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O pensamento filosófico e teológico ao longo da história

foi profundamente influenciado por diversos pensadores e


correntes de pensamento. Nesse contexto, as questões
relacionadas à influência de Platão no pensamento de
Santo Agostinho, uma característica marcante do período
da Escolástica, a compreensão de São Tomás de Aquino
sobre as interações entre fé e razão e o conceito da
"Navalha de Ockham" são importantes fatos a serem
debatidos.
Primeiramente, Platão, o filósofo grego da Antiguidade,
exerceu uma influência duradoura sobre Santo
Agostinho, o grande teólogo cristão. Uma das influências
mais notáveis foi a ideia das Formas ou Ideias platônicas.
Para Platão, essas realidades eternas e imutáveis eram a
verdadeira essência das coisas, enquanto o mundo
sensível era apenas uma cópia imperfeita. Santo
Agostinho adaptou essa concepção, vendo Deus como a
única realidade verdadeira e eterna, enquanto o mundo
material era transitório. Além disso, a visão platônica de
que a alma busca a verdade como uma reminiscência
das Idéias influenciou Agostinho, que acreditava que a
alma humana naturalmente anseia por Deus, a fonte de
toda verdade. Segundamente, a Escolástica, como um
movimento intelectual da Idade Média, caracterizou-se
pela tentativa de harmonizar a fé cristã com a filosofia,
especialmente a de Aristóteles. Nesse caso, um dos
símbolos foi o uso do método dialético. De fato, esse
método criou debates, muitas vezes, estruturados com
diálogos de perguntas e respostas, permitindo a reflexão
com ênfase na busca pela verdade por meio da
argumentação racional. Em terceiro lugar, São Tomás de
Aquino propôs uma abordagem sistemática das
interações entre fé e razão. Ele via a fé e a razão como
aliadas complementares, pois a razão, para ele, poderia
ser usada para investigar a criação de Deus, e a fé
revelava verdades além da capacidade da razão.
Também, ele considerava a teologia como uma ciência
que usava a razão para explorar e explicar os
ensinamentos da fé. Por fim, em quarto lugar, A Navalha
de Ockham, formulada por Guilherme de Ockham, é um
princípio filosófico que preconiza a preferência pela
explicação mais simples e direta entre várias opções.
Assim, não se deve introduzir suposições desnecessárias
ou complicar uma explicação além do necessário. Esse
princípio enfatiza a simplicidade e a parcimônia ao
formular teorias ou explicações, evitando a criação de
teorias excessivamente complexas.
Em conclusão, a influência de Platão no pensamento
de Santo Agostinho, as características da Escolástica, a
abordagem de São Tomás de Aquino sobre a relação
entre fé e razão e o conceito da Navalha de Ockham são
elementos fundamentais na história da filosofia e da
teologia. Eles destacam a busca pela verdade, a
harmonização entre fé e razão e a importância da
simplicidade na busca do conhecimento. Esses conceitos
continuam a influenciar o pensamento filosófico e
científico até os dias de hoje, demonstrando a duradoura
relevância dessas ideias na cultura intelectual ocidental.

Referências consultadas: Vídeos fornecidos no material


de apoio, "Summa Totius Logicae" de Guilherme de
Ockham, "William of Ockham on Metaphysics" de Marilyn
McCord Adams, "Summa Theologica" de São Tomás de
Aquino, "Disputed Questions on Truth" de São Tomás de
Aquino, "Sententiarum Libri Quatuor" de Pedro Lombardo
e Livro "Confissões" de Santo Agostinho, "Platão -
Diálogos" de Platão.

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