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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE ENGENHARIA AGRONÓMICA E FLORESTAL

CURSO DE LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Disciplina: Introdução à Administração Pública

Nivel 1: Administração Pública

Diferença entre as Teorias: Clássica, Burocrática, Relações Humanas e Sistema Continências.

Administração Cientifica.

Os Desafios da Organização Administrativa Actualmente.

MOCUBA

2024
Discentes:

Jamilo Hermínio Angorete

Natalia José João

Suzana Armando

Fernanda Gilberto Baltazar

Tânia Matias

Suzana Armando Muchanga

Diferença entre as Teorias: Clássica, Burocrática, Relações Humanas e Sistema Continências.

Administração Cientifica.

Os Desafios da Organização Administrativa Actualmente.

Trabalho de carácter avaliativo feito no


âmbito da disciplina de Introdução à Adminis-
tração Pública a ser entregue ao docente:
dr. Nelo Comandante

MOCUBA

2024
Índice Pag.
I. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 4

II. OBJECTIVOS ................................................................................................................. 5

1. Objectivos Gerais: ............................................................................................................... 5

2. Objectivos Específicos: ....................................................................................................... 5

III. METODOLOGIA ............................................................................................................ 5

IV. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................ 6

1. Diferenças entre as Teorias ................................................................................................. 6

1.1. Teoria Clássica ................................................................................................................ 6

1.2. Teoria da Burocracia ....................................................................................................... 7

1.3. Teoria das Relações Humanas ......................................................................................... 7

1.4. Sistemas de Contingência ................................................................................................ 8

2. Administração Científica..................................................................................................... 9

2.1. Princípios fundamentais da administração científica .................................................... 10

2.2. A Administração Como Ciência .................................................................................... 10

2.3. Organização Racional do Trabalho ............................................................................... 11

2.4. Os Desafios da Organização Administrativa Actualmente ........................................... 13

2.4.1. Lidar com a Inovação Tecnológica ............................................................................ 13

2.4.2. Resolver Problemas ................................................................................................... 13

2.4.3. Saber gerir projectos .................................................................................................. 13

2.4.4. Retenção de talentos .................................................................................................. 13

V. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 14

VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 15


I. INTRODUÇÃO

O presente trabalho feito no âmbito da disciplina de Introdução à Administração Pública,


tem por intuito apresentar as diferenças de algumas teorias da administração. Importa referir
que com as constantes mudanças e formas de se gerir uma empresa, é de grande importância
compreender o papel das teorias administrativas nesse processo, por ser um mecanismo que
auxilia o gestor ter mais compreensão das exigências do cenário atual dos negócios (SANTOS,
2017).

Apesar das mudanças que aconteceram no campo administrativo, as teorias da


administração como: (científica, teoria clássica, teoria das relações humanas teoria
estruturalista, teoria neoclássica, teoria comportamental e teoria contingencial), ainda
influenciam no segmento industrial, comercial e prestação de serviços no contexto atual
(RODRIGUES, 2016)

As organizações da contemporaneidade exigem de forma ativa e direta que as lideranças


saibam atuar com compromisso, dinamismo, flexibilidade entre outros subsídios importantes.
Dessa forma, é necessário entender a comparação que equilibra as teorias administrativas,
conhecidas através de grandes nomes da administração: Taylor, Weber, Fayol entre outros
(ROBBINS; DECENZO; WOLTER, 2014).

Conhecer as teorias administrativas vislumbra como relevância para os administradores


e futuros profissionais, por apresentar os desdobramentos que auxiliam as organizações a se
adaptarem as exigências do mercado atual: flexibilidade, gerenciamento de pessoas, utilização
da tecnologia entre outras práticas que são essenciais para competitividade da empresa no
mercado.

Buscar maior eficiência na administração pública, realizar investimentos e conseguir


solucionar problemas de maneira mais rápida e eficaz são desafios enfrentados por gestores
públicos em todo o país. Os administradores públicos se desdobram para realizar manobras de
atendimento público de qualidade, porém nem sempre conseguem atingir bons resultados.
Diferente da administração privada, que atua com maior liberdade, a administração pública
pertence a um sistema focado em suas próprias regras.

