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Ano letivo

2023/2024

Senado
consulto
Neroniano
Trabalho realizado no âmbito da disciplina de
História do Direito por :
Bernardo Jardim
Diogo Inácio
Nirtia Sebastião
Índice
Ø Introdução
Ø Definição Introdutória do Senado Consulto Neoriano
Ø Forma Jurídica e Fórmula Jurídica
Ø Definição de Legado
Ø Legado por Prioridade
Ø Legado de Obrigação
Ø Legado de Permissão
Ø Legado de Preferência
Ø Explicação de Senado Neroniano
Ø Ampliação da Jurisprudência
Ø Princípio Relativo à Interpretação da vontade do Testador
Ø Conclusão/Bibliografia
Introdução


ØSenatusconsultum deriva de senatus+consultum, porque no início
significava uma consulta feita ao senado por parte dos
magistrados visto que eram obrigados a fazê-lo mas sem ter que
seguir a sua opinião obrigatoriamente.
Ø
Ø Mais tarde, a opinião do Senado ganhou valor e portanto não
seguir as suas opiniões não era indiferente para o magistrado, logo,
Senatusconsultum ganhou o significado de Decisão do Senado.

Ø Os Senatosconsultos são uma fonte de Ius Civile muito importante.
Estrutura de um Senatusconsultum:
➢ Prefácio (praefatio): Contém o lugar
e a data em que se celebrou a reunião
do Senado.
Apresenta os nomes do magistrado
que convocou a reunião e dos
senadores que participaram na reunião
(qui scribundo adfuerunt).
➢ Conteúdo (relatio): Apresenta os
motivos e a proposta apresentada, a
sentença, a resolução/decisão
aprovada.
Depois do reconhecimento era
registado num livro (in tabulas publicas
referre). Já publicado, o
Senatusconsulto adquiria força legal,
ou seja, podia ser afixado em público.
Definição introdutória do
senado consulto neoriano
Ø Data incerta (a.60 d.c)
Ø Apresentada pelo imperador Nero ao senado
Ø Consiste em conversão de alguns tipos de
legados nulos( apenas nulos determinados por
vícios de forma) em legados por obrigação
Ø Posteriormente foi alargada pela jurisprudência,
onde criou se um princípio de interpretação da
vontade dos testadores
Forma jurídica e fórmula
jurídica
O Direito Romano clássico admite quatro legados, mas cada um tem a sua fórmula e
impõe requisitos de forma.
Forma Jurídica:
Ø Conjunto de requisitos para que
determinado instituto produza os seus
efeitos.
Ø São todos necessários e obrigatórios para
que se seja passível de realizar um
negócio ou um contrato.
Requisitos:
• Questões Pessoais (sexo,
idade,…)
• Questões sobre o objeto
( móvel ou imóvel, próprio
Fórmula jurídica:
Ø Existe ainda um último requisito essencial na realização/celebração de negócios à
qual se dá o nome de Fórmula Jurídica.
Fórmula Jurídica:
Ø Palavras que devem ser usadas na celebração de um negócio e que não
podem ser substituídas por outras, palavras “Sacramentais”. A fórmula
jurídica faz parte por consequência da forma jurídica.
Legado
Ø A palavra legado provem do latim (legatum-legare)
Ø Legado é uma disposição contida num testamento a favor de um terceiro sobre bens
concretos.
Ø O cumprimento dessas disposições esta a cargo do herdeiro.
Ø O direito romano clássico admitia 4 legados sendo estes:
§ Legado por Prioridade
§ Legado de Obrigação
§ Legado de permissão
§ Legado de Preferência ou pré legado
Legado por
prioridade

Ø Aquisição da coisa legada sem passagem pelo


herdeiro ;
Ø Análise de 1 fórmula
" Titio Stichum do Lego”-Gaius III 193 (Ao amigo
Ticio dou e Lego o meu escravo Sticp)
Para que o legado fosse válido era necessário pertencer ao testador,caso se tratasse de :
q Coisa fungível
Peso, conta ou medida
-pertencer ao propriedade do testador no momento da morte
Exemplo : 6 kg de açúcar , 10 cavalos...

qCoisa não fungível


- bens que se identificam por características individuais
- Devia pertencer ao testador na hora da sua morte como também no momento em
que foi realizado o testamento.
-Exemplo : Casa situada em Rua das Flores, n °18
Legado de obrigação (Legatum per
damnationem)
Ø Legado damnatório ou legado de obrigação.
Ø Não se produzem efeitos reais nas pessoas.
Ø O legatário tem um ato pessoal, onde este existe ao herdeiro, mas se este não cumprir,
tem que lhe dar o que foi legado.
Ø Para indicar a obrigação do herdeiro perante o legatário, o testador usa uma expressão
que é “damnas esto” com o objetivo de dizer (seja condenado).
Ø O objeto ao longo deste legado, pode pertencer a vários tal como, ao testador, ao
herdeiro ou a um terceiro.
Ø A obrigação de dar o objeto legado é dada ao herdeiro.


