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UNIVERSIDADE LICUNGO

Faculdade De Educação

Licenciatura Em Psicologia Social Das Organização

Fernando Moisés João

ABORDAGENS MECANICISTAS DAS ORGANIZAÇÕES;

A ORGANIZAÇÃO CIENTIFICA DO TRABALHO DE TAYOLOR.

Trabalho de carácter avaliativo,


como Recomendação ao
departamento de educação e
psicologia a ser apresentado na
cadeira de Estudos
Contemporâneos leccionada pela
Drₐ. Joana Filipe Matavel.

Quelimane

2024
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Fernando Moisés João

ABORDAGENS MECANICISTAS DAS ORGANIZAÇÕES;

A ORGANIZAÇÃO CIENTÍFICA DO TRABALHO DE TAYOLOR

Quelimane

2024
4

Sumário

1. Introdução................................................................................................................................. 5

1.1. Objectivos ............................................................................................................................. 5

1.1.2. Gerais ..................................................................................................................................... 5

1.1.3. Específicos .................................................................................................................... 5

1.2. Metodologias ........................................................................................................................ 5

2. Abordagem Clássica da Administração ................................................................................... 6

2.1. Divisão do Trabalho ............................................................................................................. 6

2.2. Os Pressupostos de Fayol ..................................................................................................... 7

2.3. Origens da Abordagem Clássica........................................................................................... 8

3. Conclusão ........................................................................................................................... 10

4. Referências Bibliográficas ......................................................................................................... 11

II trabalho ...................................................................................................................................... 12

1. Introdução............................................................................................................................... 12

1.1. Objectivos ........................................................................................................................... 12

1.1.2. Gerais ................................................................................................................................... 12

1.1.3. Específicos ........................................................................................................................... 12

2. A Organização Científica do Trabalho de Taylor .................................................................. 13

2.1. A Teoria Administrativa de Fayol ...................................................................................... 14

2.2. Vantagens e Limites da Abordagem Clássica .................................................................... 15

2.3. Novos Estudos em Psicologia Comportamental................................................................. 17

3. Conclusão ............................................................................................................................... 19

4. Referências Bibliográficas ......................................................................................................... 20


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1. Introdução

A abordagem mecanicista das organizações é um conceito que ganhou destaque na


literatura de administração, especialmente durante o surgimento da abordagem clássica da
administração. Este trabalho académico busca explorar a abordagem mecanicista das
organizações, focalizando especificamente nos subtemas da abordagem clássica da
administração, nos pressupostos de Fayol e nas origens dessa abordagem. Ao se tratar da
Teoria Geral da Administração, abordam-se as Teorias Administrativas que são, em seu
conjunto, um compêndio de normas principais que se complementam, para levar a ciência
administrativa ao diaa dia das pessoas e das organizações como um todo, no intuito de gerar
desenvolvimento, com o objectivo precípuo de máxima eficácia e eficiência, gerando
produtividade e lucro.

1.1.Objectivos

1.1.2. Gerais
 Analisar a Organização Científica do Trabalho de Taylor, destacando seus princípios e
metodologias propostas para aumentar a eficiência no ambiente de trabalho.
1.1.3. Específicos
 Explorar a relação entre a abordagem de Taylor e a Teoria Administrativa de Fayol;
 Discutir as vantagens e limites da abordagem clássica da administração;
 Investigar os novos estudos em psicologia comportamental relacionados ao ambiente
de trabalho, incluindo questões de motivação, bem-estar, diversidade e equilíbrio entre
trabalho e vida pessoal.

1.2. Metodologias

De acordo com LAKATOS. & MARKONI, confirma que existem varias técnicas
de recolha de dados durante a elaboração, indo com os objectivos traçados pela escola.
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2. Abordagem Clássica da Administração

A abordagem clássica da administração é caracterizada por uma ênfase na


estruturação e na racionalização das organizações. Ela se desenvolveu no início do século
XX e foi influenciada por pensadores como Henri Fayol e Frederick Taylor. Fayol, em
particular, delineou os princípios fundamentais da administração, que se tornaram a base
da abordagem clássica.

Fayol propôs cinco funções administrativas essenciais:

 Planeamento;
 Organização;
 Comando
 Coordenação;
 Controle.