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II. OBJECTIVOS
1. Objectivos Gerais:
 Conhecer as diferenças entre as teorias Clássica, Burocrática, Relações Humanas e
Sistema Continências;
 Falar sobre a Administração Cientifica e os desafios da organização Administrativa
actualmente.
2. Objectivos Específicos:
 Diferenciar as teorias Clássica, Burocrática, Relações Humanas e Sistema Continências;
 Mencionar as características de cada teoria;
 Descrever a Administração Cientifica;
 Refletir sobre os desafios da organização Administrativa actualmente.

III. METODOLOGIA

Quanto aos procedimentos de pesquisa, fez-se o uso da pesquisa bibliográfica,


desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente por livros e artigos
científicos (Gil, 1999:65). A pesquisa bibliográfica foi fundamental, pois a partir desta técnica,
foi possível formular a pesquisa, com base em livros, teses, e estudos feitos a respeito do
assunto.

"A pesquisa bibliográfica consiste na busca, seleção e análise crítica da literatura existente sobre
um determinado tema, fornecendo o embasamento teórico para o estudo" (Prodanov & Freitas,
2013, p. 32).

No tocante ao método de pesquisa, usou-se a pesquisa qualitativa, que é uma abordagem


que busca compreender e interpretar fenômenos complexos a partir da perspectiva dos
participantes envolvidos. Segundo Creswell (2013), a pesquisa qualitativa envolve a coleta de
dados descritivos, como observações, entrevistas e análise de conteúdo, e busca explorar as
experiências, percepções e significados atribuídos pelos indivíduos.

Em suma, para a elaboração do presente trabalho recorreu-se à manuais que abordam


sobre o tema, revisões bibliográficas, que consistiu na consulta de livros, obras e artigos
versados na internet e que os mesmos constam na bibliografia final.

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IV. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
1. Diferenças entre as Teorias
1.1. Teoria Clássica

Teoria Clássica (1916), também conhecida por Fayolismo, a teoria clássica da


administração surgiu na Europa junto com o advento da Revolução Industrial. Ela foi idealizada
por Henri Fayol e se caracterizava pela ênfase na estrutura organizacional, ou seja, foco
principal a preocupação com a estrutura das organizações e não as tarefas. pela busca da
máxima eficiência e pela visão do homem econômico. Junto com sua teoria, Fayol também
elencou 14 princípios que para ele eram fundamentais. Foram eles:

1. Divisão do trabalho: Consiste na especialização das tarefas e das pessoas para


aumentar a eficiência.
2. Autoridade e responsabilidade: Autoridade é o direito de dar ordens e o poder de
esperar obediência. A responsabilidade é uma consequência natural da autoridade e
significa o dever de prestar contas. Ambas devem estar equilibradas entre si.
3. Disciplina: Depende da obediência, aplicação, energia, comportamento e respeito aos
acordos estabelecidos.
4. Unidade de comando: Cada empregado deve receber ordens de apenas um superior. É
o princípio da autoridade única.
5. Unidade de direção: Uma cabeça e um plano para cada conjunto de atividades que
tenham o mesmo objetivo.
6. Subordinação dos interesses individuais aos gerais: Os interesses gerais da empresa
devem sobrepor-se aos interesses particulares das pessoas.
7. Remuneração do pessoal: Deve haver justa e garantida satisfação para os empregados
e para a organização em termos de retribuição.
8. Centralização: Refere-se à concentração da autoridade no topo da hierarquia da
organização.
9. Cadeia escalar: É a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo em
função do princípio do comando.
10. Ordem: Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a ordem material e
humana.
11. Equidade: Amabilidade e justiça para alcançar a lealdade do pessoal.

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12. Estabilidade do pessoal: A rotatividade do pessoal é prejudicial para a eficiência da
organização. Quanto mais tempo uma pessoa permanecer no cargo, tanto melhor para a
empresa.
13. Iniciativa: A capacidade de visualizar um plano e assegurar pessoalmente o seu
sucesso.
14. Espírito de equipe: A harmonia e união entre as pessoas são grandes forças para a
organização
1.2. Teoria da Burocracia

