantes ................................................................................................................ 10
4.3.3. Exemplos ........................................................................................................................ 11
4.4. Estruturalismo.................................................................................................................... 11
4.4.1. Conceito .......................................................................................................................... 11
4.4.2. Representantes ................................................................................................................ 12
4.4.3. Exemplos ........................................................................................................................ 12
5.Conclusão .............................................................................................................................. 13
5.Bibliográficas ........................................................................................................................ 14
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1.Introdução
Trabalho referente a cadeira de Antropologia Cultural, que fala a cerca da A
antropologia na África colonial e pós-colonial, a antropologia em Moçambique:
desenvolvimento histórico e Principais áreas de interesse contemporâneas como,
Evolucionismo, Difusionismo e Culturalismo, Funcionalismo e Estruturalismo.

A antropologia desempenhou um papel significativo na África colonial e pós-colonial,


especialmente em países como Moçambique. Durante o período colonial, os antropólogos
muitas vezes atuavam como instrumentos do poder colonial, estudando as culturas locais para
melhor entender e controlar as populações nativas. Após a independência, a antropologia
evoluiu para abordar questões mais sensíveis, como identidade étnica, conflitos pós-coloniais
e desenvolvimento.

1.Objetivos geral e específicos

1.1.1. Objetivo Geral


 Analisar o desenvolvimento histórico da antropologia na África colonial e pós-
colonial, com um foco específico na evolução da antropologia em Moçambique.

1.1.2. Objetivos Específicos


 Analisar a contribuição da antropologia para a compreensão das sociedades africanas
durante o período colonial.
 Explorar as mudanças na abordagem da antropologia em Moçambique após a
independência do país em 1975.
 Identificar e discutir as principais áreas de interesse contemporâneas na antropologia
em Moçambique, incluindo o Evolucionismo, Difusionismo e Culturalismo,
Funcionalismo e Estruturalismo.

1.2. Metodologia
A metodologia usada para realização deste trabalho foi a de consulta bibliográfica, que
consistiu na leitura, criticas e analise das informações da obra, os autores das referências estão
devidamente citados dentro do trabalho assim como na bibliografia final e o trabalho obedece
as normas de elaboração de trabalho científico desta Universidade Rovuma (Com Norma
APA, 6ª edição) e obedece a seguinte ordem, Capas, índice, Introdução, Desenvolvimento,
Conclusão e a respectiva Bibliografia
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2. Antropologia na África Colonial


Segundo Ferreiraet al (1995) , descreve que: Durante o período colonial na
África, que durou aproximadamente do final do século 19 até meados do século 20, a
antropologia desempenhou um papel ambivalente. Os antropólogos frequentemente
trabalhavam sob as estruturas coloniais e frequentemente eram empregados por
potências coloniais europeias. Seu trabalho incluía coletar informações sobre as
culturas locais, línguas e tradições, muitas vezes com a finalidade de facilitar o
controle colonial e a exploração de recursos naturais.

Para Body & Richerson, (2005), fundamentam que no entanto, muitos antropólogos
também fizeram esforços significativos para documentar e preservar as culturas africanas.
Eles realizaram pesquisas etnográficas, coletaram artefatos culturais e contribuíram para o
entendimento das sociedades africanas pelos europeus e pelo mundo acadêmico em geral.

2.1.. Antropologia na África Pós-Colonial


Para Cavalli, & Feldman, (1981), descrevem que após a independência de muitos
países africanos nas décadas de 1950 e 1960, a antropologia continuou a desempenhar
um papel importante na região. No período pós-colonial, os antropólogos africanos
começaram a desempenhar um papel mais proeminente e a abordar questões
relacionadas à identidade, poder, desenvolvimento e mudanças sociais.

A antropologia também se envolveu em debates políticos e sociais, buscando


contribuir para a resolução de conflitos étnicos, questões de desenvolvimento e governança
democrática. Além disso, os antropólogos africanos se concentraram em preservar e
revitalizar as tradições culturais locais que haviam sido ameaçadas durante o período colonial.

Durante e após o período colonial, os antropólogos africanos e estrangeiros


exploraram uma variedade de tópicos, incluindo questões de etnicidade, religião, migração,
urbanização, direitos humanos, questões de gênero e muitos outros. A pesquisa antropológica
continuou a fornecer uma visão valiosa das complexas sociedades africanas e suas interações
com o mundo globalizado.