Essas funções foram consideradas essenciais para o funcionamento eficaz de uma


organização. Além disso, Fayol identificou quatorze princípios de administração, que
incluíam divisão do trabalho, autoridade e responsabilidade, disciplina, unidade de
comando, entre outros.

2.1. Divisão do Trabalho

A divisão do trabalho é um dos pressupostos fundamentais da abordagem clássica da


administração, conforme proposto por Henri Fayol. Esse conceito sugere que as tarefas
dentro de uma organização devem ser divididas e alocadas aos indivíduos de acordo com
suas habilidades e competências específicas. Fayol destaca a importância dessa divisão
para aumentar a eficiência e a produtividade organizacional. Fayol (1949) argumenta que
"a especialização resultante da divisão do trabalho aumenta a eficiência do trabalho, pois
cada funcionário se torna mais habilidoso em sua área designada". Essa especialização
permite que os funcionários se concentrem em tarefas específicas, desenvolvendo suas
habilidades e competências ao longo do tempo. Portanto, a divisão do trabalho não apenas
melhora a eficiência, mas também contribui para o desenvolvimento profissional dos
funcionários.
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Além disso, a divisão do trabalho proporciona uma melhor coordenação das


actividades organizacionais. Ao atribuir tarefas específicas a diferentes indivíduos, a
organização pode garantir que cada aspecto do processo produtivo seja atendido de
maneira adequada e oportuna. Essa coordenação é essencial para garantir a fluidez das
operações e evitar a duplicação de esforços. Um dos benefícios cruciais da divisão do
trabalho, conforme observado por Fayol (1949), é a economia de tempo e recursos. Ao
especializar as tarefas, a organização pode reduzir o tempo necessário para realizar cada
actividade, resultando em uma maior eficiência global. Além disso, essa abordagem
permite uma alocação mais eficaz de recursos, concentrando-os nas áreas onde são mais
necessários.

No entanto, é importante reconhecer que a divisão do trabalho também pode apresentar


desafios. Fayol (1949) destaca a necessidade de equilibrar a especialização com a
cooperação entre os funcionários. Em algumas situações, uma divisão excessiva do
trabalho pode levar à fragmentação das tarefas e dificultar a comunicação e a colaboração
entre os membros da equipe, a divisão do trabalho desempenha um papel central na
abordagem clássica da administração, conforme proposto por Henri Fayol. Ao promover a
especialização, a coordenação e a economia de recursos, esse conceito contribui para a
eficiência e a eficácia das organizações. No entanto, é importante gerenciar
adequadamente os desafios associados à divisão do trabalho, garantindo um equilíbrio
entre a especialização e a cooperação dentro da organização.

2.2. Os Pressupostos de Fayol

Os pressupostos de Fayol foram fundamentais para a abordagem clássica da


administração e contribuíram significativamente para a compreensão das organizações
como entidades mecânicas. Entre os principais pressupostos de Fayol estão:

Divisão do Trabalho A ideia de que as tarefas devem ser divididas e alocadas a


indivíduos com base em suas habilidades e competências, visando aumentar a eficiência
e a produtividade.
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Autoridade e Responsabilidade A autoridade deve ser acompanhada de


responsabilidade para garantir a execução adequada das tarefas e a tomada de decisões
eficazes.

Disciplina A necessidade de regras e procedimentos para manter a ordem e a


estabilidade dentro da organização.

Unidade de Comando Cada funcionário deve receber ordens de apenas um superior


para evitar conflitos e garantir a clareza nas responsabilidades.

Subordinação do Interesse Individual ao Interesse Geral Os interesses individuais


dos funcionários devem estar alinhados com os objectivos e interesses gerais da
organização.

Remuneração A remuneração deve ser justa e suficiente para motivar os funcionários


a alcançarem os objectivos organizacionais.

Centralização O grau de centralização ou descentralização da autoridade deve ser


determinado pela natureza das tarefas e das habilidades dos funcionários.

Hierarquia A organização deve ter uma cadeia de comando clara e definida, com
diferentes níveis de autoridade.

Esses pressupostos reflectem a visão de Fayol sobre a administração como uma


ciência que pode ser aplicada de forma universal em diferentes contextos
organizacionais.