Teoria da Burocracia (1909): Seu autor foi Max Weber, um jurista e economista alemão
que também é considerado um dos fundadores da sociologia. A teoria da burocracia de Weber
possui fundamentos na racionalidade, a qual visa a análise de maneira formal e impessoal.
Essa teoria possui grande ênfase na eficiência e eficácia, apresentando relações mais autoritárias
e normativas. Dentre suas principais características podemos destacar:

1. Autoridade: Baseia-se na racionalidade legal, onde a autoridade é delegada com base


nas posições hierárquicas e nas responsabilidades do cargo, não na personalidade do
líder.
2. Formalidade: Caracterizada por regras e procedimentos escritos e codificados que
governam o comportamento dos membros da organização, proporcionando consistência
e previsibilidade.
3. Impessoalidade: Enfatiza a neutralidade e imparcialidade nas interações
organizacionais, baseando decisões em critérios objetivos como mérito e competência,
não em preferências pessoais.
4. Hierarquia: – cargos ou posições são organizados em uma hierarquia; cada um abaixo
é controlado por outro acima, facilitando a coordenação e o controle das actividades
organizacionais.
5. Divisão do Trabalho: Divisão especializada e definida de tarefas e responsabilidades
entre os membros da organização, visando eficiência e produtividade através da
especialização.
1.3. Teoria das Relações Humanas

Teoria das Relações Humanas (1932), trata-se de um conjunto de teorias administrativas


que ganharam força com a Grande Depressão. Teve origem nos Estados Unidos, como resultado
da Experiência de Hawthorne, liderada por Elton Mayo. A teoria das relações humanas ganhou

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força a partir do momento em que o "homo economicus" começou a sair de cena, passando a
ser visto como "homo social". Ela possui três características principais, que são:

O ser humano não possui comportamento mecânico, não pode ser reduzido a um ser
cujo comportamento é simples;
O homem é guiado, ao mesmo tempo, pelo sistema social e pelas demandas de ordem
biológica;
Todo homem possui necessidades (segurança, afeto, aprovação, etc.)
1.3.1. Quadro 1: comparações da Teoria Clássica e Relações Humanas

Teoria Clássica Teoria das Relações Humanas


Trata a organização como uma máquina Trata a organização como um grupo de pessoas
Enfatiza as tarefas ou a tecnologia Enfatiza as pessoas
Inspirada em sistemas de engenharia Inspirada em sistemas e psicologia
Autoridade centralizada Delegação plena de autoridade
Linhas claras e autoridade Autonomia do emprego
Especialização e competência Técnica Confiança e abertura
Acentuada divisão de trabalho Ênfase nas relações humanas entre as pessoas
Confiança nas regras e nos regulamentos Confiança nas pessoas
Clara separação entre linha e staff Dinâmica grupal e interpessoal

Fonte: ALFAYA (2015, p.9).

1.4. Sistemas de Contingência

Teoria da Contingência (1972), também conhecida como teoria contingencial. Dentre as


teorias da administração é o ramo que enfatiza a relatividade, ou seja, não existe nada de
absoluto nas organizações ou na própria teoria administrativa. Para ela tudo é relativo, tudo
depende. A teoria da contingência nasceu de uma série de pesquisas realizadas nas décadas de
1960-70. As pesquisas buscavam entender os modelos de estruturas organizacionais e a eficácia
em determinados tipos de indústrias. Alfred D. Chandler, T. Burns e G. Stalker são alguns dos
autores da teoria contingencial.

Podemos dizer que, a Teoria da Contingência defende a visão de que não existe uma única
estrutura organizacional que pode ser aplicada a todas as organizações da mesma forma, pois
as empresas, os ambientes e os factores contingenciais são diferentes.

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A Teoria da Contingência apresenta alguns aspectos básicos:

A organização é de natureza sistêmica, isto é, ela é um sistema aberto: Como a


organização é um sistema aberto, então tudo que ocorre no ambiente acaba
influenciando o que se passa na organização.
As características organizacionais apresentam uma interação entre si e com o
ambiente: Podemos entender o ambiente como sendo tudo o que acontece
externamente, mas que influencia internamente uma organização.
As características ambientais são as variáveis independentes, enquanto as
características organizacionais são variáveis dependentes daquelas: Isso implica
que a eficiência da gestão organizacional depende da compreensão e adaptação às
influências do ambiente.
2. Administração Científica

Administração Científica (1903), também conhecida como Taylorismo, a administração


científica foi criada por Frederick Winslow Taylor no fim do século XIX e início do século XX
e se baseia na aplicação do método científico na administração. Ela faz parte da escola clássica
da administração e possui ênfase nas tarefas, buscando a racionalização do trabalho no nível
operacional, ou seja, visa garantir o melhor custo/benefício aos sistemas produtivos.