Ele s Cavalli-Sforza,& Feldman, (1981), concluem que , a antropologia na África


colonial e pós-colonial teve uma influência significativa na compreensão das culturas
locais e nas questões sociais e políticas enfrentadas pelo continente. Ela desempenhou
um papel ambivalente durante o período colonial, mas na era pós-colonial, os
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antropólogos africanos desempenharam um papel crucial na promoção da identidade


cultural, no desenvolvimento e na resolução de conflitos.

3.A antropologia em Moçambique: desenvolvimento histórico e Principais áreas de


interesse contemporâneas
Segundo Marcos, (2015). A antropologia em Moçambique tem uma história rica e
complexa, refletindo as transformações sociais, políticas e culturais que o país experimentou
ao longo do tempo. Vou abordar o desenvolvimento histórico e as principais áreas de interesse
contemporâneas da antropologia em Moçambique:

3.1.Desenvolvimento Histórico

 Período Colonial: Durante o período colonial, Moçambique foi uma colônia


portuguesa, e a antropologia desempenhou um papel ambivalente. Os antropólogos
portugueses muitas vezes trabalhavam para o governo colonial e estavam envolvidos
em pesquisas que serviam aos interesses coloniais, como estudos sobre etnias e
culturas locais. No entanto, também havia antropólogos que buscavam entender e
preservar as culturas moçambicanas.
 Luta pela Independência: A antropologia desempenhou um papel importante na luta
pela independência de Moçambique, que foi alcançada em 1975. Muitos antropólogos
locais e estrangeiros apoiaram os movimentos de libertação, ajudando a documentar a
história e a cultura moçambicanas, bem como a resistência ao colonialismo português.
 Pós-Independência: Após a independência, a antropologia continuou a se
desenvolver em Moçambique. O governo moçambicano promoveu pesquisas
acadêmicas e programas de ensino em antropologia, incentivando a formação de
antropólogos moçambicanos.

3.2.Principais Áreas de Interesse Contemporâneas:

Segundo Marcos, (2015), descreve que:

1. Identidade e Etnicidade: A questão da identidade é central na antropologia moçambicana,


devido à diversidade étnica e linguística do país. Os antropólogos estudam as dinâmicas das
identidades étnicas e culturais, bem como como essas identidades interagem em uma
sociedade pós-colonial.
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2. Desenvolvimento e Mudança Social: A antropologia em Moçambique está preocupada


com questões de desenvolvimento, incluindo pobreza, saúde, educação e acesso a recursos.
Os antropólogos investigam como as políticas de desenvolvimento afetam as comunidades
locais e como as pessoas respondem a essas mudanças.

3. Religião e Espiritualidade: A religião desempenha um papel significativo na vida das


pessoas em Moçambique. Os antropólogos estudam as crenças espirituais, rituais e práticas
religiosas, incluindo o sincretismo religioso, que é comum no país.

4. Gênero e Família: A antropologia também aborda questões de gênero e família em


Moçambique. Isso inclui estudos sobre o papel das mulheres na sociedade, questões de
casamento, maternidade e dinâmicas familiares em constante evolução.

5. Política e Conflito: Os antropólogos em Moçambique também investigam questões


políticas, incluindo conflitos políticos, participação cívica e governança. Eles analisam como
as comunidades locais estão envolvidas na política e como as políticas afetam suas vidas.

Para Marcos, (2015) finaliza que, a antropologia em Moçambique passou por uma
evolução significativa, desde o período colonial até os dias atuais, refletindo os
desafios e mudanças que o país enfrentou. As áreas de interesse contemporâneas
refletem as questões cruciais que a sociedade moçambicana enfrenta, incluindo
questões de identidade, desenvolvimento, religião, gênero e política.

4. Correntes Antropologicas
A antropologia é uma disciplina diversificada que se desenvolveu ao longo do tempo com
várias correntes teóricas e metodológicas. Uma das correntes iniciais na história da
antropologia foi o Evolucionismo.

4.1. Evolucionismo

4.1.1. Conceito
Segundo Boyd, & Richerson, (2005), descreve que:

O Evolucionismo na antropologia é uma corrente teórica que sugere que as sociedades


humanas evoluíram de formas mais simples para mais complexas ao longo do tempo. Essa
evolução era frequentemente vista como linear, com as sociedades "primitivas" no estágio
mais baixo e as sociedades industriais ou avançadas no estágio mais alto. Os evolucionistas
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buscavam explicar as diferenças entre as culturas com base em suas posições na escala
evolutiva.

