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Introdução

O problema do desemprego pode ser dividido em duas categorias: o problema de


longo prazo e o problema de curto prazo. Neste ponto, a taxa natural de desemprego é o
nível de desemprego normal de uma economia, enquanto o desemprego cíclico refere-se às
flutuação de ano para ano do desemprego em torno de sua taxa natural, estando associado aos
altos e baixos da atividade econômica de curto prazo.
A taxa natural de desemprego não é desejável, constante ou imune às políticas
econômicas - significa apenas que este nível de desemprego não desaparecerá no longo prazo.

Identificando o desemprego
Como se mede o desemprego?
Os órgãos públicos que medem o desemprego nacional (no caso brasileiro, o
IBGE), repartem os indivíduos adultos (16 anos ou mais) em três categorias: empregado,
desempregado e fora da força de trabalho.
A força de trabalho é a soma dos empregados e desempregados. Assim, a
taxa de desemprego é o percentual da força de trabalho desempregado. Por sua vez, a taxa de
participação na força de trabalho mede o percentual da população adulta total que está na
força de trabalho.
Entre os desafios de se medir o desemprego está a categoria dos
trabalhadores desalentados, indivíduos que gostariam de trabalhar, mas desistiram de
procurar emprego.

Por quanto tempo os desempregados ficam sem trabalho?


A maior parte os períodos de desemprego é breve, e a maior parte do
desemprego observado em qualquer período de tempo dado é de longo prazo.

Por que sempre há algumas pessoas desempregadas?


Existem quatro maneiras de se explicar o desemprego no longo prazo, que se
enquadram em duas categorias:
● Desemprego ficcional: normalmente referente ao curto prazo, surge
devido ao tempo necessário para que os trabalhadores encontrem
empregos que melhor se adaptem a suas preferências e habilidades.
● Desemprego estrutural: o número de empregos disponíveis em alguns
mercados de trabalho é insuficiente para proporcionar emprego a todos
que o desejam.

Procura de emprego
A procura de emprego é o processo de ajustar trabalhadores com trabalhos apropriados
a suas preferências e habilidades. Neste ponto, é relevante afirmar que o desemprego
friccional é inevitável, visto que a economia está sempre mudando. Todavia, o nível de tal
desemprego não é constante, podendo ser reduzido com uma divulgação mais efetiva de vagas
de emprego, bem como por programas públicos de treinamento, facilitando a transição dos
trabalhadores de setores.
Uma das ações governamentais que auxilia na quantidade de desemprego friccional é
o seguro-desemprego, um programa que protege parcialmente as rendas dos trabalhadores
quando eles ficam desempregados.
O desemprego também pode surgir em decorrência de um salário mínimo estipulado
acima do nível de equilíbrio. Outro ponto de relevância a ser discutido no surgimento do
desemprego é o papel dos sindicatos e de suas respectivas negociações coletivas. O aumento
dos salários, normalmente alcançado por negociações coletivas ou greves, prejudica os
outsiders do sindicato - pois enquanto os insiders recebem um salário maior, a mão de obra
demandada se torna menor, devido ao maior gasto com os já empregados. Os outsiders podem
então esperar por vagas em empresas sindicalizadas ou podem trabalhar em empresas não
sindicalizadas, normalmente com um salário menor - arcando com os custos dos benefícios
alcançados pelos insiders. A Lei Wagner, de 1935 dos EUA, impede os empregadores de
interferir na organização de sindicatos e exige que os empregadores negociem de boa-fé com
os sindicatos.
Por fim, uma quarta razão para o surgimento do desemprego são os salários de
eficiência, isto é, salários acima do nível de equilíbrio pagos pelas empresas para aumentar a
produtividade dos trabalhadores. Essa ação privada vem do pensamento de que a
produtividade é aumentada quando os salários estão acima do nível de equilíbrio - isso devido
à saúde do trabalhador (especialmente em países periféricos); para evitar a rotatividade do
trabalhador (reduzindo os custos e o tempo de treinar novos funcionários); e para incentivar o
esforço do trabalhador. Enfim, a última teoria dos salários de eficiência refere-se à ligação
entre salários altos e a escolha de trabalhadores mais qualificados (que costumeiramente
apresentam maior produtividade, mas um salário de reserva - valor mínimo a receber - mais
alto).

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