Legado de permissão
Fórmula: “heres meus damnas esto sinere”:
• Significa que o herdeiro está obrigado a
permitir que o legatário se aproprie da
coisa legada.
• No legado de permissão o objeto que é
legado tem obrigatoriamente de
pertencer ao herdeiro.
Legado de preferência/ pré legado
Formula: “Titius Stichum praecipito” -(O Tício tem preferência sobre o escravo
Stico);
Ø O legatário podia adquirir algo da herança com qualquer co-herdeiro ou co-
legatário;
Ø O objeto de herança devia parte da massa da herança;
Ø Segundo os Sabianos, este legado só podia ser constituído a favor dum co-
herdeiro;
Ø Segundo os proculianos a favor de qualquer pessoa;
Ø Caso, o legatário for simultaneamente um co-herdeiro tem direito a um
actio de divisão da herança;
Ø Se for 1 terceiro, tem actio real sobre esses bens que tem preferência;
Explicação de senado
neroniano
Senado Consulto Neoriano era composto por:
Ø I- Primitivo (GAIUS II 197)
Ø II- posterior ampliação estabelecida pela jurisprudência
Ø III- Relação com o princípio conservado em D. 50,17, 1º

O Senado Consulto é referido em várias fontes jurídicas tais como:


Ø GAIUS II 198,GAIUS II 212,GAIUS II 218,GAIUS II 220,GAIUS II 222
Ø Ulpianus, Liber singularis regularum 24, 11 a)
Ø Fragmenta Vaticana 85
Relativamente ao seu primitivo conteúdo, a fonte mais adequada é a GAIUS II 197,
onde este dizapenas
§ Trata-se o seguinte:​
do direito civil;

Em tempos posteriores, por proposição de Nero, foi aprovado um senatus-


consulto, prevendo que se um testador legasse uma coisa que nunca lhe
pertenceu, o legado deveria ser tão válido como se tivesse sido feito na forma
mais favorável;

A forma mais favorável é a condenação, pela qual os bens de outra pessoa


podem ser legados, como se verá agora.
Ampliação da
jurisprudência
ØPor volta do Ano 100 a
jurisprudência (“iurisprudencia”),
aumentou a distribuição do
Senatosconsulto Neronianum.
Ø Começou-se a admitir então a
conversão em legado
damnatório:
Ø De todo e qualquer legado nulo.
Ø Mesmo em virtude de a coisa
legada não pertencer a quem
devia para que esse mesmo
legado pudesse ser válido.
1. Se o objeto que devia pertencer a um herdeiro e pertencer a um terceiro devido à
fórmula não ter sido aplicada corretamente o legado é considerado nulo.
2. Através da elaboração da Jurisprudência sobre a distribuição do Senac. Neronianum
o legado não fica sem efeito e é convertido em legado de obrigação (legatum per
damnationem).

Após o estabelecido só não podem ser objeto de conversão os seguintes


legados:

• Legados nulos por impossibilidade do objeto


• Legados por erro de pessoa
• Legados por erro de causa jurídica
Princípio relativo á interpretação da
vontade do testador
Ø "In testamentis plenius voluntates testamentium interpretamum“
Ø
Ø ( Nos testamentos interpretamos as vontades dos testadores com mais eficácia)
Ø
Ø Atribuí maior importância á vontade do testador do que a letra do testamento, sendo
esta interpretada com maior eficácia e força;
Ø
Ø Somente quando devidamente comprovada e justificada por diferentes documentos
para além do testamento;
Ø
Bibliografia
Ø Direito Romano de Sebastião Cruz
Ø
Ø Manual de Direito Romano de Raúl Ventura
Ø
Ø História do Direito Romano de Mário Bretone
Ø
Ø Direito Privado Romano de Max Kaser

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