4.1.2. Representantes
Segundo Boyd, R., & Richerson, P. J. (2005), Alguns dos principais representantes do
Evolucionismo na antropologia incluem:

Lewis Henry Morgan: Ele é conhecido por sua obra "Ancient Society" (Sociedade Antiga),
na qual propôs uma classificação das sociedades em três estágios: selvageria, barbárie e
civilização. Morgan também desenvolveu a teoria da evolução social, argumentando que
todas as sociedades passam por esses estágios em direção à civilização.

Edward Burnett Tylor: Tylor é famoso por seu livro "Primitive Culture" (Cultura Primitiva),
no qual postulou a teoria do animismo, argumentando que as crenças religiosas têm origens
comuns nas sociedades "primitivas". Ele também enfatizou a ideia de que a cultura evolui de
formas mais simples para mais complexas.

4.1.3. Exemplos
De acordo com Cavalli-Sforza, , & Feldman, (1981), argumentam que:

Um exemplo de aplicação do Evolucionismo seria a classificação das culturas


africanas como "primitivas" com base em suas tecnologias e sistemas sociais menos
complexos, em comparação com as sociedades europeias industrializadas durante a era
colonial. Essa classificação foi usada para justificar a dominação colonial.

Outro exemplo é a visão de que as sociedades caçadoras-coletoras eram "primitivas" e


representavam um estágio inicial da evolução social, enquanto as sociedades agrícolas eram
vistas como mais avançadas. Essa perspectiva influenciou a compreensão das sociedades
indígenas nas Américas.

De acordo com Cavalli-Sforza & Feldman, (1981), na mesma linha do pensamento,


dao nota que É importante observar que o Evolucionismo foi uma corrente da
antropologia que caiu em desuso devido à sua simplificação excessiva das culturas e à
tendência de classificar algumas sociedades como superiores a outras. A antropologia
moderna adotou uma abordagem mais holística e culturalmente relativa para entender
as sociedades humanas, valorizando a diversidade cultural e reconhecendo que cada
sociedade tem seu próprio contexto único.
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4.2.Difusionismo e Culturalismo
Segundo Boas, F. (1940), define o Difusionismo e o Culturalismo são duas correntes
importantes na história da antropologia que oferecem abordagens distintas para entender a
difusão cultural e a compreensão das culturas em si.

4.2.1. Difusionismo

Conceito: O Difusionismo é uma corrente teórica na antropologia que se concentra na ideia


de que as inovações culturais e as práticas se espalham de uma cultura para outra por meio de
processos de difusão. Isso significa que as culturas trocam elementos culturais, como
tecnologias, crenças religiosas e práticas sociais, à medida que interagem umas com as outras.
Os difusionistas tentam rastrear a propagação desses elementos culturais ao longo do tempo e
do espaço.

Representantes: Alguns dos principais representantes do Difusionismo na antropologia


incluem:

Grafton Elliot Smith: Ele foi um proponente do difusionismo, argumentando que as culturas
se desenvolvem através da transmissão de elementos culturais de uma cultura para outra. Ele
se concentrou em estudar a difusão de tecnologias e práticas, como a agricultura.

Exemplos: Um exemplo de aplicação do Difusionismo é o estudo da disseminação da escrita


na antiguidade. Os antropólogos difusionistas poderiam analisar como os sistemas de escrita
se espalharam de uma cultura para outra, permitindo o registro de informações e o
desenvolvimento da literatura.

4.2.2. Culturalismo

De acordo com Wolf, (1982), tras uma abordagem que conclui que :

Conceito:O Culturalismo é uma abordagem na antropologia que se concentra na compreensão


das culturas a partir de uma perspectiva interna, ou seja, tenta entender as culturas como os
membros dessas culturas as vivenciam. Em vez de buscar padrões universais ou difusão
cultural, os culturalistas enfatizam a singularidade e a complexidade de cada cultura.

Representantes:Alguns dos principais representantes do Culturalismo na antropologia


incluem:
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Franz Boas: Ele é muitas vezes considerado o pai do culturalismo na antropologia. Boas
defendia a ideia de que cada cultura era única e deveria ser estudada em seu próprio contexto.
Ele se opôs ao racismo científico e ao determinismo cultural, argumentando que as diferenças
culturais eram resultado da história e do ambiente, não da superioridade ou inferioridade de
uma cultura em relação a outra.