Taylor procurava uma forma de elevar o nível de produtividade conseguindo que o


trabalhador produzisse mais em menos tempo sem elevar os custos de produção. Assim, ele
observou que os sistemas administrativos da época eram falhos. A falta de padronização dos
métodos de trabalho, o desconhecimento por parte dos administradores do trabalho dos
operários e a forma de remuneração utilizada foram as principais falhas estudadas por Taylor.

Os operários deveriam ser escolhidos com base em suas aptidões para a realização de
determinadas tarefas (divisão do trabalho) e então treinados para que executem da melhor
forma possível em menos tempo. Taylor, também, defende que a remuneração do trabalhador
deveria ser feita com base na produção alcançada, pois desta forma, ele teria um incentivo para
produzir mais.

Taylor propôs a racionalização do trabalho por meio do estudo dos tempos e


movimentos, o qual possuía cinco princípios fundamentais, que são: planejamento, preparo,
execução, cargos e tarefas e padronização.

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2.1. Princípios fundamentais da administração científica

Princípio de planejamento – substituição de métodos empíricos por procedimentos


científicos – sai de cena o improviso e o julgamento individual, o trabalho deve ser
planejado e testado, seus movimentos decompostos a fim de reduzir e racionalizar sua
execução.
Princípio de preparo dos trabalhadores – selecionar os operários de acordo com as
suas aptidões e então prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo
com o método planejado para que atinjam a meta estabelecida.
Princípio de controle – controlar o desenvolvimento do trabalho para se certificar de
que está sendo realizado de acordo com a metodologia estabelecida e dentro da meta.
Princípio da execução – distribuir as atribuições e responsabilidades para que o
trabalho seja o mais disciplinado possível.

2.2. A Administração Como Ciência

Para Taylor, a organização e a Administração devem ser estudadas e tratadas


cientificamente e não empiricamente. A improvisação deve ceder lugar ao planejamento e o
empirismo, à ciência. A Administração Científica constitui uma combinação dos seguintes
ingredientes:

1. Ciência, em lugar do empirismo.


2. Harmonia, em vez de discórdia.
3. Cooperação, não individualismo.
4. Rendimento máximo, em lugar de produção reduzida.
5. Desenvolvimento de cada homem, no sentido de alcançar maior eficiência e
prosperidade.

Taylor observou que, “em todos os ofícios, os operários aprendiam a maneira de executar
as tarefas do trabalho por meio da observação dos companheiros vizinhos, o que levava a
diferentes maneiras e métodos para fazer a mesma tarefa em cada ofício, e uma grande
variedade de instrumentos e ferramentas diferentes em cada operação." AMARU, (2004) Esta
diferença conduzia diferentes índices de produtividade em diferentes operários, desse modo,
Taylor concluiu que deveriam ser os administradores, e não os operários á fixar a melhor
maneira de realizar um trabalho.
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Taylor dividiu as atividades de execução (operários), planejamento e supervisão
(administração). A substituição dos métodos empíricos e rudimentares pelos métodos
científicos em todos os ofícios recebeu o nome de Organização Racional do Trabalho - ORT.

"Para Taylor, o operário não tem capacidade, nem formação, nem meios para analisar
cientificamente o seu trabalho e estabelecer racionalmente qual o método ou processo
mais eficiente. Geralmente, o supervisor comum deixava ao arbítrio de cada operário a
escolha do método ou processo para executar o seu trabalho, para encorajar sua
iniciativa. Porém, com a Administração Cientifica ocorre uma repartição de
responsabilidades: a administração (gerência) fica com o planejamento (estudo
minucioso do trabalho do operário e o estabelecimento do método de trabalho) e a
supervisão (assistência contínua ao trabalhador durante a produção), e o trabalhador fica
com a execução do trabalho, pura e simplesmente" (CHIAVENATTO, 2006)

