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Índice

I. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 2
II. OBJETIVOS.................................................................................................................................... 3
2.1. Geral ............................................................................................................................................. 3
III. RENDAS .......................................................................................................................................... 4
Rendas Certas.......................................................................................................................................... 4
Renda Imediata Postecipada Sem Entrada Ou Imediata .................................................................... 4
Renda Antecipada – Com entrada ........................................................................................................ 6
Renda diferida – Com carência ............................................................................................................. 8
IV. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................ 10

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I. INTRODUÇÃO
Renda, segundo a economia clássica, é a remuneração dos fatores de produção
Salários (remuneração do fator trabalho), aluguéis (remuneração do
fator terra), juros e lucros (remuneração do capital).

Renda Nacional é a soma de todas as rendas recebidas pelos proprietários dos fatores de
produção utilizados durante o ano, ou seja, é a remuneração do serviço dos fatores.
Inclui salários e ordenados, juros, aluguéis, lucros mais as transferências do Governo para o setor
privado (subsídios e pensões).

A Renda Nacional Bruta corresponde ao Produto Interno Bruto mais os rendimentos líquidos
dos fatores de produção enviados ao resto do mundo. O PIB, descontado dessa renda enviada ao
exterior (ou acrescido da renda recebida do exterior) é chamado Produto Nacional Bruto (PNB).
O conceito de PNB, por esse motivo, está mais próximo ao conceito de Renda Nacional.

O PNB, depois de descontadas as perdas por depreciação, é exatamente igual à Renda Nacional
Líquida. Portanto.

PIB – Renda enviada ao exterior + Renda recebida do exterior = PNB

PNB – Depreciação = Produto Nacional Líquido = Renda Nacional Liquida

Renda Nacional Líquida / Número de habitantes do país = Renda per capita

A renda per capita é um importante indicador de padrão de vida e desenvolvimento


econômico de um país.

Renda também conhecida como anuidade, é todo valor utilizado sucessivamente para compor um
capital ou pagar uma dívida. As rendas são um dos principais conceitos que baseiam os
financiamentos ou empréstimos. Nessas rendas são realizadas uma série de pagamentos (parcelas
ou termos) para arrecadar um fundo de poupança, pagar dívidas, financiar imóveis, etc.

No caso da poupança, para acumularmos determinado valor, realizamos vários pagamentos que
geram um montante ao final, chamado de montante equivalente da renda.

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II. OBJETIVOS
2.1.Geral
Tem como objetivo avançar na compreensão das rendas.

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III. RENDAS

Rendas Certas
Uma renda é denominada certa quando todos os seus elementos: número de parcelas, período,
valores das parcelas e vencimentos podem ser pré-fixados. Caso contrário, ela é dita renda
aleatória. Se todas as parcelas que constituem a renda são iguais, ela é denominada constante
(série uniforme), caso contrário ela é dita variável.

Classificação de rendas

A renda pode ser classificada em:

a) Renda imediata ou postecipada – sem entrada


b) Rendas antecipadas – com entrada
c) Rendas diferidas – com carência

Renda Imediata Postecipada Sem Entrada Ou Imediata


Na amortização postecipada, imediata ou sem entrada, a primeira prestação ou pagamento se dá
no fim do primeiro período, ou seja, na época. Analisando a figura a seguir, que representa uma
renda postecipada de n = 4 termos ou prestações.

Fonte: Costa (2016) pg. 22

Para facilitar a notação representamos (1 + i) pela letra (u).

u=1+i

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Podemos estabelecer nesse período uma equivalência de capitais entre o valor da dívida D e o
somatório das prestações (P).

Du4 = Pu3 + Pu2 + Pu + P S4

Colocando P em evidência

Du4 = P (u3 + u2 + u + 1) S4

A expressão entre parênteses é a soma dos 4 primeiros termos de uma progressão geométrica de
razão u4.