Exemplos: Um exemplo de abordagem culturalista seria o estudo detalhado de uma


comunidade indígena na Amazônia. Os antropólogos culturalistas se envolveriam
profundamente com os membros da comunidade, aprendendo suas línguas, observando suas
práticas cotidianas e buscando compreender o mundo a partir de sua perspectiva.

Difusionismo enfatiza a difusão de elementos culturais entre culturas diferentes,


enquanto o Culturalismo se concentra na compreensão das culturas em seus próprios termos,
enfatizando a singularidade e a complexidade cultural. Ambas as abordagens contribuíram
significativamente para o desenvolvimento da antropologia ao longo do tempo.

4.3.Funcionalismo
Segundo Radcliffe-Brown, (1952). "O Funcionalismo é uma das correntes mais
influentes na história da antropologia. Ele se concentra na análise das funções e inter-relações
dos elementos culturais dentro de uma sociedade ou cultura.

4.3.1. Conceito

Nas ideias de Malinowski, (1922), define:

O Funcionalismo na antropologia é uma abordagem teórica que se preocupa em


entender como as diferentes partes de uma cultura ou sociedade se relacionam e como
elas contribuem para o funcionamento geral da sociedade. Os funcionalistas acreditam
que as práticas culturais e sociais desempenham papéis específicos na manutenção e
estabilidade de uma sociedade, e eles se concentram em descobrir essas funções.

4.3.2. Representantes

Alguns dos principais representantes do Funcionalismo na antropologia incluem:

Bronisław Malinowski: Malinowski é frequentemente considerado o pai do


Funcionalismo na antropologia. Ele acreditava que a antropologia deveria se concentrar na
observação participante, ou seja, os antropólogos deveriam viver com as culturas que
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estudavam para entender suas práticas em um contexto mais profundo. Ele também enfatizou
a importância das instituições culturais na satisfação das necessidades básicas dos indivíduos,
como a família e a religião.

Alfred Radcliffe-Brown: Radcliffe-Brown foi outro proponente importante do


Funcionalismo. Ele estava interessado em estruturas sociais e nas funções que
desempenhavam na coesão e estabilidade das sociedades. Radcliffe-Brown introduziu o
conceito de "solidariedade mecânica" (em sociedades tradicionais) e "solidariedade orgânica"
(em sociedades modernas) para explicar como as sociedades se mantêm unidas.

4.3.3. Exemplos

Um exemplo de aplicação do Funcionalismo seria o estudo de um sistema de


parentesco em uma sociedade indígena. Um antropólogo funcionalista analisaria como os
laços de parentesco desempenham funções específicas, como a organização do trabalho, a
transmissão de propriedade e a manutenção da coesão social dentro da comunidade.

Outro exemplo seria o estudo das práticas religiosas em uma cultura. Os antropólogos
funcionalistas procurariam entender como a religião desempenha um papel na coesão da
comunidade, na regulação do comportamento moral e na resposta a eventos significativos na
vida das pessoas.

Para Malinowski, (1922). ", o Funcionalismo na antropologia se concentra na análise


das funções e inter-relações dos elementos culturais dentro de uma sociedade,
buscando compreender como esses elementos contribuem para a estabilidade e o
funcionamento geral da cultura ou sociedade em questão. Essa abordagem teve um
impacto significativo no desenvolvimento da antropologia como disciplina acadêmica.

4.4. Estruturalismo
4.4.1. Conceito

Segundo Lévi-Strauss, (1963), O Estruturalismo na antropologia é uma abordagem


teórica que se concentra na identificação e análise das estruturas subjacentes nas
culturas e sociedades humanas. Os estruturalistas acreditam que as culturas têm
elementos simbólicos e estruturas subjacentes que são universais e que moldam o
pensamento e o comportamento humano. Eles buscam entender como essas estruturas
funcionam e como influenciam a cultura e a sociedade.
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4.4.2. Representantes
Um dos representantes mais proeminentes do Estruturalismo na antropologia é: Lévi-
Strauss é frequentemente considerado o fundador do Estruturalismo na antropologia. Ele
aplicou a teoria estruturalista para analisar mitos, rituais e sistemas de parentesco em várias
culturas. Ele argumentava que os mitos compartilhavam estruturas subjacentes universais e
que essas estruturas podiam ser analisadas para entender os sistemas de significado cultural.