2.3. Organização Racional do Trabalho

A Organização Racional do Trabalho (ORT) se baseia em:

Estudo dos Tempos e Movimentos (Tempo-padrão): trabalhador deve atingir no


mínimo a produção estabelecida pela gerência. É muito importante contar com
parâmetros de controle da produtividade, porque o ser humano é naturalmente
preguiçoso. Se o seu salário estiver garantido, ele certamente produzirá o menos
possível.
Estudo da fadiga humana: Resumo conciso: o estudo da fadiga humana investiga os
efeitos da fadiga na produtividade, com base na anatomia e fisiologia humanas. Seus
objectivos incluem eliminar movimentos inúteis, otimizar os úteis e coordená-los de
maneira eficiente. Para combater a fadiga e melhorar a eficiência, são propostos
princípios de economia de movimentos relacionados ao uso do corpo, organização do
local de trabalho e escolha de ferramentas.
Incentivos Salariais e Prêmios de Produção: A remuneração dos funcionários deve
ser proporcional ao número de unidades produzidas. Essa determinação se baseia no
conceito do Homoeconomicus, que considera as recompensas e sanções financeiras as
mais significativas para o trabalhador.
Desenhos de cargos e tarefas: Com a Administração Científica, a preocupação básica
era a racionalidade do trabalho do operário e, consequentemente, o desenho dos cargos
mais simples e elementares. A ênfase sobre as tarefas a serem executadas levou os

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engenheiros americanos a simplificarem os cargos no sentido de obter o máximo de
especialização de cada trabalhador.
Divisão do trabalho especialização do operário: Uma tarefa deve ser dividida ao
maior número possível de subtarefas. Quanto menor e mais simples a tarefa, maior será
a habilidade do operário em desempenhá-la. Ao realizar um movimento simples
repetidas vezes, o funcionário ganha velocidade na sua atividade, aumentando o número
de unidades produzidas e elevando seu salário de forma proporcional ao seu esforço.
Supervisão: Deve ser funcional, ou seja, especializada por áreas. A função básica do
supervisor, como o próprio nome indica, é controlar o trabalho dos funcionários,
verificando o número de unidades produzidas e o cumprimento da produção padrão
mínima. Aqui um operário tem vários supervisores de acordo com a especialidade.
Ênfase na eficiência: Existe uma única maneira certa de executar uma tarefa (the best
way). Para descobri-la, a administração deve empreender um estudo de tempos e
métodos, decompondo os movimentos das tarefas executadas pelos trabalhadores.
Homo economicus: Toda pessoa é profundamente influenciada por recompensas
salariais, econômicas e materiais. Em outros termos, o homem procura trabalho não
porque goste dele, mas como um meio de ganhar a vida através do salário que o trabalho
proporciona. O homem é motivado a trabalhar pelo medo da fome e pela necessidade
de dinheiro para viver.
Condições de trabalho: Taylor verificou que as condições do trabalho interferiam nos
resultados do trabalho. Adequação de instrumentos e ferramentas de trabalho para
minimizar esforço e perda de tempo na execução do trabalho. Arranjo físico das
máquinas e equipamentos para racionalizar o fluxo da produção. Melhoria do ambiente
físico de trabalho, diminuição do ruído, melhor ventilação e iluminação.
Padronização: (aplicação de métodos científicos para obter a uniformidade e reduzir
custos) Taylor através dos seus estudos preocupou-se com a padronização dos métodos
e processos de trabalho, máquinas e equipamentos, ferramentas e instrumentos de
trabalho, matérias primas e componentes, para eliminar o desperdício e aumentar a
eficiência.

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2.4.Os Desafios da Organização Administrativa Actualmente
2.4.1. Lidar com a Inovação Tecnológica

Aplicar inovações tecnológicas pode ser um desafio dos administradores. Após a


pandemia da COVID-19, o cenário tecnológico vem sofrendo grandes alterações e
transformações que necessitam de cuidados especiais em recursos financeiros, equipes remotas
e transformação digital.

2.4.2. Resolver Problemas

Empresas são propensas ao surgimento de problemas pelo simples fato de lidarem com
tomadas de decisões que resultam em cenários positivos ou negativos. Além disso, se
considerarmos a inovação tecnológica que abordamos no tópico anterior, precisamos pensar
que ela exige novos soft skills para os líderes e a resolução de problemas está entre eles.