2.3. Origens da Abordagem Clássica

A abordagem clássica da administração teve suas origens na necessidade de


enfrentar os desafios enfrentados pelas organizações industriais em rápida expansão
durante o século XIX e início do século XX. Com o advento da Revolução Industrial,
surgiram questões relacionadas à eficiência, produtividade e organização do trabalho.
Frederick Taylor é frequentemente considerado o precursor da abordagem clássica da
administração, com sua ênfase na racionalização do trabalho e na aplicação de métodos
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científicos para aumentar a eficiência produtiva. Seu livro "Princípios de Administração


Científica", publicado em 1911, delineou os fundamentos do que viria a ser conhecido
como administração científica. A abordagem clássica também foi influenciada por outros
pensadores, como Max Weber, que introduziu o conceito de burocracia como uma forma
eficaz de organização. Weber destacou a importância da racionalidade, da hierarquia e
da impessoalidade na administração das organizações.
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3. Conclusão

Teoria Clássica desenvolveu-se na Europa por meio dos trabalhos de Fayol,


nesta, a preocupação básica era com a estrutura organizacional, ou seja, a disposição dos
setores da empresa e as relações entre os mesmos em razão disso, afirma-se que a Teoria
Clássica possui abordagem inversa à Administração Científica, partindo de cima para
baixo, ou seja, da organização para os departamentos. A ênfase é na estrutura e não nas
tarefas. Abordagem mecanicista das organizações, enraizada na abordagem clássica da
administração, ofereceu uma visão sistemática e estruturada da gestão organizacional. Os
subtemas da abordagem clássica, os pressupostos de Fayol e as origens dessa abordagem
demonstram a influência significativa que ela teve no desenvolvimento da teoria e
prática administrativas. Embora tenha sido criticada por sua abordagem muitas vezes
simplista e mecanicista das organizações, a abordagem clássica continua sendo uma
referência importante para o estudo e compreensão da gestão organizacional.
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4. Referências Bibliográficas

1. Fayol, H. (1949). Administração industrial e geral. São Paulo: Atlas.

2. Taylor, F. (2010). Princípios de administração científica. São Paulo: WMF Martins


Fontes.

3. Weber, M. (1991). Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva.


Brasília: Editora UnB.

4. Chiavenato, I. (2003). Introdução à teoria geral da administração. São Paulo: Elsevier.


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II trabalho

1. Introdução

A organização científica do trabalho proposta por Frederick Winslow Taylor


marcou um ponto de viragem na forma como o trabalho era percebido e gerido nas
indústrias. Este trabalho académico visa explorar não só os princípios fundamentais dessa
abordagem, mas também sua relação com a teoria administrativa de Henri Fayol. Além
disso, será discutido as vantagens e os limites da abordagem clássica proposta por Taylor
e Fayol, bem como os novos estudos relacionados à psicologia comportamental,
destacando as mudanças nos objectos de estudo e nas perspectivas de pesquisa ao longo
do tempo.

1.1. Objectivos

1.1.2. Gerais
 Analisar a evolução da gestão organizacional Investigar como a organização
científica do trabalho de Taylor e a teoria administrativa de Fayol influenciaram a
gestão organizacional, destacando suas contribuições, vantagens e limitações ao
longo do tempo.

1.1.3. Específicos
 Explorar as implicações da abordagem clássica na psicologia comportamental;
 Proporcionar uma visão abrangente e integrada da gestão organizacional;
 Descrever as implicações da abordagem clássica.

Metodologias

De acordo com LAKATOS. & MARKONI, confirma que existem varias tecnicas de
recolha de dados durante a elaboração, indo com os objectivos traçados pela escola.
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2. A Organização Científica do Trabalho de Taylor

Frederick Winslow Taylor, no final do século XIX e início do século XX,


propôs a ideia de que o trabalho poderia ser analisado e melhorado através de métodos
científicos. Seu trabalho seminal, "Princípios de Administração Científica" (1911),
delineou os princípios fundamentais da organização científica do trabalho. Taylor
defendia a aplicação de métodos científicos para otimizar as tarefas individuais,
estabelecer padrões de produção e selecionar os melhores trabalhadores para cada
função. Seu enfoque na eficiência e na divisão do trabalho revolucionou a gestão
industrial.

