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20/10/2023 Fisiopatologia I.

AULA 10 – FISIOPATOLOGIA DOS SISTEMAS RESPIRATORIO

Afecções nasais e paranasais

• Anatômicas
• Virais (FHV, FCV, cinomose)
• Bacterianas (Bordetella bronchiseptica, Chlamydophila felis)
• Micóticas (criptococose, Aspergilose)
• Tumorais (TVT, carcinoma, sarcoma, linfoma)
• Alérgica
• Idiopática

Sintomatologia

Afecções nasais e paranasais:

Rinorreia - secreção nasal

Estertor

Espirros

Deformidade facial

Rinite alérgica

Incomum

Sazonal

Aguda ou crônica

Contato com alérgenos ambientais:

Fumaça de cigarros, areia sanitária, perfume, produtos de limpeza, tecidos.

Sinais clínicos:

Rinorreia serosa ou mucopurulenta Espirros

Rinite viral

Etiologia

Vírus da cinomose
Herpesvírus felino

Calicivírus felino

Vírus da cinomose

Família Paramyxoviridae , gênero Morbillivirus

RNA-vírus, fita única, envelopado

Predisposição: carnívoros silvestres e domésticos

Infecta macrófago respiratórios e se dissemina para órgãos linfoide

Transmissão: contato direto e aerossóis

Herpesvirus felino

Alphaherpesvirus, dna fita dupla, envelopado

Infecta epitélio mucoso causando lise

Latente em células nervosas (gânglio trigêmeo, nervo óptico, bulbo olfatório e córnea)

Aguda ou crônica

Calicivírus felino

RNA virus, não envelopado

Infecta epitélio mucoso

Provoca estomatite, úlcera oral, espirros, conjuntivite, tosse, rinorreia (serosa), anorexia, febre

Rinite bacteriana

Etiologia

Bordetella bronchiseptica

Staphylococcus spp

Streptococcus spp

Chlamydophila felis

Bordetella bronchiseptica

Zoonose

Cocobacilo gram negativo, produtora de toxinas

Infecta macrófagos e neutrófilos

Sinais: traqueobronquite, tosse produtiva ou não, dispnéia, letargia, febre e leucocitose

Chlamydophila felis

Bactéria gram negativa, intracelular obrigatória

Infecta epitelio conjuntival (mucoso) e macrofagos

Provoca: conjuntivite aguda ou crônica, secreção oculonasal serosa a mucopurulenta, espirros

Auto limitante
Etiologia Aspergillus sp

Cryptococcus sp

Aspergillus fumigatus

Ambiental, solo, folhas, fezes de aves, compostagem, feno

Inalação de conídios

Placas (hifas e conídios) amarelada/esverdeada/enegrecida, rinorreia purulenta, epistaxe, edema, destruição de


turbinados nasais

Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gatti

Saprófita, leveduriforme

Presente no solo, fezes de aves (pombos, morcegos) e matéria orgânica decomposta.

Pode disseminar-se por via hematógena provocando doença sistêmica (cérebro, olhos, linfonodos, pele)

Complexo respiratório felino

Etiologia

Herpesvírus felino, Calicivírus felino, Chlamydophila felis, Bordetella bronchiseptica.

Transmissão

Contato direto com animais infectados, secreções e objetos contaminados

Predisposição

Animais jovens, estresse, imunossupressão

Formas:

Aguda

Crônica intermitente

Crônica persistente

Sinais clínicos: Secreção serosa a mucopurulenta - nasal e ocular

Conjuntivite, úlceras de córnea

Espirros

Anorexia, úlceras orais, hipersalivação

Desidratação

Afecções neoplásicas

Carcinoma

Neoplasias de origem tegumentar

Adenocarcinoma

Carcinoma escamoso ou transicional

Neuroblastoma nasal

Sarcoma
Neoplasias de origem mesenquimal

Condrossarcoma

Osteossarcoma

Fibrossarcoma

Linfoma (células redondas)

Mais comum em felinos

Tumor venéreo transmissível

Etiologia Histiocítica, reticuloendotelial ou macrofágica

Transmissão Contato direto Predisposição: animais errantes, não castrados.

Sinais clínicos: Tumor em formato de "couve-flor" Epistaxis

Afecções da faringe e laringe

Etiologia:

Anatômica

Obstrutivo

Sintomatologia:

Roncos

Estridores, estertores, espirros reversos, engasgos

Alterações na voz

Tosse

Síndrome do braquicefálico

Múltiplas anormalidades anatômicas

● Narinas estenóticas

● Palato mole alongado

● Traqueia hipoplásica

Sinais clínicos

Aumento de esforço respiratório (taquipneia, hiperpneia)

Dispneia

Engasgo, estertores

Cianose

Síncope

Hipertermia

Principais disfunções respiratórias - porção condutora


Asma felina

Afecção crônica e alérgica

Inalação de potenciais alérgenos desencadeando hiperresponsividade

Epidemiologia

adultos jovens e meia-idade (media de 4 a 6 anos)

Machos = fêmeas

Siamês

Patogenia

Edema parede brônquica

Aumento de produção de muco

Infiltração eosinofílica

Hipertrofia da musculatura lisa

Sinais clínicos

Taquipneia

Dispneia (expiratória)

Tosse intermitente

Intolerância ao exercício

Colapso traqueal

Afecção congênita ou adquirida

Ausência ou deficiência de sulfato de condroitina e glicosaminoglicanos

Epidemiologia

Idade média a idosos

Pequenas raças

Machos = fêmeas

Patogenia

Causas: agitação, compressão traqueal, engasgo, estresse térmico, umidade

Patogênese: estreitamento ou deformidade da traqueia, membrana dorsal prolapso para dentro do lúmen

Sinais clínicos

Tosse (crônica e paroxística) - “grasnar de ganso” taquipneia Intolerância ao exercício Cianose Síncope

Traqueobronquite infecciosa canina - Tosse dos Canis

Afecção infecciosa, altamente contagiosa e auto limitante.

Etiologia

Adenovírus tipo 2 (CAV-2)


Herpes-virus canino tipo 1 (CHV-1)

Vírus da parainfluenza canina

Bordetella bronchiseptica

Epidemiologia

Transmissão: contato direto com animais infectados e secreções

Incubação: 3 a 5 dias

Predisposição: animais jovens, imunocomprometidos, errantes e mantidos em canis

Patogenia

Danos às células epiteliais da laringe, traquéia, brônquios.

Sinais clínicos

Tosse produtiva ou improdutiva

Secreção nasal

Anorexia

Febre

Conjuntivite

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