2.4.3. Saber gerir projectos

Garantir que um projeto seja executado com maestria é uma função e também um desafio
dos administradores. Para que um projeto não seja comprometido, o administrador deve utilizar
metodologias ágeis e outras técnicas que o ajudem a organizar as demandas, medir a
produtividade e gerir as equipes multidisciplinares envolvidas em cada projeto.

2.4.4. Retenção de talentos

Um dos pilares essenciais para o desenvolvimento de uma equipe é a retenção de talentos,


porém isso se torna um desafio nos tempos atuais por conta da concorrência e do próprio perfil
de colaboradores, que cada vez mais querem trabalhar em empresas que tenham valores
alinhados aos seus. Isso faz com que os administradores tenham o desafio de manter sua área
atrativa para garantir o interesse dos melhores talentos do mercado e evitar o turnover da sua
equipe.

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V. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao longo deste trabalho, exploramos as diferenças fundamentais entre cinco teorias


importantes da administração: Clássica, Científica, Burocrática, Relações Humanas e Sistema
Contingencial. Cada uma dessas teorias apresenta perspectivas únicas sobre a natureza e
práticas da gestão organizacional, refletindo diferentes contextos históricos e enfoques teóricos.

A Teoria Clássica, desenvolvida por Fayol e Taylor, destaca a importância da estrutura


organizacional, da divisão do trabalho e da coordenação para alcançar eficiência. A Teoria
Científica, também de Taylor, concentra-se na aplicação de métodos científicos para otimizar
os processos de produção. A Teoria Burocrática, de Max Weber, enfatiza a racionalidade, a
hierarquia e as regras formais como elementos essenciais da organização. Já a Teoria das
Relações Humanas, com ênfase em Elton Mayo, ressalta a importância das relações
interpessoais, motivação e satisfação no trabalho.

Por fim, a Teoria dos Sistemas Contingenciais considera que não há uma abordagem
universalmente aplicável à administração, e que as práticas eficazes dependem do contexto
organizacional.

Ao analisar essas teorias em conjunto, percebemos a complexidade e diversidade das


abordagens na administração. Cada uma contribui de maneira única para a compreensão e
prática da gestão organizacional, e sua relevância persiste no mundo contemporâneo, onde as
organizações enfrentam desafios cada vez mais dinâmicos e multifacetados. Portanto, a
compreensão dessas teorias é essencial para os gestores atuais, pois fornece um arsenal de
ferramentas e perspectivas para lidar com as demandas em constante evolução do ambiente
empresarial. Para Henri, a Administração e a organização são indispensáveis em qualquer tipo
de empresa, independentemente do segmento do negócio. Não importa qual seja o grau de
complexidade e tamanho, toda companhia deve contar com um conjunto de operações técnicas,
comerciais, financeiras, de segurança e contabilidade.

A melhor forma de administrar uma empresa depende da situação atual, tanto interna
quanto externa, pois tudo é relativo e está em constante transformação. O intuito da abordagem
é adaptar o projeto da companhia às incertezas, cenários de crise e situação do mercado.

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VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GIL, A. C. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social. Editora Atlas. Pag 65

PRODANOV, C. C., & FREITAS, E. C. (2013). Técnicas de pesquisa em saúde. In:


Metodologia do Trabalho Científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico
(2nd ed., pp. 25-54). Novo Hamburgo: Feevale.

MAXIMIANO, Amaru. Teoria Geral da Administração. Atlas, 2012

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a Teoria Geral da Administração. Elsevier, 2004.

CHIAVENATO, I. Teoria Geral da Administração. 8ª edição, São Paulo: Campus, 2011

https://blog.unopar.com.br/tipos-de-administracao/

COELHO. José Márcio; GONZAGA. Ricardo Martins; Administração Científica de Taylor: O


Homem do Tempo. Acessado em: http://www.administradores.com.br/producao-
academica/administracao-cientifica-de-taylor-o-homem-do-tempo/318/

LLATAS. Dra. Maria Virginia; Administração Científica de Taylor. Acessado


em: Administração Científica de Taylor.ppt

https://blogibsamericas.com/2023/02/28/desafios-dos-administradores/

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