Frederick Winslow Taylor, engenheiro mecânico e pioneiro da administração, é


frequentemente citado como o pai da organização científica do trabalho. Taylor propôs
uma abordagem sistemática e baseada em métodos científicos para melhorar a
eficiência no ambiente de trabalho industrial. Seu trabalho seminal, "Princípios de
Administração Científica" (1911), delineou os fundamentos dessa abordagem. Taylor
enfatizou a importância de uma divisão cuidadosa do trabalho e a necessidade de
estabelecer métodos de trabalho padronizados e eficientes.

Ele acreditava que "o verdadeiro objetivo da administração deve ser o de


assegurar o máximo de prosperidade ao empregador e, ao mesmo tempo, ao
empregado" (Taylor, 1911, p. 5). Para Taylor, a gestão científica envolvia uma análise
detalhada das tarefas individuais, com o objetivo de identificar os métodos mais
eficientes de execução. Ele defendia a ideia de que "o homem que é fisicamente capaz
de fazer mais trabalho do que é necessário para ganhar sua vida é economicamente
deficiente" (Taylor, 1911, p. 6). Nesse sentido, Taylor propôs a aplicação de métodos
de trabalho padronizados e a seleção criteriosa dos trabalhadores mais adequados para
cada tarefa específica.

Um dos princípios-chave da organização científica do trabalho de Taylor era a


ênfase na cooperação entre gerentes e trabalhadores. Ele argumentava que "a grande
maioria das pessoas irá realizar uma quantidade muito maior de trabalho sob o sistema
científico de gestão do que sob o sistema de gestão iniciado por eles mesmos" (Taylor,
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1911, p. 8). Portanto, Taylor via a colaboração entre a gestão e os trabalhadores como
essencial para o sucesso da implementação de seus métodos, a organização científica
do trabalho teve um impacto duradouro na gestão industrial, enfatizando a importância
da eficiência, da padronização e da cooperação entre gestores e trabalhadores. Seu
trabalho continua a influenciar teorias e práticas de gestão até os dias de hoje, apesar
das críticas e evoluções subsequentes no campo da administração.

2.1. A Teoria Administrativa de Fayol

Contraste com a abordagem de Taylor, Henri Fayol desenvolveu uma teoria


administrativa que enfatizava as funções gerenciais e os princípios gerais de gestão.
Fayol identificou cinco funções administrativas essenciais: planejamento, organização,
comando, coordenação e controle. Sua abordagem destacava a importância da
autoridade, da disciplina e da unidade de comando dentro das organizações. Fayol
também enfatizava a necessidade de uma estrutura organizacional clara e de uma
cadeia de comando bem definida.

Henri Fayol, contemporâneo de Frederick Winslow Taylor, contribuiu


significativamente para o desenvolvimento da teoria administrativa com suas ideias
sobre as funções e os princípios gerais de gestão. Fayol propôs uma abordagem mais
ampla e abstrata da administração, focada nas responsabilidades dos gestores e na
estrutura organizacional como um todo.

Em relação à função de organização, Fayol destacou a importância de estruturar


os recursos humanos e materiais da organização de forma eficaz. Ele afirmou que a
organização envolve "fornecer tudo útil para o funcionamento da empresa, ajustando
os elementos humanos e materiais da empresa de acordo com o plano adotado, a fim de
assegurar a unidade de ação" (Fayol, 1949). Isso implica a criação de uma estrutura
organizacional clara, definindo autoridade e responsabilidade e estabelecendo linhas de
comunicação eficazes.

Além disso, a função de comando diz respeito à liderança e à direção dos


subordinados. Fayol argumentou que os gestores devem ser capazes de influenciar e
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orientar os funcionários para alcançar os objetivos organizacionais. Ele afirmou que o


comando "deve ser exercido com energia e decisão, mantendo a disciplina" (Fayol,
1949), enfatizando a importância da autoridade legítima e da disciplina dentro da
organização.

A coordenação, conforme proposto por Fayol, refere-se à harmonização das


atividades e dos esforços dos membros da organização. Isso envolve sincronizar as
diferentes partes da organização para garantir que trabalhem de forma coesa em
direção aos objetivos comuns. Fayol (1949) destacou que "todas as atividades devem
ser coordenadas e combinadas em uma unidade harmônica". A função de controle
implica avaliar o desempenho organizacional em relação aos padrões estabelecidos e
tomar medidas corretivas, quando necessário. Fayol argumentou que o controle é
essencial para garantir que as atividades estejam alinhadas com os objetivos e que os
recursos sejam utilizados de forma eficaz. Ele afirmou que "deve-se verificar se tudo
está indo de acordo com o plano estabelecido" (Fayol, 1949), destacando a importância
da monitorização e da avaliação contínua.