S = u3 + u2 + u + 1

Multiplicando ambos lados por u

u.S = u (u3 + u2 + u + 1)

u.S = u4 + u3 + u2 + u

Vamos subtrair

u.S – S

Colocando S em evidência

S (u – 1) = U4-1

S = u4 – 1 / U - 1=> D = P.S . U4 - 1 / U – 1

Exemplo

O Sr. José do Carmo deposita em um banco, no fim de cada mês, durante 5 meses, a quantia de
1.000,00. Calcule o montante da renda acumulada, imediatamente após o último depósito,
sabendo que o banco está pagando juros de 20% ao mês.

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Dados

D=?

P = 1.000,00

i = 0.2

n=5

F/R

D = P U5 – 1 / u – 1

D = 1000 (1 + 0.2) 5 - 1 / ( 1 + 0.2) - 1

D=7.441,60

Renda Antecipada – Com entrada


Nas rendas antecipadas, ou com entrada, o pagamento da primeira prestação se dá na data atual,
ou seja, no momento da constituição da dívida. Denotaremos esse momento de período 0. Se o
fluxo de caixa fosse antecipado, ou seja, com os pagamentos periódicos realizados no início dos
períodos como mostra a Figura a seguir.

u = (1 + i)

Fonte: Costa (2016) pg. 26

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Como a dívida deverá ser liquidada no fim do quarto período, podemos estabelecer, nesse
período, uma equivalência de capitais entre o valor da dívida D e o somatório das prestações P.

Ou seja:

Du4 = Pu4 + Pu3 + Pu2 + Pu

A sequência (Pu4 + Pu3 + Pu2 + Pu) dos montantes das prestações forma uma progressão
geométrica de n = 4 termos.

Colocando P em evidência.

Du4 = P (u4 + u3 + u2 + u)

S= u4 + u3 + u2

Vamos dividir ambos lados por u

S/u = u4 + u3 + u2 +/u

Vamos subtrair

S/ u – S

Colocando primeiro S em evidência

S/ u (1/u – u) => S/u (1 – u/u)

S (1 – u/u) = 1 – u4

S = u. (1 – u4/ 1 - u )

S = (– u5 + u / -u + 1)

Então, onde n = 5

D = P. ( un + u /- u + 1)

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Exemplo: Tereza deposita em uma financeira, no início de cada mês, durante 5 meses, a quantia
de 1.000,00. Calcule o montante da renda, sabendo que essa financeira paga juro de 2% ao mês,
capitalizados mensalmente.

Dados

D=?

P = 1.000,00

u = (1 + i)

i = 0,02

n=6

F/R

D = P. ( un + u /- u + 1)

D = 1000 . (1 + 0.02) – (1 + 0.02)6 /1 - (1 + 0, 02)

D = 5.308,12

Renda diferida – Com carência


Quando os primeiros pagamentos forem exigidos a partir de um outro período que não seja o
primeiro, neste caso existirá um intervalo de tempo em que não ocorre o pagamento. Esse
intervalo de tempo é chamado de carência.

u = (1 + i)

Du6 = Pu3 + Pu2 + Pu + P

Devemos tomar cuidado pra não confundir o prazo de carência com a data do primeiro
pagamento. Por exemplo, se o primeiro pagamento for efetuado 6 meses após a compra, com
pagamentos mensais, a carência será de 5 meses, pois o que nos serve como comparação é o

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modelo básico e, nele, o primeiro pagamento seria efetuado 1 mês após a compra e a carência
será igual a 5 meses que é a diferença entre 6 e 1.

Exemplo

Uma compra foi efetuada em 4 parcelas de 500,00, com o primeiro pagamento feito há 3 meses
da compra, sob taxa de 20% ao mês. Qual o valor à vista, na data da compra?

Dados

Vc = ?

P = 500,00

i = 0,02

n=3

F/R

VP = P/u3 + P/u4 + Pu5 + P/u6

VP = 500/(1.2)3 + 500/(1.2)4 + 500(1.2)5 + 500/(1.2)6

VP = 898,87

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IV. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
COSTA, Gleison Silva. Matemática financeira para ensino básico. Belo horizonte 2015

LISBOA, René José Malta. Normas da ABNT para apresentação de teses, dissertações,
monografias e trabalhos acadêmicos: norma NBR 14.724. Belo Horizonte, 2013.

FARIA, Rogério G. de. Matemática comercial e financeira. 5. ed., São Paulo: Makron Books,
2000.

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