4.4.3. Exemplos

Um exemplo de aplicação do Estruturalismo é a análise de mitos em diferentes


culturas. Claude Lévi-Strauss, por exemplo, examinou mitos de várias sociedades indígenas
da América do Sul e identificou estruturas narrativas comuns, como oposições binárias, que
ele acreditava refletir estruturas universais na mente humana. Ele argumentava que essas
estruturas eram uma forma de expressão simbólica de conceitos fundamentais na cultura.

Outro exemplo seria a análise de sistemas de parentesco em diferentes culturas. Os


estruturalistas buscariam padrões universais nas maneiras como as culturas organizam as
relações familiares, como os termos usados para descrever parentes ou as regras para o
casamento. Eles argumentariam que esses padrões refletem estruturas subjacentes de
parentesco que são comuns a todas as sociedades.

Para Leach, (1961), descreve que: O Estruturalismo na antropologia enfatiza a análise


das estruturas universais e dos padrões simbólicos nas culturas e sociedades humanas.
Os estruturalistas buscam entender como essas estruturas moldam o pensamento e o
comportamento humano e como influenciam a cultura e a sociedade. Claude Lévi-
Strauss desempenhou um papel fundamental na popularização dessa abordagem na
antropologia.
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5.Conclusão
Concluímos que as principais áreas de interesse contemporâneas no campo da
antropologia incluem Evolucionismo, Difusionismo, Culturalismo, Funcionalismo e
Estruturalismo, cada uma com abordagens distintas para entender as sociedades humanas.

O Evolucionismo foi uma perspectiva inicial que buscava traçar o desenvolvimento


humano em termos de estágios evolutivos, indo do simples ao complexo. No entanto, essa
abordagem foi criticada por seu eurocentrismo e viés cultural. O Difusionismo concentra-se
na propagação de traços culturais de uma sociedade para outra e na influência de culturas
mais avançadas em sociedades menos desenvolvidas. No entanto, também foi alvo de críticas
por simplificar as complexas interações culturais.

O Culturalismo enfatiza a compreensão das culturas em seu próprio contexto,


valorizando a análise das práticas culturais locais sem julgamento de valor externo. O
Funcionalismo examina como as instituições culturais atendem às necessidades das
sociedades e como diferentes partes de uma cultura interagem para manter o equilíbrio social.

O Estruturalismo, desenvolvido por Claude Lévi-Strauss, busca identificar estruturas


universais subjacentes ao pensamento humano e à cultura, explorando padrões recorrentes na
organização simbólica das sociedades.

Embora essas abordagens tenham contribuído para o desenvolvimento da


antropologia, a disciplina evoluiu para incluir perspectivas mais holísticas e contextualizadas,
como o pós-estruturalismo, o feminismo e a antropologia simbólica, refletindo a crescente
compreensão da complexidade das culturas humanas e das relações sociais.
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5.Bibliográficas
1. Boas, F. (1940). "Raça, Linguagem e Cultura." Editora Edusp.
2. Boyd, R., & Richerson, P. J. (2005). "A Origem e Evolução das Culturas." Editora
Unesp.
3. Cavalli-Sforza, L. L., & Feldman, M. W. (1981). "Transmissão Cultural e Evolução:
Uma Abordagem Quantitativa." Editora Unicamp.
4. Ferreira, J.M. Carvalho et al (1995) “Sociologia”; McGraw-Hill Portugal
5. Leach, E. R. (1961). "Repensando a Antropologia." Editora Zahar.
6. Lévi-Strauss, C. (1963). "Antropologia Estrutural." Editora Cosac Naify.
7. Malinowski, B. (1922). "Os Argonautas do Pacífico Ocidental." Editora Abril.
8. Marcos, T. H. (2015). "Pequenos Lugares, Grandes Questões Africanas: Uma
Introdução à Antropologia Social e Cultural." Editora Zahar.
9. Osborne, R (2006) “Dicionário de Sociologia”; Rio de Janeiro. :
10. Radcliffe-Brown, A. R. (1952). "Estrutura e Função na Sociedade Primitiva." Editora
Vozes.
11. Wolf, E. R. (1982). "A Europa e os Povos sem História." Editora Forense
Universitária.

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