2.2. Vantagens e Limites da Abordagem Clássica

Embora a abordagem clássica de Taylor e Fayol tenha trazido avanços


significativos na gestão organizacional, também apresentou limitações importantes que
revolucionaram a forma como as organizações eram administradas.

Entre as vantagens, destacam-se:

 o aumento da eficiência operacional, a padronização dos processos de trabalho e a


introdução de princípios de gestão que ainda são relevantes hoje.
 A introdução de métodos científicos para análise e melhoria dos processos de trabalho.
 A aplicação de princípios científicos permitia aumentar a eficiência e a produtividade
das operações industriais (Taylor, 1911). Essa ênfase na eficiência contribuiu
significativamente para o desenvolvimento econômico e tecnológico das empresas.
 Esta abordagem proporcionou uma estrutura organizacional clara e hierarquizada,
conforme destacado por Fayol em sua teoria administrativa.
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 A divisão do trabalho e a definição de responsabilidades contribuíram para reduzir a


ambiguidade e melhorar a coordenação entre os membros da organização (Fayol,
1949). Essa clareza organizacional facilitou a tomada de decisões e a execução eficaz
das actividades operacionais.

No entanto, as críticas à abordagem clássica incluem:

 A ênfase excessiva na racionalização e na padronização, em detrimento da


consideração das necessidades individuais dos trabalhadores. Além disso, a abordagem
clássica muitas vezes resultava em condições de trabalho monótonas e alienantes,
levando a problemas de motivação e satisfação no trabalho.
 Endência à padronização excessiva e à desconsideração das necessidades individuais
dos trabalhadores. Ao enfatizar a eficiência e a divisão do trabalho, a abordagem
clássica muitas vezes ignorava a complexidade e a diversidade das habilidades e
motivações dos trabalhadores (Robbins & Judge, 2018). Isso poderia levar a condições
de trabalho monótonas e alienantes, afetando negativamente a motivação e a satisfação
no trabalho.
 Sua abordagem mecanicista e simplista da gestão. Ao tratar as organizações como
máquinas, Taylor e Fayol subestimaram a influência de fatores humanos e sociais na
eficácia organizacional. Essa visão reducionista pode levar a uma falta de flexibilidade
e adaptabilidade às mudanças no ambiente externo (Locke & Latham, 2013). Além
disso, a ênfase na autoridade e no controle pode resultar em relações hierárquicas
rígidas e na supressão da criatividade e da inovação.

Embora a abordagem clássica da gestão tenha trazido avanços significativos na


forma como as organizações eram administradas, também apresentou limitações
importantes que foram reconhecidas ao longo do tempo. Ao avaliar as vantagens e os
limites dessa abordagem, os gestores podem adotar uma visão mais equilibrada e
integrada da gestão organizacional, incorporando insights de diversas disciplinas,
como a psicologia comportamental, para promover o bem-estar dos trabalhadores e a
eficácia das organizações.
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2.3. Novos Estudos em Psicologia Comportamental

Enquanto a abordagem clássica da gestão estava centrada na eficiência e na


racionalização do trabalho, os novos estudos em psicologia comportamental
expandiram o foco para incluir aspectos relacionados ao comportamento humano no
ambiente de trabalho. Inicialmente influenciada pela psicologia behaviorista, essa
abordagem examinava como variáveis como recompensas, punições e incentivos
afetavam o desempenho dos trabalhadores. No entanto, ao longo do tempo, a
psicologia comportamental evoluiu para incorporar uma variedade de perspectivas
teóricas e áreas de pesquisa, incluindo a motivação intrínseca, a satisfação no trabalho,
a liderança e a dinâmica de grupo.

Os novos estudos em psicologia comportamental representam uma evolução


significativa em relação às abordagens tradicionais da gestão, como a organização
científica do trabalho de Taylor e a teoria administrativa de Fayol. Enquanto essas
abordagens clássicas se concentravam principalmente na eficiência e na racionalização
das tarefas, os novos estudos em psicologia comportamental ampliam o escopo para
incluir uma compreensão mais profunda do comportamento humano no ambiente de
trabalho.

Inicialmente influenciada pela psicologia behaviorista, que enfatizava a relação


entre estímulos externos e respostas comportamentais observáveis, a psicologia
comportamental aplicada ao contexto organizacional examinava como variáveis como
recompensas, punições e incentivos afectavam o desempenho dos trabalhadores
(Skinner, 1953). Por exemplo, estudos demonstraram como sistemas de recompensa
baseados no desempenho podem motivar os funcionários a alcançar metas específicas
e melhorar a produtividade.

No entanto, à medida que a psicologia comportamental evoluiu, foram


incorporadas uma variedade de perspectivas teóricas e áreas de pesquisa. Por exemplo,
a teoria da motivação de Herzberg (1968) introduziu o conceito de factores
motivacionais e factores higiénicos no ambiente de trabalho. Essa teoria sugeriu que a
satisfação no trabalho não depende apenas da ausência de insatisfação, mas também da
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presença de factores que promovem o crescimento pessoal e o desenvolvimento


profissional.

Além disso, os novos estudos em psicologia comportamental expandiram para


incluir uma variedade de tópicos relacionados ao bem-estar dos trabalhadores e à
eficácia das organizações. Por exemplo, pesquisas sobre liderança exploram como
diferentes estilos de liderança afectam o desempenho e a satisfação dos funcionários
(Bass, 1985). Da mesma forma, estudos sobre dinâmica de grupo investigam como
factores como coesão, comunicação e tomada de decisão influenciam o funcionamento
dos grupos de trabalho.

Hoje, a psicologia comportamental continua a evoluir, incorporando novas


tecnologias e métodos de pesquisa para entender melhor o comportamento humano no
ambiente de trabalho. Por exemplo, pesquisas recentes têm explorado o impacto da
tecnologia digital na produtividade e na saúde mental dos trabalhadores, bem como o
papel da diversidade e inclusão na promoção de ambientes de trabalho mais equitativos
e inovadores.

Os novos estudos em psicologia comportamental representam uma abordagem


mais holística e integrada da gestão organizacional, que reconhece a importância de
considerar não apenas os aspectos técnicos e económicos do trabalho, mas também os
aspectos psicológicos e sociais. Ao integrar insights dessas diversas áreas de pesquisa,
os gestores podem desenvolver estratégias mais eficazes para promover o bem-estar
dos trabalhadores e o sucesso das organizações no século XXI.
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3. Conclusão

A organização científica do trabalho de Taylor e a teoria administrativa de


Fayol representam marcos importantes na história da gestão organizacional, moldando
as práticas de gestão em todo o mundo. Embora essas abordagens tenham trazido
benefícios significativos, também apresentaram limitações que deram origem a novas
áreas de pesquisa, como a psicologia comportamental, que buscam entender e melhorar
o bem-estar dos trabalhadores e a eficácia das organizações. Ao integrar os insights
dessas diferentes disciplinas, os gestores podem desenvolver abordagens mais
holísticas e humanizadas para a gestão organizacional no século XXI.

Taylor enxergou que as empresas de sua época, com o crescimento que vinham
obtendo, necessitavam de um novo “método” de funcionamento, algo técnico e
científico, que fosse capaz de aumentar a eficiência das mesmas.
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4. Referências Bibliográficas

1. Taylor, F. W. (1911). Princípios de Administração Científica. Harper & Brothers.

2. Fayol, H. (1949). General and Industrial Management. Pitman.

3. Robbins, S. P., & Judge, T. A. (2018). Comportamento Organizacional. Pearson.

4. Locke, E. A., & Latham, G. P. (2013). Goal setting theory: An introduction. In Work
motivation: History, theory, research, and practice (pp. 157-173). Routledge.

5. Herzberg, F. (1968). One more time: How do you motivate employees? Harvard
Business Review, 46(1), 53-62.

6. Skinner, B. F. (1953). Science and human behavior. Simon and Schuster.

7. Herzberg, F. (1968). One more time: How do you motivate employees? Harvard
Business Review, 46(1), 53-62.

8. Bass, B. M. (1985). Leadership and performance beyond expectations. Free Press.

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